50 research outputs found

    Potencial mineral de la Amazonia: problemas y desafíos

    Get PDF
    Los bienes minerales son imprescindibles para la humanidad desde los inicios de la civilización, y los recursos minerales serán siempre necesarios, y en una proporción cada vez mayor. La Amazonia, cerca de la mitad del territorio brasileño, representa la última frontera mineral importante del planeta. La región posee un potencial minero enorme, poco aprovechado. Se están probando nuevos modelos para la formación de depósitos minerales, existiendo la posibilidad de que en un futuro la Amazonia se caracterice como una província mineral productora de cobre, molibdeno y oro. Los principales recursos minerales que están siendo explotados, especialmente en la región de la Sierra de los Carajás, incluyen oro, cobre, níquel, manganeso y, principalmente, hierro. Por otro lado, a pesar de albergar menos del 10% de las minas brasileñas, la Amazonia es responsable de cerca del 30% del valor global de la producción mineral del país. Las actividades depredadoras de miles de garimpeiros, dispersos en áreas enormes y poco pobladas, perjudican a los ríos amazónicos y a la floresta tropical. Por otro lado, la minería organizada, que opera a gran escala, propicia grandes ingresos, aunque ocupe un reducido espacio de terreno. El caso de la Floresta de Carajás (FLONA) es emblemático donde la minería organizada y sostenible ha protegido de la deforestación a toda el área, que permanece íntegramente preservada, mientras que el entorno de la región ha sido devastado por la agricultura y la ocupación humana.Mineral goods are indispensable to mankind since the beginnings of civilization and mineral resources will always be needed, and in increasing proportion. The Amazon, about half the Brazilian territory, represents the last important mineral border of the planet. The region has a huge mining potential, little used. New models for the formation of mineral deposits are being tested, with the possibility of a new mineral province producing copper, molybdenum and gold in the future. The main mineral resources being explored, especially in the Serra dos Carajás region, include gold, copper, nickel, manganese and, mainly, iron. On the other hand, although it holds less than 10% of the Brazilian mines, the Amazon is responsible for about 30% of the total value of the country’s mineral production. Predatory activities damage the Amazonian rivers and the tropical forest, by the action of thousands of garimpeiros, dispersed in huge, sparsely populated areas. On the other hand, organized mining, which operates on a large scale, provides large revenues, even if it occupies a small area of land. The case of Carajás Forest (FLONA) is an emblematic case in which organized and sustainable mining protected the whole area from deforestation, which remained entirely preserved, while in its surroundings the region was devastated by agriculture and human occupation.Bens minerais são imprescindíveis à humanidade desde os primórdios da civilização e recursos minerais serão sempre necessários, e em proporção crescente. A Amazônia, cerca da metade do território brasileiro, representa a última fronteira mineral importante do planeta. A região possui um potencial mineiro enorme, pouco aproveitado. Novos modelos para formação de depósitos minerais estão sendo testados, havendo possibilidades de no futuro vir a ser caracterizada uma nova província mineral produtora de cobre, molibdênio e ouro. Os principais recursos minerais que estão sendo explorados, especialmente na região da Serra dos Carajás, incluem ouro, cobre, níquel, manganês e, principalmente ferro. Por outro lado, apesar de abrigar menos de 10% das minas brasileiras, a Amazônia é responsável por cerca 30% do valor global da produção mineral do país. Atividades predatórias prejudicam os rios amazônicos e a floresta tropical, pela ação de milhares de garimpeiros, dispersos em áreas enormes, pouco povoadas. Por outro lado, a mineração organizada, que opera em grande escala, propicia grandes receitas, mesmo ocupando um reduzido espaço de terreno. O caso da Floresta de Carajás (FLONA) é emblemático em que a mineração organizada e sustentável protegeu do desmatamento toda a área, que permaneceu inteiramente preservada, enquanto que em seu entorno a floresta da região foi devastada pela agropecuária e pela ocupação humana

