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    Complicações pós-operatórias precoces em hernioplastias umbilicais : ensaio clínico randomizado duplo-cego comparativo das técnicas onlay e pré-peritoneal

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    Introdução: A literatura preconiza o reforço da parede abdominal com telas no tratamento de hérnias umbilicais a fim de reduzir os índices de recidiva. Embora a escolha do plano anatômico para instalação da tela na parede anterolateral do abdome tenha diferentes implicações na incidência de complicações pós-operatórias, dor crônica e recorrência, não existe consenso quanto à melhor técnica de reparo. Objetivo: Comparar as técnicas de hernioplastia umbilical onlay e pré-peritoneal em relação à incidência de complicações pós-operatórias precoces. Método: Ensaio clínico randomizado duplo-cego conduzido em pacientes femininas, maiores de 18 anos, com diagnóstico de hérnia umbilical primária não complicada, atendidas no serviço de cirurgia de hospital secundário vinculado à residência médica. As participantes foram alocadas em dois grupos conforme a técnica executada (onlay ou pré-peritoneal). Os dados clínico-cirúrgicos, tamanho do defeito, tempo cirúrgico, complicações de ferida operatória, dor pós-operatória (Escala Visual Analógica, EVA) e recorrência foram analisados conforme protocolo padronizado. Resultados: A amostra foi constituída de 56 pacientes, sendo 30 no grupo onlay e 26 no grupo pré-peritoneal. Não foram observadas diferenças estatisticamente significantes entre os grupos em relação aos dados demográficos, comorbidades ou tamanho do defeito. A mediana do tempo cirúrgico foi significativamente menor no grupo de reparo pré-peritoneal (50.5 vs 67.5 min, respectivamente, p=0.03). A incidência geral de complicações de ferida operatória foi de 21.4% (n=12), sendo significativamente maior no grupo onlay (33% vs 7.7%; p=0.02, IC 95% 0.03 - 0.85), sobretudo devido a seromas. Não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos em relação à pontuação EVA em nenhum dos momentos avaliados. Após seguimento máximo de 48 meses, uma recorrência foi observada no grupo onlay. Na regressão logística múltipla, a técnica onlay foi o único fator de risco independente para complicações de ferida operatória. Conclusão: Os dados apresentados indicam superioridade da técnica pré-peritoneal comparada à técnica onlay no reparo de hérnias umbilicais primárias em termos de morbidade de ferida operatória, contribuindo, portanto, para diretrizes futuras e recomendações para seleção do plano anatômico da tela. É prevista a continuidade desse projeto, com inclusão de mais participantes e conclusão do follow-up, na expectativa de comparar ambas as técnicas em relação aos desfechos de longo prazo.Background: Current evidence supports mesh reinforcement to improve long-term results after surgical treatment of primary uncomplicated umbilical hernias. The anatomical plane for mesh insertion has been suggested to have a direct bearing on the incidence of surgical site occurrences, postoperative pain, and recurrence in ventral hernia repairs; however, its ideal location for umbilical defects is not yet established. Aim: To compare the incidence of short-term complications following onlay versus preperitoneal mesh placement in elective open umbilical hernia repairs. Methods: This report presents preliminary data from a randomized double-blind study conducted on female patients with primary umbilical hernias admitted to a secondary hospital, in a residency training program setting. To the date, 56 subjects were randomly assigned to either onlay (n=30) or preperitoneal (n=26) mesh repair group. Data on baseline demographics, past medical history, perioperative details, postoperative pain (Visual Analogue Scale, VAS), surgical site occurrences (SSOs), and recurrence were assessed using a standardized protocol. Results: No statistically significant differences were observed between groups regarding patients’ demographics, comorbidities, or defect size. Operative time averaged 67.5 (28 – 110) minutes for onlay and 50.5 (31 – 90) minutes for preperitoneal repairs, p=.03. The overall rate of SSOs was 21.4% (n=12), mainly in the onlay group (33% vs 7.7%; p=0.02, 95% CI 0.03 – 0.85) and mostly due to seromas. There were no between-group significant differences in postoperative VAS scores at all timepoints. After a maximum follow-up of 48 months, one recurrence was reported in the onlay group. By logistic regression analysis, the onlay technique was the only independent risk factor for SSOs. Conclusion: The presented data identified a decreased wound morbidity in preperitoneal umbilical hernia repairs, thus contributing to the limited body of evidence regarding mesh place selection in future guidelines. Further cases from this ongoing study and completion of follow-up are expected to also compare both techniques in terms of long-term outcomes

    Postoperative complications in appendectomies : comparative analysis between open and laparoscopic approaches

