11 research outputs found

    Educação permanente em saúde: da política do consenso à construção do dissenso

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    Evaluate the principal difficulties to the implementation of a decentralization administration in a municipality. The study took as i ts reference the process of continuos education which is the political recommendation for those who work in the health sector. The option was made to use the qualitative method as this was capable of giving voice to the administrators of the continuos education process as well as the agents localized in the basic health unit. Although there is a certain consensus in the official documents of the 3 spheres of the government the comprehension becomes confused in those involved in its investigation. The desire for knowledge, which is constantly affirmed is not perceived as a problem from the necessities demonstrated by the work process. A picture is therefore constructed of the individual exteriority with reference to relation between education and work. The organization of the work creates an “institutional culture” with a strong hierarchy which makes difficulties for more horizontal channels that approximate the real educational necessities demonstrated by those who work in the health sector.Tomando como pressuposto referencial os processos de educação permanente que estruturam seu eixo de definição e configuração de demandas educativas, a partir do processo de trabalho em saúde, e, levando em consideração que essa definição se faz hegemônica como recomendação política para o setor, o estudo tenta avaliar os principais obstáculos a operacionalização dessa política em um município de gestão semi-plena. Optou-se pelo método qualitativo como sendo aquele capaz de dar voz aos gestores dos processos de educação permanente, bem como aos agentes do trabalho localizados em unidades básicas de saúde. Apesar de um certo consenso construído a partir de documentos oficiais nas três esferas de governo, a compreensão de seu real significado se torna algo confuso na fala dos atores da investigação. O desejo por conhecimento, constantemente afirmado, não é problematizado a partir das necessidades apontadas pelo processo de trabalho, construindo assim um quadro de exterioridade do sujeito com referência a relação educação-trabalho. A organização do trabalho, constrói uma “cultura institucional” ainda fortemente hierarquizada, legitimando espaços de definição e operação de demandas, ao mesmo tempo que dificulta a criação de práticas mais horizontais que aproximem-se das reais necessidades educacionais apontadas pelo processo de trabalho em saúde

    Sistemas de saúde, mecanismos de governança e porosidade governamental em perspectiva comparada

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    This article presents a comparative analysis of 10 selected countries about stablished relations of participative governance, socioeconomic profiles and health care systems with health outcomes and World Governance Indicators. Major sources were databases produced and/or compiled by World Bank. Analytical model adopts institutionalist approach to deal with social protection and participative governance. Participative governance, as used, recovers notions of societal participation, government porosity and responsive regulation. Outcomes show a solid convergence of more distributive socioeconomic profiles, heath systems more universalist and with higher government financing and better governance indicators. This analysis supports arguments that socially virtuous institutional paths subjected to positive feedback favors better social and political outcomes along time.O artigo apresenta uma análise comparada de 10 países selecionados sobre as relações entre governança participativa, perfis socioeconômicos e sistemas de saúde com resultados sanitários e de Indicadores de Governança Global. As fontes principais foram bases de dados produzidas e/ou compiladas pelo Banco Mundial. O modelo analítico se apoia em enfoque institucionalista para tratar de proteção social e governança participativa. Governança participativa, como utilizada, recobre as noções de participação social, porosidade governamental e regulação responsiva. Os resultados mostram uma sólida convergência entre perfis socioeconômicos mais distributivos, sistemas sanitários com maior financiamento público e universalismo e melhores indicadores de governança. Esta análise reforça os argumentos sobre trajetórias institucionais socialmente virtuosas e sujeitas a reforços positivos capazes de produzir melhores resultados sociais e políticos ao longo do tempo. &nbsp

    Escolas de governo e gestão por competências: mesa-redonda de pesquisa-ação

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    Dando sequência aos debates iniciados em 2004 e 2005 e que tiveram como produto o livro “Gestão por competências em organizações de governo”, a Mesa-redonda de Pesquisa-Ação versão 2009 propõe-se a suprir uma lacuna importante: discutir a atuação do Sistema de Escolas de Governo da União em face das diretrizes da Política Nacional de Desenvolvimento de Pessoal (PNDP) – Decreto nº 5.707 de 23 de fevereiro de 2006Número de páginas: 109 p.Desenvolvimento GerencialISBN 978-85-256-0063-9Sumário: Apresentação 9 Prefácio 11 Introdução 13 Capítulo 1 – Reflexão sobre o trabalho em organizações governamentais 15 1.1 O Estado e as transformações contemporâneas 15 1.2 Papel do servidor público . 21 1.3 Desafios das escolas de governo na capacitação de servidores. 26 1.3.1 O debate das competências 26 1.3.2 Os desafios das escolas de governo 28 Capítulo 2 – Conceitos de competências aplicados ao campo educacional 33 2.1 Arcabouço jurídico-legal 33 2.2 Competências, formação e capacitação 35 Capítulo 3 – Metodologias 49 3.1 Alternativas metodológicas para mapear competências 50 3.1.1 Pesquisa Documental 51 3.1.2 Entrevistas em profundidade 51 3.1.3 Grupo focal 53 3.1.4 Questionários estruturados 56 3.2 Programas de formação e capacitação e currículos por competência 59 3.2.1 Metodologias para elaboração de currículos 62 3.3 Considerações gerais sobre as metodologias 75 Capítulo 4 – Desafios da avaliação na formação por competências. 79 4.1 Aprendizagem e transferência: bases para avaliação 80 4.2 Modelos de avaliação. 85 4.2.1 Modelo de Avaliação Integrado e Somativo (MAIS) 88 4.2.2 Avaliação da capacitação com base em competências 91 Considerações finais. 95 Breve histórico do serviço público e da gestão de pessoas no Brasil 9

