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    ENSINO DE LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS E O DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS TRANSVERSAIS

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    A linguagem tem papel fundamental no processo de interação entre pessoas, e nos  processos cognitivos estabelecidos na relação com o mundo. No caso das pessoas surdas,  a Língua de Sinais é a primeira Língua que o surdo tem contato, sendo por meio dela ensinada a Língua Portuguesa como segunda Língua. Objetivou-se relatar a experiência docente no ensino básico de Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) no Curso de Enfermagem. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo da atividade de extensão realizada na Jornada Acadêmica de Enfermagem, na modalidade de oficinas, executadas no ano de 2015 e 2016. As oficinas contaram com a participação de 52 estudantes, regularmente matriculados no curso de enfermagem. Resultado: Na realização da atividade de ensino de LIBRAS, abordou-se o tema cultura surda e comunicação. Utilizou-se como estratégia de ensino a aprendizagem ativa, a qual facilitou a interação dos integrantes do curso e o melhor aproveitamento do aprendizado. Com o uso dos sinais, associado a expressão facial, os estudantes conseguiram ao longo da oficina expressar palavras, ideias, e até mesmo frases.  Evidenciou-se que a Língua de Sinais tem estrutura própria, e a ordem dos movimentos manuais não corresponde fielmente a Língua falada, isto é, a estrutura não coincide com a Língua Portuguesa. Conclusões: Os estudantes vivenciaram na prática o desenvolvimento de uma competência transversal (a comunicação, por meio da Língua de Sinais). Desta forma, espera-se , a compreensão da surdez enquanto potencialidade humana e não como uma condição de deficiência.Palavras-chave: Comunicação. Educação. Língua Brasileira de Sinais

    As contradições dialéticas nos discursos dos enfermeiros e dos usuários no reconhecimento e enfrentamento das necessidades em saúde

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    Resumo: Estudo exploratório com abordagem qualitativa, ancorado na Teoria da Intervenção Práxica da Enfermagem em Saúde Coletiva, com objetivo de identificar as contradições dialéticas no discurso dos enfermeiros e usuários no reconhecimento e enfrentamento das necessidades em saúde. O local do estudo foi uma Regional de Saúde de um município da Região Metropolitana de Curitiba - PR. Os participantes da pesquisa foram 11 enfermeiros que trabalhavam nas Unidades de Saúde e 11 usuários atendidos nos casos relatados pelos enfermeiros do estudo. Os dados foram coletados por meio de roteiro de entrevista semiestruturada, individual, no período de julho a outubro de 2013. Para análise utilizou-se Análise de Conteúdo de Bardin (2009). As categorias de análise definidas foram: 1. As necessidades em saúde dos usuários ou das famílias reconhecidas por enfermeiros; 2. As necessidades em saúde dos usuários ou das famílias enfrentadas pelos enfermeiros; 3. As necessidades em saúde percebidas por usuários e famílias; e 4. O enfrentamento das necessidades em saúde pelos usuários e seus familiares. As categorias empíricas encontradas nos resultados foram: 1. Reconhecimento das necessidades segundo a compreensão do enfermeiro sobre o adoecimento; 2. A tecnologia e insumos necessários para a assistência de enfermagem; 3. Potencialidades e fragilidades no trabalho local para reconhecer necessidades em saúde; 4. Reconhecimento de processos de desgastes nas condições de vida dos usuários e famílias; 5. Necessidades em saúde percebidas na historicidade do processo saúde-doença; 6. Adoção de medidas e cuidados para o enfrentamento das necessidades em saúde; 7. Mobilização e limitação de recursos para o enfrentamento das necessidades dos usuários; 8. As orientações técnicas para o enfrentamento das necessidades em saúde versus as demandas sociais e o modo de viver dos usuários; 9. A aceitação dos usuários para utilizar as orientações no enfrentamento das suas necessidades em saúde. Conclui-se que a contradição dialética entre os discursos dos dois sujeitos (enfermeiros e usuários) estão em pólos opostos da mesma realidade. A enfermagem reconhece necessidade em saúde como identificar agravos a partir de sinais e sintomas ou na constância de carecimento de recursos para o cuidado de enfermagem ou nas condições precárias de vida, olhando a realidade a partir da perspectiva técnica científica desenvolvida na sua formação, o usuário, ao discorrer sobre as suas necessidades em saúde se remeteu às suas histórias de vida, olhando a realidade a partir da sua vivência com todas as experiências que lhe são possíveis, no seu cotidiano busca solução para conseguir atender as necessidades que percebe serem imprescindíveis para a continuidade da sua vida. Afirmou-se como um ser integral, histórico e social

