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    COMPETITIVIDADE TERRITORIAL, REGIONALIZAÇÃO E GLOBALIZAÇÃO

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    O artigo aponta que, para tratar do tema da competitividade, regionalização e globalização, deve-se lembrar de que depois dos “30 anos gloriosos”, do pós-guerra aos choques do petróleo (1973 e 1979), já se transcorreram mais outros 30 anos. Trata-se, portanto, de um período de 60 anos a serem considerados. A abordagem territorial atual baseia-se na ideia de que o território é a combinação de um espaço cultural, espaço político e espaço econômico. Por fim o artigo apresenta duas discussões importantes: a) o processo democrático de Amartya Sem, que aposta na capacitação das pessoas para participar e poder intervir nas políticas, o que não seria novo em si, pois François Perroux, nos anos 1960, já apontava para isso e b) o movimento Slow Cities Movement, uma rede que nasceu na Itália em 1999 e que tem hoje 140 cidades com no máximo 50 mil habitantes, em vários países. A proposta deste movimento recoloca o que Friedman e Weaver apontaram em 1979, como desenvolvimento endógeno

    La gestion des relations avec l'industrie : Le cas des universités brésiliennes

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    Pendant longtemps, les relations universités-entreprises se sont résumées aux contacts individuels, informels et ponctuels. Quand le processus d’innovation a pris de la vitesse, les entreprises ont commencé à demander plus de collaboration avec les universités (recherches coopératives à plus long terme, par exemple) et les gouvernements ont mis l’interaction universités-entreprises au centre de leurs stratégies d’innovation ; les universités ont dû organiser des structures d’interface, en même temps qu’elles mettaient au point des normes internes concernant l’emploi du temps des enseignants-chercheurs, la propriété industrielle, inter alia. Au Brésil, les universités ont pris cette trajectoire pendant les années 1990. L’expérience brésilienne démontre que le succès des structures d’interface dépend non seulement de la politique nationale d’innovation mais, surtout, des conditions particulières de chaque établissement. Cet article analyse les résultats de trois enquêtes menées par l’Université Fédérale du Rio Grande do Sul auprès des services de transfert de technologies et des services de propriété intellectuelle des universités brésiliennes. L’article est organisé selon les axes suivants : 1) le contexte des relations université-entreprises au Brésil ; 2) les caractéristiques, les points forts et les faiblesses des services universitaires, à partir de leur évolution dans la dernière décennie ; et 3) des repères pour la construction de stratégies internes.

    Managing Relations with Industry: The Case of Brazilian Universities

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    For a long time, university-business relations were a matter of individual, informal and intermittent contacts. Once the innovation process picked up speed, businesses began asking more from universities (longer-term co-operative research, for example), and governments placed university-business interaction at the centre of their innovation strategies, with the universities having to organise interface structures as well as developing internal standards for the agendas of teachers-researchers, industrial property, etc. In Brazil, universities started to do this during the 1990s. The Brazilian experience shows that the success of interface structures depends not only on the national innovation policy but above all on the conditions specific to each establishment. This article discusses the results of three surveys conducted by the Universidade Federal do Rio Grande do Sul concerning the technology transfer and intellectual property offices of Brazilian universities, and is set out as follows: 1) the background to university-business relations in Brazil; 2) the characteristics, strong points and weaknesses of university offices, based on their development over the last decade; and 3) benchmarks for the development of internal strategies.

    A promoção dos APLs, parques tecnológicos e incubadoras de empresas: construção de uma nova geração de política pública no Brasil

