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    Desospitalização de crianças dependentes de tecnologias : potencialidades e fragilidades na perspectiva da equipe multiprofissional

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    As Crianças com Necessidades Especiais de Saúde são um grupo de crianças ou adolescentes que apresentam demandas de cuidados específicos, podendo ser temporários ou contínuos, dos setores da saúde, da educação e social, que vão além das demandas requeridas por outras crianças. Essa população exige dos profissionais de saúde e familiares um conhecimento ampliado, entretanto, nem sempre estes apresentam os saberes necessários e, muitas vezes, não estão qualificados e capacitados adequadamente para exercer o cuidado no domicílio com as mesmas. Por isso, essa população vem gerando diversos desafios aos profissionais de saúde, frente ao processo de desospitalização segura. Para isso se faz necessário a intervenção de uma equipe multiprofissional, com uma alta hospitalar planejada, levando em consideração diversos aspectos psicossociais, mediante: desejo da família de levar a criança para o domicílio; o preparo e capacitação dos familiares e responsáveis; as condições clínicas da criança; os encaminhamentos legais e o acesso a benefícios e auxílios; o acesso aos materiais e equipamentos que essa criança necessitará, bem como a estruturação da rede de saúde que essa família acessará pós-alta hospitalar. Nessa direção tem-se como objetivo conhecer e descrever as potencialidades e fragilidades no processo de desospitalização segura de crianças dependentes de tecnologias de saúde na perspectiva de uma equipe multiprofissional, visando à integralidade do trabalho interdisciplinar. Trata-se de um estudo com abordagem qualitativa, do tipo exploratório descritivo, realizado na Pediatria do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, RS, Brasil, com quinze participantes, em dois encontros, sendo que sete participaram do primeiro e oito participaram do segundo. Destes, dois eram médicos, duas nutricionistas, duas fisioterapeutas, duas assistentes sociais, duas educadoras físicas, duas farmacêuticas, uma enfermeira, uma fonoaudióloga, uma psicóloga. Para a coleta de dados foram desenvolvidas Dinâmicas de Criatividade e Sensibilidade, integrantes de um método de pesquisa denominado Método Criativo e Sensível. A análise dos dados foi realizada por meio da Análise de Conteúdo Temática. O projeto foi submetido para apreciação pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da instituição com CAAE: 84912218.0.0000.5327. Nesta temática da “Experiência da desospitalização: da singularidade à totalidade”, emergiram os subtemas: Construção do Processo de Desospitalização: desafios partilhados; Cuidado multiprofissional: da utopia à realidade; Comunicação eficiente: um desafio a ser alcançado; Família no processo de desospitalizar; Rede de apoio: familiar e de saúde. O estudo possibilitou conhecer as potencialidades e fragilidades do processo de desospitalização de crianças com doenças crônicas dependentes de tecnologias para manutenção da vida, em uma perspectiva multiprofissional e promoção de segurança do paciente, em um hospital público e universitário. Considera-se que a desospitalização da criança junto a sua família é uma possibilidade de retomar a sua vida, a sua rotina normal. Os depoimentos dos profissionais reafirmam significar melhora na qualidade de vida para a criança e seus familiares, entretanto reconhecem que há fragilidades implicadas no processo de desospitalização segura da criança e sua família

    Prevenção e tratamento da síndrome de abstinência em unidade de tratamento intensivo pediátrico : revisão sistemática

