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Consumo abusivo do álcool altera paramêtros dopaminérgicos: abordagem experimental e revisão sistemática
Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde para obtenção do título de Mestre em Ciências da Saúde.O consumo do álcool em excesso é considerado um grave problema de saúde, causando danos não somente ao indivíduo adicto, mas também ao ciclo social, familiar e profissional. O consumo abusivo do álcool ocorre de diversas formas, incluindo o binge alcoólico (weekly-binge), no qual consiste em um padrão de consumo caracterizado pela ingestão eventual de doses relativamente altas de álcool seguido de um período de abstinência. Entre as vias de sinalização envolvidas no consumo de álcool encontra-se a via de recompensa dopaminérgica, estimulando a liberação de dopamina. Para mimetizar esses efeitos, o peixe-zebra vem sendo utilizado como modelo animal para estudar os efeitos do álcool no cérebro dos vertebrados devido a uma série de vantagens práticas desta espécie e sua similaridade neural com os humanos. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar o sistema dopaminérgico envolvido no binge alcoólico no modelo de peixe-zebra e realizar uma revisão sistemática em humanos a fim de avaliar as alterações funcionais da dopamina em indivíduos alcoolistas através do exame tomografia por emissão de pósitrons (PET). Durante a fase experimental, os animais foram expostos ao etanol (1,4% v/v) por 30 minutos, uma vez por semana por três semanas consecutivas. Os grupos foram divididos conforme o tempo de análise após a terceira e última exposição ao etanol, sendo eles: weekly-binge imediato (WB-I), analisado imediatamente após a última exposição, weekly-binge 2 dias (WB-2), após 2 dias e weekly-binge 9 dias (WB-9), após 9 dias. Após esse período, os cérebros foram dissecados e a atividade dos transportadores de dopamina (DATs) foi avaliada utilizando [3H]Dopamina marcada radioativamente. A atividade da monoamina oxidase (MAO) foi verificada por método de fluorescência, utilizando quinuramina como substrato não-seletivo. Foi realizado o método de cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) para avaliar os níveis totais de dopamina e noradrenalina. Para a etapa da revisão sistemática foi realizada uma busca a partir das bases de dados utilizando os seguintes termos: "dopamine", “ethanol", “alcohol”, "positron-emission tomography". Os grupos WB-I e WB-2 apresentaram um aumento significativo da atividade dos DATs comparado ao grupo controle. Os resultados demonstram que em relação a MAO os grupos WB-2 e WB-9 mostraram uma redução significativa na atividade da enzima. Nos níveis cerebrais totais de dopamina os grupos WB-2 e WB-9 apresentaram um aumento significativo em relação ao grupo controle. A revisão sistemática permitiu a identificação de 293 estudos e após a leitura dos títulos e resumos 285 foram considerados irrelevantes, pois não preencheram os critérios de inclusão. Para leitura do texto completo, foram analisados 50 estudos, sendo nove estudos incluídos na revisão qualitativa. Quatro estudos apresentaram como resultado a redução na disponibilidade apenas no receptor D2 em diferentes regiões cerebrais. Em relação ao receptor D3 isoladamente apenas um estudo relatou esse achado e quatro estudos relataram diminuição em ambos receptores. Diante disso, o binge foi capaz de promover alterações suscetíveis no sistema dopaminérgico mesmo após dois e nove dias a partir da última exposição ao álcool. Em adição, alterações nos receptores D2 em diversas regiões cerebrais em humanos alcoolistas foram encontradas em uma revisão sistemática
SISTEMA DOPAMINÉRGICO NO ABUSO DE ÁLCOOL: REVISÃO SISTEMÁTICA
O consumo do álcool em excesso é considerado um grave problema de saúde, causando danos não somente ao usuário, mas também ao seu ciclo social, familiar e profissional. O álcool é classificado como uma droga lícita com relevante aceitação social, no entanto, estima-se que o consumo excessivo gerou 3,3 milhões de mortes (5,9%) no mundo. O transtorno por uso de álcool possui uma prevalência de 8,5% em adultos nos Estados Unidos. As vias mesolímbica e mesocortical, funcionam paralelamente entre si e com as demais estruturas cerebrais e configuram o sistema de recompensa cerebral, sendo que a dopamina é o principal neurotransmissor presente neste sistema. À vista disso, as drogas psicoativas produzem um aumento da descarga de dopamina no sistema de recompensa, assim sendo, a via de recompensa dopaminérgica é a principal do sistema de recompensa cerebral, porém não é a única. A estimulação contínua de dopamina dessensibiliza os sistemas de recompensa, fazendo com este que deixe de responder aos estímulos cotidianos e a única coisa que se torna gratificante é a droga. Com o uso prolongado, a droga perde sua capacidade