    Mineral potential of the Amazon: problems and challenges

    Get PDF
    Los bienes minerales son imprescindibles para la humanidad desde los inicios de la civilización, y los recursos minerales serán siempre necesarios, y en una proporción cada vez mayor. La Amazonia, cerca de la mitad del territorio brasileño, representa la última frontera mineral importante del planeta. La región posee un potencial minero enorme, poco aprovechado. Se están probando nuevos modelos para la formación de depósitos minerales, existiendo la posibilidad de que en un futuro la Amazonia se caracterice como una província mineral productora de cobre, molibdeno y oro. Los principales recursos minerales que están siendo explotados, especialmente en la región de la Sierra de los Carajás, incluyen oro, cobre, níquel, manganeso y, principalmente, hierro. Por otro lado, a pesar de albergar menos del 10% de las minas brasileñas, la Amazonia es responsable de cerca del 30% del valor global de la producción mineral del país. Las actividades depredadoras de miles de garimpeiros, dispersos en áreas enormes y poco pobladas, perjudican a los ríos amazónicos y a la floresta tropical. Por otro lado, la minería organizada, que opera a gran escala, propicia grandes ingresos, aunque ocupe un reducido espacio de terreno. El caso de la Floresta de Carajás (FLONA) es emblemático donde la minería organizada y sostenible ha protegido de la deforestación a toda el área, que permanece íntegramente preservada, mientras que el entorno de la región ha sido devastado por la agricultura y la ocupación humana.Bens minerais são imprescindíveis à humanidade desde os primórdios da civilização e recursos minerais serão sempre necessários, e em proporção crescente. A Amazônia, cerca da metade do território brasileiro, representa a última fronteira mineral importante do planeta. A região possui um potencial mineiro enorme, pouco aproveitado. Novos modelos para formação de depósitos minerais estão sendo testados, havendo possibilidades de no futuro vir a ser caracterizada uma nova província mineral produtora de cobre, molibdênio e ouro. Os principais recursos minerais que estão sendo explorados, especialmente na região da Serra dos Carajás, incluem ouro, cobre, níquel, manganês e, principalmente ferro. Por outro lado, apesar de abrigar menos de 10% das minas brasileiras, a Amazônia é responsável por cerca 30% do valor global da produção mineral do país. Atividades predatórias prejudicam os rios amazônicos e a floresta tropical, pela ação de milhares de garimpeiros, dispersos em áreas enormes, pouco povoadas. Por outro lado, a mineração organizada, que opera em grande escala, propicia grandes receitas, mesmo ocupando um reduzido espaço de terreno. O caso da Floresta de Carajás (FLONA) é emblemático em que a mineração organizada e sustentável protegeu do desmatamento toda a área, que permaneceu inteiramente preservada, enquanto que em seu entorno a floresta da região foi devastada pela agropecuária e pela ocupação humana.Mineral goods are indispensable to mankind since the beginnings of civilization and mineral resources will always be needed, and in increasing proportion. The Amazon, about half the Brazilian territory, represents the last important mineral border of the planet. The region has a huge mining potential, little used. New models for the formation of mineral deposits are being tested, with the possibility of a new mineral province producing copper, molybdenum and gold in the future. The main mineral resources being explored, especially in the Serra dos Carajás region, include gold, copper, nickel, manganese and, mainly, iron. On the other hand, although it holds less than 10% of the Brazilian mines, the Amazon is responsible for about 30% of the total value of the country’s mineral production. Predatory activities damage the Amazonian rivers and the tropical forest, by the action of thousands of garimpeiros, dispersed in huge, sparsely populated areas. On the other hand, organized mining, which operates on a large scale, provides large revenues, even if it occupies a small area of land. The case of Carajás Forest (FLONA) is an emblematic case in which organized and sustainable mining protected the whole area from deforestation, which remained entirely preserved, while in its surroundings the region was devastated by agriculture and human occupation

    O Depósito de Santa Maria e as ocorrências de metais de base na Bacia do Camaquã

    Get PDF
    Diversas ocorrências de metais de base e preciosos, além da Mina de cobre do Camaquã e do depósito de zinco e chumbo de Santa Maria, são conhecidas na Bacia do Camaquã Central. Para compreender a formação dessas mineralizações e o contexto geológico em que estão inseridas, foram utilizados dados de levantamentos aerogeofísicos e estudadas amostras do depósito de Pb-Zn-Cu-(Ag, Au) de Santa Maria, hospedado em rochas sedimentares siliciclásticas do Grupo Santa Bárbara, depositado no Ediacarano. A aerogeofísica permitiu observar, pela resposta magnética, a existência de um grande número de diques não aflorantes por toda a região, inclusive na área do Depósito de Santa Maria. Anomalias de potássio, em sua maioria devidas a rochas com alterações hidrotermais, também foram identificadas nesse depósito, bem como na região das Minas do Camaquã. O uso dos dados geoquímicos e da petrografia auxiliou na caracterização das rochas que constituem o depósito. O predomínio da alteração illítica-sericítica e seu zonamento foram definidos nos estudos petrográficos, o que permitiu caracterizar a área mais afetada pela percolação de fluidos no paleossistema hidrotermal. A presença de clorita nas porções mais quentes do sistema hidrotermal pode indicar uma neutralização dos fluidos responsáveis pela alteração potássica primária, que usualmente ocorre junto à mineralização de cobre, sob forte controle estrutural em profundidade. Na parte mais superficial do Depósito de Santa Maria, ocorrem rochas com alteração hidrotermal pervasiva e tardia com carbonatos, principalmente calcita e ankerita. Tais características reforçam a hipótese de gênese epitermal intermediate-sulfidation para os minerais de chumbo e zinco e fornecem guias para exploração mineral na região.Several occurrences of base and precious metals, in addition to the Camaquã copper mine and the zinc and lead deposit of Santa Maria are known in the Camaquã Central Basin. In order to understand the formation of these mineralizations and the geological context in which they are inserted, data from aerogeophysical surveys were used and samples from the Pb– Zn–Cu–(Ag, Au) deposit of Santa Maria, hosted in siliciclastic sedimentary rocks of the Santa Bárbara Group, deposited in the Ediacaran, were studied. Aerogeophysics allowed observing the existence of a large number of non-outcropping dykes throughout the region, including in the area of the Santa Maria deposit, using the magnetic response. Potassium anomalies, mostly due to rocks with hydrothermal alteration, were also identified in this deposit, as well as in the region of Minas do Camaquã. The use of geochemical and petrographic data helped to characterize the rocks that constitute the deposit. The predominance of illitic–seritic alteration and its zoning was defined in petrographic studies, which allowed characterizing the area most affected by percolation of fluids in the hydrothermal paleosystem. The presence of chlorite in the hottest portions of the hydrothermal system may indicate a neutralization of the fluids responsible for the primary potassium alteration, which usually occurs along with copper mineralization under strong structural control at depth. In the most superficial part of the Santa Maria deposit there are rocks with pervasive and late hydrothermal alterations with carbonates, mainly calcite and ankerite. Such characteristics reinforce the hypothesis of epithermal intermediate-sulfidation genesis for lead and zinc minerals and provide guides for mineral exploration in the region

