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    Hepatites pós-transfusionais na cidade de Campinas, SP, Brasil: II. Presença dos anticorpos anti-HBc e anti-HCV em candidatos a doadores de sangue e ocorrência de hepatites pós-transfusionais pelo vírus C nos receptores de sangue ou derivados Post-transfusional hepatitis in the city of Campinas, SP, Brazil: II- Presence of anti-HBc and anti-HCV antibodies in blood donors and occurrence of post-transfusional hepatitis C virus in recipients of blood or derivates

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    Pesquisamos os anticorpos anti-HBc e anti-HCV em amostras de soros provenientes de 799 candidatos a doadores, que tiveram suas unidades de sangue ou derivados transfundidas a 111 receptores. O anti-HBc e o anti-HCV foram reagentes, em respectivamente 9 e 2,1% dos doadores testados. Observamos que entre os 111 receptores, 44 haviam recebido pelo menos uma unidade anti-HBc positiva e 67 haviam sido transfundidos somente com unidades anti-HBc negativas. Houve um risco 4,5 vezes maior de aquisição de hepatite por vírus C pelos receptores que receberam pelo menos uma unidade anti-HBc positiva Se a pesquisa do anti-HBc fosse realizada na triagem sorológica dos doadores de sangue, cerca de 56% dos casos de HVC nos receptores saiam evitados. A população de receptores que recebeu pelo menos uma unidade anti-HCV reagente, apresentou um risco 29 vezes maior de adquirir esta hepatite, quando comparada aos receptores transfundidos com todas as unidades anti-HCV negativas. A realização do teste para a pesquisa do anti-HCV na triagem dos doadores de sangue, preveniria 79% dos casos de HVC pós-transfusionais. Os candidatos a doadores brasileiros parecem ser acometidos simultânea ou sequencialmente, pelos vírus B e C das hepatites, pois, 44,4% dos doadores anti-HCV positivos, também foram anti-HBc positivos. A realização dos testes para as pesquisas dos anticorpos anti-HBc e anti-HCV, nas triagens hemoterápicas, está indicada para prevenir a transmissão de hepatites pós-transfusionais, em nosso meio.<br>We have analysed anti-HBc and anti-HCV antibodies in serum samples from 799 donors which had their blood or derivates transfused to 111 recipients. Anti-HBc and anti-HCV were reactive in respectively 9 and 2.1% of the donors tested. We have observed that among the 111 recipients, 44 had received at least one positive anti-HBc unit and 67 had been transfused only with negative anti-HBc, units. The risk of developing hepatitis C virus was 4.5 times higher for the recipients who received at least one positive anti-HBc unit. If the test for anti-HBc had been made for the blood donors in the serological screening, about 56% of the HCV cases in the recipients could have been avoided. The population of recipients who received at least one reacting unit of anti-HCV, presented a risk 29 times higher of developing this hepatitis, as compared to the transfused recipients with all anti-HCV negative units. Testing blood from donors for anti-HCV would avoid 79% of the post-transfusional HCV cases. Brazilian candidates to blood donors seem to be carriers either simultaneously or sequentially to hepatitis virus B and C, since 44.4% of the positive anti-HCV were also positive for anti-HBc. Testing for anti-HBc and anti-HCV in blood screening must be indicated in order to prevent post-transfusional hepatitis transmission in our community
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