10 research outputs found

    Meninas Geocientistas de São Francisco de Itabapoana: igualdade de gênero no Projeto Geoparque Costões e Lagunas do Rio de Janeiro, Brasil

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    Este artigo objetiva apresentar os resultados já obtidos com o projeto “Geociências — Substantivo Feminino: Meninas Geocientistas de São Francisco de Itabapoana”, que visa encantar as meninas e mulheres do município pelas geociências. Trata-se de um dos municípios que compõem o território do Projeto Geoparque Costões e Lagunas do Rio de Janeiro e se apoia nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 5 (igualdade de gênero) e 4 (educação de qualidade). O projeto, financiado pela Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro, busca compartilhar o conhecimento existente sobre o meio físico local, de forma que amplie a compreensão do território por meio de pesquisas de campo, projetos educativos e de divulgação científica. Foram selecionadas 15 bolsistas jovens talentos de cinco escolas, orientadas por cinco professores bolsistas de treinamento e capacitação técnica e três bolsistas de iniciação científica, orientadas por pesquisadoras da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro e Secretaria Municipal de Educação e Cultura. Como resultados, podem ser destacados: realização de cursos de geologia geral para os professores municipais; oficina de minerais para os bolsistas; visitas de campo e laboratórios; desenvolvimento de projetos de monitoramento de sítios e levantamento geológico e hídrico; realização de entrevistas com moradores e coleta e análise de areias de praias, cordões litorâneos e rios; apresentação de trabalhos em eventos; entre outros. O andamento do projeto é divulgado nas redes sociais. Ao fim, será realizada uma feira de ciências para prestação de contas do projeto à população. Já se observa uma evolução positiva das jovens bolsistas em termos de interesse nas atividades de sala..

    Geoscientist Girls from São Francisco de Itabapoana: Gender equality in the Costões e Lagunas Geopark Project in the state of Rio de Janeiro, Brazil

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    Este artigo objetiva apresentar os resultados já obtidos com o projeto “Geociências — Substantivo Feminino: Meninas Geocientistas de São Francisco de Itabapoana”, que visa encantar as meninas e mulheres do município pelas geociências. Trata-se de um dos municípios que compõem o território do Projeto Geoparque Costões e Lagunas do Rio de Janeiro e se apoia nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 5 (igualdade de gênero) e 4 (educação de qualidade). O projeto, financiado pela Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro, busca compartilhar o conhecimento existente sobre o meio físico local, de forma que amplie a compreensão do território por meio de pesquisas de campo, projetos educativos e de divulgação científica. Foram selecionadas 15 bolsistas jovens talentos de cinco escolas, orientadas por cinco professores bolsistas de treinamento e capacitação técnica e três bolsistas de iniciação científica, orientadas por pesquisadoras da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro e Secretaria Municipal de Educação e Cultura. Como resultados, podem ser destacados: realização de cursos de geologia geral para os professores municipais; oficina de minerais para os bolsistas; visitas de campo e laboratórios; desenvolvimento de projetos de monitoramento de sítios e levantamento geológico e hídrico; realização de entrevistas com moradores e coleta e análise de areias de praias, cordões litorâneos e rios; apresentação de trabalhos em eventos; entre outros. O andamento do projeto é divulgado nas redes sociais. Ao fim, será realizada uma feira de ciências para prestação de contas do projeto à população. Já se observa uma evolução positiva das jovens bolsistas em termos de interesse nas atividades de sala...This article aimed to present the results already obtained with the project “Geosciences — Feminine Noun: Geoscientist Girls of São Francisco de Itabapoana”, which aims to charm the girls and women of the municipality through Geosciences. It is one of the municipalities that make up the territory of the Costões and Lagunas Geopark Project in the state of Rio de Janeiro. It is based on Sustainable Development Objectives: 5 - Gender Equality and 4 - Quality Education. The project, financed by Carlos Chagas Filho Foundation for Research Support of the State of Rio de Janeiro (Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro), seeks to share existing knowledge about the local physical environment in order to broaden the understanding of the territory through field research, educational projects, and scientific dissemination programs. Fifteen Jovens Talentos (Young Talent) scholarship holders from five schools were selected, guided by five Technical Training and Qualification scholarship holders and three Scientific Initiation scholarship holders, guided by researchers from Universidade Federal do Rio de Janeiro, Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, and Municipal Secretary of Education and Culture. The following results were held: General Geology courses for municipal teachers; mineralogy workshop for all scholarship holders; field and laboratory visits; development of site monitoring projects and geological and water surveys; conducting interviews with residents and collecting and analyzing sand from beaches, coastal ridges, and rivers; presentation of work at events; among others. The project’s progress is disclosed on social networks. Ultimately, it is intended to hold a Science Fair to render the project accountable to the population. A positive evolution of...&nbsp

