7 research outputs found

    HENRI BERGSON: A OBRIGAÇÃO PURA E A MORAL FECHADA

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    O presente artigo pretende expor certas direções para um estudo da verdadeira significação de obrigação pura, bem como o de moral que tal obrigação define, destacando, portanto, no que consiste esta moral denominada de fechada. E, para tanto, esta investigação envolverá uma análise estrutural do primeiro capítulo de Les deux sources de la morale et de la religion (1932), estritamente dos §§ 1 a 26, do filósofo francês Henri Bergson

    ARTHUR SCHOPENHAUER E A EXALTAÇÃO FILOSÓFICA DA MORAL CRISTÃ EM PARA ALÉM DE BEM E MAL DE FRIEDRICH NIETZSCHE

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    This article aims to show that in the fifth chapter, § 186, Beyond Good and Evil, Nietzsche criticizes the classical claim of philosophers to base morals and to formulate a science of morals, but without ever inking the meaning of one's own morals and its problematic. Moreover, to expose that such nietzschean criticism reaches Arthur Schopenhauer, whose foundation of morality would be implied in the following asseveration: “neminen laede, imo omines, quantum potes, iuva – Don't hurt anyone, but help everyone you can!”. Therefore, from a logical and structural reading of Beyond Good and Evil, § 186, we will investigate in what resulted in this schopenhauerian task of basing morals.Este artigo tem por objetivo mostrar que no quinto capítulo, § 186, de Para além de bem e mal, Nietzsche critica a pretensão clássica dos filósofos de fundamentar a moral e de formular uma ciência da moral, porém sem jamais indagar-se sobre o sentido da própria moral e sua problemática. E mais, expor que tal crítica nietzscheana atinge Arthur Schopenhauer, cuja fundamentação da moral estaria implícita na seguinte asseveração: “neminen laede, imo omines, quantum potes, iuva! – não faças mal a ninguém, mas antes ajuda a todos que puderes!”. Portanto, a partir de uma leitura lógica e estrutural do Para além de bem e mal, § 186, investigaremos no que redundou esta tarefa schopenhaueriana de fundamentar a moral

    Henri Bergson: a obrigação pura e a moral fechada

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    O presente artigo pretende expor certas direções para um estudo da verdadeira significação de obrigação pura, bem como o de moral que tal obrigação define, destacando, portanto, no que consiste esta moral denominada de fechada. E, para tanto, esta investigação envolverá uma análise estrutural do primeiro capítulo de Les deux sources de la morale et de la religion (1932), estritamente dos §§ 1 a 26, do filósofo francês Henri Bergson

    O ‘não lugar’ epistemológico da Filosofia Africana nos livros didáticos de filosofia para o ensino médio aprovados pelo Programa Nacional do Livro e Material Didático – PNLD 2012

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    This paper aims to analyze the question about the epistemological “non-place” of African Philosophy in philosophy textbooks approved by the National Program for Teaching Material and Textbooks – PNLD 2012. It is based on the assumption that the problem is the epistemic/eurocentric racism, created in the period of modernity and which corroborates the birth status of philosophy in Ancient Greece. The objective is to present a certain bias of modern and contemporary philosophical thought, notably Kant and Hegel, which characterize Africans as primitive, not recognizing in them the aesthetic and philosophical capacity; describe, briefly, the historical/legal process that established the mandatory teaching of “Afro-Brazilian History and Culture”, in the official curriculum of the education network and in philosophy as a mandatory subject in high school curricula in Brazil; explicitly a relationship between the content of African Philosophy and the textbook, using the PNLD of 2012 as a reference. To that end, an applied methodology is fundamentally based on bibliographic research, having as reference the following thinkers: the Congolese philosopher Théophile Obenga, the southern philosopher African Mogobe B. Ramose, African-American philosopher Molefi Kete Asante, British-Ghanaian philosopher Kwame Anthony Appiah and Brazilian philosophers Renato Noguera and Wanderson Flor.O artigo pretende analisar a questão do ‘não lugar’ epistemológico da Filosofia Africana nos livros didáticos de filosofia aprovados pelo Programa Nacional do Livro e Material Didático – PNLD de 2012. Parte-se do pressuposto de que o cerne deste problema é o racismo epistêmico/eurocêntrico, engendrado no período da modernidade e que corrobora o estatuto do nascimento da filosofia na Grécia antiga. O objetivo é apresentar certo viés do pensamento filosófico moderno e contemporâneo, notadamente Kant e Hegel, que caracterizam os africanos como primitivos, não reconhecendo neles a capacidade estética e filosófica; descrever, sucintamente, o processo histórico/legal que estabelece a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-Brasileira no currículo oficial da rede de ensino e a filosofia como disciplina obrigatória nos currículos do ensino médio no Brasil e explicitar a relação entre o conteúdo de Filosofia Africana e o livro didático, tendo como cerne o Guia do PNLD de 2012. Para tanto, a metodologia aplicada pauta-se, fundamentalmente, na pesquisa bibliográfica, tendo como aporte teórico os seguintes pensadores: o filósofo congolês Théophile Obenga, o filósofo sul-africano Mogobe B. Ramose, o filósofo afro-estadunidense Molefi Kete Asante, o filósofo britânico-ganês Kwame Anthony Appiah e os filósofos brasileiros Renato Noguera e Wanderson Flor

    FILOSOFIA DESDE O QUILOMBO E COMUNIDADES AUTOFILOSÓFICAS DA QUEBRADA (CAQ): CONSIDERAÇÕES QUILOMBISTAS, DECOLONIAIS E LIBERTÁRIAS SOBRE A “PRÁXIS” FILOSÓFICA BRASILEIRA