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    Introdução: A Síndrome de Abstinência caracteriza-se pelo conjunto da desregulação autonômica, excitação do sistema nervoso central e sintomas gastrointestinais que ocorrem após a redução ou interrupção abrupta da infusão dos medicamentos sedo-analgésicos. Se não prevenida ou manejada corretamente, seu desfecho pode estar relacionado ao aumento do tempo de hospitalização, prolongamento do uso da ventilação mecânica e aumento da morbimortalidade. Objetivo: Conhecer as estratégias para prevenção e tratamento da Síndrome de Abstinência em crianças criticamente doentes. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática realizada nas bases de dados eletrônicas: MedLine, IBECS, Lilacs, SciELO e Cochrane Library. O protocolo da revisão sistemática foi catalogado no Registro Prospectivo Internacional da Base de Dados de Análises Sistemáticas sob o número CRD 42021274670. Resultados: Através dessa busca, foram elaborados dois artigos: “Prevenção e tratamento da Síndrome de Abstinência em unidade de tratamento intensivo pediátrico: protocolo de revisão sistemática” e “Estratégias para prevenção e tratamento da Síndrome de Abstinência em pacientes críticos pediátricos: revisão sistemática”. Nesta revisão foram incluídos onze artigos. Observou-se grande heterogeneidade entre os estudos incluídos, principalmente tratando-se de esquema terapêutico utilizado na sedação e analgesia: as doses de midazolam variaram de 0,05mg/kg/h a 0,3mg/kg/h; A morfina também variou consideravelmente, de 10mcg/kg/h a 30mcg/kg/hg entre os estudos. A escala mais utilizada para identificação da Síndrome de Abstinência foi a Sophia Observational Widrawal Symptoms Scale. Para a avaliação da sedação, as escalas mais utilizadas foram a COMFORT e a COMFORT-B, porém, o segundo é o instrumento mais adequado para aplicação na população pediátrica. Tanto o uso de protocolos como o uso de medicamentos para a prevenção e tratamento da Síndrome de Abstinência não repercutiu significativamente em sua incidência, sendo observado que apenas dois estudos apresentaram diferença estatística significativa (p<0,01 e p<0,001). Quanto à avalição de risco de viés, utilizaram-se as ferramentas: Rob 2.0, ROBINS-I, e o checklist para estudos de coorte. Os estudos apresentam grande risco de viés, especialmente tratando-se de seleção, desvio das intervenções e variáveis confundidoras. Conclusão: Observou-se grande variação entre o regime de sedoanalgesia utilizado entre os estudos e método de desmame e avaliação da Síndrome de Abstinência, não sendo possível evidenciar um padrão ouro para a prevenção e tratamento da Síndrome de Abstinência. São necessárias mais pesquisas para fornecer evidências mais robustas acerca do tratamento mais indicado para prevenção e redução da síndrome de abstinência em crianças criticamente doentes.Introduction: Withdrawal Syndrome is characterized by autonomic dysregulation, central nervous system excitation, and gastrointestinal symptoms that occur after abrupt reduction or discontinuation of the infusion of sedoanalgesic drugs. If not prevented or managed correctly, its outcome may be related to increased hospitalization time, prolongation of the use of mechanical ventilation, increased morbidity and mortality, and increased risk of nosocomial infections. Aims: Understand the strategies for prevention and management of the signs and symptoms of Withdrawal Syndrome in critically ill children. Methodology: This is a systematic review carried out in the electronic databases: MedLine, IBECS, Lilacs, SciELO and Cochrane Library. The systematic review protocol was catalogued in the international prospective registry of the database of Systematic Reviews under the CRD number 42021274670. Results: Through this study, two articles were elaborated “Treatment and Prevention of Withdrawal Syndrome in pediatric intensive care unit: systematic review protocol” and “Strategies for the management and prevention of Withdrawal Syndrome in pediatric critical patients: systematic review”. Eleven articles were included. The results were compiled into two categories “Use of protocol for the prevention and management of Withdrawal Syndrome” and “Use of drug therapy for the prevention and treatment of Withdrawal Syndrome”. Great heterogeneity was observed among the included studies, mainly regarding the therapeutic scheme used in sedation and analgesia. The doses of midazolam ranged from 0.05 mg/kg/h to 0.3 mg/kg/h, six times higher. Morphine also varied considerably, from 10mcg/kg/h to 30mcg/kg/hg among studies. The most commonly used scale for the identification of Withdrawal Syndrome was the Sophia Observational Withdrawal Symptoms Scale. For the assessment of sedation, the most used scale was COMFORT and COMFORT-B. However, the second scale is the most suitable instrument for application in the pediatric population. Both the use of protocols and the use of medications for the management and prevention of Withdrawal Syndrome did not significantly affect its incidence; only two studies showed significant statistical difference (p<0.01 and p<0.001). Regarding the assessment of risk of bias, the following tools were used: Rob 2.0, ROBINS-I, and the checklist for cohort studies. The studies present a great risk of bias, especially when it comes to selection, deviation of interventions, and confounding variables. Conclusion: Great variation was observed between the sedoanalgesia regimen used among the studies and the method of weaning and evaluation of Withdrawal Syndrome. It was not possible to highlight a gold standard for the prevention and management of Withdrawal Syndrome. Further studies are needed to provide more robust evidence of the most appropriate treatment to prevent and reduce the signs and symptoms of withdrawal in critically ill children

