20 research outputs found

    A Building a food model for Latin America: the entry of nutrition into the international health agenda (1921-1949)

    Get PDF
    O contexto de reenquadramento das preocupações sociais do período entreguerras foi marcado pela criação de instituições e organismos internacionais para a tarefa de “racionalizar” os conhecimentos científicos sobre os alimentos. Sob a justificativa de que somente o crescimento econômico auxiliaria e incorporaria multidões na comunidade econômica global surgiam as primeiras políticas de assistência alimentar coordenadas pelos estados nacionais e pelos novos organismos internacionais como a Oficina Sanitária Pan- Americana, a Organização de Saúde da Liga das Nações e o Instituto de Nutrição da América Central do Panamá. Neste artigo analisaremos os nexos presentes na ciência da nutrição em construção nessas políticas para a América Latina em interação com as tradições científicas sobre alimentação, sobretudo dos Estados Unidos e do Canadá, observando essas medidas embasadas em uma série de ações no campo da saúde internacional.The context of reframing the social concerns of the interwar period was marked by the creation of international institutions to “rationalize” scientific knowledge about food. Under the justification that only economic growth would help and incorporate people into the global economic community, the first food assistance policies coordinated by national states and new international institutions such as the Pan American Sanitary Bureau, The Health Organization of the League of Nations and The Institute of Nutrition of Central America of Panama. In this article we will analyze the links in the science of nutrition under construction in these policies for Latin America in interaction with the scientific traditions about food, mainly of the United States and Canada, observing these measures based on a series of actions in the field of international health

    Food as heritage: consumption, sovereignty, and identity in the Geographical Indication of Bragança flour, in Pará (2013-2018)

    Get PDF
    Esta comunicação tem por objetivo apresentar resultados de uma pesquisa em curso sobre o processo de Indicação Geográfica (IG) e certificação como produto artesanal da farinha de mandioca produzida na região bragantina, situada no nordeste do estado do Pará, parte da Amazônia brasileira. Através de pesquisas com fontes arquivísticas e trabalho de campo com agricultores familiares e gestores públicos localizados nas cidades de Augusto Corrêa, Tracuateua e Bragança, o trabalho dimensiona aspectos dos debates sobre o selo de certificação da farinha bragantina. Analisamos as concepções de “farinha boa” para a ciência e para as populações tradicionais da região (sobretudo indígenas, quilombolas e ribeirinhas), observando o discurso construído pelos entes públicos que acompanham o processo, onde a pureza do produto é questionada pela meritocracia acadêmica das comunidades científicas. Debatemos ainda à luz da teoria antropológica e da historiografia, tendo Néstor Canclini e Pierre Bourdieu como referências, de que maneira a sociedade capitalista ocidental demanda uma fuga da padronização das escolhas, empreendendo uma distinção simbólica. Ou seja, o consumo tem também dimensões políticas e cidadãs, os desejos viram demandas em atos que são socialmente regulados. Para efeito do nosso estudo, o produto com IG certifica a procedência e o “bom gosto”, o que justifica a sua aceitação especialmente nos núcleos urbanos, afastando a associação histórica entre o ato de comer farinha e a condição de pobreza e miséria. É possível observar que o processo de IG e a posterior criação de um selo higiênico para farinha bragantina representam complexas medidas de transferência de um produto tradicional, do patrimônio alimentar de populações amazônidas, para o status de capital simbólico. Dessa maneira, o processo de IG está inserido em regras de mercado e consumo externas e alheias aos anseios das comunidades produtoras de um item da cultura alimentar amazônida que configura identidade e pertencimento

    POLÍTICAS DE MIGRAÇÃO E ABASTECIMENTO ALIMENTAR NA AMAZÔNIA OITOCENTISTA A FORMAÇÃO DOS NÚCLEOS AGRÍCOLAS NA ZONA BRAGANTINA (1870-1894)

    Get PDF
    O presente artigo discute a instauração no âmbito da Província do Pará dos núcleos agrícolas na região bragantina nas últimas décadas do século XIX. Através de pesquisas realizadas com as mensagens dos presidentes de província, no Arquivo Público do Estado do Pará e do Arquivo e no Arquivo Público Municipal de Bragança (PA), observamos a execução do projeto de substituição de mão de obra e de colonização do território no nordeste paraense. Apresentamos como a definição dos núcleos e vilas relacionou-se com a criação da Estrada de Ferro Belém-Bragança e com as demandas de abastecimento da capital no contexto da economia gomífera na Amazônia

    Amazônia Global: Espaços de Circulação e Representação da Fronteira

    Get PDF
    Apresentação ao Dossiê AMAZÔNIA GLOBAL: ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO E REPRESENTAÇÃO DA FRONTEIR

    A influenza entre nós: A interiorização da gripe espanhola na Amazônia e a chegada da doença a Bragança (PA) (1918).

    Get PDF
    O presente artigo investiga o surto epidêmico da gripe espanhola e sua chegada à cidade de Bragança (PA), ocorrida entre os meses de novembro e dezembro de 1918. A partir da consulta a bancos de teses e dissertações e artigos científicos buscamos identificar na produção acadêmica as abordagens e enquadramentos possíveis para a história dessa doença. Para o caso de estudo local, utilizamos como fonte neste trabalho o jornal A Cidade, órgão oficial e noticioso que circulava em Bragança (PA) no ano de 1918. Buscamos contribuir com os estudos sobre as epidemias além das grandes cidades, compreendendo a realidade de municípios do interior do país, destacando as colaborações da história local às investigações sobre a história das doenças no Brasil

    O rio, ator do território amazônico

    Get PDF
    O presente trabalho analisa como se estabelece uma relação entre as populações das ilhas e dos rios urbanos na Amazônia. Neste espaço, entre as margens do mundo urbano da cidade e o mundo rural das ilhas, funciona um sócio-sistema de ilhas e margens. Analisamos esse sistema com base na teoria do ator-rede (LATOUR, 2006), observando que um ator não humano desempenha um papel essencial: o rio, que separa e conecta. Na relação com o rio, duas lógicas concorrentes foram reveladas: a lógica de dominação, que aparece claramente em grandes projetos urbanos, em que se tenta dominar e controlar o rio e; por outro lado, a lógica da cooperação, aquela que é usada pelos ribeirinhos, que se adaptam a condições da vida impostas pelo rio. Estes dois modelos dificilmente estabelecem acordos entre si e seu confronto está na raiz de lutas urbanas, constituindo-se como um conflito cultural

    Memórias da erradicação da varíola

    Full text link
    corecore