    O Depósito de Santa Maria e as ocorrências de metais de base na Bacia do Camaquã

    Get PDF
    Diversas ocorrências de metais de base e preciosos, além da Mina de cobre do Camaquã e do depósito de zinco e chumbo de Santa Maria, são conhecidas na Bacia do Camaquã Central. Para compreender a formação dessas mineralizações e o contexto geológico em que estão inseridas, foram utilizados dados de levantamentos aerogeofísicos e estudadas amostras do depósito de Pb-Zn-Cu-(Ag, Au) de Santa Maria, hospedado em rochas sedimentares siliciclásticas do Grupo Santa Bárbara, depositado no Ediacarano. A aerogeofísica permitiu observar, pela resposta magnética, a existência de um grande número de diques não aflorantes por toda a região, inclusive na área do Depósito de Santa Maria. Anomalias de potássio, em sua maioria devidas a rochas com alterações hidrotermais, também foram identificadas nesse depósito, bem como na região das Minas do Camaquã. O uso dos dados geoquímicos e da petrografia auxiliou na caracterização das rochas que constituem o depósito. O predomínio da alteração illítica-sericítica e seu zonamento foram definidos nos estudos petrográficos, o que permitiu caracterizar a área mais afetada pela percolação de fluidos no paleossistema hidrotermal. A presença de clorita nas porções mais quentes do sistema hidrotermal pode indicar uma neutralização dos fluidos responsáveis pela alteração potássica primária, que usualmente ocorre junto à mineralização de cobre, sob forte controle estrutural em profundidade. Na parte mais superficial do Depósito de Santa Maria, ocorrem rochas com alteração hidrotermal pervasiva e tardia com carbonatos, principalmente calcita e ankerita. Tais características reforçam a hipótese de gênese epitermal intermediate-sulfidation para os minerais de chumbo e zinco e fornecem guias para exploração mineral na região

    Neopaleozoic striated surfaces in the granitic basement and clast pavement remains of Salto, SP

    Get PDF
    Near Guaraú Ceramic, localized southwest of Salto city in the State of São Paulo, two granite outcrops, distant some tens of meters from each other, display Neopaleozoic striated surfaces. These surfaces are in contact with diamictites from the Itararé Subgroup. The striae correspond to sub parallel grooves with millimetric spacing and depth, oriented about N48E and dipping 12° to 42° towards SE. Observed features and association with diamictites indicate an origin by glacial abrasion due to ice movement from southeast towards northwest. About 1.8 km east of Salto, unconsolidated material containing flat-iron-shaped and striated clasts was found on top of granite outcrops, interpreted as clast pavement remains.Nas proximidades da Cerâmica Guaraú, localizada a sudoeste da cidade de Salto, Estado de São Paulo, dois afloramentos de granito, distantes algumas dezenas de metros um do outro, exibem superfícies estriadas neopaleozóicas. Essas superfícies estão em contato com diamictitos do Subgrupo Itararé. As estrias correspondem a sulcos subparalelos com espaçamento e profundidade milimétrica, possuindo uma direção média de N48°W e mergulhos variando entre 12° e 42° para SE. As feições observadas e a sua associação com diamictitos indicam uma origem por abrasão glacial devido ao movimento de massas de gelo de sudeste para noroeste. A aproximadamente 1,8 km a este da cidade de Salto foi encontrado, no topo de afloramentos de granito, material inconsolidado contendo abundantes clastos de quartzito facetados e estriados. Esses clastos foram interpretados como vestígios de um pavimento de castos.621172

    Química mineral do vulcano-plutonismo paleoproterozoico da região de São Félix do Xingu (PA), Cráton Amazônico

