16 research outputs found

    O efeito dos fatores bióticos sobre a distribuição de espécies exóticas marinhas, um estudo latitudinal

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    Resumo: A bioinvasão e uma das maiores ameaças aos ecossistemas marinhos, sendo de fundamental importância compreender quais fatores regulam a introdução de espécies nesses ambientes. Sabe-se que a predação e a disponibilidade de recursos alteram a resistência biótica das comunidades. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi compreender como a predação e a disponibilidade de recurso (substrato livre) atuam para a determinação da invasão em áreas de risco, bem como avaliar o efeito destes fatores na determinação dos padrões latitudinais de bioinvasão por invertebrados da comunidade incrustante. Para isto dois experimentos foram realizados em quatro pontos ao longo da costa brasileira: Santa Catarina, São Paulo, Bahia e Ceara, incluindo uma faixa de latitudes entre 3o e 27oS. O primeiro capitulo da tese visou compreender como a predação regula as comunidades incrustantes em áreas de substrato artificial ao longo da costa brasileira, enfatizando a capacidade dos predadores presentes nestas áreas em limitar a colonização e estabelecimento exitoso de espécies exóticas. Para isso um grupo de unidades amostrais foi submetida a predação, enquanto em outro grupo houve a exclusão de predadores. Foi observado que a predação é um fator-chave para a determinação das comunidades incrustantes, selecionando espécies com uma melhor estrutura de defesa. Ainda, a predação atuou como um importante fator controlador de espécies exóticas, já que houve diminuição da abundancia dessas espécies nas placas sujeitas a predação. O objetivo do segundo capitulo foi entender como a perturbação não seletiva atua para a estruturação da comunidade. O experimento consistiu na liberação de espaço pela remoção dos organismos presentes de modo a disponibilizar espaço para a colonização de espécies. Após três meses de desenvolvimento da comunidade, foram aplicados os tratamentos que consistiram na liberação de 6, 12, 25 e 50% da área da placa. Foi observado que comunidades de substratos artificiais são bastante resilientes à perturbação, voltando rapidamente ao estagio anterior. Ainda, a intensidade de perturbação não influenciou a porcentagem de cobertura de espécies exóticas ou nativas. O terceiro capitulo teve como objetivo avaliar a presença de espécies exóticas e testar mecanismos de resistência biótica em uma perspectiva latitudinal. Não foi observado declínio do numero de espécies exóticas nas regiões tropicais. Também não foi observado aumento das interações bióticas nas menores latitudes, já que a intensidade de predação e a utilização do recurso limitante espaço não foi maior em sentido as menores latitudes. Desta forma, observa-se que comunidades marinhas incrustantes de substratos artificiais ao longo da costa brasileira são fortemente controladas por predadores, porem bastante resilientes à liberação de espaço, independentemente da latitude estudada. Assim a predação, apesar de não apresentar um padrão latitudinal, pode limitar a abundância de espécies exóticas, enquanto processos de interações entre as espécies durante a ocupação do espaço não foram capazes de controlar bioinvasão

    Lack of COI variation for Clavelina oblonga (Tunicata, Ascidiacea) in Brazil: Evidence for its human-mediated transportation?

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    Recent studies indicate that ascidians are efficiently dispersed by human transport. We have chosen the mitochondrial gene cytochrome c oxidase subunit I (COI) to address whether Clavelina oblonga is an introduced species in the Brazilian coast. Colonies of C. oblonga were sampled in different localities along Atlantic coasts of USA, Panama, and Brazil. The sequencing of 92 colonies resulted in three haplotypes for the species, two unique to Florida and the other shared by exemplars collected in Brazil and Panama; the latter haplotype is identical to the published sequence of Azores. Our evidence, including the absence of C. oblonga in the country's northern tropical waters, its association with artificial habitats and lack of COI variation suggest that the species has been introduced in the southeastern and southern Brazilian coasts. Previous records (85 years old) suggest that it could be a relatively long-term introduction.CNPqCNPq [473408/2003-01]FAPESPFAPESP [2009/08941-3, 2009/08940-7

    Brincar para aprender para brincar: as experiências e ações extensionistas do Projeto de Lixo a Bicho