    Desafios no caminho metodológico de construção do processo de Acreditação Institucional de ouvidorias do SUS

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    The article seeks to reflect on the theoretical and practical challenges faced in the methodological path of construction of the Institutional Accreditation process of SUS ombudsmen, as well as in the development of teaching materials and the dynamics of fundamental interactions between the actors involved. It discusses the trajectory of a working partnership between a team of researchers and a department of the Ministry of Health, which aims to theoretically and methodologically support the actions of the sector working on the major themes of participation and social control and, in particular, the ombudsmen, generating evidence for management decision-making. Challenges faced in the path of partnership and the process are presented and discussed from a methodological, reflective and participatory point of view, presenting ideas and concepts that have undergone evolution, and which govern the pedagogical materials prepared for the instrumentalization of the rocess as a theoretical-practical framework. It is concluded that the adoption of a challenging constructivist method represents a healthy effort for self-improvement and for guaranteeing the affirmation of democratic values, effective in the constant search for the qualification of the actions of the ombudsmen, of the research activity itself, of the practice of management and services and public policies.O artigo busca refletir sobre os desafios teórico-práticos enfrentados no caminho metodológico de construção do processo de Acreditação Institucional de ouvidorias do SUS, bem como na elaboração dos materiais pedaógicos e nas dinâmicas de interações fundamentais entre os atores envolvidos. Discorre-se sobre a trajetória de uma parceria de trabalho entre uma equipe de pesquisadores e um departamento do Ministério da Saúde, que visa apoiar teórico-metodologicamente as ações do setor trabalhando os grandes temas da participação e do controle social e, em particular, das ouvidorias, gerando evidências para a tomada de decisões da gestão. São apresentados e problematizados desafios enfrentados no caminho da parceria e do processo de um ponto de vista metodológico, reflexivo e participativo, apresentando-se ideias, noções e conceitos que sofreram evolução, e que presidem os materiais pedagógicos elaborados para instrumentalização do processo de Acreditação Institucional de ouvidorias do SUS enquanto balizamento teórico-prático. Conclui-se que a adoção de um desafiador método de trabalho construtivista e participativo representa um salutar esforço pelo autoaperfeiçoamento e pela garantia da afirmação de valores e princípios democráticos, efetivos na busca constante pela qualificação das ações das ouvidorias, da própria atividade de pesquisa, da prática da gestão e dos serviços e políticas públicas

    Acreditação Institucional de Ouvidorias do SUS: uma análise das experiências iniciais de avaliação externa

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    Based on the Qualification course of External Evaluators for the Accreditation process in SUS, held in 2018, the aim of this article is to discuss the challenges to the training process of these evaluators, based on a perspective of participatory evaluation, as a way to contribute to the improvement of the processes of external evaluation and self-evaluation devices. For this, 33 documents produced with the practice of these devices were analyzed, within the project. In external evaluation, the main challenge is to 'look at the other'; this specific type of look requires that the External Evaluation Team have the domain over the previous knowledge, skills and attitudes necessary for the work, in order to capture knowledge, intentions and relationships, expressed in the speech acts of the subjects. In self-evaluation, the main challenge is to 'look at yourself'; take yourself as an object of knowledge and field of transformation requires specific ways of doing, aiming to gain quality in work processes. Build a culture of evaluation, that the information produced supports decision-making is a challenge for the ombudsman’s, which can be overcome with the Quality Reference of the Ombudsman's Services of the SUS.Com base no curso de Qualificação de Avaliadores Externos para o processo de Acreditação no SUS, realizado em 2018, o objetivo deste artigo é discutir os desafios postos ao processo de formação destes avaliadores, com base em uma perspectiva da avaliação participativa, como forma de contribuir para aperfeiçoamento de processos dos dispositivos de avaliação externa e autoavaliação. Para isso, analisou-se 33 documentos produzidos com a prática destes dispositivos, no âmbito do Projeto. Na avaliação externa, o principal desafio consiste em ‘olhar para o outro’; este tipo específico de olhar exige que a Equipe de Avaliação Externa detenha o domínio sobre os conhecimentos prévios, competências e atitudes necessárias ao trabalho, para captar saberes, intencionalidades e relações, expressas nos atos de fala dos sujeitos. Na autoavaliação, o principal desafio consiste em ‘olhar para si’; tomar a si próprio como objeto de conhecimento e campo de transformação requer formas específicas de fazer, visando o ganho de qualidade nos processos de trabalho. Construir uma cultura de avaliação, em que as informações produzidas subsidiem a tomada de decisão é um desafio para as ouvidorias, que pode ser superado com o Referencial de Qualidade das Ouvidorias do SUS
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