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Iron deficiency and the intestinal tract in children
The relationships between iron deficiency, iron metabolism and the intestinal tract function can be analyzed from various perspectives: 1. the intestine as the site of iron absorption regulated by hepcidin produced in the liver; 2. the interaction between iron with other nutrients; 3. repercussions of iron deficiency in the intestine and 4. the intestine as the location of pathological loses that can cause or aggravate iron deficiency. The aim of this article is to cover these aspects of the interaction between iron and the intestinal tract. In iron deficiency, an increase in iron absorption has been observed, which in animals is accompanied by an increase in the height of the intestinal villosities. On the other hand, in humans with iron deficiency anemia, abnormalities of the intestinal physiology, different to those found in the laboratory, can occur. Poor intestinal iron absorption can occur in illnesses such as atrophy of the villosities as occurs in celiac disease and in illnesses associated with inflammation anemia such as cholestatic hepatic diseases. Nowadays blood loses from intestinal parasitosis are not a frequent cause of iron deficiency. Infants who have a high risk of developing iron deficiency anemia should be exclusively breast feed and a supplement of iron must be started from their sixth month of life. The use of cow milk is associated with lower iron absorption and blood loses that can aggravate iron deficiency. Infants who do not receive maternal milk must be fed with an infant formula fortified with iron.A relação entre a deficiência de ferro, metabolismo do ferro e a função do intestino pode ser analisada sob várias perspectivas: intestino como sede da absorção do ferro regulada pela quantidade de ferro corporal através da hepcidina produzida no fígado, interação do ferro com outros nutrientes, repercussões da deficiência de ferro no intestino e o intestino como sede de perdas patológicas que podem causar ou agravar a deficiência de ferro. O objetivo deste artigo é abordar estes aspectos da interação entre o ferro e o intestino. Na deficiência de ferro observa-se aumento da absorção de ferro que, em animais, se acompanha de aumento da altura das vilosidades intestinais. Por outro lado, em humanos com anemia ferropriva pode ocorrer anormalidades da fisiologia intestinal diferentes das encontradas no laboratório. Má absorção intestinal de ferro pode ocorrer em doenças com atrofia das vilosidades, como ocorre na doença celíaca, e em doenças com anemia da inflamação, como as doenças hepáticas colestáticas. Perdas sanguíneas por parasitoses intestinais não são, atualmente, causa frequente de anemia ferropriva. Os lactentes que apresentam alto riso para o desenvolvimento de anemia ferropriva devem ser alimentados com aleitamento natural exclusivo e suplementação de ferro medicamentoso a partir do sexto mês de vida. A utilização de leite de vaca integral associa-se com menor absorção do ferro e perdas de sangue que podem agravar a deficiência de ferro. Lactentes que não recebem leite materno devem ser alimentados com fórmula infantil fortificada com ferro.Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Departamento de PediatriaUNIFESP, Depto. de PediatriaSciEL
Clinical signs to diagnose anaemia: a late and inefficient action against iron deficiency
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Escola Paulista de Medicina Departamento de PediatriaUNIFESP, EPM, Depto. de PediatriaSciEL
Colite eosinofílica em lactentes
OBJECTIVE:To review the literature for clinical data on infants with allergic or eosinophilic colitis.DATA SOURCE:MEDLINE search of all indexes was performed using the words ''colitis or procto-colitis and eosinophilic'' or ''colitis or proctocolitis and allergic'' between 1966 and February of 2013. All articles that described patients' characteristics were selected.DATA SYNTHESIS:A total of 770 articles were identified, of which 32 met the inclusion criteria. The 32 articles included a total of 314 infants. According to the available information, 61.6% of infants were male and 78.6% were younger than 6 months. Of the 314 patients, 49.0% were fed exclusively breast milk, 44.2% received cow's milk protein, and 6.8% received soy protein. Diarrheal stools were described in 28.3% of patients. Eosinophilia was found in 43.8% (115/263) of infants. Colonic or rectal biopsy showed infiltration by eosinophils (between 5 and 25 perhigh-power field) in 89.3% (236/264) of patients. Most patients showed improvement with theremoval of the protein in cow's milk from