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    O USO DE ANIMAIS NO ENSINO DE ODONTOLOGIA VETERINÁRIA: PERCEPÇÃO DOS ALUNOS QUANTO A UTILIZAÇÃO DE MÉTODO ALTERNATIVO

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    A odontologia veterinária vem se desenvolvendo rapidamente nos últimos anos e simultaneamente há uma crescente procura por tratamentos, pois os proprietários estão mais preocupados com o bem-estar e a prevenção de doenças orais. Para atender esta demanda, é necessário que os médicos veterinários sejam treinados desde a graduação para o desenvolvimento do conhecimento teórico e habilidades práticas. Ao mesmo tempo em que são necessários treinamentos, há a discussão ética a respeito do uso de animais no ensino, e muitas alternativas foram desenvolvidas a fim de reduzir ou substituir o uso de animais vivos em aulas. Com o objetivo de utilizar métodos alternativos no ensino de odontologia veterinária, foi proposto o uso de peças anatômicas para treinamento de exodontias, e a aceitação do método foi analisada através de questionário. Foram avaliados 11 alunos de graduação, que responderam questões comparando o método tradicional de ensino ao método alternativo proposto. A maioria dos alunos (54,54%) afirmou ter aprendido mais durante as aulas com peças anatômicas, porém em relação ao conteúdo aprendido, as duas modalidades de ensino obtiveram a mesma aceitação (36,36%). Sobre as vantagens e desvantagens do método alternativo, os alunos afirmaram que este favoreceu o desenvolvimento de habilidades manuais (27,27%), a maior autonomia (45,45%) e a possibilidade de erros e repetições (45,45%), enquanto a principal desvantagem citada foi o fato de se tratar de um cadáver, não sendo observadas as funções fisiológicas (27,27%). Com base nestas observações concluiu-se que o método alternativo proposto teve boa aceitação pelos alunos, ofereceu o aprendizado de habilidades sem a preocupação limitadora de cometer erros e pode ser utilizado como método complementar no ensino

    FÍSTULA ORONASAL BILATERAL EM CÃO TRATADA COM TÉCNICA DE RETALHO DUPLO DE MUCOSA ORAL - RELATO DE CASO

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    Fístula oronasal (FON) é uma comunicação patológica entre as cavidades oral e nasal e ocorrem, em sua maioria, por doença periodontal grave com perda óssea maxilar, mas também podem ocorrer por trauma, lesões iatrogênicas, neoplasias, defeitos congênitos ou extrações dentárias. A FON geralmente é consequência de extração dentária durante o tratamento periodontal, sendo mais frequente em ocasião de exodontia de caninos ou incisivos superiores. Os sinais clínicos são secreção nasal uni ou bilateral e espirros frequentes, anorexia e halitose. O tratamento de escolha é cirúrgico, com a redução da fístula com retalho duplo de mucosa propiciando os melhores resultados. Foi atendido um cão da raça pinscher, de quatro anos, com histórico de esfoliação de canino superior direito (104) após trauma ocorrido há dois meses. Tutor relatou que animal apresentava espirros frequentes desde então. Na inspeção da cavidade oral, foi observada doença periodontal grau III, ausência do dente 104 e FON nessa região. Foi indicado tratamento periodontal e redução de FON. No primeiro procedimento, foi realizado o tratamento periodontal com exodontias. Paciente retornou em seis dias para avaliação, na qual foi observada cicatrização em locais de extração e presença de FON em regiões de 104 e 204. Tutor foi orientado a realizar escovação dentária diária e retornar em dois meses para reavaliação. Nesta, foi constatada presença de fístula bilateral sem diminuição. Foi então realizada cirurgia para redução de FON de 204. Dois dias antes da cirurgia foram prescritos ao paciente antibiótico e anti-inflamatório. A técnica cirúrgica iniciou com um primeiro retalho de mucosa a ser feito foi a partir do palato duro; uma incisão partindo do bordo cranial da fístula, chegando à linha mediana do palato e outra incisão partindo do bordo caudal da fístula, também chegando à linha mediana do palato. Esse retalho foi divulsionado com elevador de periósteo e sobreposto à fístula e suturado. O segundo retalho deve sobrepor o local da fístula e o defeito em palato criado pelo primeiro retalho doador e foi preparado realizando duas incisões divergentes em mucosa vestibular, paralelas às extremidades cranial e caudal da fístula e liberando-a com tesoura romba. Foi então suturado com pontos simples de modo a cobrir todo o primeiro retalho e o defeito causado pela sua doação em palato. No pós-operatório foi indicado uso de colar elisabetano e alimentação pastosa por 30 dias. A medicação pós-operatória prescrita para o paciente foram os mesmos do pré-operatório, incluindo analgésico. Em nova avaliação, a fístula de 204 havia sido reduzida. Foi marcada nova cirurgia para redução de fístula contralateral dois meses depois. Também foi feito retalho duplo em local de 104 e a técnica cirúrgica utilizada foi a mesma, além das mesmas indicações pré e pós-operatórias. Um mês depois o paciente apresentava cicatrização no local de reparo de fístula oronasal (104) e sua consequente redução. Pacientes de redução de FON devem ser acompanhados com certa regularidade

