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Vários olhares sobre as diferenças na vinculação e contributos para a intervenção precoce
Sabendo que a qualidade da vinculação afecta a formação da personalidade e o desenvolvimento infantil, é crucial estudar a relação entre pais e filhos no contexto das
práticas de intervenção precoce. A vinculação pode ser uma área de actuação (em
situações de risco como o abuso e o mau trato infantil) ou uma força (quando a família é uma base segura) passível de superar desvantagens sociais e atrasos de desenvolvimento.
Desde da proposta original de Ainsworth, o estudo das diferenças da qualidade da
vinculação tem gerado uma vasta literatura e sofrido várias actualizações graças aos novos
avanços da neuropsicologia e da psicologia evolutiva. No presente artigo, serão revistas
diferentes abordagens sobre as variações individuais da vinculação com particular foco para as questões da vinculação atípica. Na discussão final, serão levantadas questões e potenciais contributos para a intervenção precoce no domínio da vinculação
Portugal making a difference with children and families: the GADIF model
Portugal is a culture grounded in strong traditions
and family. Yet, social changes
like women returning to the workforce and a decreas
ed national birth rate are
impacting the traditional family structure and care
giving environments of children.
Female employment has been increasing steadily in P
ortugal over the last three
decades (Galego & Pereira, 2006) and the total fert
ility rate decreasing from 4.1
to 2.8 (INE, 2006). Furthermore, extended family me
mbers, like grandparents, no
longer reside close by to their children and grandc
hildren as in the past, because
of a changing labor market. Many of the younger gen
eration are leaving their
rural communities to flock to urban areas because o
f job opportunities, leaving
behind older relatives who would have otherwise par
ticipated in the daily care of
children. Given these social and economic changes,
children are spending more
time in out-of-home care with non-familial caregive
rs. Yet, government
regulations and guidelines in early care and educat
ion (ECCE) and early
intervention (EI) are only just emerging; it contin
ues to be a work in progress
A outra face da investigação: Histórias de vida e práticas de intervenção precoce
O presente artigo teórico apresenta e discute a relação entre a investigação e a prática em intervenção precoce. No domínio do desenvolvimento sócio-emocional e da relação entre pais e filhos, surgem várias linhas de investigação que podem conduzir a práticas suportadas empiricamente. Neste trabalho, partimos de duas histórias de vida encontradas no decurso de uma pesquisa científica para a apresentação do estado de arte. A literatura indica que práticas mais eficazes são centradas na reparação da “base segura” em todas as gerações. Uma acção de gabinete, exclusivamente centrada na criança, não só tende a ser pouco eficaz como pode fazer perigar a capacidade auto-protectiva da criança. Assim, analisamos as práticas de intervenção sob vários ângulos: da criança, dos pais, da família alargada, da comunidade, dos técnicos e dos investigadores. A discussão sugere que as parcerias estabelecidas entre investigadores e técnicos podem ser elementos chave para o sucesso da intervenção
Se não pergunta como sabe?: Dúvidas dos pais sobre a educação de infância
No presente estudo exploratório, realizámos 21 entrevistas semi-estruturadas a pais
de crianças entre os 2 e os 5 anos com o intuito como conhecem escolhem os pais a creche ou o jardim-de-infância dos seus filhos e qual o seu grau de conhecimento sobre o modelo educativo usado por essa escola. No entanto, foram sobretudo as dúvidas dos pais que se destacaram neste
trabalho. Essas dúvidas são o eixo orientador deste artigo. As interrogações dos pais conduziram o olhar do investigador. O direito dos pais à decisão a informada só pode ser conseguido com o esforço conjunto: da comunidade cientifica ao comunicar de modo acessível os seus dados; da escola na promoção da relação e da comunicação com os pais; e dos próprios pais reconhecendo
este direito e pugnando por ele
Reactividade infantil e a qualidade da interacção mãe-filho
No quadro dos estudos sobre o relacionamento mãe-filho, procurámos averiguar a relação entre a reactividade infantil observada em condições de stress e a qualidade do comportamento interactivo infantil e materno
em jogo livre. Para o efeito, seleccionámos uma amostrade 40 díades mãe-filho cujos bebés tinham cerca de 3 meses e não apresentavam nenhuma condição declarada
de risco. A qualidade da interacção mãe-filho foi avaliada em jogo livre através da escala CARE-Index. Para testar a reactividade infantil submetemos os bebés à situação experimental Still-Face. Os resultados mostram que a reactividade infantil expressa naquela situação laboratorial não é independente do comportamento dos bebés em jogo livre. Com efeito, os bebés com maior dificuldade
em conformar-se com a ausência de resposta materna apresentam um comportamento menos cooperativo e difícil em jogo livre. Em sentido inverso, os bebés que em jogo livre são menos participativos apresentam menores
índices de reactividade negativa quando a mãe mantém a cara inexpressiva. Em termos diádicos, verificamos que existe uma forte correlação entre o comportamento cooperativo do bebé e a sensibilidade materna em jogo
livre. Os resultados são discutidos no quadro do desenvolvimento dos processos de interacção mãe e filho
Estudo exploratório sobre as representações dos pais relativamente à educação em creche
Tendo em conta o aumento do número de estruturas de apoio à primeira
infância, particularmente, a expansão da creche, a investigação tem-se debruçado
sobre as questões da qualidade. A generalidade dos estudos centra-se na
discriminação das dimensões de qualidade e, raramente, a representação dos pais
sobre a creche (e sua qualidade) tem sido alvo de estudo. Partindo do pressuposto
que a discussão sobre a qualidade da creche deve ser baseada na evidência empírica
mas também é uma construção social baseada nos valores e representações dos
seus atores, fomos ouvir os pais. Assim, quisemos conhecer: Como escolhiam a
creche do seu filho(a)? Qual o seu conceito de qualidade? Que valor atribuem às
experiências vividas pelos seus filhos ou filhas na creche? Que representação têm do
papel do profissional de educação?