    Get PDF
    The Sobreiro and Santa Rosa formations are result of large paleoproterozoic volcanic activities in the São Félix do Xingu (PA) region, SE of Amazonian Craton. The Sobreiro Formation is composed of andesitic lava flow facies, with subordinate dacite and rhyodacite, and autoclastic volcaniclastic facies characterized by tuff, lapilli-tuff, and massive polymictic breccia. These rocks exhibit clinopyroxene, amphibole, and plagioclase phenocrysts in a microlytic or trachytic groundmass. The clinopyroxene is augite with subordinate diopside, and reveals chemical variations typical of minerals generated by arc-related magmatism. The amphibole is magnesiohastingsite, has oscillatory oxidizing conditions, and reveals breakdown rim textures linked to degassing during magma ascent. The Santa Rosa Formation has polyphase evolution controlled by large NE-SW crustal fissures, materialized by rhyolitic and dacitic lava flow facies. Volcaniclastic facies of ignimbrites, lapilli-tuffs, felsic crystal tuffs, and massive polymict breccias represents an explosive cycle in this unit. Metric dikes and stocks of granitic porphyries and equigranular granitoids complete this suite. K-feldspar, plagioclase, and quartz phenocrysts surrounded by quartz and K-feldspar integrowth occur in these rocks. Electron microprobe pressure and temperature estimates in clinopyroxene phenocrysts reveal formation depth between 58 and 17.5 km (17.5 - 4.5 kbar) at temperatures between 1,249 and 1,082 ºC; and between 28 and 15 km (7.8 - 4.1 kbar) for amphibole grains of the Sobreiro Formation, suggesting polybaric evolution. A model with generation of hydrated basaltic magma from partial melting of mantle wedge and accumulation in a hot zone of the lower crust, from which the andesitic and dacitic magmas are formed by the assimilation of continental crust and following fractional crystallization is proposed.As formações Sobreiro e Santa Rosa são resultado de intensas atividades vulcânicas paleoproterozoicas na região de São Félix do Xingu (PA), SE do Cráton Amazônico. A Formação Sobreiro é composta por rochas de fácies de fluxo de lava andesítica, com dacito e riodacito subordinados, além de rochas que compõem a fácies vulcanoclástica, caracterizadas por tufo, lapilli-tufo e brecha polimítica maciça. Essas rochas exibem fenocristais de clinopiroxênio, anfibólio e plagioclásio em uma matriz microlítica ou traquítica. O clinopiroxênio é classificado predominantemente como augita, com diopsídio subordinado, e apresenta caracterísiticas geoquímicas de minerais gerados em rochas de arco magmático. O anfibólio, representado pela magnesiohastingsita, foi formado sob condições oxidantes e apresenta texturas de desequilíbrio, como bordas de oxidação vinculadas à degaseificação por alívio de pressão. As rochas da Formação Santa Rosa foram extravasadas em grandes fissuras crustais de direção NE-SW, têm características de evolução polifásica e compõem uma fácies de fluxo de lava riolítica e riodacítica e uma fácies vulcanoclástica de ignimbritos, lapilli-tufos, tufos de cristais félsicos e brechas polimíticas maciças. Diques métricos e stocks de pórfiros graníticos e granitoides equigranulares completam essa suíte. Fenocristais de feldspato potássico, plagioclásio e quartzo dispersos em matriz de quartzo e feldspato potássico intercrescidos ocorrem nessas rochas. Por meio de análises químicas pontuais dos fenocristais em microssonda eletrônica, foram estimadas as condições de pressão e temperatura de sua formação, sendo que o clinopiroxênio das rochas intermediárias da Formação Sobreiro indica profundidade de formação variável entre 58 e 17,5 km (17,5 - 4,5 kbar), a temperaturas entre 1.294 e 1.082 ºC, enquanto o anfibólio cristalizou-se entre 28 e 15 km (7,8 - 4,1 kbar), o que sugere uma evolução polibárica. Assim, propõe-se um modelo de geração de magma basáltico hidratado com base na fusão parcial de cunha mantélica e no acúmulo na crosta inferior em uma zona quente, a partir da qual os magmas andesíticos e dacíticos são formados pela assimilação de crosta continental e cristalização fracionada

    Geologia, petrogênese e aspectos metalogenéticos dos grupos Serra do Itaberaba e São Roque na região das Serras do Itaberaba e da Pedra Branca, NE da Cidade de São Paulo, SP