    Viva à Geodiversidade: o uso do HQ na divulgação científica pelo Museu da Geodiversidade

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    O projeto de criação de uma história em quadrinhos (HQs) para divulgação do conteúdo de Geociências pelo Museu da Geodiversidade (MGeo) teve como ideia original a adaptação de clássicos da literatura para a contação de histórias como atividade educativa. Porém, por fatores diversos, este projeto inicial foi interrompido e retomado em uma nova proposta, a readaptação para a linguagem dos quadrinhos. O primeiro livro a ser pensado foi O Poço do Visconde, de Monteiro Lobato, que aborda temas sobre as Geociências direcionados ao público infantil. Adaptar tal texto para o formato da história em quadrinhos atendeu a um objetivo recorrente na missão do MGeo: a divulgação e a transmissão de conhecimento sobre geociências através de linguagem simples, acessível e atraente. No caso das HQs elas compõem uma das linguagens de narrativa sequencial, ou técnicas de se contar histórias, considerada hoje como um gênero literário próprio, logo uma  linguagem visual ampla com o poder de congregar informações, unindo signos visuais e verbais, como um instrumento de comunicação,  que trabalha também com o imaginário do leitor, constituindo excelente ferramenta para práticas pedagógicas. Os procedimentos metodológicos para criação dos quadrinhos, Viva à Geodiversidade, compreenderam: leituras sobre HQs, adaptação do texto original para linguagem própria, pesquisa de imagens e referências. A partir de tais ações foram escolhidos os personagens e o cenário da adaptação. Os personagens originais, Visconde de Sabugosa e a boneca Emília, foram transpostos para Pedro Rocha (mascote oficial do MGeo) e Fluorita, os quais, ao longo da história, ensinam fundamentos das Geociências para um grupo de estudantes e professores visitantes do MGeo, os quais substituem as crianças do Sítio do Pica-pau Amarelo. Depois dessa fase foram realizados os primeiros rascunhos para conjugar imagens com os textos, para então chegarmos à história final, a qual foi disponibilizada em formato eletrônico e teve a impressão de um pequeno número de cópias. Os principais resultados que pudemos perceber com este trabalho foram a facilitação da construção do conhecimento sobre geociências entre o público do museu, além da divulgação do seu acervo e o despertar da curiosidade entre crianças e adolescentes sobre os temas abordados. Viva à Geodiversidade, tomando caminhos próprios e utilizando o Museu da Geodiversidade como cenário para desenvolvimento dos diálogos, utilizou o livro O Poço do Visconde mais como referência, ganhando um roteiro próprio, alcançando os objetivos que são a difusão dos conhecimentos sobre as Geociências e do acervo do MGeo

