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    The hegelian concept of right in the philosophy of spirit in 1805/1806

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    O presente trabalho pretende considerar as especificidades do conceito hegeliano de direito, tal como desenvolvido por Hegel na parte dos “Esboços de Sistema” de 1805/06 dedicada à Filosofia do Espírito. Após reconstruir os vínculos intersubjetivos que servem de preâmbulo à gênese do conceito de direito no referido texto, concernentes à formação da individualidade pela educação, apresentar-se-á uma interpretação para a tentativa de Hegel de oferecer uma rearticulação do núcleo jusnaturalista do argumento contratualista. Como se tornará claro, a interpretação oferecida aqui diferirá consideravelmente daquela defendida por Axel Honneth com respeito ao referido texto. O artigo é concluído com a tentativa de um rápido estudo comparativo entre o desenvolvimento proposto por Hegel para o conceito de direito em seus “Esboços de Sistema” e aquele apresentado na Filosofia do Direito.The paper aims at considering Hegel’s concept of right, as it is presented in the Philosophy of Spirit (1805/06). First I attempt to reconstruct the intersubjective ties which ground the development of Hegel’s concept of right in the above-mentioned project of system. Then I present my interpretation for Hegel’s attempt to reformulate the “naturalistic” premises of the contractualist tradition. As it will be shown, my interpretation differs considerably from that defended by Axel Honneth. Finally the paper attempts to compare the discussion of the concept of right in Philosophy of Spirit (1805/06) with the Philosophy of Right (1821)

    As preleções de Hegel sobre a “Filosofia do Espírito” (1805/06): introdução e tradução da segunda parte (“o Espírito Efetivo”)

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    This paper aims at translating and presenting Hegel´s Philosophy of Spirit, written between 1805 and 1806. The first task is to contextualize the fragment, not only in relation to Hegel’s earlier and later writings, but also within the ensemble of fragments. Finally, in this second step of my contribution, I translate the second part of the Philosophy of Spirit into Portuguese, which is entitled “The Actual Spirit”.O objetivo deste trabalho é traduzir e apresentar as duas primeiras partes da “Filosofia do Espírito” presente nos Esboços de Sistema (1805/06) de Hegel, oriundos da compilação de suas notas para preleções feitas em Jena. Aqui, nessa segunda etapa de minha contribuição, faço uma rápida contextualização de esforço de Hegel contido nesses esboços, no que concerne à “Filosofia do Espírito”, concentrando-me nas intuições fundamentais da dimensão social das formulações neles contidas; e, em seguida, ofereço uma versão em português da segunda parte, intitulada “Espírito Efetivo”

    Crítica da moral deontológica no jovem Hegel

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    A freqüência com que a crítica hegeliana ao suposto formalismo da ética kantiana tem retornado em diversas ramificações da discussão éticopolítica contemporânea, em especial a partir da década de 1970, cria um ensejo oportuno para um reexame da primeira tentativa de Hegel de “superar” a filosofia prática de Kant: o programa arquitetado em Frankfurt, baseado no conceito de amor e que, graças a este embasamento, realça o sentido “comunitário” da Aufhebung do ponto de vista moral na “eticidade”. Pretende-se aqui, primeiramente, resgatar aspectos gerais da relação entre as investigações do jovem Hegel e a crítica ao idealismo kantiano-fichteano. Em seguida, partido do arcabouço geral da interpretação hegeliana do cristianismo, a intenção é interpretar a crítica da moral deontológica a partir do conceito de amor em Geist des Christentums.With the profound renewal of political philosophy that happened since the 1970s, the objection of “empty formalism” directed by Hegel against Kant’s moral theory has been returning to the contemporary philosophical debate over the moral foundations of the political community. This fact raises interest in Hegel’s first attempt to overcome Kant’s practical philosophy: the project of a radical critique of deontological ethics that he planned in Frankfurt and was based on the concept of love, whose inherently intersubjective character underlines the social significance of what Hegel later conceived as the Aufhebung of the moral point of view in ethical life. Firstly, this paper aims to outline Hegel’s early critique of the Kantian- Fichtean idealism in the light of his historical philosophical investigations in Tübingen, Bern and Frankfurt. The second part is an attempt to reexamine the relationship between Hegel’s conception of love and his critique of deontological morality, as it is presented in Geist des Christentums

