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Estudo da ilha de calor urbano de Bragança
O constante crescimento das cidades tem levantado diversos problemas ambientais nos espaços urbanos. A construção em altura e o uso de materiais artificiais altera o escoamento atmosférico e o balanço energético, causando o conhecido Efeito de Ilha de Calor Urbano (EICU). Com o objetivo de avaliar o EICU na cidade de Bragança foi instalada uma rede de medição de temperatura e de humidade do ar, com 23 termo-higrómetros
colocados em diferentes locais da cidade e no espaço rural, complementada com um estação meteorológica automática. Os resultados evidenciam a existência do EICU. No período de inverno, a intensidade do EICU atinge em média os 2ºC, embora tenham sido registados máximos na ordem dos 5ºC. Tal como seria de esperar, é na época de verão que se verificaram as maiores diferenças entre zonas urbanas e zonas rurais,
sendo que a média sobe para os 3ºC nas zonas mais urbanizadas, onde se registam máximos na ordem dos 6ºC. Em ambos os casos, os picos de intensidade observaram-se predominantemente uma a duas horas antes do nascer do sol, em particular em dias de vento fraco. Este estudo aplicou ainda Funções Ortogonais Empíricas (FOE), de forma a identificar os principais padrões de variabilidade dos dados. A partir dos dados horários de todo o ano, o padrão espacial da primeira componente indica claramente a presença de anomalias positivas nas zonas urbanas e negativas nos pontos envolventes, esta componente contém cerca de 38% da variabilidade de todos os dados. A mesma análise baseada nas médias horárias, por época sazonal, evidencia o mesmo padrão espacial, sendo que no verão a série temporal da primeira componente apresenta valores de
maior intensidade e cuja variabilidade representa 53.7 %. Estes resultados permitem afirmar que o primeiro modo de variabilidade corresponde ao EICU da cidade de Bragança.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Urban climate studies: addressing the role of urban green spaces
Cities present a wide range of climate transformations resulting from changes induced by buildings and other artificial structures, including such effects as the urban heat island (UHI) and the changes in the ventilation patterns. Under these conditions, urban climate analysis is increasingly considered as a necessary activity that should be part of the urban planning practice.
Although there has been a wide development of climate studies across different countries, further improvement is needed to address a wider diversity of geographic locations and conditions (Ren et al., 2010). Stewart and Oke (2012) defined a set of Local Climate Zones (LCZ) as a way to address such a complex reality, including both urban and periurban locations.
As part of the European funded project BIOURB, a study is taking place in Bragança (Portugal) aiming at studying local urban climate, while establishing a basic methodology that can be used as a reference for cities located in the regions of the North of Portugal and Castilla-León (Spain). The methodology can be described as consisting on the integration of urban climate monitoring with the interpretation of major factors influencing local climate (topography, land use and artificial structures), allowing for the interpretation of major climate transformations, with the ultimate goal of providing urban design strategies.
Urban climate monitoring is being carried out with a combination of twenty three temperature and relative humidity sensors, five wind anemometers and three weather stations. The location of these equipment addresses different LCZs and the potential rural to urban gradient, including several green spaces within the urban limits. Results from a full year campaign, show that while addressing a small, though complex, urban reality and despite the proximity to rural surroundings, the Urban Heat Island effect reaches intensity values over 5oC during the hot summer nights, thus showing the contrast between the higher temperatures resulting from the effects of artificial surfaces, anthropogenic heat and heat retention by buildings, and the lower temperatures observed in green spaces both within and outside the town.
