12 research outputs found

    Eating behavior of mothers living with child loss

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    A morte de um(a) filho(a) provoca reações afetivo-emocionais de longa duração que têm implicações no comportamento alimentar e no estado de nutrição dos pais. Com a supressão do convívio com o(a) filho(a) falecido(a), muito há por compreender em atitudes alimentares manifestadas no luto. O presente trabalho teve como objetivo investigar o comportamento alimentar de mães com vivência em perda de filho(a). Trata-se de um estudo transversal, com amostra por conveniência, realizado com mães frequentadoras de Organizações não- governamentais de apoio ao luto do Estado de Minas Gerais. Para atender a abordagem qualitativa e quantitativa deste estudo, foi desenvolvido um protocolo de condutas como um instrumento de acesso específico para conduzir inquéritos alimentares com enlutados. Para análise compreensiva das múltiplas dimensões que o fenômeno do luto materno envolve, a abordagem qualitativa foi ancorada na entrevista alimentar não-diretiva, adotando-se a perspectiva teórico-metodológica da fenomenologia existencial Heideggeriana. Para a abordagem quantitativa foi aplicado um questionário contemplando variáveis antropométricas, clínicas, socioeconômicas, causa do óbito, dor da perda, e caracterização do enlutamento. A ingestão foi documentada por meio de Questionário de Frequência Alimentar – QFA e para identificar tendências alimentares no luto materno, procedeu-se a análise de marcadores do consumo alimentar. Solicitou-se o registro das sensações hedônicas (fome, apetite, saciação, saciedade e refeição apetitosa) em datas críticas de tributo ao(a) filho(a) falecido(a) – de nascimento ou falecimento. O protocolo de condutas desenvolvido foi uma ferramenta que atendeu de forma satisfatória à necessidade de obtenção de informações de qualidade e de minimizar reações emocionais por parte da mãe. Participaram deste estudo 33 mães com idade entre 40 a 61 anos, com predominância de dois anos ou mais de vivência em perda de filho. Por meio da pesquisa foi possível delinear as práticas alimentares de mães com vivência em perda de filho(a) em seu contexto existencial e na sua relação com o alimento. A influência que o luto exerceu na relação de mães com a alimentação foi evidenciada de diversas maneiras, seja na ausência de fome, na alteração do peso e na falta do(a) filho(a) nas refeições, representando os desafios da mãe perante uma “mesa que encolheu” e exigindo das mesmas novas significações frente à alimentação. A condição existencial da mãe em ser-com os demais filhos possibilitou reações mais contundentes de enfrentamento ao luto no contexto da dimensão existencial do espaço do culinário. Os resultados da análise quantitativa também evidenciaram que a condição de ter mais filhos impôs às mães reações proativas frente aos alimentos, mesmo diante do luto recente. Verificou-se que a intensidade da dor da perda se correlacionou, de forma significativa, com ausência da fome, saciação rápida e saciedade prolongada; enquanto, o tempo maior de óbito do(a) filho(a) teve correlação com as escalas de sensação de fome e de menor saciação e saciedade. Os marcadores do consumo alimentar indicaram que o hábito alimentar da mãe tende a se restabelecer com o tempo. Ao se estudar a relação das mães com o alimento diante do luto materno, o seu modo de ser presente revelou que esta relação estava permeada por conflitos que implicaram em alterações nas práticas alimentares, levando a riscos nutricionais. O trauma decorrido da morte de um filho exerce fortes influências no sistema de regulação da fome e da saciedade, resultando, de início, na ausência da fome, na saciação rápida e na saciedade prolongada; e posteriormente, na busca por alimentos de resíduos adocicados e na persistência de determinadas restrições alimentares. Essas