    Right and intersubjectivity: Hegel's comprehension of modern ethical life and Fichte's concept of recognition

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    Orientador: Marcos Lutz MullerTese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias HumanasResumo: Este trabalho pretende desenvolver uma tese de leitura acerca das motivações e da consolidação da filosofia social de Hegel, qual seja: a importância da assimilação da teoria fichteana da intersubjetividade para a constituição do modelo hegeliano do desenvolvimento da eticidade. Na primeira parte, pretende-se mostrar que a teoria fichteana da intersubjetividade, desenvolvida no contexto da dedução da relação de direito, possui um potencial ético que parece cristalizar-se numa concepção não limitativa, não excludente e positiva da relação intersubjetiva. Na segunda parte, após investigar a contraposição, nos escritos de Hegel em Frankfurt, entre a intersubjetividade limitativa e potencialmente desagregadora, própria às relações contratuais do direito privado, e a harmonia intersubjetiva do amor, pretende-se mostrar que a derrocada da expectativa de Hegel com respeito ao ideal de integração social pela via de uma Volksreligion conduz a contraposição entre a intersubjetividade ¿solidária¿ e a ¿restritiva¿ ao projeto de uma ¿subjugação¿ da esfera econômica juridicamente regulada sob o âmbito político-público da eticidade absoluta. Em seguida, perseguindo a tese de que o problema do Einssein entre universal e singular pressupõe uma solução intersubjetivista, procura-se explorar as peculiaridades da ¿gênese intersubjetiva¿ do espírito do povo no System der Sittlichkeit e no Jenaer Systementwurf 1803/04, com especial ênfase na progressiva imbricação entre teoria da consciência, reconhecimento e desenvolvimento conceitual da eticidade, a qual interpretamos como uma articulação sócio-filosófica entre a intersubjetividade formadora e a intersubjetividade limitativa. Na terceira parte, pretende-se clarificar, a partir de uma análise comparativa do reconhecimento em suas versões ¿fenomenológicas¿, a conexão do mesmo com a efetivação da liberdade individual na eticidade. A intenção é mostrar que a ¿generalização¿ do movimento, pela sua inserção na ¿filosofia do espírito subjetivo¿, não conduz necessariamente ao seu desligamento dos estágios de efetivação intersubjetiva da liberdade, mas antes à sua pressuposição como forma normativa da relação social efetiva, de maneira que não apenas a relação intersubjetiva participativa e formadora da individualidade e a relação solidária, que constitui a gênese do estado ético, como também a relação de respeito recíproco à intangibilidade da pessoa, podem, enquanto ¿relações éticas¿, ser tematizadas no registro comum de um ¿ser-reconhecido¿. Finalmente, procura-se mostrar como Hegel insere, no Systementwurf 1805/06, a ¿luta por reconhecimento¿ em uma argumentação que articula a forma participativa de intersubjetividade com a gênese da solidariedade ética que tem de estar vinculada à efetividade social de uma vontade universal, a qual é, entretanto, compreendida pela primeira vez por Hegel, em sua imediatidade, como direito. O resultado mais amplo do trabalho é a tese de que tal interpretação poderia ser ¿aplicada¿ em uma leitura das Grundlinien, o que, entretanto, será apenas aqui indicadoAbstract: This work intends to delineate some motives underlying the development of Hegel's social philosophy. According to the interpretation we attempt to formulate, Fichte's view of intersubjectivity plays a decisive role in Hegel's comprehension of the conceptual unfolding of ¿ethical life¿ (Sittlichkeit). The first part focuses on Fichte's theory of intersubjectivity, particularly on its version presented in the Foundations of Natural Law, where it is deduced as a condition for the ¿juridical relation¿(Rechtsverhältnis). The main task is to show that Fichte's conception of the intersubjective mediation of individual conscience, when considered apart from its endurable form as a relation of reciprocally limited spheres of action, seems to contain the ethical potential for a ¿non-limited¿, ¿non-exclusive¿ and positive actualization of individual freedom. In the second part, after elucidating, in Hegel's early writings, the opposition between the ¿juridical¿, potentially disintegrative conception of intersubjectivity and the harmony of love, we intend to indicate how the frustration of Hegel's expectations, regarding social integration through a Volksreligion, conduces to the project of ¿subordination¿ (Bezwingung) of juridically regulated economics under the political realm of the abolute ethical life. Thus, after demonstrating that the problem of the Einssein of universal and individual pressuposes an intersubjective solution, the aim is to delineate the intersubjective genesis of the ¿Spirit of a People¿ in the System of Ethical Life and in the Philosophy of Spirit 1803/04, always emphazising the progressive articulation of theory of conscience, recognition and the conceptual unfolding of ethical life. The third part aims to elucidate, through a comparative investigation of the ¿phenomenological¿ versions of Hegel's theory of recognition, its connection with the actualization of individual freedom in the institutional framework of ethical life. In this context, it is aimed to show that the ¿generalization¿ of the process of recognition, due to its insertion into the ¿philosophy of subjective spirit¿, in despite of its immediate disconnection from the stages of intersubjective actualization of freedom, points toward the possibility of its pressuposition as the normative form of the actual social relation. According to this view, this ¿generalization¿ allows that not only the formative intersubjective ralation and the solidary connection among the individuals, that engenders the ¿ethical state¿, but also the interpersonal relations, based on reciprocal respect to the intangibility of individual freedom, could be reduced to the common denominator of a ¿being-recognized¿ (Anerkanntsein). Finally, the task is to consider how Hegel integrates, in the Philosophy of Spirit 1805/06, the ¿struggle for recognition¿ into an argumentation that articulates the participative form of intersubjectivity with the genesis of the ethical solidarity that is vinculated to the social actuality of the universal will, which is, for the first time in Hegel's philosophical development, understood in its immediacy as right (Recht). As a conclusion, we summarize some indications of a possible extension of this presented view to an interpretation of Hegel's Philosophy of RightDoutoradoDoutor em Filosofi