    COMUNICAÇÃO ORONASAL E EXPOSIÇÃO ÓSSEA POR DOENÇA PERIODONTAL E LESÃO REABSORTIVA DENTÁRIA EM UM GATO - RELATO DE CASO

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    Doenças orais em gatos são de elevada prevalência. No entanto, mesmo diante da grande incidência, tais afecções ainda são subdiagnosticadas. As principais enfermidades orais nessa espécie são a lesão de reabsorção dentária, a doença periodontal e fraturas dentárias. Essas alterações frequentemente causam dor oral, podendo desencadear inapetência e anorexia. Um gato, sem raça definida, 15 anos, castrado, foi atendido no Hospital Veterinário com histórico de inapetência, perda de peso progressiva e prostração há mais de 30 dias. Na avaliação física, constatou-se que o paciente fazia movimentos repetitivos de abrir e fechar a boca, apresentava halitose, sialorreia e dor em cavidade oral. Na avaliação odontológica sob anestesia geral foi observada importante exposição dos ossos incisivo, maxilar e palatino esquerdos com sinais de invasão do osso palatino direito. Também havia comunicação oronasal e cálculo dentário em grande quantidade, mobilidade dentária, retração gengival e bolsa periodontal. Nas imagens radiográficas intra-orais documentou-se alteração óssea em região de caninos superiores esquerdo (204) e direito (104) e perda de definição de ligamento periodontal em incisivos, caninos e molares superiores (anquilose). O dente 204 apresentava sinal de reabsorção dentária grave em raiz, perda de osso alveolar, fratura com exposição de polpa e alteração de coloração. O pré-molar superior esquerdo (206) apresentou reabsorção em coroa. Os inferiores apresentaram anquilose grave e reabsorção dentária do dente pré-molar inferior esquerdo (307). Os achados permitiram diagnosticar doença periodontal (DPO), lesão reabsortiva dentária felina (LRDF), fratura dentária e exposição óssea dos ossos incisivo, maxilar e palatino esquerdos. Dada a grave evolução do problema, concluiu-se que nenhum tratamento odontológico poderia melhorar os sinais clínicos, tampouco a qualidade de vida do paciente. Destarte, o proprietário optou pela eutanásia. Este relato evidencia o potencial de evolução negativo das afecções da cavidade oral quando não diagnosticadas e tratadas precocemente

    Desenvolvimento ósseo e densitometria radiográfica em codorna-japonesa (Coturnix japonica)

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    O desenvolvimento ósseo nas aves é diferenciado e, radiograficamente, não existe uma placa de crescimento visível. A densitometria radiográfica (DR) é utilizada para avaliar e mensurar a densidade óssea. Foram utilizadas cinquenta e quatro codornas-japonesas (Coturnix japonica) de um dia de vida e de ambos os sexos. A cada três dias foram pesados dois animais e, em seguida, identificados, submetidos à eutanásia e radiografados. Foi utilizada uma escada de alumínio de vinte e um degraus para a mensuração densitométrica. Realizaram-se mensurações de comprimento do úmero, rádio, ulna, fêmur, tibiotarso e tarsometatarso; correlação do período de postura com a ocorrência de hiperostose poliostótica (HP) nos ossos longos; bem como avaliação densitométrica ao longo de 80 dias. Houve aumento na densidade óssea conforme crescimento em comprimento dos ossos em úmero, seguido pelo tibiotarso, ulna e fêmur, verificado principalmente no período de sete a 13 dias de vida. No úmero e no fêmur, houve significativo aumento de densidade óssea também entre 70 a 79 dias. A partir do 61o dia, foi identificada a presença de hiperostose poliostótica nos fêmures das fêmeas. A DR é uma técnica aplicável em C. japonica como um método acessível e de baixo custo. Os resultados confirmam um grande aumento mineral ao longo do crescimento e durante a postura, confirmando a presença de HP na espécie

    Osteossíntese de úmero em Ramphastos dicolorus (tucano de bico verde): relato de casoOsteosynthesis of humerus fracture in Ramphastos dicolorus (redbreasted toucan): case report