    No full text
    Os trabalhos desenvolvidos nesta tese tiveram, como principal objetivo, o estudo das rochas supracrustais dos grupos Serra do ltaberaba e São Roque, o relacionamento litoestratigráfico entre eles e a evolução geológica dos litotipos, visando caracterizar parte da evolução crustal do Pré-Cambriano Paulista. A área estudada situa-se a nordeste da cidade de São Paulo, entre as cidades de Guarulhos e Santa Isabel, e compreende cerca de 540 km2, mapeados na escala de 1:25.000, na qual foram mapeadas duas subáreas nas escalas 1:10.000 e 1:2.000 com, respectivamente, 41,5 e 2,6 km2. Diversos métodos de estudos foram adotados nesta pesquisa, incluindo, além dos mapeamentos geológicos, petrografia de rochas e minérios, através de secções delgadas e polidas, caracterização da composição das rochas graníticas, também através de análise modal em amostras com os feldspatos coloridos seletivamente, análise de minerais residuais, difratometria de raios X de minerais e rochas, petroquímica, análise estrutural macro- e microscópica e estudos metalogenéticos comparativos. Os estudos permitiram caracterizar as rochas supracrustais como polideformadas e polimetamorfisadas, subdivisíveis nos grupos Serra do ltaberaba, mais antigo e basal, formado por seqüências vulcano-sedimentar, clasto-química e clástica, denominadas, respectivamente de formações Morro da Pedra Preta, Nhanguçu e Pirucaia, e São Roque, superior, essencialmente clástico, representado na área exclusivamente pela sua Formação Piragibu, aqui redefinida. Durante o desenvolvimento da foliação \'S IND. 1\' do Grupo Serra do ltaberaba, foram geradas dobras isoclinais, em regime metamórfico do tipo Barrowiano, de grau predominantemente da fácies anfibolito médio, com variações locais para fácies dos xistos verdes superior e anfibolito superior, com condições máximas à P \'QUASE IGUAL A\' 5 - 6 kb e T \'QUASE IGUAL A\' 620°C. O evento associado ao desenvolvimento da \'S IND. 2\', com dobras isoclinais a similares fechadas, foi de intensidade próxima ao anterior, mas de pressão mais baixa, sem cristalização da cianita. Este evento pode ser correlacionado ao que aconteceu quando do desenvolvimento da \'S IND. 1\' do Grupo São Roque, da fácies dos xistos verdes. Eventos de crenulação e retrometamórficos da fácies dos xistos verdes superimpuseram-se a estes. Nota-se, de maneira geral, uma atenuação das deformações e do metamorfismo das unidades basais para as de topo do Grupo Serra do Itaberaba e há, para ambos os grupos, aumento de grau metamórfico no sentido nordeste. O metamorfismo de contato produzido pela intrusão das rochas graníticas foi verificado especialmente em áreas restritas, nas bordas dos Granitóides Serra da Pedra Branca, onde pode ter havido, inclusive, cristalização de granada e de estaurolita nos metapelitos da Formação Morro da Pedra Preta. Entretanto, de modo geral, as intrusões causaram poucas e restritas alterações nas rochas supracrustais, indicando colocação profunda dos corpos ígneos. Metamorfismo dinâmico em condições de P x T máximas compatíveis com a fácies dos xistos verdes inferior a superior ocorreram generalizadamente ao longo das zonas de cisalhamento, que têm também freqüentes rochas produzidas por reativação em temperaturas mais baixas. Os metabasitos do Grupo Serra do Itaberaba incluem tipos com pillow lavas, indicando efusões subaquáticas e neles puderam ser caracterizados processos de alterações magmáticas, tais como fracionamento de olivina, piroxênios, plagioclásio e cromita e hidrotermais-metassomáticas de fundo oceânico, de variável intensidade, incluindo desde espilitos até rochas muito transformadas geradas em zonas de descarga de fluidos hidrotermais no fundo oceânico, que modificaram suas composições químicas. Seus característicos químicos permitiram classificá-los como tholeiítos de fundo oceânico, gerados em segmentos normais (tipo N) de cadeia meso-oceânica, com prováveis gradações para zonas sob influência de plumas mantélicas (tipo E), possivelmente em ambiente geotectônico similar ao do tipo Golfo de Aden. As rochas metaintermediárias foram geradas pela fusão da crosta oceânica, na sua subducção ensimática distante do arco de ilhas e do continente. Rochas com cummingtonita, cordierita, granada, estaurolita, quartzo, biotita, clorita, plagioclásio e rutilo foram caracterizadas como produzidas a partir de vulcanitos e rochas vulcanoclásticas básicas por