O projeto de criação de uma história em quadrinhos (HQs) para divulgação do conteúdo de Geociências pelo Museu da Geodiversidade (MGeo) teve como ideia original a adaptação de clássicos da literatura para a contação de histórias como atividade educativa. Porém, por fatores diversos, este projeto inicial foi interrompido e retomado em uma nova proposta, a readaptação para a linguagem dos quadrinhos. O primeiro livro a ser pensado foi O Poço do Visconde, de Monteiro Lobato, que aborda temas sobre as Geociências direcionados ao público infantil. Adaptar tal texto para o formato da história em quadrinhos atendeu a um objetivo recorrente na missão do MGeo: a divulgação e a transmissão de conhecimento sobre geociências através de linguagem simples, acessível e atraente. No caso das HQs elas compõem uma das linguagens de narrativa sequencial, ou técnicas de se contar histórias, considerada hoje como um gênero literário próprio, logo uma linguagem visual ampla com o poder de congregar informações, unindo signos visuais e verbais, como um instrumento de comunicação, que trabalha também com o imaginário do leitor, constituindo excelente ferramenta para práticas pedagógicas. Os procedimentos metodológicos para criação dos quadrinhos, Viva à Geodiversidade, compreenderam: leituras sobre HQs, adaptação do texto original para linguagem própria, pesquisa de imagens e referências. A partir de tais ações foram escolhidos os personagens e o cenário da adaptação. Os personagens originais, Visconde de Sabugosa e a boneca Emília, foram transpostos para Pedro Rocha (mascote oficial do MGeo) e Fluorita, os quais, ao longo da história, ensinam fundamentos das Geociências para um grupo de estudantes e professores visitantes do MGeo, os quais substituem as crianças do Sítio do Pica-pau Amarelo. Depois dessa fase foram realizados os primeiros rascunhos para conjugar imagens com os textos, para então chegarmos à história final, a qual foi disponibilizada em formato eletrônico e teve a impressão de um pequeno número de cópias. Os principais resultados que pudemos perceber com este trabalho foram a facilitação da construção do conhecimento sobre geociências entre o público do museu, além da divulgação do seu acervo e o despertar da curiosidade entre crianças e adolescentes sobre os temas abordados. Viva à Geodiversidade, tomando caminhos próprios e utilizando o Museu da Geodiversidade como cenário para desenvolvimento dos diálogos, utilizou o livro O Poço do Visconde mais como referência, ganhando um roteiro próprio, alcançando os objetivos que são a difusão dos conhecimentos sobre as Geociências e do acervo do MGeo