de recompensa, causando a necessidade do aumento de dose. Visto isso, foi realizada uma revisão sistemática para avaliar o sistema dopaminérgico no abuso de álcool em humanos. Desta forma foi desenvolvida uma estratégia de busca utilizando os seguintes termos: “dopamine”, “ethanol”, “alcohol” e “positron-emission tomography", pesquisados nas bases de dados: MEDLINE, EMBASE, Cochrane Library, Insight e Literatura cinzenta (Google Scholar e British Library), para estudos publicados até agosto de 2018. A qualidade dos estudos foi avaliada Newcastle-Ottawa (NOS). A população do estudo foi restrita para humanos. Foram encontrados 293 estudos. Após leitura de títulos e resumos, 235 estudos foram considerados irrelevantes, pois não atenderam aos critérios de inclusão. 50 estudos foram para a leitura na íntegra. Destes, 41 foram excluídos pelas seguintes razões: desenho do estudo, população de pacientes, intervenção e resultados. Nove estudos foram incluídos na síntese qualitativa. Quatro estudos relataram redução na disponibilidade apenas no receptor D2 em diferentes regiões do cérebro. Em relação ao receptor D3, apenas um estudo relatou esse achado e quatro estudos relataram uma diminuição em ambos os receptores D2 e D3. Assim, pode-se concluir que nesta revisão sistemática foram encontradas alterações nos receptores D2 em várias regiões do cérebro em humanos alcoolistas.Palavras-Chave: Sistema Dopaminérgico, Revisão Sistemática, Álcool
Effects of whey protein supplement in the elderly submitted to resistance training:systematic review and meta-analysis
Aim: We performed a systematic review to map the evidence and analyze the effect of whey protein supplementation in the elderly submitted to resistance training. Methods: A comprehensive search on Medline, LILACS, EMBASE, and the Cochrane Library for relevant publications was conducted until August 2015. The terms used in the search were: “Resistance training”; “Whey protein”; “Elderly”. Results: A total of 632 studies were screened. Five studies were included composing a sample of 391 patients. The supplement whey protein was associated with higher total protein ingestion 9.40 (95% CI: 4.03–14.78), and with an average change in plasma leucine concentration. The supplementation was also associated with increased mixed muscle protein synthesis 1.26 (95% CI: 0.46–2.07) compared to the control group. Conclusion: We observed an increase in total protein intake, resulting in increased concentration of leucine and mixed muscle protein fractional synthesis rate
transperineal laser ablation (TPLA) with ultrasound/MRI fusion guidance in the treatment of localized radiotherapy-resistant prostate cancer
objective: the objective of this study was to assess the technical feasibility, safety, and efficacy of transperineal laser ablation (TPLA) guided by ultrasound/magnetic resonance (MR) fusion as a salvage treatment for refractory focal prostate cancer. methods: a total of five patients who had undergone radiation therapy (RT) for prostate carcinoma and biochemical recurrence, confirmed by both prostate-specific antigen (PSA) levels and MRI (3T mpMRI), were enrolled in this study. focal ablation was performed using a 1064 nm diode laser. Post-ablation follow-up was conducted for a duration of 18 months, which included regular PSA sampling, 3T mpMRI, and ultrasound/MR fusion-guided biopsies systematic and targeted at the site of the focal treatment. results: the focal ablation procedure was carried out in an outpatient setting regimen with optimal clinical and biochemical outcomes. no recurrence was detected throughout the follow-up period. conclusion: TPLA focal treatment effectively manages local recurrences of RT refractory prostate cancer without side-effects or complications. preservation of quality of life and functional outcomes, along with a >70% reduction in PSA, were achieved. advances in knowledge: our study investigated TPLA as a salvage treatment for low-risk recurrent prostate cancer after RT, demonstrating its tolerability, feasibility, and effectiveness
Cohort profile : demographic and clinical characteristics of the MILESTONE longitudinal cohort of young people approaching the upper age limit of their child mental health care service in Europe