    Perfil dos pacientes com diagnóstico de tuberculose em um município do Sul do Brasil

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    Introdução: A tuberculose é uma doença infectocontagiosa de transmissão por via respiratória, apesar de ser uma doença prevenível e curável, ainda é considerada uma das mais importantes causas de morbimortalidade no mundo. Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico dos pacientes com diagnóstico de tuberculose no Município de São José dos Pinhais, PR. Método: Estudo quantitativo descritivo. A coleta de dados ocorreu mediante consulta à base de dados do Sistema de Informação de Agravos e Notificação (Sinan) 2017), e foram selecionados os casos de tuberculose notificados no período de 2011 a 2015. Resultados: Foram notificados 388 casos de tuberculose, sendo 38% do sexo feminino e 62% do masculino. A faixa etária de ocorrência do agravo foi predominante em adultos entre 20 e 49 anos, com 62,6% dos casos. Em relação à forma clínica, 82,2% desenvolveram a forma pulmonar, destes, 73,8% tiveram baciloscopia positiva no momento do diagnóstico. Destaca-se que a testagem para HIV foi realizada em 100% dos pacientes notificados, e 13,9% apresentam coinfecção Tuberculose-HIV. Em relação à situação de encerramento, 75% tiveram cura, 6,19% abandonaram e 9,9% evoluíram para óbito; destaca-se que apenas 20% dos casos realizaram Tratamento Diretamente Observado (TDO). Conclusões: É necessário ter atenção especial para a elevada prevalência de casos com baciloscopias de escarro positiva, pois estes são a principal fonte de disseminação da doença. A baixa cobertura de TDO no município reflete os altos índices de abandono e óbitos, demostrando a necessidade de intensificação das ações e busca de parceiros para melhorar tais indicadores.Palavras-chave: Epidemiologia. Doenças transmissíveis. Tuberculose.

    PERFIL DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER EM SANTA CATARINA

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    A violência contra a mulher e sua submissão às questões de gênero é considerada um fenômeno social de caráter progressivo que afeta todas as dimensões vitais (bio-psico-sociais) que integram a mulher (FONSECA; RIBEIRO; LEAL, 2012). Expressões de violência ainda hoje se encontram presentes e arraigadas às culturas e gerações, apesar da existência de políticas públicas para o enfretamento dos casos de violência contra a mulher. Teve-se como objetivo descrever o perfil da violência contra a mulher no Estado de Santa Catarina. Utilizou-se pesquisa exploratória descritiva, desenvolvida a partir de dados secundários, revisão bibliográfica e legislação pertinente. No Brasil, entre 2001 e 2011 ocorreram cerca de 50 mil feminicídios provavelmente decorrentes de violência doméstica, já que aproximadamente um terço das mortes ocorreu em ambiente domiciliar (GARCIA; FREITAS; HÖFELMANN, 2013) e, de acordo com Cavalcanti et al. (2014), em 2011 no Brasil o tipo de violência mais prevalente foi a física (44,2% dos casos) seguida das violências moral (20%) e sexual (12,2%). Além disso, dados mostram que das 223.796 vítimas de violência notificadas no SINAN durante o ano 2014, 147.691 eram mulheres (WAISELFISZ, 2015). Os estudos de Garcia, Freitas e Höfelmann (2013) e de Waiselfisz (2015) apresentem Santa Catarina sendo o penúltimo lugar em homicídios de mulheres; no entanto, a pesquisa de Delviozo (2015) apresenta dados da Secretaria de Segurança Pública que colocam esse Estado como 2º lugar nas taxas de tentativas de estupro e em 5º lugar no ranking nacional de estupros com 44,3 casos por 100 mil mulheres. Dados mostram que no decorrer de 2013 aproximadamente 130 mil mulheres foram vítimas de violência em Santa Catarina, e que entre 2006 e 2013 houve um aumento de 12% dos homicídios de mulheres. Além disso, cerca de 48% dos atendimentos do SUS possuem relação com violência física, especialmente na mulher adolescente e adulta jovem (NÚMEROS..., 2015). Quanto à distribuição das denúncias percebe-se que as regiões mais prevalentes a Nordeste, Centro-Oeste e Norte, respectivamente. Entre os Estados, a distribuição dos feminicídios foi maior no Espírito Santo e na Bahia, e as menores taxas estavam em Santa Catarina e em São Paulo, respectivamente (GARCIA; FREITAS; HÖFELMANN, 2013). A violência acarreta perdas socioeconômicas para a sociedade e sobrecarrega a rede de serviços de saúde, na medida em que leva o indivíduo ao adoecimento, com comprometimento do bem-estar, da segurança e dos direitos humanos e, consequentemente, ao afastamento do trabalho (FONSECA; RIBEIRO; LEAL, 2012). No Brasil, embora existam protocolos de segurança e legislação para a proteção da vítima, os casos ainda são prevalentes. O Estado de Santa Catarina, embora se apresente com as menores taxas de denúncias desse tipo de violência, está em destaque nos rankings em estupro no País. Conclui-se que é necessário pensar em políticas públicas nas quais o objeto de ação seja a prevenção desse agravo por meio da promoção do empoderamento feminino.Palavras-chave: Violência contra a mulher. Feminicídio. Santa Catarina

