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    Mortalidade prematura por doenças crônicas não transmissíveis nos municípios brasileiros, nos triênios de 2010 a 2012 e 2015 a 2017

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    Objective: To estimate premature mortality due to Noncommunicable Diseases in Brazilian municipalities. Methods: This ecological study estimated premature mortality rates due to cardiovascular, chronic respiratory diseases, neoplasms and diabetes in Brazilian municipalities, for the three-year periods of 2010 to 2012 and 2015 to 2017, and analyzed spatial and temporal distribution of these rates. Data treatment combined proportional redistribution of the missing data and ill-defined causes, and the application of coefficients for under-registration correction. Local empirical Bayesian estimator was used to calculate municipal mortality rates. Results: Rates for the set of chronic diseases reduced in Brazil between the three-year periods. The average rates for the total of NCDs declined in the South, Southeast and Midwest regions, stabilized in North and increased in Northeast. Mortality rates due to cardiovascular diseases were the highest in all regions, but showed the greatest declines between the periods. Neoplasms were the second leading group of causes of death. North and Northeast stood out for the increase in the average rates for this group of causes between the periods analyzed and for concentrating the highest averages of premature mortality rates due to diabetes in the 2015 to 2017 period. Conclusions: Spatial and temporal distribution of premature mortality rates due to NCDs differed among Brazilian municipalities and regions in the three-year periods evaluated. South and Southeast perceived a reduction in the rates due to cardiovascular, chronic respiratory diseases and diabetes, while North and Northeast had an increase in the rates due to neoplasms and Midwest due to diabetes.Objetivo: Estimar mortalidade prematura por Doenças Crônicas Não Transmissíveis nos municípios brasileiros. Métodos: Estudo ecológico com estimativa das taxas de mortalidade prematura por doenças cardiovasculares, respiratórias crônicas, neoplasias e diabetes nos municípios brasileiros, nos triênios de 2010 a 2012 e 2015 a 2017, e análise da distribuição espacial e temporal dessas taxas. Realizou-se redistribuição proporcional dos dados faltantes e das causas mal definidas, e aplicou-se coeficientes para correção de sub-registro. As taxas municipais de mortalidade foram calculadas pelo estimador bayesiano empírico local. Resultados: No Brasil, houve redução das médias das taxas municipais para o conjunto das doenças crônicas entre os triênios. No Sul, Sudeste e Centro-Oeste houve declínio das médias das taxas para o total das DCNTe acréscimo no Nordeste. As médias das taxas de mortalidade por doenças cardiovasculares foram as mais altas em todas as regiões, mas apresentaram os maiores declínios entre os períodos. As neoplasias representaram o segundo principal grupo de causas. Norte e Nordeste se destacaram pelo aumento das taxas médias por esse grupo de causas entre os períodos analisados e por concentrarem as taxas mais altas de mortalidade prematura por diabetes no triênio 2015 a 2017. Conclusões: Diferenças na distribuição espaço-temporal das taxas de mortalidade prematura por DCNT foram identificadas entre municípios e regiões brasileiras. Houve redução das taxas por doenças cardiovasculares, respiratórias crônicas e diabetes no Sul e no Sudeste e aumento das taxas por neoplasias no Norte e no Nordeste, e por diabetes no Norte e no Centro-Oeste

    Programa Nacional de Vigilância em Saúde Ambiental Relacionada à Qualidade da Água para Consumo Humano (Vigiagua): lacunas entre a formulação do programa e sua implantação na instância municipal