Purpose: The presence of distinct child and adolescent mental health services (CAMHS) and adult mental health services (AMHS) impacts continuity of mental health treatment for young people. However, we do not know the extent of discontinuity of care in Europe nor the effects of discontinuity on the mental health of young people. Current research is limited, as the majority of existing studies are retrospective, based on small samples or used non-standardised information from medical records. The MILESTONE prospective cohort study aims to examine associations between service use, mental health and other outcomes over 24 months, using information from self, parent and clinician reports. Participants: Seven hundred sixty-three young people from 39 CAMHS in 8 European countries, their parents and CAMHS clinicians who completed interviews and online questionnaires and were followed up for 2 years after reaching the upper age limit of the CAMHS they receive treatment at. Findings to date: This cohort profile describes the baseline characteristics of the MILESTONE cohort. The mental health of young people reaching the upper age limit of their CAMHS varied greatly in type and severity: 32.8% of young people reported clinical levels of self-reported problems and 18.6% were rated to be ‘markedly ill’, ‘severely ill’ or ‘among the most extremely ill’ by their clinician. Fifty-seven per cent of young people reported psychotropic medication use in the previous half year. Future plans: Analysis of longitudinal data from the MILESTONE cohort will be used to assess relationships between the demographic and clinical characteristics of young people reaching the upper age limit of their CAMHS and the type of care the young person uses over the next 2 years, such as whether the young person transitions to AMHS. At 2 years follow-up, the mental health outcomes of young people following different care pathways will be compared. Trial registration number: NCT03013595
Demographic, clinical, and service-use characteristics related to the clinician’s recommendation to transition from child to adult mental health services
Purpose:
The service configuration with distinct child and adolescent mental health services (CAMHS) and adult mental health services (AMHS) may be a barrier to continuity of care. Because of a lack of transition policy, CAMHS clinicians have to decide whether and when a young person should transition to AMHS. This study describes which characteristics are associated with the clinicians’ advice to continue treatment at AMHS.
Methods:
Demographic, family, clinical, treatment, and service-use characteristics of the MILESTONE cohort of 763 young people from 39 CAMHS in Europe were assessed using multi-informant and standardized assessment tools. Logistic mixed models were fitted to assess the relationship between these characteristics and clinicians’ transition recommendations.
Results:
Young people with higher clinician-rated severity of psychopathology scores, with self- and parent-reported need for ongoing treatment, with lower everyday functional skills and without self-reported psychotic experiences were more likely to be recommended to continue treatment. Among those who had been recommended to continue treatment, young people who used psychotropic medication, who had been in CAMHS for more than a year, and for whom appropriate AMHS were available were more likely to be recommended to continue treatment at AMHS. Young people whose parents indicated a need for ongoing treatment were more likely to be recommended to stay in CAMHS.
Conclusion:
Although the decision regarding continuity of treatment was mostly determined by a small set of clinical characteristics, the recommendation to continue treatment at AMHS was mostly affected by service-use related characteristics, such as the availability of appropriate services
Body Composition in Patients with Follicular Lymphoma: Asso-Ciations between Changes in Radiomic Parameters in Patients Treated with R-CHOP-like and R-B Regimens: LyRa 01F
In patients with follicular lymphoma (FL), therapeutic advances have led to improved survival, and within this framework, it is important to identify treatment strategies offering a better quality of life. Using (18)F-fluorodeoxyglucose positron emission tomography/computed tomography (PET/CT), in patients treated with R-CHOP-like or R-Bendamustine regimens, we assessed changes in the bone mineral density (BMD), musculoskeletal index (SMI), visceral adipose tissue (VAT), and subcutaneous adipose tissue (SAT) at disease onset and at the end of therapy. We evaluated whether the high-steroid regimen could lead to more significant radiological changes than those induced by the steroid-free regimen and whether a low BMD at disease onset is an unfavorable prognostic index. Seventy-nine patients between 60 and 80 years old with a new diagnosis of FL were included in the study. Evaluation of Delta values (pre- and post-therapy mean values) in the two immunochemotherapy regimens showed differences in radiomic parameters within the two patient cohorts. The R-CHOP-like regimen was associated with a significant reduction in BMD, an increase in SAT and VAT, and a reduction in skeletal muscle density (SMD) and SMI. Moreover, patients with high FLIPI showed a BMD below the cut-off value. This study represents the first study demonstrating a prognostic correlation between FLIPI and low BMD