    O PROJETO HERDEIROS DO PRÉ-SAL E A FORMAÇÃO PARA A CIDADANIA AMBIENTAL

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    O Projeto Herdeiros do Pré-Sal foi uma iniciativa realizada em 2013 quebuscou proporcionar o desenvolvimento de professores e alunos da rede pública doEnsino Médio do Estado do Rio de Janeiro ao tratar de temas relacionados à área dasGeociências, devido à necessidade de esclarecimento de como ocorrem as atividadespetrolíferas em consonância com ações de preservação ambiental. Este projeto foifruto de uma parceria entre as seguintes instituições: Museu da Geodiversidade(MGeo); BG Brasil e Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro (SEEDUC).Nesta proposta piloto, optou-se por enfocar as escolas vinculadas à CoordenadoriaRegional Metropolitana III, por se tratar de região do entorno do Parque Tecnológico daUFRJ. Foram selecionados pela SEEDUC 32 professores para participarem do projeto.Este foi formado por três etapas que se tornaram interdependentes e obrigatórias: (1)participação do professor no curso presencial “Curso Docente: Herdeiros do Pré-Sal”,(2) visita com os alunos ao espaço expositivo do MGeo e (3) participação na feiracientífica “Semana Integrada Museu & Escola (SIME)”.A realização e conclusão desseprojeto foi, visivelmente, benéfica e promissora para todos os envolvidos em suaconsumação. O êxito dele foi tão expressivo que o mesmo está sendo ampliado emelhorado neste ano de 2014.Palavras-chave: Educação em museus. Geociências. Divulgação científica

    Preservação, divulgação científica e acessibilidade: 10 anos da exposição Memórias da Terra do Museu da Geodiversidade do Instituto de Geociências da Universidade Federal do Rio de Janeiro

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    A exposição “Memórias da Terra”, do Museu da Geodiversidade (IGEO/UFRJ), completou 10 anos em 2021. Ela busca contar a história do nosso Planeta numa perspectiva geológica e biológica, e está dividida em 11 módulos, que perpassam a origem do Planeta Terra e até o Tecnógeno (também conhecido como Antropoceno), buscando a preservação e valorização do patrimônio geológico brasileiro. Desde sua inauguração, em setembro de 2011, a equipe do MGeo vem buscando a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão através de ações que buscam o diálogo com o público interno e externo à UFRJ. Durante essa primeira década, foram inseridos novos acervos, módulos, aparatos tecnológicos e alguns recursos de acessibilidade no seu circuito expositivo. Destacamos o módulo da exposição Gondwana, o aparato interativo “De olho no petróleo”, o AppMGeo e a inclusão de maquetes táteis. O trabalho no MGeo é realizado por uma equipe com seis técnicos administrativos, uma docente, estudantes extensionistas e de iniciação científica e duas técnicas administrativas colaboradoras da Diretoria de Extensão do Instituto de Geociências. Os servidores têm projetos de extensão cadastrados na Pró-reitoria de Extensão e de Iniciação Científica vinculados ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação Científica (PIBIC) da Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa que oferecem bolsas para os estudantes. Também buscam financiamentos junto a editais de agências de fomento como CNPq, FAPERJ, e parcerias com empresas privadas e com outras unidades da UFRJ para desenvolverem ações museais inclusivas.  Até o momento, a exposição já recebeu cerca de 50 mil visitantes, abrangendo o público interno da Universidade (servidores e estudantes), e externo. Este último é composto majoritariamente pelo público escolar. Foram crianças, jovens e adultos de todas as idades, vindos de diferentes regiões do Rio de Janeiro e mesmo de outros estados. Para dinamizar o contato e interação do visitante com a mostra são criados roteiros para as visitas mediadas e atividades educativas que estimulem uma percepção crítica sobre o patrimônio geológico nacional e sobre o planeta Terra. O MGeo também realizou nestes 10 anos da exposição eventos voltados para a Educação  Básica, como a 1ª Olimpíada Nacional de Geociências em 2011, o projeto “Herdeiros do Pré-Sal” de 2013 a 2015 e atualmente os Projetos “Rio Geológico” e “Geociências: substantivo feminino”. Essas ações se inscrevem nos campos da acessibilidade cultural, da educação museal, da museologia e da divulgação científica. Um conjunto multidisciplinar atuando para a democratização de saberes

    Bromine and chlorine determination in cigarette tobacco using microwave-induced combustion and inductively coupled plasma optical emission spectrometry