    O CONHECIMENTO DO ENFERMEIRO SOBRE CAPTAÇÃO E DOAÇÃO DE ÓRGÃOS E TECIDOS

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    O processo de doação e captação de órgãos é uma tarefa realizada por uma equipe multidisciplinar composta por enfermeiros, médicos e psicólogos que são os responsáveis pela identificação do potencial doador, pela abordagem das famílias do doador, receptor e pelo planejamento e execução do procedimento. O objetivo deste estudo foi analisar o conhecimento dos enfermeiros sobre o processo de captação e doação de órgãos e tecidos em um hospital de referência do Meio Oeste de Santa Catarina. A complexidade desta modalidade terapêutica exige capacidade técnica e constante aperfeiçoamento da equipe de profissionais de saúde envolvidos. O enfermeiro no seu cotidiano profissional é desafiado a prestar assistência com qualidade aos pacientes e familiares. Trata-se de um estudo exploratório descritivo, com abordagem qualitativa. A coleta de dados se deu a partir de uma entrevista semiestruturada aplicada aos enfermeiros que exercem suas atividades profissionais nas Unidades de Emergência e de Terapia Intensiva e que concordaram em participar da pesquisa, assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Na sequência os dados foram analisados e descritos, sendo que os principais resultados apontam para a falta de conhecimento do protocolo e suas técnicas, bem como, dificuldades no processo de abordagem das famílias dos doadores e formação/capacitação insuficiente para realização do procedimento. Palavras Chave: Conhecimento. Enfermagem. Doação de órgãos

    RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE ATIVIDADES REALIZADAS EM UM HOSPITAL PSIQUIÁTRICO

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    Vive-se, atualmente, em uma sociedade em que o consumo de drogas e o número de dependentes químicos vêm crescendo cada vez mais. Em 2003 foi lançado no País a Política do Ministério da Saúde para a Atenção Integral a Usuários de Álcool e outras Drogas (BRASIL, 2004). A implementação dessa política demandou a efetivação de novos programas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), como a criação de Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPSAD), e de dispositivos comunitários, como leitos psiquiátricos disponibilizados em hospitais gerais, integrados e articulados à rede assistencial em saúde mental e aos princípios da reforma psiquiátrica (PINHO; OLIVEIRA; ALMEIDA, 2008; PEREIRA; VARGAS; OLIVEIRA, 2012). Objetivou-se descrever o atendimento de dependentes químicos de um hospital geral do Meio-Oeste catarinense. Trata-se de um relato de experiência da atividade prática realizada pelos acadêmicos do Curso de Medicina no componente curricular Saúde Coletiva IV, em 2016, com os usuários de um hospital psiquiátrico. A estrutura do hospital conta com duas alas principais, a de psiquiatria e a de clínica médica. A ala de clínica médica conta com 45 leitos, dos quais 15 são de maternidade e atualmente estão desativados. A ala de psiquiatria é dividida em outras duas alas, a feminina e a masculina. A ala de psiquiatria feminina dispõe de 10 leitos, dos quais, durante a visita,  sete estavam ocupados, já a ala de psiquiatria masculina dispõe de 20 leitos, dos quais 19 estavam ocupados. O tempo mínimo de internação é de 30 dias, e o máximo previsto é de três meses, cujo objetivo é a desintoxicação do depedente químico. O acolhimento do usuário na unidade de desintoxicação começa com uma anamnese multidisciplinar. A equipe é composta por um médico, um psicólogo, dois técnicos em enfermagem disponíveis durante todo o tempo, e um educador fisico. Desde o início do atendimentodo é estabelecido o plano terapêutico que visa atender às necessidades de cada paciente. O plano terapêutico deve considerar a singularidade e especificidade  de cada usuário, bem como o grau da dependência química e atendimento das comorbidades atuais. Ao longo do período de internação, são dispensados 10 cigarros/dia para cada paciente; ao ser questionada essa conduta, foi  explicado pelos dirigentes da instituição que esta é uma estratégia de redução de danos para aqueles que consomem drogas pesadas, visto que não altera o comportamento e alivia a ansiedade e a tensão. Sobre o perfil dos usuários internados, a maioria (40%) tinha entre 45 e 55 anos; 53% eram casados, e 77% estavam, no mínimo, na terceira internação de desintoxicação. Conclui-se que, apesar de o hospital contar com uma adequada estrutura física, há alas em desuso por falta de investimentos, pacientes internados ociosos por falta de atividades, reclamações por parte dos usuários no CAPS por excesso de sedação e poucas consultas com o psiquiatra, o que compromete o tratamento desses pacientes e a relação médico-paciente.Palavras-chave: Reforma psiquiátrica. Dependência química. Saúde mental

