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PROJETO DE LEI DE RESPONSABILIDADE POLÍTICO-CRIMINAL: UM ESTUDO A PARTIR DA CRIMINOLOGIA CRÍTICA / DRAFT POLITICAL-CRIMINAL RESPONSABILITY LAW: A STUDY OF CRITICAL CRIMINOLOGY
O presente estudo pretende realizar algumas considerações sobre a situação carcerária no Brasil, apresentando enfoque no debate da proposta oriunda do Projeto de Lei (PL) Nº 4.373/2016, que cria a Lei de Responsabilidade Político-Criminal. Tem o objetivo de apontar alguns dos possíveis efeitos que a aprovação desse PL pode provocar no sistema penal brasileiro, em especial na limitação ao crescimento desenfreado de leis que geram novos tipos penais, bem como alterações mais severas na legislação já existente, uma vez que impõe a necessidade de avaliação dos referidos projetos de lei por um conselho, que deverá observar os impactos sociais e orçamentários provocados pelos mesmos. Para tanto, apresentaremos como a política penal adotada pelo Brasil, a partir desua legislação, tem gerado um encarceramento excessivo, baseado em um modelo penal que ultrapassa os limites de sua esfera de atuação. Ademais, apresentaremos algumas reflexões promovidas pela criminologia crítica com vistas a demonstrar como o PL nº 4.373/2016 se coaduna com alguns pressupostos desta corrente do pensamento jurídico-criminal. Para tanto, discutiremos o panorama geral do sistema prisional brasileiro e sua crise, a partir dos episódios violentos ocorridos em presídios em todo o país no início do ano de 2017. Por fim, à luz da criminologia crítica, abordaremos alguns dos possíveis benefícios e inovações que o PL 4.373/2016 pode trazer para a ordem jurídica nacional, no sentido de impedir o aumento do superencarceramento e das conseqüentes violações aos direitos humanos provocadas por este
Cyclic Fatigue Resistance of Heat-Treated Nickel-Titanium Instruments
Introduction: This study compared the cyclic fatigue resistance (CFR) of new instruments manufactured by heat-treated nickel-titanium wire. Methods and Materials: Ninety-six new instruments from HyFlex CM (HF), Edge File (EF), Pro Design S (PDS/L) and Mtwo (MT) (20/0.06 and 25/0.06) (n=12) systems were evaluated. A stainless steel device was used and time and number of cycles to fracture (NCF) were observed. Fragments were measured and fracture surface was evaluated using scanning electron microscope (SEM). ANOVA and Tukey’s tests were applied with the level of significance set at 0.05. Results: PDS 20/0.06 and PDL 25/0.06 instruments presented the highest CFR. MT 20/0.06 and MT 25/0.06 showed the lowest CFR (P<0.05). The length of fragments was similar for 25/0.06 instruments and HF presented the highest one for 20/0.06 instruments. SEM analyses showed morphology suggestive of ductile fracture. Conclusion: Heat treatment increased resistance to cyclic fatigue differently for each type of instrument. PDS 20/0.06 and PDL 25/0.06 present higher cyclic fatigue resistance.Keywords: Cyclic Fatigue; Instrumentation; Nickel-Titanium; Rotary Syste
Oral conditions and salivary analysis in HIV-uninfected subjects using preexposure prophylaxis
New prevention strategies have been advocated to control the progression of HIV/AIDS, such as preexposure prophylaxis (PrEP). The aim of this study is to evaluate the potential changes in the oral and salivary conditions of HIV-uninfected subjects using PrEP. Subjects were evaluated before beginning the medication (T0), at the first follow-up (T1), and at the second follow-up (T2). Xerostomia, presence of untreated cavitated caries, oral hygiene habits, taste, gingival and plaque index, stimulated salivary flow rate (SSFR), and salivary concentrations of calcium, glucose, urea, and total proteins were evaluated. Data obtained were analyzed using statistical tests (p0.05), except for the salivary calcium concentration, that increased at T2 compared to T1 (p=0.02). There was significant difference between taste and xerostomia at T1 (p=0.017), and the need to drink to swallow at T2 (p=0.015). There was significant correlation between the reported amount of saliva and taste (p=0.039, r=-0.378) at T1. The prolonged use of PrEP seems to be associated with reports of dry mouth and worsening of taste, possibly associated with increased salivary calcium concentration
PREPARANDO O ESTUDANTE DE MEDICINA PARA O ATENDIMENTO, COMUNICAÇÃO E CUIDADO DA PESSOA USUÁRIA DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS