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    A combustão iniciada com micro-ondas (MIC) foi aplicada para decomposição de amostras de tabaco de cigarro e subsequente determinação de bromo e cloro por espectrometria de emissão óptica com plasma indutivamente acoplado (ICP OES). Massas de amostra de até 500 mg foram decompostas em frascos fechados e pressurizados com 20 bar de oxigênio. A combustão foi completada em menos de 30 s e os analitos foram absorvidos em solução diluída de (NH4)2CO3. A exatidão foi avaliada usando materiais de referência certificados e mediante a determinação utilizando ICP-MS. A concordância foi melhor do que 98% usando 50 mmol L-1 de (NH ) CO 4 2 3 como solução absorvedora e 5 min de refluxo. A temperatura durante a combustão foi superior a 1400 °C e o conteúdo de carbono residual nos digeridos após MIC foi menor que 1%. Até oito amostras podem ser decompostas simultaneamente. Limites de quantificação utilizando MIC e determinação por ICP OES foram de 12 e 6 µg g-1 para Br e Cl, respectivamente.The microwave-induced combustion (MIC) was applied for cigarette tobacco samples digestion and further determination of bromine and chlorine by inductively coupled plasma optical emission spectrometry (ICP OES). Samples masses up to 500 mg were combusted in closed vessels using 20 bar of oxygen. Combustion was complete in less than 30 s and analytes were absorbed in diluted (NH4)2CO3 solution. Accuracy was evaluated using certified reference materials with similar matrix composition and comparison with results obtained using ICP-MS. The agreement was better than 98% using 50 mmol L-1 (NH4)2CO3 as absorbing solution and 5 min of reflux. Temperature during combustion was higher than 1400 °C and the residual carbon content in digest obtained after MIC was lower than 1%. Up to eight samples could be processed simultaneously and a single absorbing solution was suitable for both Br and Cl. Limit of quantification by MIC and further ICP OES determination was 12 and 6 μg g-1 for Br and Cl, respectively

    A Olimpíada Brasileira de Geociências: contribuição para a popularização das Ciências da Terra

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    A questão ambiental assumiu importância fundamental no final do século XX, época na qual em muitos lugares da Terra despertou-se a consciência para os problemas globais de poluição e deterioração ambientais. Ciente disso, o Museu da Geodiversidade, pertencente ao Instituto de Geociências da Universidade Federal do Rio de Janeiro, procura contribuir com atividades educativas sobre temas das Ciências da Terra, sob um viés valorativo e preservacionista. A 1ª Olimpíada Nacional de Geociências ocorreu no ano de 2011, sob o tema "Geodiversidade: conhecer e conservar". Reuniram-se alunos e professores do Ensino Médio de todo o país, que puderam aprender mais sobre o planeta e as melhores formas de utilizar seus recursos de modo consciente. A Olimpíada, financiada pelo CNPq e patrocinada pela Petrobras, desenvolveu-se online nas três primeiras fases e presencial na última, realizando integração de representantes deste imenso país. Apesar das dificuldades encontradas, os resultados da atividade foram excelentes: maior problematização e diálogo sobre a temática ambiental relacionada às Geociências em território nacional, além de uma grande oportunidade de divulgação somada ao incentivo dos jovens em seguir carreiras científicas

    Memórias do Sistema Solar – O Uso do Jogo da Memória e do Origami para Divulgação Científica no Museu da Geodiversidade