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    A noção de “aglomeração/proximidade espacial de empresas” como base de sinergias, relacionada a território, desenvolvimento local e vantagens econômicas, não é nova. No início do século XX, Alfred Marshall destacou os resultados positivos decorrentes da concentração de firmas especializadas em um determinado local. Surgia o conceito de “distrito industrial” que atribuía o sucesso da firma individual, sobretudo à presença de externalidades – fatores externos à firma, enraizados na comunidade. Segundo Marshall, após um período mais ou menos longo, criavam-se, naquele local, capacidades que ultrapassavam aspectos relacionados à localização geográfica, transformando-se em “uma atmosfera especial” gerada por um ambiente estimulante de competição e de cooperação entre empresas instaladas, que favorecia o surgimento de inovações e de desenvolvimento local. No novo contexto de mudanças tecnológicas e de globalização da economia, a dimensão geográfica e a proximidade local assumem especial relevância, visto que os fatores essenciais ao processo de inovação (conhecimento, qualificação de recursos humanos, qualidade das instituições) não são facilmente transferíveis em termos geográfico-espaciais, como o capital, mas ativos localizados espacialmente. Decorre daí a relevância de espaços como APLs. Os APLs podem ser constituídos ou pela rede formada pela grande empresa e pequenas empresas fornecedoras ou por pequenas empresas que interagem entre si. A inserção de incubadoras e de parques tecnológicos nos projetos locais e regionais de desenvolvimento e sua articulação com os arranjos produtivos locais são pontos importantes de política e passaram a ser integrados às estratégias da experiência recente no Brasil. Este capítulo analisa o papel de parques e incubadoras no desenvolvimento de APLs no Brasil, ou seja, a forma como as ações de fomento público voltadas para o desenvolvimento local e regional têm evoluído nos últimos anos, os limites e realizações desses mecanismos de fomento, no sentido de favorecer o bom desempenho dos APLs constituídos por parques e incubadoras de base tecnológica. Parques e incubadoras são instrumentos híbridos de transferência de tecnologia, pois são, ao mesmo tempo, ligados à produção do conhecimento e ao mercado. O reconhecimento da importância dos arranjos produtivos locais sugere a necessidade de descentralização e, portanto, de revisão do desenho das políticas públicas e instrumentos de CT&I unificados, que tendem a ignorar as particularidades dos APLs

    La promotion des systèmes productifs locaux, parcs technologiques et incubateurs d’entreprises : élaboration d’une nouvelle génération de politique publique au Brésil

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    La notion d’agglomération ou de proximité spatiale d’entreprises comme base des synergies liées au territoire, au développement local et aux avantages économiques, n’est pas neuve. Au début du xxe siècle, Alfred Marshall a mis en évidence les bénéfices résultant de la concentration des sociétés spécialisées dans un lieu déterminé. C’est ainsi qu’est apparu le concept de « district industriel » qui permet d’expliquer le succès de l’entreprise individuelle par la présence d’externalités – de facteurs externes enracinés dans la communauté. Selon Marshall, après une période plus ou moins longue, on assiste à l’émergence de capacités qui ne dépendent plus de la localisation géographique. Le lieu s’imprègne ainsi d’une « atmosphère spéciale » rendue possible par un environnement stimulant de compétition et de coopération entre les entreprises installées, cet environnement favorisant l’innovation et le développement local. Dans un contexte nouveau marqué par les changements technologiques et la mondialisation de l’économie, la dimension géographique et la proximité locale revêtent une importance particulière, étant donné que les éléments essentiels du processus innovant (connaissance, personnel qualifié, qualité des institutions) ne sont pas aisément transférables du point de vue géographique, contrairement au capital, car ce sont des actifs localisés spatialement. D’où l’importance d’espaces comme les arranjos productivos locais (APL). Les APL peuvent être constitués soit par un réseau de grandes et petites entreprises fournisseuses, soit par des petites entreprises qui interagissent entre elles. L’insertion des incubateurs et des parcs technologiques au sein de projets locaux et régionaux de développement comme les systèmes productifs constitue une stratégie industrielle d’application récente au Brésil. Ce chapitre analyse le rôle des parcs et des incubateurs dans le développement des APL au Brésil. En d’autres termes, nous examinerons l’évolution des dispositifs publics d’aide au développement local et régional, leurs limites et leurs réalisations, en nous demandant en quoi ils ont favorisé ces dernières années l’activité des APL dans les parcs et incubateurs à base technologique. Les parcs et les incubateurs sont des structures hybrides de transfert de technologie, car elles sont en même temps liées à la production de connaissances et au marché. Reconnaître l’importance des systèmes productifs locaux implique nécessairement une décentralisation et par conséquent une révision des politiques publiques et des dispositifs unifiés de Science, Technologie et Innovation (STI), qui ont tendance à ignorer les particularités des SPL
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