alterações hidrotermais-metassomáticas causadas pela descarga em fundo oceânico de soluções vulcanogênicas, às quais associam-se mineralizações de ouro. As formações ferríferas são do tipo Algoma e têm variável contribuição de rochas vulcanoclásticas e as rochas cálcio-silicáticas contaminaram, assim como os pelitos, parte das rochas metavulcanoclásticas. Os marunditos foram caracterizados como gerados pela sobreposição de vários processos, incluindo o retrabalhamento de rochas aluminosas geradas em zonas de atividade exalativa vulcanogênica, intemperismo e retrabalhamento mecânico subaquático e redeposição em bacias restritas ultra-salinas, geradas pelas soluções hidrotermais vulcanogênicas. Quanto aos metapelitos finos pôde-se sugerir origem a partir de um arco de ilhas e os mais grossos da Formação Pirucaia de áreas continentais, assim como os do Grupo São Roque. Influência de ambiente evaporítico pode ter ocorrido na Formação Nhanguçu, conforme indicam os metassedimentos (clásticos e vulcanoclásticos) ricos em alumínio, com argilas derivadas provavelmente de zonas de alterações hidrotermais vulcanogênicas. As rochas graníticas lato sensu foram separadas em duas suítes, uma de rochas porfiríticas e outra não-porfiríticas, com tipos petrográficos incluindo granitos (3a e 3b), granodioritos, tonalitos, quartzo-dioritos, quartzo sienitos e quartzo monzonitos. Parte delas pode ter sido introduzida nas seqüências supracrustais do Grupo Serra do Itaberaba em épocas mais antigas e alguns granodioritos e tonalitos muito alterados e deformados podem representar restos do embasamento siálico do Grupo Serra do Itaberaba. A quase totalidade das rochas é, entretanto, Brasiliana, dentre as quais se distinguem granodioritos um pouco mais velhos que os granitos e pequenas intrusões tardias de granitos com muscovita e/ou granada e turmalina. Zonas de cisalhamento e de falhas cortam as seqüências, tendo gerado blastomilonitos, milonitos e cataclasitos em períodos diversos, pré-cambrianos a, inclusive, cenozóicos. Estes estudos incluem, ainda, uma discussão preliminar dos tipos de mineralizações existentes nos grupos Serra do Itaberaba e São Roque, com comparações entre elas, bem como do potencial metalogenético do Grupo Serra do Itaberaba para mineralizações de metais básicos. Os trabalhos permitiram caracterizar a complexa evolução crustal da região, onde são bem individualizáveis os grupos São Roque e Serra do ltaberaba, mais provavelmente gerados em ciclos geotectônicos distintos, com idades mínimas, o primeiro, no Proterozóico Médio-Inferior e, o segundo, talvez, no Proterozóico Superior.The main objective of this work is to characterize the crustal evolution of Precambrian terrains of a part of the State of São Paulo, particularly considering the lithostratigraphic relationships and the geological evolution of the supracrustal sequences of the Serra do Itaberaba and São Roque Groups. The studied area is located between Guarulhos and Santa Isabel, northeast of the capital São Paulo, and covers 540 km2 that have been mapped on the scale 1:25,000. Two smaller areas of 41.5 and 2.6 km2 were mapped on the scales of 1:10,000 and 1:2,000, respectively. Laboratory studies included rock and ore petrography (thin and polished sections), modal analysis of granitic rocks including selective staining of feldspars, analysis of residual minerals, X-ray diffraction methods applied to the identification of minerals, rock geochemistry, macro- and microstructural analysis and comparative metallogenesis of the Serra do Itaberaba and São Roque Groups. The supracrustal rocks may be characterized as polydeformed and polymetamorphosed. The Serra do Itaberaba Group is older and basal and comprises sequences of volcanosedimentary, clastic-contaminated chemical and clastic rocks, respectively named the Morro da Pedra Preta, Nhanguçu and Pirucaia Formations. The overlying, younger São Roque Group is made up essentially of clastic rocks and represented in the area only by the Piragibu Formation (as redefined). The \'S IND. 1\' foliation of the Serra do Itaberaba Group was accompanied by isoclinal folding and Barrow-type regional metamorphism of mainly medium amphibolite facies grade; local variations ranged from upper greenschist to upper amphibolite facies. The maximum P-T conditions were estimated as P \'QUASE IGUAL A\' 6 kb and T \'QUASE IGUAL A\' 620°C. The \'S IND. 2\' foliation with isoclinal