INTRODUÇÃO: As Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Medicina (Resolução CNE nº 314/2014) preconizam a formação geral, humanista, crítica, reflexiva e ética do graduado, visando a concretizar a comunicação com pessoas, familiares, comunidades e membros das equipes profissionais com empatia, sensibilidade e interesse. Por sua vez, a Conferência Internacional de Ensino de Comunicação em Medicina, realizada em Oxford, em 1996, recomenda, entre itens básicos necessários à formação (graduação) e ao desenvolvimento (educação continuada) do profissional médico, que o ensino deverá orientar e ajudar o estudante no esforço da comunicação centrada no paciente; que o ensino e a avaliação da comunicação deverão proporcionar o desenvolvimento pessoal e profissional; e que as habilidades estudadas deverão ser avaliadas diretamente na prática. A disciplina “Habilidades em Comunicação” busca desenvolver a relação entre alunos e pacientes drogaditos por meio de metodologias ativas de ensino e aprendizagem, com componente reflexivo, a fim de superar as dificuldades de comunicação. OBJETIVO: Analisar processo de aprendizagem de estudantes do curso de medicina em atividades práticas de comunicação com internos e egressos de uma comunidade terapêutica. MÉTODOS: Relato das experiências de 56 alunos do quarto período do curso de medicina da UniEVANGÉLICA, frente ao desenvolvimento de três intervenções: discussão de filme sobre drogadição, visita a uma comunidade terapêutica e entrevistas com usuários e ex-usuários de substâncias psicoativas e seus familiares. Utilizou-se metodologia qualitativa, por meio da técnica hermenêutico-dialética proposta por Habermas e objetivada por Minayo (2014), para análise dos relatos das vivências dos estudantes nas três atividades propostas. RESULTADOS: Foram evidenciados impactos das três estratégias de ensino-aprendizagem na reflexão e, consequentemente, desconstrução e reconstrução de valores do discente frente à condição da pessoa em drogadição. CONCLUSÃO: Resultados reforçam relevância do ensino de habilidades em comunicação na educação médica e a utilização de práticas reflexivas que contribuem com o desenvolvimento do cuidado integral e empático à pessoa, à família e à comunidade
Síndrome de Burnout em acadêmicos de medicina
RESUMO: Definida em 1974 pelo médico americano Freudenberger, a Síndrome de Burnout consiste em um distúrbio psíquico caracterizado pelo o estado de estresse crônico que leva ao esgotamento físico e emocional, ao cinismo, ao sentimento de impotência e à falta de conquistas. Além de estar presente na vida profissional, o esgotamento emocional é percebido também na vida acadêmica especialmente de alunos da Faculdade de Medicina. O objetivo deste resumo é apresentar os índices e fatores determinantes da Síndrome de Burnout nesses acadêmicos nos diferentes artigos analisados. A pesquisa foi realizada em bancos de dados internacionais e nacionais como PubMed e Scielo, utilizando os descritores “Burnout” e “acadêmicos de medicina”. Os artigos foram selecionados em um período de 2009 a 2016, com foco principal na presença de Burnout durante todo período de formação acadêmica. Percebeu-se uma prevalência da Síndrome entre alunos do terceiro e quarto ano e observou-se a influência de fatores que reduzem a incidência de Burnout, como a pratica de exercício físico, a escolha do curso por motivos altruístas, a maior faixa etária (acima de 21 anos idade) dos alunos ao ingressarem na faculdade e a maior facilidade em conversar sobre suas dificuldades e problemas pessoais com outras pessoas. Há, portanto um caráter amplo de avaliação dessa síndrome que é responsável pela diversidade e variação de dados, mas que também deixa nítido a prevalência do esgotamento emocional em acadêmicos de medicina.Palavras-chave:Burnout. Síndrome de Burnout. Estudantes. Medicina
TRANSTORNOS EMOCIONAIS EM ACADÊMICOS DE MEDICINA
Transtorno mental consiste em uma alteração na cognição, na regulação emocional ou no comportamento acarretando sofrimento e incapacidade. Cerca de 450 milhões de pessoas são afetadas em todo o mundo por esses transtornos, destacando-se os de ansiedade e depressão. Objetiva-se com esse trabalho correlacionar a formação médica aos transtornos emocionais, abordando os fatores de vulnerabilidade em acadêmicos de medicina. A metodologia utilizada para a elaboração do resumo expandido foi a busca de artigos em bancos de dados como a Biblioteca Virtual em Saúde e SciELO. Segundo os artigos pesquisados, a formação médica apresenta muitos fatores estressores que estão associados ao desenvolvimento de ansiedade e depressão. Diante disso, estudos demonstram que esses fatores interferem na saúde mental dos acadêmicos, tornando-os mais vulneráveis ao desenvolvimento de transtornos emocionais. Nesse contexto, a graduação pode acarretar: maior propensão para o abuso de substâncias lícitas e ilícitas, mal desempenho acadêmico, insônia, comprometimento funcional do organismo, abandono do curso e até mesmo suicídio. Portanto, é importante que as universidades adotem medidas que amenizem o sofrimento mental dos acadêmicos gerado durante a formação médica. Além disso, o discente deve reconhecer a importância do cuidado com a sua saúde mental para que esteja apto a cuidar da melhor forma possível da saúde de seus pacientes
A DOR COMO QUINTO SINAL VITAL, DESAFIOS PARA A INCORPORAÇÃO NA FORMAÇÃO EM SAÚDE
