6 research outputs found

    A recategorização como processo de construção de objetos de discursos: quando grafitar é transformar a realidade

    Get PDF
    Through the reports we have on writing, throughout history, graffiti has been living with us for a long time. Today, these brands “express with traces, letters and drawings, the contradictions implied in the contemporary urban experience”. From this premise we are dedicated to analyzing a work that has caught our attention because of its peculiarity in terms of production. In order to do so, we adopt a dynamic conception of text - in which it is seen as a communicative event (BEAUGRANDE, 1997) - and also of a notion of recategorization that points beyond textual materiality (COSTA, 2007; JAGUARIBBE, 2007). In addition to the observations about doing in this specific work, we also seek to show the power of social transformation, cognitive and aesthetic that graffiti can operate in reality. To study more closely a situation of textual production like the one we brought here, made us see how the discretization of the world in the speeches takes place and how the union of life with art takes place. Taking the example of this analysis as we have done here has helped us to think carefully about this characteristic of dynamism of the language productions about which we have been speaking and still to show that recategorization is a process that also occurs at an extratextual level, about reality.Pelos relatos que temos sobre a escrita, no decorrer da história, constatamos que o graffiti convive conosco há muito tempo. Atualmente, estas marcas “expressam com traços, letras e desenhos, as contradições implicadas na vivência urbana contemporânea”. A partir dessa premissa nos dedicamos a analisar uma obra que nos chamou a atenção por sua peculiaridade em termos de produção. Para tanto, nos apropriamos de uma concepção dinâmica de texto – em que este é tido como um evento comunicativo (BEAUGRANDE, 1997) – e também de uma noção de recategorização que aponta para além da materialidade textual (COSTA, 2007; JAGUARIBE, 2007). Além das observações acerca do fazer nesta obra específica, buscamos ainda mostrar o poder de transformação social, cognitiva e estética que os graffitis podem operar na realidade. Estudar mais detidamente uma situação de produção textual, como essa que trouxemos aqui, nos fez ver como se processa a discretização do mundo nos discursos e como se dá a junção da vida com a arte. Tomar o exemplar desta análise do modo como o fizemos  nos auxiliou a pensar atentamente acerca dessa característica de dinamismo das produções de linguagem sobre a qual viemos falando e ainda a mostrar que a recategorização é um processo que ocorre também em nível extratextual, ou seja, sobre a realidade

