2 research outputs found

    Urbanization of the rural school process

    No full text
    Historically, we realized that rural education in Brazil has always been on the margins of the school process, although agricultural production and rural people themselves were the focus of economic and political interests. Economical in terms of maximum exploitation of land and farm work; politicians, as an element to be directed at the ideological-cultural level, in order to allow the dominant classes to remain in power. Surviving from a cramped structure, the rural school outlined its trajectory through governmental disinterest in stipulating its own educational policy, leading it to an '' imitation '' of the urban process, without realizing that, by proceeding in this way, it competed for a mischaracterization of the process itself and, jointly, of peasant society. Under the influence of post-World War II urbanization and developmentalist guidelines, the contempt for formal schooling in the countryside and, consequently, the prioritization of informal education mechanisms, was accentuated.With the implementation of the Rural Extension (mechanism created by agreement between the governments of Brazil / USA), it was intended to modernize and immediately increase production / productivity in the countryside. Linked to the capitalist-liberal matrixes, these urbanizing mechanisms reinforced the ties of economic, social and political dependence of micro and small rural landowners, ultimately not allowing a satisfactory socio-cultural balance in the rural environment. On the contrary, it enabled the impoverishment of rural men and their geographical expulsion; it gave rise to the entry of business groups in the countryside, accentuating the levels of exploitation on peasant society; it inserted values ​​that were alien to the praxis of that society and, above all, minimized the fundamental principles of rural education (socio-cultural transmission of the behavioral components of that human group). In this way, the urbanization of the rural environment, in a comprehensive socio-historical analysis, allowed the proliferation of disconcerting and, at the same time alienating, ruptures in life, in the relations of work and production, in the socio-political and cultural / educational organization of peasant peoples. What is perceived in this case is an almost total usurpation of the rights of the peasant, as a citizen and subject of the world in which he lives. However, the rural school as a social value remains dialectically, between the 'traditional' and the new, between the 'praxis' and the urban-industrial massification, between the natural situations of the countryside and the demands of the urban environment, in an attempt to to find, or better to say, to rediscover its own identity. In this sense, the need arises for an educational policy aimed especially at rural society, based on the principles of human solidarity, citizenship and the rights of all to experience democracy, social justice and, above all, access to cognitive-intellectual means of human knowledge.Dissertação (Mestrado)Historicamente percebemos que a educação rural no Brasil sempre ficou à margem do processo escolar, embora a produção agropecuária e o homem do campo em si, fossem focos de interesses econômicos e políticos. Econômicos quanto à exploração máxima da terra e do trabalho do rurícola; políticos, como elemento a ser direcionado no plano ideológico- cultural, de modo a permitir a permanência das classes dominantes no poder. Sobrevivendo a partir de uma estrutura capenga, a escola rural delineou sua trajetória através do desinteresse governamental em estipular uma política educacional própria, levando-a a uma ''imitação'" do processo urbano, sem perceber que, ao proceder dessa maneira concorria para uma descaracterização do próprio processo e, conjuntamente, da sociedade campesina. Sob a influência das diretrizes urbanizantes e desenvolvimentistas do pós II Guerra Mundial, acentuou-se o desprezo pela escolarização formal no campo e por consequência, a priorização dos mecanismos informais de educação. Com a implantação da Extensão Rural (mecanismo criado por convênio entre os governos Brasil/USA) pretendeu-se a modernização e imediato aumento de produção/produtividade no meio rural. Vinculados às matrizes capitalista-liberais, esses mecanismos urbanizantes reforçaram os laços de dependência econômica, social e política dos micro e pequenos proprietários rurais, não permitindo em última instância, um equilíbrio sociocultural satisfatório no meio rural. Pelo contrário, possibilitou a pauperização do homem do campo e sua expulsão geográfica; deu margem à entrada de grupos empresariais no campo, acentuando os níveis de exploração sobre a sociedade campesina; inseriu no meio rural valores alheios à práxis daquela sociedade e sobretudo, minimizou os princípios fundamentais da educação rural (transmissão sócio-cultural dos componentes comportamentais daquele grupo humano). Deste modo, a urbanização do meio rural, numa análise sócio-histórica abrangente, permitiu a proliferação de rupturas desconcertantes e, ao mesmo tempo alienantes, na vida, nas relações de trabalho e de produção, na organização sócio- política e cultural/educativa dos povos campesinos. 0 que se percebe, nesse caso, é uma quase usurpação total dos direitos do camponês, como cidadão e sujeito do mundo em que vive. No entanto, a escola rural como valor social permanece dialeticamente, entre o ‘ tradicional’’ e o novo, entre a "praxis" e a massificação urbano-industrial, entre as situações naturais do campo e as exigências do meio urbano, na tentativa de encontrar, ou melhor dizendo, de re-encontrar sua identidade própria. Nesse sentido, desponta-se a necessidade de uma política educacional voltada especialmente para a sociedade campestre, fundamentada nos princípios da solidariedade humana, da cidadania e do direitos de todos em vivenciarem a democracia, a Justiça social e sobretudo o acesso aos meios cognitivo- intelectuais do saber humano

    A Educação Rural no Paraná: uma análise a partir de Guarapuava (1930-1960)

    No full text
    O objetivo deste artigo é analisar diferentes posicionamentos sobre a importância da educação rural a partir da cidade de Guarapuava, no período de 1930 a 1960. Tendo como base empírica jornais circulantes na cidade, também utilizamos outros documentos para pensar a questão em um prisma que parte do âmbito nacional, passa pelo estadual, para chegar ao municipal. Como resultado desse trajeto analítico, pudemos ver que a educação rural em Guarapuava manifesta sua importância alternando defesas sobre o valor da educação e denúncias das mazelas no atendimento dessa modalidade educacional
    corecore