reações resultam em desgastes físicos com implicações no estado nutricional.The death of a child causes long-lasting affective-emotional reactions that have implications in the eating behavior and nutrition status of the parents. With the suppression of conviviality with the deceased child, there is much to be understood in terms of eating attitudes manifested in mourning. The present study had as objective to investigate the feeding behavior of mothers with living with child loss. This is a cross-sectional study, with convenience sample, performed with mothers attending non-governmental organizations to support mourning in the state of Minas Gerais. To meet the qualitative and quantitative approach of this study, a conduct protocol was developed as a specific access instrument to drive food surveys with mourners. For a comprehensive analysis of the multiple dimensions that the phenomenon of maternal mourning involves, the qualitative approach was anchored in the non-directive food interview, adopting the theoretical-methodological perspective of existential Heideggerian phenomenology. For the quantitative approach, a questionnaire was applied including anthropometric, clinical, socioeconomic variables, cause of death, pain of loss, and characterization of the involvement in mourning. Intake was documented through a Food Frequency Questionnaire - FFA and to identify dietary trends in maternal mourning, the analysis of food consumption markers was carried out. It was requested to register the hedonistic sensations (hunger, appetite, satiation, satiety and appetizing meal) on critical dates of tribute to the deceased child - birth or death date. The protocol of conducts developed was a tool that satisfactorily met the need to obtain quality information and to minimize emotional reactions of the mother. Thirty-three mothers aged between 40 and 61 years, predominantly two years or more living with child loss, participated in this study. Through the research it was possible to delineate the feeding practices of mothers that lost a child in their existential context and in their relationship with food. The influence that mourning exerted in the relationship of mothers with feeding was evidenced in several ways, either in the absence of hunger, in the weight change and the lack of the child in the meals, representing the challenges of the mother before a "Table that shrank" and demanding the same new meanings regarding food. The existential condition of the mother in being-with the other children made possible more forceful reactions of confrontation to mourning in the context of the existential dimension of the space of the culinary. The results of the quantitative analysis also showed that the condition of having more xiithat the condition of having more children imposed on mothers proactive reactions to food, even in the face of recent mourning. It was found that the intensity of the pain of loss correlated significantly with the absence of hunger, rapid satiation and prolonged satiety; while the longest time of death of the child had a correlation with the scale of hunger sensation and with less satiation and satiety. Food consumption markers indicated that the mother's eating habit tends to reestablish over time. When the relationship of mothers with food to maternal mourning was studied, their way of being present revealed that this relationship was permeated by conflicts that led to changes in eating practices, leading to nutritional risks. The trauma resulting from the death of a child exerts strong influences on the system that regulates hunger and satiety, resulting, in the beginning, from the absence of hunger, rapid satiation and prolonged satiety; and later, in the search for foods of sweet residues and in the persistence of certain food restrictions. These reactions result in physical exhaustion with nutritional status implications