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    Anais do 35º Seminário de Extensão Universitária da Região Sul - Área temática: Educação, Meio AmbienteO Projeto de extensão de “DE LIXO A BICHO: Ações de educação socioambiental por meio de materiais lúdico residuais” é d​ esenvolvido pelo Instituto Federal de Santa Catarina – IFSC, Câmpus Itajaí e tem como objetivo o fomento de vivências e ações extensionistas de educação ambiental junto à comunidade escolar, por meio da utilização de materiais lúdicos residuais oriundos de redes colaborativas. Os brinquedos são produzidos a partir de resíduos limpos obtidos de diversos ramos de atividades industriais e sua criação tem como foco a reflexão sobre as questões ambientais contemporâneas, visando à sensibilização de crianças e jovens no contexto da Educação Básica. As atividades descritas fazem parte de um conjunto de ações que têm como objeto principal os brinquedos criados e produzidos no âmbito desse projeto, cuja ênfase está no fomento às experiências lúdicas voltadas para a educação ambiental numa perspectiva crítica. O primeiro material lúdico desenvolvido pela equipe foi a BICHORUGA, ​ u m a ressignificação do jogo das cinco marias que traz elementos para reflexão sobre a produção, consumo, descarte e gestão de resíduos na sociedade e suas consequências. As ações de extensão têm sido propostas em diversos contextos, atendendo diferentes públicos, desde professores e gestores até crianças do Ensino Básico, na perspectiva do brincar para aprender ou do aprender para brinca

    Marine and coastal environmental education in the context of global climate changes - synthesis and subsidies for ReBentos (Coastal Benthic Habitats Monitoring Network)

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    As changes in coastal and marine environments are expected to negatively affect Brazilian ecosystems, the importance of Marine Environmental Education (MEE) comes to the fore. However, so far only 32 contributions related to this issue have been published in Brazil. The MEE workgroup of ReBentos aims at promoting EE and the communication of marine ecological research to the scholastic public as a whole, as well as to groups which exert an influence on general perception, such as the media, politicians, and scientists. This paper presents an overview of the initiatives of MEE in Brazil, with emphasis on the ReBentos projects and guidelines. The conceptual background of action is based on the Rio'92 Treaty on Environmental Education, thereby implying an MEE with Transdisciplinar, emancipatory and reflexive characteristics, directed to changes in values, principles and attitudes. During the period 2011 to 2015, 10 projects were developed from Alagoas to Santa Catarina States, involving the development, implementation and testing through scientific research of 16 MEE activity-models. The didactic material subsequently produced comprised three books and 21 book-chapters. A public of around 6,500 Conservation Unit visitors, 250 public school teachers and 800 high school students have been impacted to date. To act as monitors and multipliers, 250 undergraduate students and professionals were trained. Research project evaluation generated the publication of nine papers. As a further step, the need for protocol elaboration for each model is placed in evidence, in order to direct and facilitate future initiatives.A importância da educação ambiental marinha (EAM) vem tomando relevância à medida que aumenta a expectativa de impactos nos ecossistemas brasileiros ocasionados por mudanças nos ambientes costeiros. Entretanto, apenas 32 contribuições sobre esse assunto foram publicadas no Brasil. O grupo de trabalho em EAM da ReBentos objetiva promover a comunicação da pesquisa ecológica marinha para o público escolar como um todo, bem como a grupos com influência na percepção comum, como a mídia, políticos e cientistas. Este trabalho apresenta uma visão das iniciativas em EAM no Brasil, com ênfase nos projetos e diretrizes da ReBentos. A base conceitual de ação é o Tratado de Educação Ambiental da Rio 92, implicando em um ensino com características transdisciplinares, reflexivas e emancipatórias, dirigidas a mudanças em valores, princípios e atitudes. Durante o período de 2011 a 2015, 10 modelos de atividade foram desenvolvidos, de Alagoas a Santa Catarina, envolvendo sua concepção, implementação e teste por meio de pesquisa científica. O material didático produzido compreendeu três livros e 21 capítulos de livros. Um público total ao redor de 5500 visitantes de UCs, 250 professores de escolas públicas e 800 estudantes foi impactado. Como monitores e multiplicadores, foram treinados 250 estudantes de graduação e profissionais. Projetos de avaliação de pesquisa geraram nove trabalhos científicos. Como uma próxima iniciativa, é salientada a necessidade de elaboração de protocolos para cada modelo, a fim de direcionar e facilitar futuras iniciativas