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    Introdução: A apendicectomia é o tratamento de escolha da apendicite aguda. Embora a preferência pelas técnicas minimamente invasivas seja tendência mundial, a cirurgia aberta ainda é realidade na maioria dos hospitais públicos. O índice de complicações pós-operatórias varia de acordo com a técnica cirúrgica empregada. O presente estudo objetiva comparar a incidência de complicações pós-operatórias entre a apendicectomia aberta e laparoscópica. Métodos: Coorte retrospectiva incluindo pacientes submetidos à apendicectomia no Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre entre novembro de 2015 a novembro de 2019. Foram avaliados dados demográficos, tempo de evolução dos sintomas, técnica cirúrgica, achados transoperatórios, necessidade de drenos ou ostomias, tempo cirúrgico, tempo de internação, experiência do cirurgião e desfechos. Resultados: Foram incluídos 358 pacientes, com idade de 32 ± 13,8 anos, e predomínio do sexo masculino (58,9%); 58,1% foram submetidos a cirurgia aberta, 41,9% a laparoscopia e 8% necessitaram conversão. As apendicites foram classificadas como complicadas em um terço dos casos. O tempo cirúrgico foi menor na cirurgia aberta (79,3 ± 38,8 vs. 104 ± 35,2 minutos; p < 0,001). O índice de complicações pós-operatórias foi de 21,2%, sendo significativamente maior na técnica aberta (26,4% vs. 13%; p = 0,003). O tempo de internação, a necessidade de reintervenção e mortalidade não apresentaram diferença entre as técnicas. Conclusão: Embora a apendicectomia aberta seja um procedimento seguro, com bons resultados e baixa morbimortalidade, a laparoscopia oferece potenciais vantagens em termos de evolução pós-operatória, inclusive em casos complicados. Deve ser indicada rotineiramente havendo disponibilidade de material e capacitação da equipe cirúrgica.Introduction: Appendectomy is the treatment of choice for acute appendicitis. Although the preference for minimally invasive techniques is a worldwide trend, open surgery remains a reality in most public hospitals. The rate of postoperative complications varies according to the surgical technique employed. The present study aimed to compare the incidence of postoperative complications between open and laparoscopic appendectomy. Methods: This retrospective cohort study included patients undergoing appendectomy at the Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre between November 2015 and November 2019. Demographic and clinical data, duration of symptoms, surgical technique, intraoperative findings, use of abdominal drains or stomas, operative time, length of stay, surgeon’s experience, and outcomes were assessed. Results: Three hundred and fifty-eight patients were included, predominantly male (58.9%), with a mean age of 32 ± 13.8 years; 58.1% underwent open surgery, 41.9% underwent laparoscopic surgery, and 8% required conversion. One third of the cases were classified as complicated. The mean operative time was shorter for open surgery (79.3 ± 38.8 vs. 104 ± 35.2 minutes; p < 0.001). The rate of postoperative complications was 21.2%, with a significantly higher incidence in the open technique (26.4% vs. 13%; p = 0.003). Length of stay, reoperation rate, and mortality did not differ between the techniques. Conclusions: Although open appendectomy is a safe and efficient procedure, associated with low morbidity and mortality rates, laparoscopy provides potential clinically beneficial advantages in terms of postoperative outcomes, even in complicated cases. Therefore, it should be routinely performed where laparoscopic equipment and skillful staff are available

    Perspectivas em Cirurgia Robótica – a visão do cirurgião

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    Objetivos: Avaliar os níveis de conhecimento, interesse e treinamento dos cirurgiões inscritos no Colégio Brasileiro dos Cirurgiões (CBC) da cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, em relação à cirurgia robótica. Métodos: Estudo transversal, baseado em informações coletadas por meio de questionário enviado via plataforma digital para potenciais participantes. O formulário continha perguntas estruturadas e autoaplicáveis, a fim de caracterizar o perfil profissional, capacitação em cirurgia minimamente invasiva, conhecimento, opinião e treinamento específico em cirurgia robótica. Resultados: Dos 146 membros inscritos no CBC na cidade de Porto Alegre, 99 (67,8%) responderam ao questionário. Houve predomínio do sexo masculino (88%) e a mediana de idade dos participantes foi de 48 anos. Os procedimentos videolaparoscópicos ou vídeo-assistidos foram maioria na rotina dos cirurgiões. Da totalidade da amostra, a maior parte (78%) já assistiu ao menos um procedimento robótico, e um terço (n = 30) já realizou algum tipo de treinamento ou simulação em cirurgia robótica. Entre os que não realizaram, dois terços pretendem se qualificar no futuro. Apenas 10% dos cirurgiões possuem certificação na área. Conclusão: A maioria dos cirurgiões respondentes inscritos no CBC em Porto Alegre tem em sua rotina predominância de procedimentos minimamente invasivos e acredita que a plataforma robótica será o futuro da cirurgia. Embora ainda não disponível na maioria dos serviços gaúchos, espera-se que o desenvolvimento de novas plataformas e a redução dos custos envolvidos na aquisição de equipamento e de capacitação do cirurgião facilitem a disseminação dessa tecnologia

