Educação permanente em saúde: da política do consenso à construção do dissenso

Abstract

Evaluate the principal difficulties to the implementation of a decentralization administration in a municipality. The study took as i ts reference the process of continuos education which is the political recommendation for those who work in the health sector. The option was made to use the qualitative method as this was capable of giving voice to the administrators of the continuos education process as well as the agents localized in the basic health unit. Although there is a certain consensus in the official documents of the 3 spheres of the government the comprehension becomes confused in those involved in its investigation. The desire for knowledge, which is constantly affirmed is not perceived as a problem from the necessities demonstrated by the work process. A picture is therefore constructed of the individual exteriority with reference to relation between education and work. The organization of the work creates an “institutional culture” with a strong hierarchy which makes difficulties for more horizontal channels that approximate the real educational necessities demonstrated by those who work in the health sector.Tomando como pressuposto referencial os processos de educação permanente que estruturam seu eixo de definição e configuração de demandas educativas, a partir do processo de trabalho em saúde, e, levando em consideração que essa definição se faz hegemônica como recomendação política para o setor, o estudo tenta avaliar os principais obstáculos a operacionalização dessa política em um município de gestão semi-plena. Optou-se pelo método qualitativo como sendo aquele capaz de dar voz aos gestores dos processos de educação permanente, bem como aos agentes do trabalho localizados em unidades básicas de saúde. Apesar de um certo consenso construído a partir de documentos oficiais nas três esferas de governo, a compreensão de seu real significado se torna algo confuso na fala dos atores da investigação. O desejo por conhecimento, constantemente afirmado, não é problematizado a partir das necessidades apontadas pelo processo de trabalho, construindo assim um quadro de exterioridade do sujeito com referência a relação educação-trabalho. A organização do trabalho, constrói uma “cultura institucional” ainda fortemente hierarquizada, legitimando espaços de definição e operação de demandas, ao mesmo tempo que dificulta a criação de práticas mais horizontais que aproximem-se das reais necessidades educacionais apontadas pelo processo de trabalho em saúde

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