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    Este relato tem por objetivo apresentar a técnica utilizada na osteossíntese de úmero em exemplar de Ramphastos dicolorus, assim como sua recuperação pós-cirúrgica. O animal foi encontrado pela Polícia Florestal no município de Candói e encaminhado à Clínica Escola Veterinária da UNICENTRO (CEVET). A ave recebeu solução de glicose 25% por via oral, antes do exame físico, com a finalidade de manter a glicemia em níveis fisiológicos. Foi realizado exame radiográfico, no qual foi constatada fratura completa fragmentada oblíqua de úmero, próxima à articulação úmerorádio-ulnar. Optou-se pela realização da redução aberta da fratura, com abordagem medial e aplicação de haste plástica intramedular. A prótese foi confeccionada a partir do êmbolo de uma seringa de 1 mL. O procedimento foi realizado com o animal sob anestesia geral, utilizando-se a associação de cetamina e xilazina, sendo a indução realizada antes do exame radiográfico. O tratamento pós-cirúrgico consistiu de administração de enrofloxacina e troca de curativos a cada 48 horas. Novo exame radiográfico foi realizado após 30 dias, no qual observou-se início de reação periosteal e manutenção da redução da fratura. Após 60 dias de acompanhamento, o paciente foi encaminhado aos órgãos ambientais competentes.Summary This report aims to present the surgical technique used in humerus osteosynthesis in a Ramphastos dicolorus, as well as its after-surgical recovering. The animal was found by the forest policy in town council Candói and directed to the Clinical School of Veterinary Medicine (CEVET-UNICENTRO). The bird received oral 25% glucose, before physical examination, with the purpose to keep the glycemia in physiological levels. It was performed an radiographic examination, in which oblique complete fragmented fracture of humerus was evidenced, next to the humerus-radioulnar joint. It was chosen to do an open reduction of fracture by medial access, with application of a plastic stem into intramedullar space. Prosthesis was confectioned from the pistom of a 1 mL syringe. The procedure was carried out with the animal under general anesthesia using ketamine and xylazine association, as the induction ended before radiographic examination. The after-surgical treatment consisted of administration of enrofl oxacine and dressings each 48 hours. A new radiographic examination was performed 30 days after, in which was observed slight periosteal reaction and maintenance of the fracture reduction. After 60 days of accompaniment, the patient was directed to the competent ambient agencies

    HIPERCRESCIMENTO DENTÁRIO E MALOCLUSÃO EM Cavia porcellus

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    As afecções dentárias são consideradas as principais doenças queacometem Cavia porcellus, visto que esses animais possuem dentição do tipo elodonte, ou seja, apresentam dentes com erupção constante e quando não há desgaste dentário suficiente para se igualar a taxa de erupção, as coroas clínicas se alongam de maneira patológica. A etiologia do desgaste inadequado não foi totalmente elucidada, mas de maneira geral pode ser dividida em congênita e adquirida. Dessa forma, o conhecimento detalhado sobre as causas determinantes do hipercrescimento dentário e maloclusão é fundamental para sua prevenção, tratamento e prognóstico, garantindo a melhoria da qualidade de vida de Cavia porcellus, mantidos como animais de estimação

    Moldagem dentária em primatas não humanos e modelos didáticos / Dental impression in non-human primates and didactic models

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    Este artigo teve como objetivo a descrição de técnica adaptada para moldagem dentária de primatas não humanos e produção de modelos em resina para o ensino anatômico da arcada dentária. Fizeram parte desse estudo dois chimpanzés (Pan troglodytes), um orangotango (Pongo pygmaeus) e um mandril (Mandrillus sphinx) mantidos em cativeiro. Os animais foram anestesiados, a cavidade oral foi avaliada e fotografada, e foi realizado tratamento odontológico adequado para cada caso. Na sequência, foi realizada a moldagem da cavidade oral. Foi preciso desenvolver uma técnica modificada para a moldagem da arcada dentária, já que as moldeiras convencionais para seres humanos não se adaptaram à dentição dos primatas. Os modelos prontos foram pintados baseando-se nas cores das imagens fotográficas obtidas de cada animal. Os moldes odontológicos e imagens fotográficas podem ser utilizados como referência anatômica e observação de alterações nestas espécies, sendo úteis como acervo de locais mantenedores de primatas não-humanos e para ensino acadêmico. 