folding similar to the \'S IND. 1\' folds developed under metamorphic conditions nearly as high as those of the previous event, however in a regime of lower pressure, without the crystallization of kyanite. This event caused the main metamorphism of the São Roque Group, of greenschist facies rank, and was accompanied by the development of the São Roque Grup\'s \'S IND. 1\' foliation. Final events included superimposed crenulations and greenschist facies, retrograde metamorphism. In the profiles of the Serra do Itaberaba Group, continuous deformational and metamorphic attenuations are evident from the bottom to the top of the unit. Both groups show increasing regional metamorphism towards the northeast. Restricted contact metamorphism was produced by granitic intrusions, specially in the border zones of the Serra da Pedra Branca Granitoids, possibly augmenting garnet and staurolite formation in Morro da Pedra Preta metapelites. In general, however, the intrusions caused only weak and limited alterations in the supracrustal rocks indicating deep-sited intrusion of the granitoids. Dynamic metamorphism under maximum P-T conditions of the greenschist facies was widespread in deeper parts of shear zones, and cataclastic rocks were produced under shallower crustal conditions. Serra do Itaberaba Group metabasic rocks include pillow lavas indicating subaquatic eruptions. All the basic magmatic rocks suffered olivine, pyroxene, plagioclase and chromite fractionation in the magmatic stage and ocean-floor hydrothermal and metasomatic alteration of varied intensity producing spilites and very strongly transformed rocks in hydrothermal discharge zones. The geochemical characteristics allowed the classification of the metabasic rocks as N-type ocean-floor tholeiites generated in normal segments of a mid-oceanic ridge with possible gradations to types formed under the influence of mantle plumes (E-type MORBs). Similarities exist with the geotectonic environment of the Gulf of Aden spreading center. Metaintermediate rocks were formed by the fusion of oceanic crust in ensimatic subduction zones distant from island arc and continental influences. Rocks with cummingtonite, cordierite, garnet, staurolite, quaftz, biotite, chlorite, plagioclase and rutile were identified as hydrothermal-metasomatic altered volcanics. They were produced by ocean-floor volcanogenic discharge solutions and are associated with gold mineralizations. Algoma-type iron formations show varied contributions of volcanoclastic materials and were partly contaminated by calc-silicate rocks and mudstones. Marundites (margarite-corundum schists) were generated by the superposition of various processes including re-worked aluminous rocks from of volcanogenic exhalative zones, weathering, subaquatic mechanical re-working and redeposition in restricted ultrasaline basins, originated by volcanogenic hydrothermal solutions. Island arc and continental origins are suggested, respectively, for the Pirucaia Formation and São Roque Group metapelites. Evaporitic influences may have occurred in the Nhanguçu Formation as indicated by aluminum-rich (clastic and volcaniclastic) sediments which contain clays derived most probably from zones of volcanogenic hydrothermal alteration. Granitic rocks sensu lato were separated into two suites, one porphyritic and the other non-porphyritic. Both include 3a and 3b granites, granodiorites, tonalites, quartz diorites, quartz syenites and quartz monzonites. Part of the bodies may have intruded the supracrustal sequences of the Serra do Itaberaba Group in earlier periods, and some strongly altered deformed granodiorites and tonalites may represent relics of a still older, pre-Serra do Itaberaba Group sialic basement. However, the overwhelming majority of the granitic rocks are of Brasiliano age, armong which slightly older granodiorites may be separated from small, later, muscovite- and/or garnet- and tourmaline-bearing granite intrusions. Shear and fold zones, in which blastomilonites, filonites, milonites and cataclasites were generated, cut all the Precambrian rocks and were reactivated in different events, from Precambrian through Cenozoic times. The preliminary metallogenic studies include a comparative discussion of the different types of gold mineralizations in the Serra do Itaberaba and São Roque groups and also a reappraisal of the Serra do Itaberaba Group base metal potential