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    A avaliação e o acompanhamento das ações do Programa Nacional de Vigilância em Saúde Ambiental Relacionada à Qualidade da Água para Consumo Humano (Vigiagua) são importantes para validar o processo de trabalho, identificar nós e sugerir mudanças objetivando o avanço do Programa. Trabalhos sobre o Vigiagua geralmente exploram aspectos quantitativos e metas atingidas, inexistindo uma avaliação qualitativa sobre a sua implantação na instância municipal. Assim, práticas rotineiras preconizadas pelo Ministério da Saúde referentes à identificação e ao cadastramento das formas de abastecimento de água, à espacialização e ao compartilhamento de informações, intraorganizacional e intersetorialmente, são analisadas por meio de falas captadas em entrevistas com profissionais do Vigiagua em três municípios de diferentes portes populacionais. Recorreu-se ao método da análise de conteúdo de Bardin (1994) para o tratamento e a análise dos relatos, que revelou persistir dificuldades para cadastramento e vigilância a instalações de abastecimento de água, a não realização de séries temporais, a deficiência de instrumentos de georreferenciamento e a integração incipiente entre setores. Ainda, a integração entre a prática dos profissionais do Vigiagua e da Vigilância Epidemiológica é incipiente nos três municípios, restringindo-se basicamente a situações de surto. A implantação muito recente do Vigiagua aponta para a importância de avaliações visando, assim, seu aprimoramento.The monitoring and evaluation of Vigiagua - Brazil's drinking-water quality surveillance programme (Vigiagua) - are a potentially important source of programme improvements. Published documentation on Vigiagua refers mainly to its quantitative aspects and achievements, but we present here the results of a qualitative evaluation of the programme's functioning at municipal level, seeking to validate the methodology, identify constraints and suggest improvements. We analysed practices established by the Ministry of Health for the identification and survey of the various types of water supply, for the compilation of geographic information systems, and for the allocation of responsibilities between organisations and sectors, taking as our data the statements made during interviews by Vigiagua professional staff in one large, one small and one intermediate sized municipality. Content analysis applied to the interview transcripts brought to light persisting difficulties in registering and monitoring water supply infrastructure, failure to collect data at appropriate time intervals, lack of GPS and other equipment, and inadequate cross-sectoral coordination. The planned integration of the work of Vigiagua with the health sector's Epidemiological Surveillance is not yet functional in the three studied municipalities, being limited in practice to outbreaks. Further evaluations are necessary aiming at its improvement

    Evaluation of the health-related targets of the sustainable development goals in portuguese-speaking countries

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    Introdução: No contexto dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, torna-se importante o monitoramento do desempenho dos países signatários. Objetivo: analisar indicadores de saúde dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, estimados pelo Institute for Health Metrics and Evaluation para os Estados que integram a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, referentes ao ano de 2017 e projeções para 2030. Materiais e métodos: Foram utilizadas as estimativas do estudo “Carga Global de Doenças”. Para cada país, e comparativamente entre eles, foram analisados um índice que sintetiza 41 indicadores de saúde dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, e os próprios indicadores, cujos valores foram transformandoos em escala de 0 a 100. Também se analisou a evolução do índice para cada país no período compreendido entre 1990 e 2017 e as tendências projetadas até o ano de 2030. Resultados: Os melhores desempenhos foram observados para Portugal e Brasil, nesta ordem. Nestes países, os maiores problemas de saúde referem-se às doenças crónicas não transmissíveis e fatores de risco correlatos, e, no Brasil,destaca-se também a violência. Nos demais países, observam-se: tripla carga de doenças, doenças infeciosas, problemas relacionados ao saneamento, elevadas taxas de mortalidade na infância, materna e por doenças crónicas não transmissíveis, além da violência sexual e agressões físicas. Conclusão: A CPLP apresenta assimetrias internas económico-sanitárias e na carga de doenças, o que torna premente o estabelecimento de uma rede de cooperação para o cumprimento da Agenda 2030. Introduction: In the context of the Sustainable Development Goals, it is important to monitor the performance of the signatory countries. Objective: This study aims at analyzing the Sustainable Development Goals’s health indicators for 2017 and projections for 2030 estimated by the Institute for Health Metrics and Evaluation, regarding the Community of Portuguese-Speaking Countries. Materials and methods: Data from the Global Burden of Disease Study were used. In order to compare countries performances, it was analyzed an index that synthesizes 41 Sustainable Development Goals’s health indicators and also the values of each indicator, rescaled to a range from 0 through 100. The evolution of the index comprising the years of 1990 to 2017 and the projected trends until the year 2030 were analyzed for each country. Results: The best performances were observed for Portugal and Brazil, in that order. In these countries, the greatest health problems are related to and related risk factors, and in Brazil violence is also highlighted. In other countries, there is a triple burden of diseases, infectious diseases, problems related to water supply and sanitation, high infant and maternal mortality rates, and high mortality rates due to noncommunicable diseases, sexual violence and physical aggression. Conclusion: The Community of Portuguese-Speaking Countries presents internal disparities concerning economic and health status and the burden of diseases, which makes it urgent to establish a cooperation network to accomplish the 2030 agenda.publishersversionpublishe