    A influência do luto no comportamento alimentar e suas implicações nas condutas nutricionais

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    O despreparo para lidar com a morte e com a ausência do ente querido pode implicar em reações orgânicas e psicológicas que, em decorrência da capacidade adaptativa do indivíduo ao período de luto, acaba por interferir na condição de alimentação e, consequentemente, no estado nutricional. Este artigo aborda os efeitos do luto recente no comportamento alimentar, seguindo-se da análise de alguns pontos de vista da entrevista dietética; da condição de nutrição e de alimentação pós-morte do ente querido; e das implicações desse processo na fome, na sede e na culinária familiar, com enfoque nas condutas nutricionais e nas decisões que os norteiam. Trata-se de um estudo de revisão de literatura na temática morte e luto, o qual objetiva contextualizar o tema em reflexões pautadas nessa vivência, enfatizando a interação da nutrição com a ciência da tanatologia, área ainda pouco explorada e carente de estudos. A identificação dessa influência e de suas implicações permite melhor planejamento das estratégias alimentares, contribuindo sobremaneira para ações de enfrentamento e de apoio ao luto

    Ciência, Crise e Mudança. 3.º Encontro Nacional de História das Ciências e da Tecnologia. ENHCT2012

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    III Encontro Nacional de História das Ciências e da Tecnologia. O Centro de Estudos de História e Filosofia da Ciência, organiza o 3.º Encontro Nacional de História da Ciência e da Técnica, sob o tema «Ciência, Crise e Mudança» que tem lugar na Universidade de Évora, nos dias 26, 27 e 28 de Setembro de 2012. O Primeiro Encontro Nacional de História da Ciência teve lugar em 21 e 22 Julho de 2009, no seguimento do programa de estímulo ao de¬senvolvimento da História da Ciência em Portugal e de valorização do património cultural e científico do País, lançado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) em 31 de Janeiro desse ano. A sua organização coube a investigadores do Instituto de História Contemporânea (IHC), da FCSH da UNL, e do Centro Científico e Cultural de Macau (CCCM), em cujas instalações se realizou. De en¬tre as conclusões do Encontro, destacou-se a de realizar periodicamen¬te novos Encontros Nacionais, a serem organizados de forma rotativa por diferentes centros e núcleos de investigadores. Na sequência deste Primeiro Encontro, o Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia (CIUHCT) organizou, entre 26 e 28 de Julho de 2010, o II Encontro, dedicado ao tema “Comunicação das Ciências e da Tecnologia em Portugal: Agentes, Meios e Audiências”. Cabe agora ao CEHFCi cumprir o que foi decidido no final deste Encontro. Na situação económica e política que hoje vivemos torna-se particularmente urgente aprofundar o estudo e o debate sobre a interação entre a Sociedade, a Ciência e a sua História. Coordenação Científica e Executiva do encontro estiveram a cargo de dois investigadores CEHFCi: Maria de Fátima Nunes, José Pedro Sousa Dia

    NEOTROPICAL XENARTHRANS: a data set of occurrence of xenarthran species in the Neotropics

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    Xenarthrans—anteaters, sloths, and armadillos—have essential functions for ecosystem maintenance, such as insect control and nutrient cycling, playing key roles as ecosystem engineers. Because of habitat loss and fragmentation, hunting pressure, and conflicts with domestic dogs, these species have been threatened locally, regionally, or even across their full distribution ranges. The Neotropics harbor 21 species of armadillos, 10 anteaters, and 6 sloths. Our data set includes the families Chlamyphoridae (13), Dasypodidae (7), Myrmecophagidae (3), Bradypodidae (4), and Megalonychidae (2). We have no occurrence data on Dasypus pilosus (Dasypodidae). Regarding Cyclopedidae, until recently, only one species was recognized, but new genetic studies have revealed that the group is represented by seven species. In this data paper, we compiled a total of 42,528 records of 31 species, represented by occurrence and quantitative data, totaling 24,847 unique georeferenced records. The geographic range is from the southern United States, Mexico, and Caribbean countries at the northern portion of the Neotropics, to the austral distribution in Argentina, Paraguay, Chile, and Uruguay. Regarding anteaters, Myrmecophaga tridactyla has the most records (n = 5,941), and Cyclopes sp. have the fewest (n = 240). The armadillo species with the most data is Dasypus novemcinctus (n = 11,588), and the fewest data are recorded for Calyptophractus retusus (n = 33). With regard to sloth species, Bradypus variegatus has the most records (n = 962), and Bradypus pygmaeus has the fewest (n = 12). Our main objective with Neotropical Xenarthrans is to make occurrence and quantitative data available to facilitate more ecological research, particularly if we integrate the xenarthran data with other data sets of Neotropical Series that will become available very soon (i.e., Neotropical Carnivores, Neotropical Invasive Mammals, and Neotropical Hunters and Dogs). Therefore, studies on trophic cascades, hunting pressure, habitat loss, fragmentation effects, species invasion, and climate change effects will be possible with the Neotropical Xenarthrans data set. Please cite this data paper when using its data in publications. We also request that researchers and teachers inform us of how they are using these data
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