Para o efeito, entrevistamos 20 pais sobre as suas Representações acerca da
Creche num estudo exploratório e qualitativo. Os entrevistados foram na maioria dos
casos mães (18 em 20) de crianças entre os 8 e os 32 meses (M = 21,65; 9 meninas,
11 meninos; 13 primogénitos).
De modo geral, o estudo revelou que os pais valorizam a creche como espaço
de promoção do desenvolvimento da criança; valorizam a dimensão afetiva do
trabalho em creche; as educadoras como profissionais qualificados de educação e
desejam uma relação estreita, aberta e respeitosa entre a creche e a família
As representações dos pais sobre a educação em creche
Em Portugal, o aumento do número creches foi acompanhado pelo aumento da investigação sobre à qualidade da creche. A generalidade dos estudos centra-se na discriminação das dimensões de qualidade e, raramente, sobre a representação dos pais acerca da creche (e sua percepção de qualidade). Partindo do pressuposto que a discussão sobre a qualidade da creche deve ser suportada empiricamente, mas que também é uma construção social baseada nos valores e nas representações dos seus atores, fomos ouvir os pais. Assim, quisemos conhecer: Como é que os pais escolhiam a creche do seu filho(a)? Qual o seu conceito de qualidade? Que valor atribuem às experiências vividas pelos seus filhos ou filhas na creche? Que representação elaboram sobre o papel do profissional de educação? Para o efeito, entrevistámos 20 pais sobre as suas Representações acerca da Creche num estudo exploratório e qualitativo. Os entrevistados foram na maioria dos casos mães (18 em 20) de crianças entre os 8 e os 32 meses (M = 21,65; 9 meninas, 11 meninos; 13 primogénitos).
De um modo geral, o estudo revelou que os pais valorizam a creche enquanto espaço de promoção do desenvolvimento da criança; valorizam a dimensão afetiva do trabalho em creche; consideram as educadoras profissionais qualificadas de educação e desejam uma relação estreita, aberta e respeitosa entre a creche e a família. Estes resultados podem contribuir para a discussão sobre a parceria escola-família
Vinculação, práticas educativas na primeira infância e intervenção precoce
Os primeiros seis anos de vida são cruciais no desenvolvimento (Papalia, Olds &
Feldman, 2001). Nos primeiros três anos ocorre um período rápido e rico em
mudanças desenvolvimentais. O bebé, neste breve período de vida, adquire
locomoção autónoma, comunicação oral, autonomia, capacidade de fantasiar e
imaginar, entre tantas outras habilidades que muito entusiasmam que com ele vive.
Mais tarde, estas competências são sofisticadas e elaboradas permitindo ganhos
cognitivos de reversibilidade e de compensação de ganhos e perdas
Maternal emotions increase the desire for antibiotic use and pressure on health professionals to prescribe antibiotics to their infants
info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Evidências em Intervenção Precoce
Este livro surge resultante de algumas teses e trabalhos dos estudantes de Mestrado de Intervenção Precoce na Escola Superior de Educação de Lisboa das edições de 2013/15 e 2015/17. Os professores do mestrado, Catarina Tomás, Clarisse Nunes, Dalila Lino, Francisco Vaz da Silva, Isabel Madureira, João Rosa, Marina Fuertes e Tiago Almeida, apoiaram de modo transdisciplinar os estudantes na recolha de dados e planificação da intervenção junto das crianças, suas famílias e nos seus contextos de vida. Contámos, ainda, com as preleções e aconselhamento de Margarida Santos e Teresa Marques.
Este livro resulta da colaboração de todos.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
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