    A ESTRATÉGIA DE (RE)CATEGORIZAÇÃO NA INTERFACE ENTRE POLIDEZ E IMPOLIDEZ LINGUÍSTICA

    Get PDF
    From the understanding that communication is established to maintain social relations and not just to inform something, many linguists have become concerned with studying the issues of politeness and impoliteness as sociated with these social manifestations of communication. In this sense, ou rresearch aimed to understand the recategorization process as na instrument of interface between polite and impolite language. From the analysis of the internal communication action promoted by the Coca-Cola company to celebrate the International LGBT Pride Day in 2017. To conduct this research, we sought to make a case study about the campaign “This Coca-Cola is Fanta. Sowhat?”. Based on the studies in the área of politeness by Leech (1983), Brown and Levinson (1987), and the área of ”‹”‹gender with Butler (1990, 1993) and, in the area of recategorization, with Apothéloz and Reichler-Béguelin(1995) and Jaguaribe (2007), we observed that the process of recategorization occurred in two situations: the first was in the material level from the discursive resumption of a typically offensive idiom against the LGBT group and the insertion of a new expression; The second was on the social level with the suggestion of a change in the people´s expression and attitude. Thus, we conclude that the recategorization process could not be seen, in this issue, as just a process of retaking the referent and its transformation, since, in the campaign of the soft drink brand under consideration, we realized that this process was still capable of generating a social change (beyond the pack aging of the can), thus demonstrating another level of recategorization, that is, the ability to transform a typically na impolite expression into a polite one.Desde el entendimiento de que la comunicación se establece para mantener las relaciones sociales y no solo para informar algo, muchos lingüistas comenzaron a preocuparse por estudiar los problemas de cortesía y descortesía asociados con esas manifestaciones sociales de la comunicación. En ese sentido, nuestra investigación tuvo como objetivo comprender el proceso de recategorización como un instrumento de interfaz entre la cortesía y la descortesía lingüística, a partir del análisis de la acción de comunicación interna promovida por la compañía Coca-Cola para conmemorar el Día Internacional del Orgullo LGBT en 2017. Para llevar a cabo esta investigación, buscamos hacer un estudio de caso de la campaña “Essa Coca-Cola é Fanta. E daí?” Adoptamos, como norte para esta investigación, los estudios de Leech (1983) y Brown y Levinson (1987) en el área de la cortesía; Butler (1990, 1993), en el área del género; y Apothéloz y Reichler-Béguelin (1995) y Jaguaribe (2007), en el área de la recategorización. De lo anterior, observamos que el proceso de recategorización se dió en dos situaciones: la primera ocurrió en el plano material a partir de la reanudación discursiva de un modismo típicamente ofensivo contra el grupo LGBT y de la inserción de una nueva expresión; y la segunda situación ocurrió a nivel social con la sugerencia de cambio del sentido del modismo y de la postura de las personas. Por lo tanto, concluimos que el proceso de recategorización no puede verse, en este caso, como un simple proceso de retomar el referente y su transformación, ya que, en la campaña de la marca de refrescos en consideración, nos dimos cuenta de que ese proceso todavía fue capaz de generar un cambio social (más allá del empaque de la lata), demostrando, así, otro nivel de recategorización a partir de la transformación de una expresión típicamente descortés en cortés.A partir do entendimento de que a comunicação se estabelece para manter as relações sociais e não apenas informar algo, muitos linguistas passaram a se preocupar em estudar as questões de polidez e impolidez ligadas aessas manifestações sociais de comunicação. Nesse sentido, nossa investigação teve como objetivo compreender o processo de recategorização como instrumento de interface entre a polidez e a impolidez linguística, a partir da análise da ação de comunicação interna promovida pela empresa Coca-Cola para a comemoração do dia Internacional do Orgulho LGBT no ano de 2017. Para realizar esta pesquisa, buscamos fazer um estudo de casoa partir da campanha “Essa Coca-Cola é fanta. E daí?”. Adotamos,como norte para esta pesquisa, os estudos de Leech (1983) ede Brown e Levinson (1987), na área da polidez; de Butler (1990, 1993),na área de gênero; e de Apothéloz e Reichler-Béguelin (1995) e de Jaguaribe (2007), na área da recategorização. A partir do exposto, observamos que o processo de recategorização ocorreu em duas situações: a primeira se deu no plano material a partir da retomada discursiva de uma expressão idiomática tipicamente ofensiva contra o grupo LGBT e da inserção de uma nova expressão; e a segunda se deu no plano social com a sugestão de mudança no sentido da expressão e na postura das pessoas. Desse modo, concluímos que o processo de recategorização não pôde ser visto, neste exemplar, como apenas um processo de retomada do referente e de sua transformação, uma vez que, na campanha da marca de refrigerante em apreço, percebemos que tal processo foi ainda capaz de gerar uma alteração social (além da embalagem da latinha), demonstrando, assim, outro nível de recategorização, a partir da transformação de uma expressão tipicamente impolida em polida.From the understanding that communication is established to maintain social relations and not just to inform something, many linguists have become concerned with studying the issues of politeness and impoliteness as sociated with these social manifestations of communication. In this sense, ou rresearch aimed to understand the recategorization process as na instrument of interface between polite and impolite language. From the analysis of the internal communication action promoted by the Coca-Cola company to celebrate the International LGBT Pride Day in 2017. To conduct this research, we sought to make a case study about the campaign “This Coca-Cola is Fanta. Sowhat?”. Based on the studies in the área of ”‹”‹politeness by Leech (1983), Brown and Levinson (1987), and the área of ”‹”‹gender with Butler (1990, 1993) and, in the area of ”‹”‹recategorization, with Apothéloz and Reichler-Béguelin(1995) and Jaguaribe (2007), we observed that the process of recategorization occurred in two situations: the first was in the material level from the discursive resumption of a typically offensive idiom against the LGBT group and the insertion of a new expression; The second was on the social level with the suggestion of a change in the people´s expression and attitude. Thus, we conclude that the recategorization process could not be seen, in this issue, as just a process of retaking the referent and its transformation, since, in the campaign of the soft drink brand under consideration, we realized that this process was still capable of generating a social change (beyond the pack aging of the can), thus demonstrating another level of recategorization, that is, the ability to transform a typically na impolite expression into a polite one. &nbsp

    ANÁLISE CRÍTICA DO DISCURSO NEGRO EM FORMA DE GRAFITE: QUESTIONANDO SENTIDOS DOMINANTES ATRAVÉS DO DISCURSO MULTIMODAL

    Get PDF
    O racismo contra negros no Brasil é um problema latente, provocador e complexo, por mais que alguns setores sociais tentem tornar invisível tal situação. Essa realidade torna essa pesquisa relevante por esta levantar questões críticas a respeito das constituições dos sujeitos e seus discursos acerca do racismo, mas, principalmente por abranger o discurso que está inserido em práticas sociais tensas de resposta ao discurso dominante e estabelecedor de relações assimétricas de poder. A partir da Teoria Social do Discurso de Norman Fairclough (2001), da Gramática do Design Visual de Gunther Kress e van Leeuwen (2006) e da concepção de texto de Hanks (2008), realizamos a análise crítica de três imagens (grafites) presentes em espaços públicos (muro e calçada) na rua Juvenal Galeno (Bairro do Benfica) e na avenida Treze de Maio (Bairro de Fátima), na cidade de Fortaleza - CE. Buscamos, assim, relacionar as implicações desses três referenciais teóricos na nossa análise: a definição de discurso, enquanto prática social, de Fairclough, aliada à sua concepção de texto como formação social, o processo conceitual simbólico sugestivo da Gramática do Design Visual e a concepção dinâmica de texto proposta por Hanks. O conjunto visual formado por texto e imagem nos grafites revela o discurso multimodal de um movimento negro que busca questionar os sentidos impostos pelo discurso racista dominante. Ao contrário do que o senso comum defende, os grafites são construções fecundas de sentido que produzem subjetividades e podem transformar o imaginário social

    A MULTIMODALIDADE PRESENTE NO PROCESSO DE PRODUÇÃO DE UM CARTAZ

    Get PDF
    Neste artigo, discutimos a relação que existe entre palavra e imagem como elementos semióticos e, por consequência, o resultado dessa relação para a constituição do processo de referenciação. Considerando os pressupostos sociocognitivistas que embasam os estudos mais atuais da Linguística Textual, segundo os quais o texto é o resultado de uma mescla de múltiplas semioses, analisamos uma peça publicitária, atentando para a interação entre os elementos visuais e linguísticos que compõem a materialidade textual. Além de olhar para os elementos materiais, tecemos considerações também a respeito do relato do designer e autor da peça, e sobre o processo criativo que gerou o produto em questão
    corecore