    Desigualdades na utilização de serviços de saúde por adultos e idosos com e sem doenças crônicas no Brasil, Pesquisa Nacional de Saúde 2019

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    Objective: To investigate the use of health services and limitation in performing usual activities by adults and elderly people with and without Noncommunicable Chronic Diseases (NCDs), according to socio-demographic strata. Methods: Cross-sectional study in which data from the 2019 National Health Survey were analyzed. The final sample corresponded to 88,531 households with interviews carried out, referring to individuals aged 18 years and older. The prevalence of use of services by the population with NCD was compared to that of the population without NCD, and stratified by socioeconomic and demographic variables. Prevalence ratios (PR) and 95% confidence intervals were calculated. Results: In 2019, 47.6% (95% CI 47.0-48.3) of the population reported having 1 or more NCDs. Population with NCD had more medical consultation in the last 12 months (PRadj=1.21; 95% CI 1.20-1.23), used the health services more in the last two weeks (PRadj=2.01; 95% CI 1.91-2.11), referred more hospitalization (PRadj: 2.11; 95% CI 1.89 - 2.36), and more limitation in performing usual activities (PR: 2.52adj; 95% CI 2.30-2.76), compared to the population without NCD. A positive dose-response gradient was observed between the number of comorbidities and the use of services. In all socioeconomic and demographic strata, the prevalence of indicators was higher in people with NCD. Conclusions: The presence of NCD was associated with a higher frequency of use of health services (consultation, use of services and hospitalization) and the restriction of usual activities in all socioeconomic and demographic strata.Objetivo: Investigar a utilização de serviços de saúde e a limitação das atividades habituais autorreferida entre adultos e idosos com e sem Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), segundo estratos sócio-demograficos. Métodos: Estudo transversal, no qual foram analisados dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2019. A amostra final correspondeu a 88.531 domicílios com entrevistas realizadas, referentes a indivíduos maiores de 18 anos. As prevalências de uso de serviços pela população com DCNT foram comparadas às da população sem DCNT, e estratificadas por variáveis socioeconômicas e demográficas. Razões de prevalência (RP) e intervalos de confiança de 95% foram calculados. Resultados: Em 2019, 47,6% (IC95% 47,0-48,3) da população referiu ter 1 ou mais DCNT.  População com DCNT realizou mais consulta médica nos últimos 12 meses (RPaj=1,21; IC95% 1,20-1,23), utilizou mais o serviço de saúde nas duas últimas semanas (RPaj=2,01; IC95% 1,91-2,11), referiu mais internações (RPaj=2,11; IC95% 1,89-2,36), e mais limitação da realização de atividades (RPaj=2,52 vezes; IC95% 2,30-2,76) em comparação com população sem DCNT. Observou-se gradiente dose-resposta positivo entre número de comorbidades e uso de serviços. Em todos os estratos socioeconômicos e demográficos, a prevalência dos indicadores foi mais elevada em pessoas com DCNT. Conclusões: A presença de DCNT se associou à maior frequência de uso de serviços de saúde (consulta médica, uso de serviços de saúde e internação) e da restrição das atividades habituais em todos os estratos socioeconômicos e demográficos

    Padrões de mortalidade em municípios de uma região mineradora antes do rompimento da barragem de Brumadinho, Minas Gerais, Brasil