As urban climate study is still being carried out, preliminary results suggest green spaces are relevant assets in climate intervention by both diminishing thermal load, relevant under warm summer conditions and to potentially being associated to topographic dynamic processes such cold air drainage (valleys), wind reduction (woodlands) or wind enhancing (grasslands)
Green space influence on thermal comfort contrasting approaches in the assessment of conditions in Bragança (Portugal)
Green Spaces are regarded as elements that can help to provide thermal comfort inside cities. To evaluate
this influence both climate and personal variables must be investigated and evaluated taking into account different spatial
layouts. Trying to address this complex reality, two different approaches were developed, using green spaces at the city of
Bragança (Portugal) as case studies: green spaces surveys, addressing users, and structured experiments, controlling
both individual and climatic variables. Field surveys proven to identify a narrow range of thermal sensations, thus
limiting the analysis. Data from a structured experiment, conducted in early fall conditions, show the influence of
different green space locations on both meteorological variables and thermal sensations. Amongst the evaluated
variables, global radiation proves to be the most relevant variable influencing the perceived thermal sensations.POCTI - FC
Mapeamento climático urbano, aplicações à cidade de Bragança
Esta comunicação descreve o processo de mapeamento climático da cidade de Bragança,
como parte do Projecto POCTEP - BIOURB. Este processo partiu da definição de um
conjunto de camadas de informação, trabalhadas em Sistemas de Informação Geográfica
(SIG), com as quais se definiram características territoriais (morfológicas) e urbanas, com
influência sobre o clima local. Estes elementos foram posteriormente classificados em
função do seu contributo potencial para dois processos complementares: carga térmica potencial e dinâmica potencia
Influence of green spaces on outdoors thermal comfort-structured experiment in a Mediterranean climate
As a growing part of the global population lives in cities, green spaces are an essential
asset for improving quality of life. This study aims to address the role of green spaces in providing
favorable thermal comfort conditions for the use of outdoor spaces. The research methodology
consisted of a structured experiment where a defined set of individuals from different age groups was
exposed to differentiated microclimate conditions. Four nearby locations were considered, ranging
from a stone-paved surface without shade to high tree canopy coverage over grass. This experiment
took place in three different days in summer and early autumn conditions, with a total of 432
questionnaires. Results show a wide range of thermal sensations found during this experiment,
while more favorable thermal sensations were found in shaded locations. To investigate the role
of prevailing meteorological and personal conditions on thermal sensations, multinomial logistic
regression analysis was applied. Results show the influence of air temperature, global radiation,
wind speed, and interviewees’ gender. As meteorological variables were influenced by the diverse
contexts found within a close distance inside the studied green space, results from this structured
experiment suggest the need for micrometeorological diversity in the local context as a means to
promote greater adaptive opportunities for green spaces users.Meteorological equipment acquisition was funded by the National Scientific Foundation of Portugal
(FCT) given to project GreenUrbe POCI/AMB/59174/2004.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Green space influence on thermal comfort: contrasting approaches in the assessment of conditions in Bragança (Portugal)
Urban greening has been widely recognised as a key factor to mitigate the adverse effects of urbanisation in a sustainable manner [1]. Green spaces
characteristics include trees, soft surfaces and wind shelters that can influence thermal sensations by inducing changes in such variables as solar radiation,
temperatures of surrounding surfaces, air temperature, humidity and wind speed [2,3]. As part of the ongoing research entitled GreenUrbe
(PPCDT/AMB/59174/2004), both users surveys and structured experiments are being developed, trying to establish relation between green spaces
characteristics and thermal comfort. The city of Bragança is located in north-eastern Portugal. Local climate is characterised by a cold rainy winter and
relatively short (June to September) hot and dry summer.FCT-MCTE
Avaliação da Ilha de calor de Bragança
O presente estudo, realizado no âmbito do projeto transfronteiriço POCTEP - BIOURB, tem
por objetivo avaliar o efeito de ilha de calor urbana (ICU) na cidade de Bragança. Para o efeito, foi instalada uma rede de medição de temperatura e de humidade do ar, com vinte e
três termo-higrómetros colocados em diferentes locais da cidade e no espaço rural,
complementada com um estação meteorológica automática. Os resultados evidenciam a
existência do efeito de ICU. Este efeito tem relevância nos pontos com uma urbanização
mais densa e decresce nos pontos de menor densidade de edifícios. No período de inverno,
a intensidade do efeito de ICU atinge em média os 2ºC, embora tenham sido registados
máximos na ordem dos 5ºC. Tal como seria de esperar, é na época de verão que se
verificaram as maiores diferenças entre zonas urbanas e zonas rurais, sendo que a média
sobe para os 3ºC nas zonas mais urbanizadas, onde se registam máximos na ordem dos
6ºC. Em ambos os casos, os picos de intensidade observaram-se predominantemente uma
a duas horas antes do nascer do sol, em particular em dias de vento fraco. Ao início da
manhã registou-se ainda um efeito de ilha de frio
Studies on the association of the Quercus suber decline disease with Phytophthora cinnamomi in Portugal
En Portugal, la enfermedad de la “seca” se ha
descrito en los Quercus de hoja perenne (Quercus
suber L. and Q.ilex subsp. rotundifolia Lam.) desde
el final del siglo XIX. La mortalidad de estas
especies afecta, particularmente las regiones centrales
y meridionales del país, siendo uno de los problemas
forestales más graves. Phytophthora cinnamomi
Rands es el principal patógeno responsable de la
mortalidad de alcornoques y encinas en Portugal. Se
han desarrollado varios estudios teniendo como
objetivo una mejor comprensión del efecto de la
acción de P. cinnamomi en el decaimiento de los
Quercus.