    Complicações pós-operatórias em apendicectomias: análise comparativa entre as abordagens aberta e laparoscópica

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    Introdução: A apendicectomia é o tratamento de escolha da apendicite aguda. Embora a preferência pelas técnicas minimamente invasivas seja tendência mundial, a cirurgia aberta ainda é realidade na maioria dos hospitais públicos. O índice de complicações pós-operatórias varia de acordo com a técnica cirúrgica empregada. O presente estudo objetiva comparar a incidência de complicações pós-operatórias entre a apendicectomia aberta e laparoscópica.Métodos: Coorte retrospectiva incluindo pacientes submetidos à apendicectomia no Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre entre novembro de 2015 a novembro de 2019. Foram avaliados dados demográficos, tempo de evolução dos sintomas, técnica cirúrgica, achados transoperatórios, necessidade de drenos ou ostomias, tempo cirúrgico, tempo de internação, experiência do cirurgião e desfechos.Resultados: Foram incluídos 358 pacientes, com idade de 32 ± 13,8 anos, e predomínio do sexo masculino (58,9%); 58,1% foram submetidos a cirurgia aberta, 41,9% a laparoscopia e 8% necessitaram conversão. As apendicites foram classificadas como complicadas em um terço dos casos. O tempo cirúrgico foi menor na cirurgia aberta (79,3 ± 38,8 vs. 104 ± 35,2 minutos; p&lt;0,001). O índice de complicações pós-operatórias foi de 21,2%, sendo significativamente maior na técnica aberta (26,4% vs.13%; p=0,003). O tempo de internação, a necessidade de reintervenção e mortalidade não apresentaram diferença entre as técnicas. Conclusões: Embora a apendicectomia aberta seja um procedimento seguro, com bons resultados e baixa morbimortalidade, a laparoscopia oferece potenciais vantagens em termos de evolução pós-operatória, inclusive em casos complicados. Deve ser indicada rotineiramente havendo disponibilidade de material e capacitação da equipe cirúrgica

    Complicações pós-operatórias em apendicectomias: análise comparativa entre as abordagens aberta e laparoscópica

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    Introdução: A apendicectomia é o tratamento de escolha da apendicite aguda. Embora a preferência pelas técnicas minimamente invasivas seja tendência mundial, a cirurgia aberta ainda é realidade na maioria dos hospitais públicos. O índice de complicações pós-operatórias varia de acordo com a técnica cirúrgica empregada. O presente estudo objetiva comparar a incidência de complicações pós-operatórias entre a apendicectomia aberta e laparoscópica.Métodos: Coorte retrospectiva incluindo pacientes submetidos à apendicectomia no Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre entre novembro de 2015 a novembro de 2019. Foram avaliados dados demográficos, tempo de evolução dos sintomas, técnica cirúrgica, achados transoperatórios, necessidade de drenos ou ostomias, tempo cirúrgico, tempo de internação, experiência do cirurgião e desfechos.Resultados: Foram incluídos 358 pacientes, com idade de 32 ± 13,8 anos, e predomínio do sexo masculino (58,9%); 58,1% foram submetidos a cirurgia aberta, 41,9% a laparoscopia e 8% necessitaram conversão. As apendicites foram classificadas como complicadas em um terço dos casos. O tempo cirúrgico foi menor na cirurgia aberta (79,3 ± 38,8 vs. 104 ± 35,2 minutos; p&lt;0,001). O índice de complicações pós-operatórias foi de 21,2%, sendo significativamente maior na técnica aberta (26,4% vs.13%; p=0,003). O tempo de internação, a necessidade de reintervenção e mortalidade não apresentaram diferença entre as técnicas. Conclusões: Embora a apendicectomia aberta seja um procedimento seguro, com bons resultados e baixa morbimortalidade, a laparoscopia oferece potenciais vantagens em termos de evolução pós-operatória, inclusive em casos complicados. Deve ser indicada rotineiramente havendo disponibilidade de material e capacitação da equipe cirúrgica

    Neurodegenerative changes in the brainstem and olfactory bulb in people older than 50 years old: a descriptive study

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    With the increase in life expectancy in Brazil, concerns have grown about the most prevalent diseases in elderly people. Among these diseases are neurodegenerative diseases, such as Alzheimer’s and Parkinson’s diseases. Protein deposits related to the development of these diseases can pre-date the symptomatic phases by years. The tau protein is particularly interesting: it might be found in the brainstem and olfactory bulb long before it reaches the limbic cortex, at which point symptoms occur. Of the 14 brains collected in this study, the tau protein was found in the brainstems of 10 (71.42%) and in olfactory bulbs of 3 out 11. Of the 7 individuals who had a final diagnosis of Alzheimer’s disease (AD), 6 presented tau deposits in some region of the brainstem. Our data support the idea of the presence of tau protein in the brainstem and olfactory bulb in the earliest stages of AD
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