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    Objectives: to describe the patterns of general mortality and mortality from external causes and the temporal evolution, in the municipalities of the Paraopeba River Basin, before the socio-environmental disaster of Brumadinho and, additionally, to investigate the correlation between mortality and socioeconomic deprivation (PPI) in these municipalities. Methods: mortality databases from the Global Burden of Disease Study in 26 municipalities in Minas Gerais. The researches analyzed the mortality databases from the Global Burden of Disease Study in 26 municipalities in Minas Gerais. General and external causes mortality rates were calculated in the triennia (T) T1 (2000 to 2002), T2 (2009 to 2011), and T3 (2016 to 2018). Pearson's correlation coefficient measured the association between mortality rates and socioeconomic deprivation, according to the Social Deprivation Index (IBP). Results: There was a decline in overall mortality in BHRP from 717.7/100,000 to 572.6/100,000 inhab, and in most municipalities between T1-T3. Mortality from external causes increased from 73.3/100,000 to 82.1/100,000. And they were higher in these municipalities compared to the average for Brazil and Minas Gerais. Deaths from suicide and interpersonal violence increased from 29.6/100,000 to 43.2/100,000 in most of the 26 municipalities. Unintentional accidents decreased during the period, and transportation accident rates increased. The association with socioeconomic deprivation (PPI) was positive with increased mortality rates. Conclusion: Despite the strong presence of mining activity in the region, this did not reflect in the improvement of the sanitary situation, the external causes increased in the period, associated with inequalities, which must be considered in the planning for the recovery of the disaster areas.Objetivos: descrever os padrões de mortalidade geral e por causas externas e a evolução temporal, nos municípios da Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba (BHRP), previamente ao desastre socioambiental de Brumadinho e, adicionalmente investigar a correlação entre a mortalidade e a privação socioeconômica (IBP) nesses municípios. Métodos: Foram analisadas bases de mortalidade do Estudo Carga Global de Doenças em 26 municípios de Minas Gerais. Foram calculadas taxas de mortalidade geral e por causas externas nos triênios (T) T1 (2000 a 2002), T2 (2009 a 2011) e T3 (2016 a 2018). O coeficiente de correlação de Pearson mediu associação entre as taxas de mortalidade e a privação socioeconômica, segundo Índice de Privação Social (IBP). Resultados: Houve declínio da mortalidade geral na BHRP de 717,7/100.000 para 572,6/100.000 hab, e na maioria dos municípios entre T1-T3. A mortalidade por causas externas aumentou de 73,3/100.000 para 82,1/100.000, e foram mais elevadas nesses municípios comparando-se com a média do Brasil e de Minas Gerais. As mortes por suicídio e violência interpessoal aumentaram de 29,6/100.000 para 43,2/100.00, na maioria dos 26 municípios. Os acidentes não intencionais reduziram no período e as taxas por acidente de transporte aumentaram. A associação com a privação socioeconômica (IBP) foi positiva com aumento das taxas de mortalidade. Conclusão:  Apesar da forte presença da atividade mineradora na região, isto não refletiu na melhoria do quadro sanitário, as causas externas aumentaram no período, associadas às desigualdades, o que deve ser considerado no planejamento para a recuperação das áreas do desastre

    Consumo de frutas e hortaliças, atividade física no lazer e consumo abusivo de bebida alcoólica em Belo Horizonte, Brasil, segundo Índice de Vulnerabilidade à Saúde