    Integrando Educação em Saúde como Estratégia-Chave na Prevenção do Câncer de Colo de Útero: Uma Revisão Sistemática

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    Introduction: Cervical cancer prevention poses a significant challenge in the global public health arena, as this pathology continues to affect women worldwide. In this context, the integration of health education emerges as a key strategy, playing a crucial role in raising awareness, prevention, and promoting women's health. Methodology: The search was restricted to the last 5 years, considering the timeliness of the information. The applied filters included the requirement for access to the full text, prioritizing systematic reviews as a means to ensure a comprehensive and consolidated analysis of the existing scientific literature. The initial number of identified articles was 33. Results: Promoting proactive attitudes towards cervical cancer prevention goes beyond simple information dissemination. It involves cultivating a preventive mindset, encouraging women to adopt regular care practices and integrate preventive measures into their health routines. Conclusion: When considering patient profiles, risk factors, the importance of educational initiatives, screening, and the use of protective measures, it is possible to develop comprehensive and culturally sensitive approaches. These approaches aim not only to reduce the incidence of cervical cancer but also to promote women's overall health.Introdução: A prevenção do câncer de colo de útero representa um desafio significativo na arena global de saúde pública, uma vez que essa patologia continua a afetar mulheres em todo o mundo. Nesse contexto, a integração da educação em saúde surge como uma estratégia-chave, desempenhando um papel crucial na conscientização, prevenção e promoção da saúde feminina. Metodologia: A busca foi restrita aos últimos 5 anos, considerando a atualidade das informações, e os filtros aplicados incluíram a necessidade de acesso ao texto completo, priorizando revisões sistemáticas como forma de garantir uma análise abrangente e consolidada da literatura científica existente. O número inicial de artigos identificados foi de 33. Resultados: Promover atitudes proativas em relação à prevenção do câncer cervical vai além da simples disseminação de informações. Envolve cultivar uma mentalidade preventiva, encorajando as mulheres a adotarem práticas de cuidado regular e a integrarem medidas preventivas em suas rotinas de saúde Conclusão: Ao considerar o perfil do paciente, os fatores de risco, a importância das ações educativas, do rastreamento e da utilização de preservativos, é possível desenvolver abordagens abrangentes e culturalmente sensíveis, visando não apenas à redução da incidência, mas também à promoção da saúde feminina em sua totalidade.   &nbsp