El actual trabajo describe resultados preliminares
de algunos de estos estudios.___________________________________In Portugal, the decline disease has been described
in evergreen oaks (Quercus suber L. and Q.ilex
subsp. rotundifolia Lam.) since the end of the 19th
century. The mortality of these species affects,
particularly the central and southern regions of the
country, being one of the most severe forest
problems. Phytophthora cinnamomi Rands is the
main pathogen responsible for the cork and holm
oak mortality in Portugal. Several studies have
been developed aiming at a better understanding of
the effect of the P. cinnamomi action on the cork
oak trees decline.
The present work describes preliminary results of
some of these studies
Qualidade do ambiente urbano: novos desafios. Livro de actas
Num planeta cuja população urbana apresenta uma tendência crescente, questões
como a qualidade do ambiente e, em particular, a qualidade de vida surgem como
requisitos essenciais na construção das cidades do futuro. Entre os principais problemas
que a gestão e o planeamento urbano enfrentam, encontram-se a degradação da qualidade
do ar, o aumento dos níveis de ruído e as alterações do clima local com influência directa
no conforto térmico humano. A esta realidade acresce ainda a constante ameaça sobre as
áreas verdes e os espaços abertos urbanos, em resultado de uma distribuição de usos do
solo cada vez mais competitiva.
A poluição atmosférica é uma realidade dos centros urbanos, desde a primeira
metade do século XX, em resultado da conjugação de um conjunto de factores que foram
contribuindo para o aumento das concentrações de material particulado, de dióxido de
carbono, de monóxido de carbono, de compostos orgânicos voláteis, de óxidos de azoto, de
ozono, entre outros. Este aumento dos níveis de poluentes atmosféricos e de gases de efeito
de estufa tem repercussões nefastas, directas e indirectas, na saúde e na qualidade de vida
dos cidadãos.
As emissões sonoras, com especial relevância para as provenientes da circulação
automóvel, estão também na origem do aumento progressivo da exposição da população a
níveis de ruído cada vez mais elevados. Segundo um estudo recente da Organização
Mundial de Saúde (OMS), o ruído provocado pelo tráfego automóvel na União Europeia
causa 40% mais mortes por ataques de coração e hipertensão do que a poluição do ar.
A qualidade térmica dos espaços abertos construídos traduz-se igualmente num
importante desafio. Muitos são os espaços urbanos que, apesar de serem construídos para
as pessoas, não alcançam essa função por não reunirem as condições mínimas de conforto
térmico. A necessidade de fomentar o uso do espaço público impõe que o ordenamento do
espaço físico tenha em consideração as características do clima urbano. Este problema é
ainda mais actual quando se discute o impacte das alterações climáticas sobre as cidades.
De entre as principais estratégias de sustentabilidade urbana, os espaços verdes
assumem-se como elementos fundamentais, capazes de mitigar os efeitos adversos do
processo de urbanização, conferindo às cidades melhores condições de habitabilidade.
Além do seu valor estético, os espaços verdes contribuem para a melhoria da qualidade do
ar, do ambiente acústico e das condições de conforto térmico.
A conferência Qualidade do Ambiente Urbano: Novos Desafios pretende constituirse
como mais um espaço de reflexão sobre os problemas urbanos, um espaço de debate
aberto entre participantes, um espaço onde se materialize a discussão de estratégias de
construção de cidades contemporâneas, de cidades sustentáveis
O papel da vegetação urbana no controlo das concentrações de PM10
O aumento dos níveis de PM10 em atmosferas urbanas constitui um grave problema de saúde
pública. A utilização de vegetação pode ser uma forma sustentável de mitigar este problema. Neste contexto,
foi desenvolvido um estudo, na cidade de Bragança, com vista a avaliar o papel da vegetação no controlo das
concentrações de PM10. Este estudo assentou em dois tipos de experiências. Uma que consistiu na medição
de PM10 em dois transectos com características contrastantes, em termos de coberto vegetal, traçados numa
cintura verde urbana. O outro tipo de experiência consistiu na utilização de uma fonte de material
particulado, seguindo-se a medição dos níveis de PM10 ao longo de um transecto linear que cortava
perpendicularmente uma sebe. Os resultados mostram que a vegetação tende a criar atmosferas ligeiramente
mais limpas em PM10 e revelam igualmente que uma sebe de pyracantha actua eficazmente na filtração de
partículas
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