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    O Museu da Geodiversidade (MGeo) tem como objetivo desenvolver atividades que auxiliem o visitante no conhecimento sobre  as geociências. Para atingir ao público infanto-juvenil procuramos abordar assuntos que despertam fascínio através do uso de atividades lúdicas com as quais seja possível interagir diretamente. Após pesquisa, percebemos que a temática sobre o Sistema Solar gera grande curiosidade entre essa parcela de visitantes e buscamos trabalhar esta questão através de um jogo da memória associado ao origami. A atividade parte do princípio inerente aos tradicionais jogos da memória, em que os participantes desenvolvem estratégias de memorização, estabelecendo relações entre imagens e suas posições no tabuleiro. Porém, nesse caso, o participante não irá associar apenas imagens. O jogo se divide em cartas com as imagens dos planetas e do Sol, as quais se associam às outras cartas com curiosidades a respeito de cada um dos elementos, totalizando o jogo.  A metodologia adotada para construção da ação envolveu 3 etapas: pesquisa sobre o tema, elaboração de ilustrações e definição da dinâmica da atividade. A partir da pesquisa ficaram definidas as informações que iriam compor as cartas textuais. No segundo passo, para tornar a atividade mais atraente dentro do universo infanto-juvenil, na representação dos planetas optou-se pela personificação de suas formas.  As expressões, poses e vestimentas, que compõem a personalidade de cada planeta e do Sol, foram desenvolvidas com base nas informações das cartas textuais, para gerar identificação entre imagens e textos, principal característica de um jogo da memória.  Para complementar o conhecimento construído, ao finalizar o jogo da memória, o participante é convidado a realizar uma atividade manual e divertida com uma técnica milenar: o Origami. Para que os participantes possam consolidar os conhecimentos sobre nosso Sistema Solar e que eles mesmos possam fazer suas dobraduras utilizamos uma forma bem comum, a tagarela ou abre-e-fecha, contando ainda com o auxílio de uma cartela com as figuras dos 8 planetas e do Sol. Na parte de fora da dobradura são colados os adesivos dos 4 planetas rochosos que estão mais próximos do Sol, que ficará no centro da dobradura, e na parte de dentro,  os 4 planetas gasosos. O movimento de abre e fecha do origami permitirá que esta relação seja visualizada pelo participante. Pudemos observar que essa atividade aborda o tema do Sistema Solar de maneira dinâmica, estimulando vários aspectos do desenvolvimento cognitivo e despertando o interesse do público pela temática das Geociências

    DIVULGAÇÃO DAS GEOCIÊNCIAS PELO MUSEU DA GEODIVERSIDADE-IGEO-UFRJ

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    O Museu da Geodiversidade (MGeo) foi criado em 2007 e localiza-se na Ilha do Fundão, Cidade Universitária da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ. Abriga a terceira maior coleção de fósseis do país, catalogada pelo sistema Paleo do Serviço Geológico do Brasil, de acervos disponíveis na Internet. Compreende um abundante e diversificado patrimônio científico composto por elementos da geodiversidade, tais como minerais, rochas, solos e fósseis, além de fotografias, instrumentos de uso em Geociências, mapas, documentos e livros raros. Parte desse acervo pode ser contemplado na exposição Memórias da Terra, inaugurada em 11 de setembro de 2011 e que abrange uma área de cerca de 600m², subdividida em 12 módulos. Ela foi concebida com o intuito de apresentar a evolução da Terra ao longo do tempo geológico. Além de contar com um incrível acervo composto por fósseis, rochas, minerais, reconstituições e esculturas digitais únicas, foram desenvolvidos equipamentos de interatividade exclusivos. Com a ajuda da tecnologia, o famoso escritor brasileiro Monteiro Lobato ganha vida; é possível experimentar a sensação de estar em um terremoto, além de analisar objetos do nosso cotidiano e verificar se algum derivado de petróleo foi utilizado em sua fabricação. Por isso, é possível afirmar que a história do Planeta Terra é retratada na exposição sob o viés estético e interativo, com a museografia pautada em três pilares: conhecimento, estética e tecnologia. Toda a narrativa expositiva buscou privilegiar a comunicação com o público. A maior parte dos visitantes  é composta por alunos e professores das redes pública e privada de educação, seguida pelos estudantes e pesquisadores da própria UFRJ e de outras instituições de ensino superior. As ações do MGeo vão além da exposição de longa duração e se ramificaram para outros espaços da Cidade Universitária. Assim, a compreensão do passado geológico da Terra e da valorização do patrimônio geológico também ampliou-se para o passado geológico e histórico da formação da Ilha do Fundão. Isso ocorreu através do mapeamento dos pontos de interesse geológico do estado. O museu conta com uma equipe multidisciplinar composta por museólogos, geólogos, paleontólogos e educadores. Os membros coordenam bolsistas, voluntários e alunos curriculares de diferentes áreas do conhecimento, tais como Geografia, Geologia, Gravura, Pintura, Escultura, Comunicação Visual, Letras, Museologia, Indumentária, Desenho Industrial, Terapia Ocupacional, Arquitetura, Ciências da Computação entre outros. As atividades pedagógicas criadas por este grupo visam complementar a exposição e os conhecimentos adquiridos, ampliando, de acordo com as características de cada grupo, a sua experiência no museu. Através da união entre ciência, educação e lazer, o MGeo procura preservar o patrimônio geológico a partir da conservação de suas coleções científicas e demonstrar a importância das Geociências para as atividades econômicas e melhoria das condições de vida da população. Para isso, atua de forma intensa na revitalização do espaço da Cidade Universitária, elabora, planeja e executa projetos educacionais dentro e fora da universidade e exposições criativas para auxiliar o desenvolvimento cultural e social dos cidadãos.Palavras-chave: Museu da Geodiversidade, Exposição, divulgação científica, extensão universitária  