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    Objective: To estimate the prevalence of fruit and vegetable consumption, practice of leisure time physical activity and excessive drinking of alcoholic beverages for small areas of Belo Horizonte, Minas Gerais. Methods: Ecological study conducted with data from the telephone survey of Surveillance System of Risk and Protective Factors for Chronic Diseases. The prevalence of risk and protection factors from 2006 to 2013 were estimated and the 95% confidence intervals calculated. The small areas corresponded to the municipality division into four strata of health risk classification given by the Health Vulnerability Index 2012. Results: The average prevalences for the period were: about 42% of regular intake of fruit and vegetable, 34.7% of leisure time activity and 20.4% of excessive drinking. The prevalence of fruit and vegetable consumption was higher in low-risk areas (58.5%; 95% CI: 56.8 - 60.2) and lower in very high-risk areas (32.3%; 95% CI: 27, 7 - 36.9). The practice of leisure time activity was higher in low-risk areas (40.8%; 95% CI: 38.9 - 42.8) and lower in very high risk (25.2%; 95% CI: 20.6 - 29.9). Excessive drinking was higher in low-risk areas (22.9%; 95% CI: 21.7 - 24.2) compared to very high-risk areas (14.3%; 95% CI: 11.4 - 17.3). Conclusions: It was identified a gradient in the distribution of risk and protection factors for noncommunicable diseases in Belo Horizonte according to the risk classification. This information can support programs aimed at reducing health inequalities, especially in the most vulnerable areas.Objetivo: Estimar a prevalência de consumo de frutas e hortaliças, de prática de atividade física no tempo livre (AFTL) e de consumo abusivo de bebida alcóolica para pequenas áreas de Belo Horizonte, Minas Gerais. Métodos: Estudo ecológico realizado com dados do inquérito telefônico de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas. Estimou-se a prevalência de fatores de risco e proteção para o período de 2006 a 2013 e intervalos de confiança de 95%. Considerou-se como “pequenas áreas” a divisão do município em estratos de classificação de risco à saúde dada pelo Índice de Vulnerabilidade à Saúde 2012. Resultados: As prevalências médias para o período foram: cerca de 42% de consumo regular de frutas e hortaliças, 34,7% de atividade no tempo livre e 20,4% de consumo abusivo de bebidas. A prevalência de consumo de frutas e hortaliças foi maior nas áreas de baixo risco (58,5%; IC95%:56,8 – 60,2) e menor nas de risco muito elevado (32,3%; IC95%: 27,7 – 36,9). A prática de AFTL foi maior nas áreas de baixo risco (40,8%; IC95%:38,9 – 42,8) e menor no muito elevado risco (25,2%; IC95%: 20,6 – 29,9). O consumo abusivo de bebidas alcóolicas foi maior nas áreas de baixo risco (22,9%; IC95%: 21,7 – 24,2) em comparação com as de risco muito elevado (14,3%; IC95%: 11,4 – 17,3). Conclusões: Evidenciou-se gradiente na distribuição de fatores de risco e proteção em Belo Horizonte segundo o índice de vulnerabilidade. Estas informações podem apoiar programas destinados a reduzir as desigualdades em saúde, em especial, em áreas mais vulneráveis

    Estimativas de prevalência de hipertensão e diabetes mellitus segundo Índice de Vulnerabilidade da Saúde em Belo Horizonte, Brasil

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    Objective: To estimate the prevalence of hypertension and diabetes for small areas in Belo Horizonte, using the Health Vulnerability Index (HVI). Methods: Ecological study with data from the Surveillance of Risk and Protection Factors for Chronic Diseases by Telephone Survey (Vigitel) conducted in Belo Horizonte, from 2006 to 2013. The self-reported diagnosis of diabetes and hypertension were evaluated. The estimates of prevalence and the 95% confidence interval (95% CI) were calculated using the direct and indirect method by HVI grouped into four categories: low, medium, high and very high health risk. Results: During the period evaluated, 26.0% (95% CI 25.2 - 26.8) and 6.1% (95% CI 6.7% - 6.5%) of the adult population in Belo Horizonte reported being hypertensive and diabetic, respectively. According to the indirect method to obtain estimates of hypertension and diabetes due to HVI, it was found that areas of very high risk had a higher prevalence of adults with hypertension (38.6; 95% CI: 34.8 - 42.4) and diabetes (16.2%; 95% CI: 13.1 - 19.3) when compared to the low risk (28.2; 95% CI: 27.0– 29.4) and (6.0%; 95% CI: 5.4 - 6.7), respectively. Conclusions: The adult population living in areas at high risk for health had a higher prevalence of hypertension and diabetes compared to those with a lower risk.Objetivo: Estimar as prevalências de hipertensão e diabetes para pequenas áreas em Belo Horizonte, utilizando o índice de vulnerabilidade à Saúde (IVS). Métodos:  Estudo ecológico com dados do sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico realizado em Belo Horizonte, nos anos de 2006 a 2013. Foram avaliados o diagnóstico autorreferido de diabetes e hipertensão. As estimativas de prevalências e o intervalo de 95% de confiança (IC95%) foram calculadas usando o método de estimação direto e indireto por IVS agrupado em quatro categorias: baixo, médio, alto e muito alto risco à saúde. Resultados:  Durante o período avaliado, 26,0 % (IC95% 25,2 – 26,8) e 6,1 % (IC95% 6,7% – 6,5%) da população adulta de Belo Horizonte reportaram ser hipertensos e diabéticos, respectivamente. Segundo o método indireto para obtenção das estimativas de hipertensão e diabetes por IVS, verificou-se que as áreas de risco muito elevado apresentaram maior prevalência de adultos com hipertensão (38,6; IC95%: 34,8 - 42,4) e diabetes (16,2%; IC95%:13,1 – 19,3) quando comparados com o de baixo risco  (28,2; IC95%: 27,0– 29,4) e (6,0%; IC95%: 5,4 – 6,7), respectivamente. Conclusões: A população de adultos residentes em áreas com risco elevado à saúde apresentou maiores prevalências de hipertensão e diabetes em comparação àquelas com menor risco