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    Este artigo visa analisar, em linhas gerais, a “práxis” filosófica brasileira tal como delineada, historicamente, pela pedagogia estruturalista do Departamento de Filosofia da USP. Parte-se do princípio de que essa pedagogia, fundamentada na tradição filosófica ocidental norte-cêntrica, eliminou as filosofias produzidas por comunidades políticas e geopolíticas não ocidentais – entre elas, as Filosofias da Quebrada – no âmbito do ensino de filosofia no Brasil, favorecendo somente a mera formação em história da filosofia, em detrimento do filosofar. Isto posto, para modificar a pedagogia estruturalista, defendemos um filosofar desde o quilombo e, por conseguinte, desde as Comunidades Autofilosóficas da Quebrada (CAQ). Para tanto, o presente texto pauta-se em considerações filosóficas quilombistas, decoloniais e libertárias, tendo como aporte teórico, fundamentalmente, o conceito de quilombo, movimento contínuo de resistência cultural, proposto pela filósofa, Beatriz Nascimento e pelo filósofo, Abdias do Nascimento

    The correlation between the notions of “will” and “measure” in the dialogue De beata uita of Saint Augustine

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    Procurar-se-á neste trabalho expor certas direções para um estudo da correlação entre as noções de “vontade” e “medida” no diálogo De beata uita de Santo Agostinho. O diálogo De beata uita consiste numa reflexão sobre a natureza da felicidade, tendo como ponto de partida o desejo universal de ser feliz. Ao perguntar-se pela natureza da felicidade, Santo Agostinho se dá conta de que o ser humano só pode ser feliz se tem o que quer, mas, como aprende de Cícero, constata que ter o que se quer é diferente de ser feliz, pois é possível não ser feliz tendo tudo o que se quer, uma vez que nem sempre o ser humano deseja aquilo que é bom. Sob essa perspectiva, a posse de bens pode ser compatível com a infelicidade – sinônimo de indigência –. Para evitar a infelicidade ou corrigir o desejo equivocado, requer-se sabedoria, a medida da alma que orienta a vontade para desejar o que é bom. É ela também que, no limite, orienta para a busca e a posse de um bem que não se perca, o único capaz de corresponder ao desejo da felicidade. Tal bem só poderá existir numa natureza divina. Assim, o tratamento dado ao tema da felicidade no De beata uita não se reduz à identificação de uma realidade que satisfaça o desejo de ser feliz, mas implica necessariamente uma investigação da vontade em sua relação com algo que a oriente, isto é, a sabedoria ou medida da alma.The aim of this thesis is to show some possibilities for a study of the correlation between the concepts of “will” and “measure” in St. Augustine’s dialogue De beata uita. This dialogue is a reflexion about the nature of happiness, and its starting point is the universal wish of being happy. Asking about the nature of happiness, Augustine realizes that human beings can be happy only if they got what they want, but on the other hand, as he learns from Cicero, he notes that having what is wanted is different from being happy, because human beings do not always want what is good for them and, so, might be submissive to the malice of their own will. Seen from this perspective, the possession of temporal goods can be compatible with unhappiness - synonymous with indigence - if one has no wisdom, i.e., the measure of the soul that guides the will to desire what is good. Augustine, because of this, looks for a good whose possession may not be lost, an imperishable, immutable, permanent and independent good. Such goodness can exist only in a divine nature, whence the assertion that happiness is in God. Therefore, the topic of happiness, in De beata uita, is not limited to the identification of a reality that satisfies the desire for being happy, but it is directly related to the theme of the will, because the desire for happiness is a desire for an immutable good (God). So, as it was already mentioned, the aim of this thesis is to examine the meaning assigned by Augustine for wisdom as a measure of the soul (and, therefore, as a guideline of the will), in the pursuit process for happiness

    A presença e o lugar de professores negros e negras no IFMT: ações afirmativas, avanços e desafios

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    Este artigo é resultado do projeto de pesquisa ‘Educação e ações afirmativas: um estudo sobre a presença e o lugar de professores negros e negras no IFMT’, desenvolvido no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso. Tem por objetivo analisar, a partir de uma pesquisa quantitativa, a presença e o lugar de docentes negros e negras na estrutura educacional e administrativa do IFMT. Problematizamos especificamente esta instituição, de modo a compreender o locus dela no cenário de implementação de políticas de ações afirmativas no Brasil pós Durban (2001), tendo em vista que, no contexto geral das universidades públicas e privadas brasileiras, é visível a diminuta presença de professores negros e negras na estrutura didática e administrativa dessas academias. Para tanto, a pesquisa parte do pressuposto de que o cerne deste problema é o racismo acadêmico, justificado ‘brasileiristicamente’ pelo mito da democracia racial, presente na obra de Gilberto Freyre (2003). Por outro lado, descontruímos a ideia de democracia racial, principal impeditivo para a discussão de políticas de ações afirmativas no Brasil até 2001, ano da Terceira Conferência de Durban, tendo como aporte teórico Florestan Fernandes (1972), Kabengele Munanga (1999, 2014), José Jorge de Carvalho (2003, 2006) e Nilma Lino Gomes (2005). Resulta da investigação que o combate à desigualdade racial na docência superior e nas instâncias administrativas universitárias requer novas medidas de ações afirmativas que promovam a igualdade racial e, por conseguinte, ampliem a presença e o protagonismo de docentes negros e negras no ambiente acadêmico
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