their diet or the mother's diet. Allergy challenge tests with cow's milk protein were cited by 12 of the 32 articles (66 patients).CONCLUSIONS:Eosinophilic colitis occurs predominantly in the first six months of life and in males. Allergy to cow's milk was considered the main cause of eosinophilic colitis. Exclusion of cow'smilk from the diet of the lactating mother or from the infant's diet is generally an effective therapeutic measure.OBJETIVO:Revisão da literatura sobre dados clínicos de lactentes com colite eosinofílica oualérgica.FONTE DOS DADOS:Pesquisa no Medline de todas as indexações com as palavras ''colitis or proc-tocolitis and eosinophilic'' ou ''colitis or proctocolitis and allergic'' entre 1966 e fevereiro de 2013. Foram selecionados todos os artigos que descreviam as características dos pacientes.SÍNTESE DOS DADOS:Foram identificados 770 artigos dos quais 32 preenchiam os critérios de inclusão. Os 32 artigos incluíram o total de 314 lactentes. Conforme as informações disponíveis, 61,6% dos lactentes eram do sexo masculino e 78,6% apresentavam idade inferior a 6 meses. Dos 314 pacientes, 49,0% encontrava-se em aleitamento natural exclusivo, 44,2% recebiam proteína do leite de vaca e 6,8% proteína da soja. Fezes diarreicas foram descritas em 28,3% dos pacientes. Eosinofilia foi encontrada em 43,8% (115/263) dos lactentes. Biópsia retal ou colônica mostrou infiltração por eosinófilos (entre 5 e 25 por campo de grande aumento) em 89,3% (236/264) dos pacientes. A maioria dos pacientes apresentou melhora com a retirada da proteína do leite de vaca da sua dieta ou das suas mães. Teste de desencadeamento com proteína do leite de vaca foi citado em 12 dos 32 artigos (66 pacientes).CONCLUSÕES:Colite eosinofílica ocorre predominantemente nos primeiros seis meses de vida e no sexo masculino. Alergia ao leite de vaca foi considerada a principal causa de colite eosinofílica. Dieta de exclusão do leite de vaca da mãe lactante ou da dieta do lactente é uma medidate rapêutica geralmente eficaz.Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Escola Paulista de Medicina Department of PediatricsUNIFESP, EPM, Department of PediatricsSciEL
Enteropatia ambiental
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Escola Paulista de Medicina Departamento de Pediatria da UniversidadeUNIFESP, EPM, Depto. de Pediatria da UniversidadeSciEL
The role of probiotics and prebiotics in pediatric practice
OBJECTIVE: To review the effects of probiotics and prebiotics in clinical pediatric practice. SOURCES: MEDLINE was searched, especially for articles that addressed their practical application, in the form of reviews, clinical trials and meta-analyses. Articles that had already been analyzed by the authors were also included. SUMMARY OF THE FINDINGS: Scientific literature on probiotics and prebiotics has remarkably increased in the last 10 years. Their mechanisms of action have been experimentally investigated. Studies indicate that probiotics can act by competing with pathogens, modifying the intestinal environment by reduction in pH, as a result of fermentation products, interacting and modulating local and systemic inflammatory and immune response, among others. Clinical trials and meta-analyses show that probiotics seem to contribute towards the prevention of acute diarrhea and of antibiotic-associated diarrhea, in addition to shortening the duration of acute diarrhea. However, the data are inconsistent and there are no studies confirming their efficacy in terms of cost-benefit ratio. Preliminary studies show that probiotics in early life can reduce the occurrence of atopic dermatitis. The addition of prebiotics to infant formulas is associated with the change in the profile of the intestinal microbiota compared to infants fed milk formulas without prebiotics. CONCLUSIONS: Evidence indicates that new studies should be carried out about probiotics, prebiotics and symbiotics. The specific clinical effects that each probiotic or prebiotic may cause must be considered.OBJETIVO: Revisar os efeitos dos probióticos e prebióticos em situações clínicas da prática pediátrica. FONTES DOS DADOS: MEDLINE, preferencialmente os artigos que abordavam aspectos de aplicabilidade prática, na forma de revisões, ensaios clínicos e meta-análises. Artigos que já eram do conhecimento dos autores também foram utilizados. SÍNTESE DOS DADOS: A literatura científica sobre probióticos e prebióticos apresentou crescimento expressivo nos últimos 10 anos. Seus mecanismos de ação vêm sendo investigados experimentalmente. Os estudos indicam que os probióticos podem exercer seus efeitos competindo com patógenos, modificando o ambiente