    Mortalidade prematura por doenças crônicas não transmissíveis em capitais brasileiras: redistribuição de causas garbage e evolução por estratos de privação social

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    Objectives: To analyze premature mortality due to noncommunicable diseases (NCDs) in Brazilian capitals and the Federal District (DF) according to the redistribution of garbage causes and the temporal evolution according to social deprivation strata in the trienniums 2010 to 2012 and 2017 to 2019. Methods: Corrections were applied to the Mortality Information System (SIM) such as: proportional redistribution of ignored and blank data and garbage causes (GC). Municipal premature mortality rates from NCDs were calculated using the local empirical Bayesian estimator and standardized by age. Differences between NCD mortality rates according to the Brazilian Deprivation Index (IBP) categories and between the three-year periods were analyzed. Results: In the capitals as a whole, rates increased between 8 and 12% after the GC redistribution and the greatest increases occurred in areas of high deprivation: 11.9% and 11.4%, triennia 1 and 2. There was variability between the capitals. There was a reduction in rates in all strata of deprivation between the three-year periods, with the greatest decrease in the stratum of low deprivation (-18.2%) and the lowest in the stratum of high deprivation (-7.5%). Conclusion: The redistribution of GC represented an increase in mortality rates, being higher in the strata of greater social deprivation. As a rule, a positive gradient of mortality was observed with increasing social deprivation. The analysis of the temporal evolution showed a decrease in mortality from NCDs between the three years, especially in areas of less social deprivation.Objetivos: Analisar a mortalidade prematura por doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) nas capitais brasileiras e Distrito Federal (DF) segundo redistribuição das causas garbage e a evolução temporal segundo estratos de privação social nos triênios 2010 a 2012 e 2017 a 2019. Métodos: Foram aplicadas correções ao Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) como: redistribuição proporcional de dados ignorados e em branco, e das causas garbage (CG). As taxas municipais de mortalidade prematura por DCNT foram calculadas pelo estimador bayesiano empírico local e padronizadas por idade. Foram analisadas diferenças entre as taxas de mortalidade por DCNT segundo categorias do Índice Brasileiro de Privação (IBP) e entre os triênios. Resultados: No conjunto das capitais, as taxas aumentaram entre 8 a 12% após a redistribuição de CG e os maiores acréscimos ocorreram em áreas de alta privação: 11,9% e 11,4%, triênios 1 e 2. Houve variabilidade entre as capitais. Observou-se redução das taxas em todos os estratos de privação entre os triênios, sendo maior decréscimo no estrato de baixa privação (-18,2%) e menor no estrato de alta privação (-7,5%). Conclusão: A redistribuição de CG representou aumento das taxas de mortalidade, sendo maior nos estratos de maior privação social. Via de regra, observou-se gradiente positivo de mortalidade com o aumento da privação social. A análise da evolução temporal evidenciou decréscimo da mortalidade por DCNT entre os triênios, sobretudo em áreas de menor privação social