    ANÁLISE DA ATUALIZAÇÃO DO CALENDÁRIO NACIONAL DE VACINAÇÃO

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    Desde o século XVIII, com a invenção da vacina contra a varíola, a imunização se tornou a principal estratégia de prevenção e controle de determinadas doenças infectocontagiosas no campo da Saúde Coletiva. A partir da criação do Programa Nacional de Imunizações (PNI), na década de 1970, os calendários vacinais sofreram inúmeras alterações em razão do surgimento de novos agravos e da mudança do perfil epidemiológico. O objetivo com este trabalho foi analisar as mudanças no calendário nacional de vacinação referente ao ano 2016. Trata-se de uma pesquisa exploratória e descritiva, com abordagem qualitativa. A coleta de dados secundários ocorreu por meio de revisão bibliográfica de documentos oficias do Ministério da Saúde (MS) e de artigos científicos publicados no banco de dados Scielo. Desde 1998, o PNI recomenda que todos os recém-nascidos recebam a primeira dose da vacina contra hepatite B nas primeiras 24 horas de vida. Em 2001, ampliou-se a faixa etária até os 19 anos (SÃO PAULO, 2006). A partir de 2016, a vacina contra a hepatite B é ofertada para toda a população, em qualquer idade e/ou situação de vulnerabilidade, em decorrência do aumento da população idosa que mantém vida sexual ativa e, por vezes, sem uso de preservativo, aumentando os riscos de infecção pelo vírus da hepatite B (BRASIL, 2015). A vacina da poliomielite sofreu alteração de sua terceira dose, substituindo-se a vacina oral (VOP) pela vacina inativada (VIP); assim, somente o reforço será realizado com a VOP (BRASIL, 2015). A mudança ocorreu com o intuito de estabelecer uma nova etapa de prevenção da paralisia infantil, visto que a erradicação mundial da doença está próxima (BRASIL, 2016). Na vacina pneumocócica 10 valente, o Ministério da Saúde optou por um esquema de duas doses (aos dois e aos quatro meses), priorizando o reforço aos 12 meses; enquanto para crianças de um a quatro anos não vacinadas, a imunização é em dose única (BRASIL, 2015). Essa decisão foi justificada por estudos que mostraram a mesma efetividade entre o esquema antigo e o atual (BRASIL, 2016). Em 2014, a vacinação contra a hepatite A foi introduzida no PNI com o objetivo de diminuir a incidência de casos graves e óbitos pela doença (BRASIL, 2014). Essa vacina é ofertada para crianças com 15 meses de idade, em dose única; substituindo o esquema aos 12 meses (BRASIL, 2015). No esquema para vacinação contra o HPV, não é mais necessária a terceira dose, pois estudos mostraram uma efetividade equivalente entre o esquema antigo e o atual; porém, as mulheres portadoras de HIV entre nove e 26 anos devem continuar recebendo três doses (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2016). Na vacina meningocócica, a única mudança foi a troca do reforço dos 15 para os 12 meses (BRASIL, 2015). A partir disso, é visto que as atualizações no Calendário Nacional de Vacinação se sustentam em evidências científicas, o que legitima o comprometimento do Sistema Único de Saúde com a promoção da qualidade de vida da população infantil, adulta e idosa do País.Palavras-chave: Calendário. Imunização. Vacina

    INDICADORES DE SEGURANÇA NO PERIOPERATÓRIO: CANCELAMENTO CIRÚRGICO E COMPLICAÇÕE PÓS-OPERATÓRIAS IMEDIATAS.