intestinal pela redução do pH, em conseqüência dos produtos da fermentação, interagindo e modulando a resposta inflamatória e imunológica local e sistêmica, entre outros. Ensaios clínicos e meta-análises mostram que os probióticos parecem contribuir para a prevenção da diarréia aguda e da diarréia associada ao uso de antibióticos, além de encurtar a duração da diarréia aguda. No entanto, existem dados contraditórios, além de não existirem ainda estudos confirmando sua efetividade do ponto de vista da relação custo-benefício. Estudos preliminares mostram que probióticos no início da vida podem reduzir a ocorrência de dermatite atópica. A adição de prebióticos em fórmulas para lactentes associa-se com mudança do perfil da microbiota intestinal em relação aos lactentes que recebem fórmula láctea sem prebióticos. CONCLUSÕES: As evidências indicam que novos estudos devem ser realizados sobre probióticos, prebióticos e simbióticos. Um aspecto que deve ser reforçado é a especificidade dos efeitos que cada probiótico ou prebiótico pode apresentar do ponto de vista clínico.Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Escola Paulista de Medicina Departamento de PediatriaUniversidade de São Paulo Faculdade de Medicina Hospital das ClínicasUNIFESP, EPM, Depto. de PediatriaSciEL
Brazilian infant and preschool children feeding: literature review
AbstractObjectiveTo assess the feeding profile of Brazilian infants and preschool children aged 6 months to 6 years, based on the qualitative and quantitative analysis of food and nutrient intake.Data sourceThis review analyzed studies carried out in Brazil that had food survey data on infants and preschool children. The search was limited to publications from the last 10 years included in the LILACS and MEDLINE electronic databases.Data summaryThe initial search identified 1480 articles, of which 1411 were excluded after the analysis of abstracts, as they were repeated or did not meet the inclusion criteria. Of the 69 articles assessed in full, 31 articles contained data on food survey and were selected. Only three studies concurrently assessed children from different Brazilian geographical regions. Of the assessed articles, eight had qualitative data, with descriptive analysis of food consumption frequency, and 23 had predominantly quantitative data, with information on energy and nutrient consumption.ConclusionsThe articles assessed in this review showed very heterogeneous results, making it difficult to compare findings. Overall, the feeding of infants and preschool children is characterized by low consumption of meat, fruits, and vegetables; high consumption of cow's milk and inadequate preparation of bottles; as well as early and high intake of fried foods, candies/sweets, soft drinks, and salt. These results provide aid for the development of strategies that aim to achieve better quality feeding of Brazilian infants and preschoolers.ResumoObjetivoVerificar o perfil alimentar do lactente e do pré‐escolar brasileiro, na faixa de 6 meses a 6 anos, a partir da análise qualitativa e quantitativa do consumo de alimentos e nutrientes.Fontes de dadosNesta revisão foram analisados estudos feitos no Brasil que apresentavam dados de inquéritos alimentares de lactentes e pré‐escolares. A busca foi limitada às publicações dos últimos dez anos, incluídas nas bases de dados eletrônicas Lilacs e Medline.Síntese dos dadosNa pesquisa inicial foram identificados 1.480 artigos, 1.411 foram excluídos após análise dos resumos, por ser repetidos ou não preencher os critérios de inclusão. Dos 69 artigos avaliados na íntegra, foram selecionados 31 que continham dados sobre alimentação. Apenas três trabalhos avaliaram concomitantemente crianças de diferentes regiões geográficas brasileiras. Dos artigos analisados, oito apresentavam informações qualitativas, com análise descritiva da frequência de consumo alimentar, e 23 informações predominantemente quantitativas, com dados de consumo energético e de nutrientes.ConclusõesOs artigos analisados na presente revisão apresentaram resultados bastante heterogêneos, o que dificultou a comparação dos achados. De um modo geral, a alimentação do lactente e do pré‐escolar é caracterizada pelo baixo consumo de carnes, frutas, legumes e verduras, por elevado consumo de leite de vaca e inadequação no preparo de mamadeiras, além de precoce e elevado consumo de frituras, doces, refrigerantes e sal. Nossos resultados constituem subsídios para a elaboração de estratégias que visem a melhorar a qualidade da alimentação do lactente e do pré‐escolar brasileiro
Antibiotic therapy in acute diarrhea associated with Shigella: what is the best option?