    A pandemia de COVID-19 e mudanças nos estilos de vida dos adolescentes brasileiros

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    Objective: To analyze changes in the lifestyles of Brazilian adolescents during the COVID-19 pandemic. Methods: Cross-sectional study carried out with adolescents who participated in the “Covid Adolescentes - Behavior Survey”. The indicators related to lifestyles before and during the pandemic were evaluated: consumption of healthy and unhealthy foods, physical activity and sedentary behavior, smoking and consumption of alcoholic beverages. Prevalence and 95% confidence intervals were calculated for the total population and according to sex and age group. Results: 9,470 adolescents participated in the study. During the period of social distance, there was an increase in the prevalence of consumption of vegetables (from 27.34% to 30.5%), frozen foods (from 13.26% to 17.3%), chocolates and sweets (from 48.58% to 52.51%) and time in front of screens (from 44.57% to 70.15%). On the other hand, there was a decrease in the practice of physical activity (from 28.7% to 15.74%) and in the consumption of alcoholic beverages (from 17.72% to 12.77%). Differences were observed according to sex and age group. Conclusion: The results show changes in the adolescents' lifestyles and an increase in health risk behaviors.Objetivo: Analisar as mudanças nos estilos de vida dos adolescentes brasileiros durante pandemia de COVID-19. Métodos: Estudo transversal realizado com adolescentes que participaram do inquérito “Convid Adolescentes - Pesquisa de Comportamentos”. Foram avaliados os indicadores relacionados aos estilos de vida antes e durante a pandemia: consumo de alimentos saudáveis e não saudáveis, prática de atividade física e comportamento sedentário, tabagismo e consumo de bebidas alcóolicas. Foram calculadas as prevalências e intervalos de confiança de 95% para população total e segundo sexo e faixa etária. Resultados: Participaram do estudo 9.470 adolescentes. Durante o período de distanciamento social, foi observado aumento nas prevalências de consumo de hortaliças (de 27,34% para 30,5%), de pratos congelados (de 13,26% para 17,3%), de chocolates e doces (de 48,58% para 52,51%) e do tempo em frente às telas (de 44,57% para 70,15%). Por outro lado, houve diminuição da prática de atividade física (de 28,7% para 15,74%) e do consumo de bebidas alcóolicas (de 17,72% para 12,77%). Foram observadas diferenças segundo sexo e faixa etária. Conclusão: Os resultados apontam mudanças nos estilos de vida dos adolescentes e aumento de comportamentos de risco à saúde. Objetivo: Analisar as mudanças nos estilos de vida dos adolescentes brasileiros durante pandemia de COVID-19. Métodos: Estudo transversal realizado com adolescentes que participaram do inquérito “Convid Adolescentes - Pesquisa de Comportamentos”. Foram avaliados os indicadores relacionados aos estilos de vida antes e durante a pandemia: consumo de alimentos saudáveis e não saudáveis, prática de atividade física e comportamento sedentário, tabagismo e consumo de bebidas alcóolicas. Foram calculadas as prevalências e intervalos de confiança de 95% para população total e segundo sexo e faixa etária. Resultados: Participaram do estudo 9.470 adolescentes. Durante o período de distanciamento social, foi observado aumento nas prevalências de consumo de hortaliças (de 27,34% para 30,5%), de pratos congelados (de 13,26% para 17,3%), de chocolates e doces (de 48,58% para 52,51%) e do tempo em frente às telas (de 44,57% para 70,15%). Por outro lado, houve diminuição da prática de atividade física (de 28,7% para 15,74%) e do consumo de bebidas alcóolicas (de 17,72% para 12,77%). Foram observadas diferenças segundo sexo e faixa etária. Conclusão: Os resultados apontam mudanças nos estilos de vida dos adolescentes e aumento de comportamentos de risco à saúde
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