    MODELOS PARA O ENSINO DO EXAME DA CAVIDADE ORAL EM ROEDORES E COELHOS

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    O exame da cavidade oral de roedores e coelhos domésticos é muito importante para o diagnóstico da síndrome do desgaste dentário inadequado, que leva ao hipercrescimento dentário e consequentemente a problemas sistêmicos. A anatomia da cavidade oral não favorece o exame, sendo indicado o uso de otoscópio para a observação dos dentes molares. O objetivo deste estudo foi criar modelos para o ensino da avaliação da cavidade oral de roedores e lagomorfos. Os modelos para avaliação com otoscópio foram confeccionados a partir de crânios de cadáveres éticos, silicone e tecido de pelúcia. Como complemento, foram confeccionados modelos de resina a partir de moldes obtidos de cadáveres e também disponibilizados sincrânios normais e alterados. Foi feita a validação dos modelos com a participação de médicos veterinários que trabalham com o otoscópio como ferramenta para avaliação da cavidade oral. Após a validação de conteúdo pelos experts, o modelo foi apresentado aos estudantes para validação de construto. Participaram do estudo 30 estudantes de medicina veterinária, que após aula teórica sobre odontologia de roedores e lagomorfos e aula prática com os modelos, responderam a um questionário. A maioria dos estudantes (98%) considerou os modelos realistas e a prática didática e citou que os modelos auxiliaram na melhor compreensão da avaliação dentária e no melhor entendimento anatômico dos dentes de roedores e lagomorfos. Com isso, pôde-se perceber que esse tipo de modelo para estudo e treinamento da odontologia de roedores e lagomorfos foi bem aceito pelos estudantes. Pela importância do estudo da odontologia veterinária como especialidade nesse grupo específico de animais, recomendamos que os modelos para exame da cavidade oral sejam introduzidos na rotina das universidades

    Sialocele em cão da raça Pinscher: Relato de caso

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    A sialocele é o acúmulo de saliva no tecido subcutâneo causado por trauma, lesões nos ductos salivares, obstruções, sialólitos ou causas desconhecidas. Normalmente acomete cães de meia idade. O quadro comumente cursa com aumento de volume no local da glândula afetada, tem caráter indolor e progressão rápida. O presente relato tem como objetivo descrever um caso de sialocele em glândula mandibular de causa desconhecida em um cão da raça Pinscher atendido no Hospital Veterinário da Universidade Federal do Paraná. O diagnóstico foi baseado na anamnese, exame físico e exames complementares (citologia aspirativa), e como tratamento foi instituída a remoção da glândula mandibular. O tratamento foi eficaz e não houve recidiva do quadro

    FAUNA IXODÍDEA DE ANIMAIS SILVESTRES DO ESTADO DO PARANÁ, BRASIL – DADOS PRELIMINARES

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    Os carrapatos são conhecidos por parasitar uma variedade de hospedeiros domésticos e silvestres, incluindo mamíferos, aves, répteis e anfíbios. Além disso, muitos animais silvestres participam do ciclo epidemiológico de doenças transmitidas por carrapatos. Nesse sentido, o objetivo desse estudo foi identificar as espécies de carrapatos parasitando animais silvestres atendidos no Hospital Veterinário, Universidade Federal do paraná, Curitiba, Brasil. Os carrapatos foram coletados de 28 animais silvestres: uma anta (Tapirus terrestres), um cervídeo (Mazama sp.), um javali (Sus scrofa), dois bugios (Alouatta guariba), duas capivaras (Hydrochoerus hydrochaeris), 9 ouriços-cacheiros (Sphiggurus villosus), quatro tamanduás-mirins (Tamandua tetradactyla), seis gambás (Didelphis spp.), um gato-mourisco (Herpailurus yagouaroundi) e um teiú (Tupinambis sp.). Ao todo, foram coletados 115 carrapatos (65 machos, 33 fêmeas e 17 ninfas): Amblyomma aureolatum (1M, 3F, 2N) em dois bugios, um gambá e um gato-mourisco; Amblyomma calcaratum (8M, 2F) em 4 tamanduás-mirins; Amblyomma dubitatum (6M, 1F, 7N) em duas capivaras e um gambá; Amblyomma fuscum (3F) em um teiú; Amblyomma longirostre (28M, 8F, 4N) e Amblyomma parkeri (4M, 3F, 3N) em nove ouriços-cacheiros; Amblyomma ovale (1F) em um javali; Amblyomma sculptum (6M, 7F) em uma anta e um javali; Haemaphysalis juxtakochi (1N) em um cervídeo e Ixodes loricatus (12M, 5F) em cinco gambás. Estudos são necessários para melhor avaliar o papel dessas espécies na epidemiologia das doenças transmitidas por carrapatos
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