RESUMO Objetivo: refletir sobre a abordagem do tema dor nos cursos de formação profissional em saúde na perspectiva de quinto sinal vital. Métodos: estudo reflexivo, realizado nos meses de maio e junho de 2018, baseado na literatura científica e análise crítica dos autores. Resultados: educar para o manejo da dor na perspectiva de incorporá-la como quinto sinal vital, numa abordagem transdisciplinar, da integralidade do cuidado, da prevenção e da promoção da saúde, torna-se imprescindível e prioritário, por indicar um redirecionamento da formação, podendo representar expressivo avanço e consequente atendimento humanizado aos indivíduos que convivem com a dor. Conclusão: evidenciou-se como importante a realização de revisão dos currículos dos cursos da área da saúde e das estratégias de ensino-aprendizagem com vistas a dar ao conteúdo dor um lugar de destaque, com ênfase nas estratégias ativas e interativas, com olhar especial para a assistência centrada no paciente. Com isso, desenvolvem-se competências técnicas e comportamentais que valorizem o trabalho em equipe e a interdisciplinaridade, com o objetivo de oferecer um cuidado de alto padrão
A resistência do Sistema Único de Saúde (SUS) na inclusão da população LGBT
O processo de inclusão da população LGBT no Sistema Único de Saúde (SUS) ainda sofre resistências, devido ao preconceito e a discriminação aos comportamentos sexuais que divergem do padrão heteronormatizado, imposto pela sociedade patriarcalista que ainda se faz presente nos dias de hoje. Nesse sentido, essa realidade é descrita na literatura como um determinante de saúde, uma vez que desencadeia processos vulneráveis específicos, constituem barreiras de acesso ao sistema público de saúde brasileiro, influenciam a qualidade da atenção e carregam forte potencial para desencadear processos de sofrimento, adoecimento e morte prematura dessa população. Esses problemas possuem como fator agravante a falta de preparo dos profissionais de saúde, que são pouco sensibilizados quanto ao atendimento livre de preconceitos, além de não desenvolverem uma maior proximidade com as políticas públicas da comunidade LGBT. Sendo assim, podemos destacar que os princípios do SUS de universalidade, integralidade e equidade vêm sendo, muitas vezes, ignorados, o que prejudica o enfrentamento das consequências excludentes da homofobia e heteronormatividade. Diante disso, o trabalho teve por objetivo avaliar as resistências encontradas nesse processo de inclusão. Trata-se de uma mini revisão realizado a partir das bases de dados PubMed e Scielo, sendo selecionados cinco artigos. Foram aceitos artigos entre 2016 e 2018 que se adequaram aos descritores “homossexualidade”, “masculinidade” e “percepção social”. Encontrou-se como resultados a presença de sexofobia, barreiras de acesso do usuário ao sistema e ausência de capacitação da equipe profissional de saúde. Por fim, com base nessas literaturas, reafirma-se que gênero e sexualidade se constituem como determinantes sociais da saúde
Prevalência de transtornos mentais em estudantes de medicina no Brasil
A saúde mental dos estudantes de medicina sempre foi objeto de diversos estudos, em função dos fatores estressores a que são submetidos, expondo-os a risco elevado de desenvolvimento de transtornos mentais. O objetivo desse trabalho é levantar dados acerca dos possíveis prejuízos na saúde mental dos acadêmicos de medicina ao longo de sua formação, compreendendo a prevalência dos principais transtornos mentais e seus fatores associados. Foi realizado uma Revisão Integrativa da Literatura a partir das bases de dados Portal de Periódicos CAPES, SciELO e LILACS. Utilizaram-se os descritores “Estudantes de Medicina”, “Saúde Mental”, “Transtornos Mentais” e “Qualidade de Vida”, pareando-os com auxílio do booleano “AND”. A revisão contou com amostra final de 19 estudos, que trazem dados acerca dos principais transtornos mentais que acometem os estudantes de medicina. O transtorno depressivo tem alta prevalência entre os acadêmicos, com variação de 8,2% até 52,9%. A ansiedade também demonstrou-se prevalente, sendo a menor taxa de 30,8% e a maior de 66,3%. Em relação à síndrome de Burnout, sua prevalência variou de 4% a 57,5%. Por fim, estudos abordando Transtornos Mentais Comuns (TMC), obtiveram valores pouco variáveis, sendo o maior deles 58,8%. Fatores como as altas cargas horárias, o contato constante com o sofrimento alheio e o estresse associado, o sexo feminino, o sentimento de solidão, a baixa renda, a qualidade de sono ruim e a falta de atividades de lazer foram todos associados com risco de desenvolvimento desses transtornos mentais. O período de internato e a transição para o ciclo clínico apontaram maior prevalência de transtornos mentais mais severos. Assim, fica evidente que os estudantes de medicina são extremamente vulneráveis do ponto de vista emocional, o que reforça a necessidade de projetos de intervenções no intuito de preservar sua saúde e estabilidade emocional
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