    Formação Social da "Consciência Jurí­dica": observações sobre a conexão entre intersubjetividade e normatividade em Kant e Fichte

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    Pretende-se investigar aqui a conexáo entre intersubjetividade e normatividade a partir das filosofias do direito de Kant e Fichte. Na primeira parte, levanto a questáo da intersubjetividade jurídico-moral a partir de uma reconsideraçáo sistemática do direito em Kant. Na segunda parte, desenvolvo esta interpretaçáo dentro da própria Rechtslehre. Na terceira parte, investigo a possibilidade de uma leitura da passagem do direito privado ao público capaz de realçar os nexos intersubjetivos como pressupostos para a aplicabilidade do direito. Em seguida, considero como Fichte recorre ao reconhecimento recíproco para dar sustentaçáo à aplicabilidade da racionalidade jurídico-moral kantiana. Finalmente, pretendo indicar, do ponto de vista da validade hipotética do direito, tanto as aporias do modelo fichteano quanto as potencialidades de uma ancoragem intersubjetiva da consciência jurídica

    As Preleções de Hegel sobre a “Filosofia do Espírito” (1805/06): introdução e tradução da primeira parte (“o Espírito segundo seu Conceito”)

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    O objetivo deste trabalho é traduzir e apresentar as duas primeiras partes da “Filosofia do Espírito” presente nos Esboços de Sistema (1805/06) de Hegel, oriundos da compilação de suas notas para preleções feitas em Jena. Aqui, nessa primeira etapa de minha contribuição, faço uma rápida contextualização de esforço de Hegel contido nesses esboços, no que concerne à “Filosofia do Espírito”, concentrando-me nas intuições fundamentais da dimensão social das formulações neles contidas; e, em seguida, ofereço uma versão em português da primeira parte, intitulada “O Espírito segundo seu conceito”

    Struggle and political modernity : on Hegel's critics to the hobbesian of "state of nature"

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    Seguindo a recente ressonância, tanto na teoria social quanto na filosofia política, de tópicos do pensamento hegeliano, pretendo aqui recuperar aspectos sócio-políticos que presidem a crítica de Hegel à filosofia política moderna. Primeiramente, tentarei mostrar que toda a crítica hegeliana ao contratualismo tem uma base sócio-teórica, a saber: a ideia, alcançada ainda em textos da juventude, de que a individualização – compreendida, quer em termos políticos quer em termos históricos, a partir do conceito de luta e de crime – tem uma base incontornavelmente societária (1). Em seguida, investigarei como se pode entender, a partir da discussão anterior, a assimilação crítica do conceito hobbesiano de “estado de natureza”, o que conduzirá a uma apreciação dos diversos tratamentos dados por Hegel ao problema da luta (2).Hegel´s social philosophy has obvious relevance to contemporary discussions on political philosophy and social theory concerning the social basis for the critique of political modernity. This paper supports the view according to which Hegel´s critique of contract theory has a social theoretical framework, namely the view that processes of individualization, understood in political as much as in historical terms by the notions of struggle and crime, presupposes the dynamics of socialization (1). Then, I consider Hegel´s critical assimilation of Hobbes´s state of nature doctrine in order to provide a comparative discussion on Hegel´s different treatments of struggle (2)
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