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Centro Universitário Fundação e Instituto de Educação de Osasco Departamento de Ciências da Saúde Instituto de Pesquisa UnolabUNIFESP Departamento de PediatriaUNIFESP, Depto. de PediatriaSciEL
Effects of conventional treatment of chronic functional constipation on total and segmental colonic and orocecal transit times
OBJECTIVE: To evaluate the effects of conventional treatment of chronic functional constipation on total and segmental colonic transit times and on orocecal transit time. METHODS: A total of 34 consecutive patients with functional constipation attending a specialized outpatient clinic were included in the study. Total and segmental colonic transit times were assessed using radiopaque markers. Hydrogen breath test was used to evaluate lactulose and bean orocecal transit times. Treatment consisted of disimpaction, general and dietary fiber intake instruction, and mineral oil administration. RESULTS: At admission, colonic dysmotility was found in 71.9% (23/32) of patients. All patients who complied with the treatment showed improvement of clinical symptoms after 6 weeks of treatment, when 82.6% (19/23) of those with dysmotility at admission returned to normal or reduced the severity of colonic transit patterns. Transit time decreased (medians) between admission and eighth week of treatment: lactulose orocecal transit (from 70 to 50 minutes, p = 0.002), bean orocecal transit (from 240 to 220 minutes, p = 0.002), and total colonic transit (from 69.5 to 37.0 hours, p = 0.001). The need for mineral oil therapy for constipation after a 12-month treatment was associated with persistence of total colonic transit higher than 62 hours at the eighth week of treatment (p = 0.014). CONCLUSION: The conventional therapeutic approach yielded good results regardless of the presence or not of colonic dysmotility at inclusion in the study. Digestive tract motility abnormalities in functionally constipated children may be reversed, and may be secondary to constipation.OBJETIVO: Avaliar o efeito do tratamento convencional da constipação crônica funcional no tempo de trânsito colônico total e segmentar e no tempo de trânsito orocecal. MÉTODOS: Foram incluídos 34 pacientes com constipação funcional atendidos consecutivamente em ambulatório especializado. O tempo de trânsito colônico total e segmentar foi avaliado com marcadores radiopacos. O tempo de trânsito orocecal da lactulose e do feijão foi avaliado com teste do hidrogênio no ar expirado. O tratamento constou de desimpactação, orientações gerais e de consumo de dieta rica em fibra alimentar e administração de óleo mineral. RESULTADOS: Na admissão, dismotilidade colônica foi encontrada em 71,9% (23/32) dos pacientes. Todos os pacientes que realizaram corretamente o tratamento apresentaram melhora clínica na sexta semana do tratamento quando 82,6% (19/23) daqueles com dismotilidade na admissão apresentaram normalização ou diminuição da gravidade no padrão de trânsito colônico. Observou-se redução do tempo de trânsito (medianas) entre a admissão e a oitava semana de tratamento: trânsito orocecal da lactulose (de 70 para 50 minutos, p = 0,002), orocecal do feijão (de 240 para 220 minutos, p = 0,002) e colônico total (de 69,5 para 37,0 horas, p = 0,001). A necessidade de uso de óleo mineral para controle da constipação aos 12 meses de tratamento associou-se com persistência de trânsito colônico total superior a 62 horas na oitava semana de tratamento (p = 0,014). CONCLUSÃO: O programa terapêutico convencional proporcionou bons resultados independentemente da presença ou não de dismotilidade colônica na admissão ao estudo. As anormalidades da motilidade digestiva na constipação funcional da criança podem apresentar reversibilidade e ser de natureza secundária.UNIFESP-EPMUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Escola Paulista de MedicinaUNIFESP, EPMSciEL
Knowledge and practice of Brazilian pediatricians on gastroesophageal reflux disease in infants
AbstractObjectiveTo assess the knowledge and practice of pediatricians about infants with physiological reflux and gastroesophageal reflux disease.Methods140 pediatricians were interviewed during two scientific events in 2009 and 2010. The questions referred to two clinical cases of infants. One with symptoms of infant regurgitation (physiological reflux) and another with gastroesophageal reflux disease.ResultsAmong 140 pediatricians, 11.4% (n=16) and 62.1% (n=87) would require investigation tests, respectively for infant regurgitation (physiological reflux) and gastroesophageal reflux disease. A series of upper gastrointestinal exams would be the first requested with a higher frequency. Medication would be prescribed by 18.6% (n=6) in the case of physiological reflux and 87.1% (n=122) in the case of gastroesophageal reflux disease. Prokinetic drugs would be prescribed more frequently than gastric acid secretion inhibitors. Sleeping position would be recommended by 94.2% (n=132) and 92.9% (n=130) of the respondents, respectively for the case of physiological reflux and gastroesophageal reflux disease; however, about half of the respondents would recommend the prone position. Only 10 (7.1%) of the pediatricians would exclude the cow's milk protein from the infants' diet.ConclusionsApproaches different from the international guidelines are often considered appropriate, especially when recommending a different position other than the supine and prescription of medication. In turn, the interviews enable us to infer the right capacity of the pediatricians to distinguish physiologic reflux and gastroesophageal reflux disease correctly
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