    50 ANOS DO INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS DA UFRJ

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    O Instituto de Geociências (IGEO) é uma unidade do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN) que congrega 4 cursos de graduação, 3 cursos de pós-graduação, o Museu da Geodiversidade e o Polo Casa da Pedra, localizado no município de Santana do Cariri, no Ceará. O IGEO destaca-se em âmbito estadual, regional e nacional pela formação sólida científica e profissional nas áreas de Geografia, Geologia e Meteorologia, campos que tratam de diversos problemas e questões teóricas e práticas ligadas à dinâmica de transformações naturais e sociais que afetam a vida e as sociedades no planeta Terra, as quais demandam não apenas uma sólida base de conhecimentos científicos, como principalmente sua articulação e diálogo inter e transdisciplinar através da pesquisa, do ensino e da extensão universitária. As atividades desenvolvidas nos cursos do IGEO buscam a excelência na produção do conhecimento, com uma formação voltada para o desenvolvimento do pensamento crítico e da capacidade de observação e indagação, integrando alunos, docentes e técnicos de diversas formações e especialidades. Ao longo dos últimos anos, o IGEO tem procurado dar suporte ao fortalecimento dos cursos de graduação e pós-graduação, assim como das ações de extensão, ampliando e melhorando a infraestrutura e os espaços de convivência e de produção técnico-científica. Com isso, busca contribuir para a continuidade da produção do conhecimento genuíno, para o estabelecimento de novas pontes entre os diversos campos de pesquisa, ensino e extensão, assim como para a democratização do saber produzido na universidade. No processo mais recente de revitalização dos espaços da unidade, a valorização do seu potencial transformador constitui um dos principais focos. Acreditamos que é possível preservar a busca de novos saberes e estar atentos e sensíveis às demandas da sociedade, através do estudo das próprias realidades naturais e sociais, enfim, ambientais. Em 13 de março de 2017 o IGEO/UFRJ comemorou 50 anos de existência. Com o amplo leque de temas geográficos, geológicos e meteorológicos trabalhados pelos laboratórios e grupos de pesquisa, fundamentais para a apreensão da dinâmica da Terra e das sociedades, em suas múltiplas conexões e escalas de tempo e espaço, devemos refletir sobre o papel da instituição frente aos desafios que envolvem a educação, a formação humana e profissional e a evolução – passado, presente e futuro – dos sistemas ambientais e da humanidade. Neste sentido, destacamos a importância da diversidade do IGEO e das experiências e caminhos da extensão de uma unidade que é múltipla, para um pensar crítico e abrangente sobre grandes problemas que afetam o planeta e os que nele habitam.Palavras-chave: História institucional, Formação acadêmica, Ensino-Pesquisa-Extensão, Terra
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