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    Estudo epidemiológico descritivo e retrospectivo desenvolvido no Hospital Universitário Santa Terezinha (HUST) no município de Joaçaba - SC, com o objetivo de identificar os motivos de cancelamento cirúrgico, bem como as complicações pós-operatórias imediatas prevalentes na Sala de Recuperação Pós- Anestésica. Foram analisados 455 registros nos mapas diários de cancelamento cirúrgico e, 362 prontuários de pacientes no pós-operatório. Os resultados mostraram que  a maior causa de cancelamento cirúrgico foram por transferência ou desmarcada com 23,1%, porém 27,0% das cirurgias canceladas não apresentavam o motivo do cancelamento. Ainda observou-se que do total de cirurgias canceladas 66,2% foram por motivos não clínicos. Em relação a sazonalidade, obteve-se um pico maior nos meses de agosto e setembro com um total de 30,1%  dos cancelamentos. O sexo feminino prevaleceu tanto para as cirurgias canceladas, bem como para as complicações no pós-operatório. As faixas etárias prevalentes para as cirurgias canceladas e para os pacientes que apresentaram complicações foram de 19 a 59 e 60 anos ou mais. A complicação pós-operatória mais frequente foi a hipotensão. Dentre as cirurgias realizadas foram as cirurgias torácicas as mais prevalentes, já para as cirurgias canceladas  as cirurgias abdominal/pélvica foram as mais prevalentes. Conclui-se que grande parte dos procedimentos cirúrgicos cancelados poderiam ser evitados, uma vez que somente 6,8% dos procedimento cancelados foram por motivos clínicos

    WORKSHOP DE SENSIBILIZAÇÃO PARA O UNIVERSO NEONATAL

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    O universo neonatal traz diversas particularidades nas maneiras de cuidar, determinadas pela condição da prematuridade. O desenvolvimento neurológico do prematuro necessita ser mediado pelo cuidador, que no seu cotidiano deveria buscar conhecer e reconhecer suas capacidades e limitações para o enfrentamento das reais necessidades do recém-nascido prematuro e da sua família, também prematura. Nesse sentido, o papel da universidade é preparar o estudante ao longo da formação acadêmica a fim de desenvolver competências e habilidades que supram as necessidades desse contexto específico, em que o profissional esteja sensibilizado com a demanda que essa situação requer. O ambiente da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) gera no recém-nascido (RN) uma experiência bastante diferente daquela do ambiente uterino. A escolha por uma metodologia ativa buscou aproximar os acadêmicos dessa realidade, já que não tiveram a oportunidade de desenvolver atividades práticas nesse campo do cuidado. O objetivo com este trabalho foi estimular/sensibilizar os acadêmicos de Enfermagem, por meio da vivência, para entender os chamados e as respostas do prematuro internado em unidade neonatal, para o reconhecimento de suas capacidades e limitações a partir dos sentidos e dos estímulos recebidos durante a dinâmica. Trata-se de um relato de experiência de um workshop realizado no primeiro semestre de 2016, na Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc). Participaram voluntariamente da vivência 28 acadêmicos, das sétima e nona fases curriculares do Curso de Graduação em Enfermagem da Unoesc. O ambiente foi previamente preparado e os participantes convidados a se acomodarem na sala sobre colchonetes e a permanecerem em uma posição confortável de olhos fechados, orientados para se deixarem conduzir. A Interação dos acadêmicos de Enfermagem frente à aplicação da estratégia metodológica evidenciou diversas reações corporais não verbais dos estudantes diante dos estímulos sensoriais recebidos, diferindo nas que dependiam de uma preferência pessoal. Isso remete a pensar que tais estímulos provocam e retomam lembranças para a memória consciente adquiridas ao longo da vida de cada um e permitem uma abertura para novas interpretações e ressignificações do tema proposto. Ao analisar as interações experienciadas, percebeu-se que os sentimentos expressados, no primeiro momento, eram principalmente de insegurança e medo do desconhecido. Após a ressignificação, o sentimento predominante foi o de empatia, uma importante característica profissional, pois facilita o reconhecimento das necessidades do indivíduo e da comunidade. A aproximação desde quando acadêmicos com as mais diversas áreas de atuação, com o propósito de reproduzir as teorias aprendidas em sala de aula, proporciona um cuidado atualizado e inovador. A participação ativa do estudante no processo de ensino e de aprendizagem, por meio de metodologias inovadoras, torna-se fundamental para a construção acadêmica pautada no conhecimento, no desenvolvimento e na transformação da realidade, buscando implementar um currículo que privilegie a formação de um profissional generalista, humanista, crítico e reflexivo, pautado nos princípios científicos e éticos.Palavras-chave: Enfermagem neonatal. Metodologia. Seminário
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