    Rapid assessment survey for exotic benthic species in the São Sebastião Channel, Brazil

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    The study of biological invasions can be roughly divided into three parts: detection, monitoring, mitigation. Here, our objectives were to describe the marine fauna of the area of the port of São Sebastião (on the northern coast of the state of São Paulo, in the São Sebastião Channel, SSC) to detect introduced species. Descriptions of the faunal community of the SSC with respect to native and allochthonous (invasive or potentially so) diversity are lacking for all invertebrate groups. Sampling was carried out by specialists within each taxonomic group, in December 2009, following the protocol of the Rapid Assessment Survey (RAS) in three areas with artificial structures as substrates. A total of 142 species were identified (61 native, 15 introduced, 62 cryptogenic, 4 not classified), of which 17 were Polychaeta (12, 1, 1, 3), 24 Ascidiacea (3, 6, 15, 0), 36 Bryozoa (17, 0, 18, 1), 27 Cmdana (2, 1, 24, 0), 20 Crustacea (11, 4, 5, 0), 2 Entoprocta (native), 16 Mollusca (13, 3, 0, 0). Twelve species are new occurrences for the SSC. Among the introduced taxa, two are new for coastal Brazil. Estimates of introduced taxa are conservative as the results of molecular studies suggest that some species previously considered cryptogenic are indeed introduced. We emphasize that the large number of cryptogenic species illustrates the need for a long-term monitoring program, especially in areas most susceptible to bioinvasion. We conclude that rapid assessment studies, even in relatively well-known regions, can be very useful for the detection of introduced species and we recommend that they be carried out on a larger scale in all ports with heavy ship traffic.Center of Marine Biology of the University of São Paulolhabela Yacht ClubCAPES-PROCAD 2007/150FAPESP (2004/09961-4; 2006/58226-0; 2010/06927-0)CAPES (Pró-Equipamentos and Prodoc projects)Boticário FoundationCNPqCAPESFAPESP (2008/10619-0)PNPD/CAPESFACEPE (BCT 0039-1.08/10)NP-BioMar, USPSpecial Issue: “Proceedings of the 3rd Brazilian Congress of Marine Biology”. A.C. Marques, L.V.C. Lotufo, P.C. Paiva, P.T.C. Chaves & S.N. Leitão (Guest Editors

    O efeito dos fatores bióticos sobre a distribuição de espécies exóticas marinhas, um estudo latitudinal

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    Resumo: A bioinvasão e uma das maiores ameaças aos ecossistemas marinhos, sendo de fundamental importância compreender quais fatores regulam a introdução de espécies nesses ambientes. Sabe-se que a predação e a disponibilidade de recursos alteram a resistência biótica das comunidades. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi compreender como a predação e a disponibilidade de recurso (substrato livre) atuam para a determinação da invasão em áreas de risco, bem como avaliar o efeito destes fatores na determinação dos padrões latitudinais de bioinvasão por invertebrados da comunidade incrustante. Para isto dois experimentos foram realizados em quatro pontos ao longo da costa brasileira: Santa Catarina, São Paulo, Bahia e Ceara, incluindo uma faixa de latitudes entre 3o e 27oS. O primeiro capitulo da tese visou compreender como a predação regula as comunidades incrustantes em áreas de substrato artificial ao longo da costa brasileira, enfatizando a capacidade dos predadores presentes nestas áreas em limitar a colonização e estabelecimento exitoso de espécies exóticas. Para isso um grupo de unidades amostrais foi submetida a predação, enquanto em outro grupo houve a exclusão de predadores. Foi observado que a predação é um fator-chave para a determinação das comunidades incrustantes, selecionando espécies com uma melhor estrutura de defesa. Ainda, a predação atuou como um importante fator controlador de espécies exóticas, já que houve diminuição da abundancia dessas espécies nas placas sujeitas a predação. O objetivo do segundo capitulo foi entender como a perturbação não seletiva atua para a estruturação da comunidade. O experimento consistiu na liberação de espaço pela remoção dos organismos presentes de modo a disponibilizar espaço para a colonização de espécies. Após três meses de desenvolvimento da comunidade, foram aplicados os tratamentos que consistiram na liberação de 6, 12, 25 e 50% da área da placa. Foi observado que comunidades de substratos artificiais são bastante resilientes à perturbação, voltando rapidamente ao estagio anterior. Ainda, a intensidade de perturbação não influenciou a porcentagem de cobertura de espécies exóticas ou nativas. O terceiro capitulo teve como objetivo avaliar a presença de espécies exóticas e testar mecanismos de resistência biótica em uma perspectiva latitudinal. Não foi observado declínio do numero de espécies exóticas nas regiões tropicais. Também não foi observado aumento das interações bióticas nas menores latitudes, já que a intensidade de predação e a utilização do recurso limitante espaço não foi maior em sentido as menores latitudes. Desta forma, observa-se que comunidades marinhas incrustantes de substratos artificiais ao longo da costa brasileira são fortemente controladas por predadores, porem bastante resilientes à liberação de espaço, independentemente da latitude estudada. Assim a predação, apesar de não apresentar um padrão latitudinal, pode limitar a abundância de espécies exóticas, enquanto processos de interações entre as espécies durante a ocupação do espaço não foram capazes de controlar bioinvasão