    Coronavírus em pediatria

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    Objetivo: conhecer aspectos clínicos epidemiológicos da infecção por coronavírus em pacientes pediátricos. Método: revisão de literatura integrativa, realizada no período de abril a maio de 2020, em três bases de dados científicas. Resultados e discussões: a amostra foi de 59 crianças com idades de 01 mês a 15 anos, os pacientes mais jovens apresentaram maior gravidade dos sinais e sintomas. A febre foi um dos principais sintomas relatados (52%-75%), seguido de tosse (44-75%). A principal sintoma gastrointestinal foi a diarreia (10-12%). As crianças incluídas no estudo foram diagnosticadas através da reação em cadeia da polimerase em tempo real, exame padrão ouro para detectar essa infecção. Essa população manifestou sintomas mais brandos da doença comparados aos adultos. Conclusões: há poucas pesquisas relacionadas ao coronavírus em pediatria, devido ao menor número de crianças infectadas e a possibilidade dessas, manterem-se assintomáticas. Sugere-se a realização de mais estudos para compreender essa temática

    Desospitalização de crianças dependentes de tecnologias: perspectiva da equipe multiprofissional de saúde

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    Objetivo: Conhecer a desospitalização de crianças dependentes de tecnologias na perspectiva multiprofissional de saúde.Método: Estudo qualitativo, exploratório descritivo, realizado em um hospital-escola no Município de Porto Alegre, em 2018. Participaram 15 integrantes da equipe multiprofissional de saúde. Na produção dos dados, utilizou-se a Dinâmica de Criatividade e Sensibilidade “Tempestade Criativa”, do Método Criativo Sensível. A interpretação dos dados ocorreu a partir da Análise de Conteúdo Temática. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética.Resultados: A desospitalização pode ser influenciada pela ausência de um planejamento de com a realidade da criança e família. Além disso, tem-se o predomínio dos serviços de saúde com modelo centrado no médico, com altas não programadas, sobrecarga dos profissionais e problemas na comunicação entre equipe, rede de saúde e família. Considerações finais: Apesar de saber-se da importância da desospitalização, ela ocorre de forma fragmentada, com altas hospitalares precipitadas, impedindo uma desospitalização segura e com maior planejamento.Palavras-chave: Criança. Doença crônica. Alta do paciente. Equipe de assistência ao paciente. Assistência integral à saúde

    Desospitalização de crianças dependentes de tecnologias: perspectiva da equipe multiprofissional de saúde

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    Objetivo: Conhecer a desospitalização de crianças dependentes de tecnologias na perspectiva multiprofissional de saúde.Método: Estudo qualitativo, exploratório descritivo, realizado em um hospital-escola no Município de Porto Alegre, em 2018. Participaram 15 integrantes da equipe multiprofissional de saúde. Na produção dos dados, utilizou-se a Dinâmica de Criatividade e Sensibilidade “Tempestade Criativa”, do Método Criativo Sensível. A interpretação dos dados ocorreu a partir da Análise de Conteúdo Temática. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética.Resultados: A desospitalização pode ser influenciada pela ausência de um planejamento de com a realidade da criança e família. Além disso, tem-se o predomínio dos serviços de saúde com modelo centrado no médico, com altas não programadas, sobrecarga dos profissionais e problemas na comunicação entre equipe, rede de saúde e família. Considerações finais: Apesar de saber-se da importância da desospitalização, ela ocorre de forma fragmentada, com altas hospitalares precipitadas, impedindo uma desospitalização segura e com maior planejamento.Palavras-chave: Criança. Doença crônica. Alta do paciente. Equipe de assistência ao paciente. Assistência integral à saúde
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