    Potencial invasor de Didemnum perlucidum (Tunicata, Ascidiacea) em um ambiente de cultivo de mexilhőes /

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    Orientadora : Rosana MoreiraDissertaçăo (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Cięncias Biológicas, Programa de Pós-Graduaçăo em Zoologia. Defesa: Curitiba, 2008Inclui bibliografiaArea de concentraçăo: Zoologi

    Ascídias exóticas da Baía de Paranaguá: um estudo histórico, taxonômico e molecular

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    Orientadora: Rosana Moreira da RochaMonografia (Bacharelado) - Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciencias Biológicas. Curso de Graduaçao em Ciencias BiológicasResumo : A crescente presença de espécies não nativas em ponos de todo mundo é um dos maiores problemas ambientais que vem sendo enfrentados nos ecossistemas oceânicos e o monitoramento periódico da fauna é necessário para uma detecção precoce das espécies introduzidas. O objetivo deste trabalho é verificar a presença de espécies de ascídias introduzidas na região de influência do Pono de Paranaguá, através de estudo taxonômico e molecular da fauna desta região. As ascídias possuem larvas de cuna duração, fazendo com que sua dispersão natural fique restrita a pequenas distâncias. Assim, os representantes desta classe podem constituir ótimos bioindicadores para introduções mediadas pelo transporte de grandes navios. Foram realizadas coletas em quatro localidades na Baía de Paranaguá (Ilha das Cobras, Píer Tenenge, Ilha do Mel e Ilha da Galheta) e uma fora da Baía (Parque dos Meros). As informações sobre a fauna de Ascidiacea de outras ilhas próximas, bem como a distribuição geográfica das espécies, foram obtidas na literatura. Identificou-se 18 espécies de ascídias: Perophora mul/icla/hra/a, Ascidia curva/a, Ascidia sydlleiensis, Clavelina oblonga, CySlody/es dellechiajei. Eudis/oma carolinense, Dis/aplia bermlldellsis. Didemlmm granu/alUm, Diplosoma lis/erianum, Lissoclinum fragile, Bo/ry/lus plQ/ms. Botry/lus tuberatus, Botry/loides Iligrom, Symplegma rubra, Stye/a callopus, Styela plicata, Microcosmus exasperalUs e Mo/gula phytophila. Levando em consideração a distribuição geográfica da espécie, o registro histórico da região e informações provenientes da literatura conclui-se que três espécies podem ser classificadas como nativas, duas como introduzidas, uma como uma introdução inter-regional e 12 como criptogênicas. Posteriormente foi feita análise molecular da espécie C/avelina oblonga com o objetivo de esclarecer seu status na região, já que foi considerada criptogênica. Com este finalidade, várias colônias desta espécies foram coletadas no Estado do Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Flórida. Inúmeras tentativas de amplificação"dü"gene. citocromo oxidase I foram realizadas. Várias dificuldades foram encontradas no decorrer do trabalho, mas atualmente resultados mais consistentes estão sendo observados
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