    Geologia, petrogênese e aspectos metalogenéticos dos grupos Serra do Itaberaba e São Roque na região das Serras do Itaberaba e da Pedra Branca, NE da Cidade de São Paulo, SP

    No full text
    Os trabalhos desenvolvidos nesta tese tiveram, como principal objetivo, o estudo das rochas supracrustais dos grupos Serra do ltaberaba e São Roque, o relacionamento litoestratigráfico entre eles e a evolução geológica dos litotipos, visando caracterizar parte da evolução crustal do Pré-Cambriano Paulista. A área estudada situa-se a nordeste da cidade de São Paulo, entre as cidades de Guarulhos e Santa Isabel, e compreende cerca de 540 km2, mapeados na escala de 1:25.000, na qual foram mapeadas duas subáreas nas escalas 1:10.000 e 1:2.000 com, respectivamente, 41,5 e 2,6 km2. Diversos métodos de estudos foram adotados nesta pesquisa, incluindo, além dos mapeamentos geológicos, petrografia de rochas e minérios, através de secções delgadas e polidas, caracterização da composição das rochas graníticas, também através de análise modal em amostras com os feldspatos coloridos seletivamente, análise de minerais residuais, difratometria de raios X de minerais e rochas, petroquímica, análise estrutural macro- e microscópica e estudos metalogenéticos comparativos. Os estudos permitiram caracterizar as rochas supracrustais como polideformadas e polimetamorfisadas, subdivisíveis nos grupos Serra do ltaberaba, mais antigo e basal, formado por seqüências vulcano-sedimentar, clasto-química e clástica, denominadas, respectivamente de formações Morro da Pedra Preta, Nhanguçu e Pirucaia, e São Roque, superior, essencialmente clástico, representado na área exclusivamente pela sua Formação Piragibu, aqui redefinida. Durante o desenvolvimento da foliação \'S IND. 1\' do Grupo Serra do ltaberaba, foram geradas dobras isoclinais, em regime metamórfico do tipo Barrowiano, de grau predominantemente da fácies anfibolito médio, com variações locais para fácies dos xistos verdes superior e anfibolito superior, com condições máximas à P \'QUASE IGUAL A\' 5 - 6 kb e T \'QUASE IGUAL A\' 620°C. O evento associado ao desenvolvimento da \'S IND. 2\', com dobras isoclinais a similares fechadas, foi de intensidade próxima ao anterior, mas de pressão mais baixa, sem cristalização da cianita. Este evento pode ser correlacionado ao que aconteceu quando do desenvolvimento da \'S IND. 1\' do Grupo São Roque, da fácies dos xistos verdes. Eventos de crenulação e retrometamórficos da fácies dos xistos verdes superimpuseram-se a estes. Nota-se, de maneira geral, uma atenuação das deformações e do metamorfismo das unidades basais para as de topo do Grupo Serra do Itaberaba e há, para ambos os grupos, aumento de grau metamórfico no sentido nordeste. O metamorfismo de contato produzido pela intrusão das rochas graníticas foi verificado especialmente em áreas restritas, nas bordas dos Granitóides Serra da Pedra Branca, onde pode ter havido, inclusive, cristalização de granada e de estaurolita nos metapelitos da Formação Morro da Pedra Preta. Entretanto, de modo geral, as intrusões causaram poucas e restritas alterações nas rochas supracrustais, indicando colocação profunda dos corpos ígneos. Metamorfismo dinâmico em condições de P x T máximas compatíveis com a fácies dos xistos verdes inferior a superior ocorreram generalizadamente ao longo das zonas de cisalhamento, que têm também freqüentes rochas produzidas por reativação em temperaturas mais baixas. Os metabasitos do Grupo Serra do Itaberaba incluem tipos com pillow lavas, indicando efusões subaquáticas e neles puderam ser caracterizados processos de alterações magmáticas, tais como fracionamento de olivina, piroxênios, plagioclásio e cromita e hidrotermais-metassomáticas de fundo oceânico, de variável intensidade, incluindo desde espilitos até rochas muito transformadas geradas em zonas de descarga de fluidos hidrotermais no fundo oceânico, que modificaram suas composições químicas. Seus característicos químicos permitiram classificá-los como tholeiítos de fundo oceânico, gerados em segmentos normais (tipo N) de cadeia meso-oceânica, com prováveis gradações para zonas sob influência de plumas mantélicas (tipo E), possivelmente em ambiente geotectônico similar ao do tipo Golfo de Aden. As rochas metaintermediárias foram geradas pela fusão da crosta oceânica, na sua subducção ensimática distante do arco de ilhas e do continente. Rochas com cummingtonita, cordierita, granada, estaurolita, quartzo, biotita, clorita, plagioclásio e rutilo foram caracterizadas como produzidas a partir de vulcanitos e rochas vulcanoclásticas básicas por alterações hidrotermais-metassomáticas causadas pela descarga em fundo oceânico de soluções vulcanogênicas, às quais associam-se mineralizações de ouro. As formações ferríferas são do tipo Algoma e têm variável contribuição de rochas vulcanoclásticas e as rochas cálcio-silicáticas contaminaram, assim como os pelitos, parte das rochas metavulcanoclásticas. Os marunditos foram caracterizados como gerados pela sobreposição de vários processos, incluindo o retrabalhamento de rochas aluminosas geradas em zonas de atividade exalativa vulcanogênica, intemperismo e retrabalhamento mecânico subaquático e redeposição em bacias restritas ultra-salinas, geradas pelas soluções hidrotermais vulcanogênicas. Quanto aos metapelitos finos pôde-se sugerir origem a partir de um arco de ilhas e os mais grossos da Formação Pirucaia de áreas continentais, assim como os do Grupo São Roque. Influência de ambiente evaporítico pode ter ocorrido na Formação Nhanguçu, conforme indicam os metassedimentos (clásticos e vulcanoclásticos) ricos em alumínio, com argilas derivadas provavelmente de zonas de alterações hidrotermais vulcanogênicas. As rochas graníticas lato sensu foram separadas em duas suítes, uma de rochas porfiríticas e outra não-porfiríticas, com tipos petrográficos incluindo granitos (3a e 3b), granodioritos, tonalitos, quartzo-dioritos, quartzo sienitos e quartzo monzonitos. Parte delas pode ter sido introduzida nas seqüências supracrustais do Grupo Serra do Itaberaba em épocas mais antigas e alguns granodioritos e tonalitos muito alterados e deformados podem representar restos do embasamento siálico do Grupo Serra do Itaberaba. A quase totalidade das rochas é, entretanto, Brasiliana, dentre as quais se distinguem granodioritos um pouco mais velhos que os granitos e pequenas intrusões tardias de granitos com muscovita e/ou granada e turmalina. Zonas de cisalhamento e de falhas cortam as seqüências, tendo gerado blastomilonitos, milonitos e cataclasitos em períodos diversos, pré-cambrianos a, inclusive, cenozóicos. Estes estudos incluem, ainda, uma discussão preliminar dos tipos de mineralizações existentes nos grupos Serra do Itaberaba e São Roque, com comparações entre elas, bem como do potencial metalogenético do Grupo Serra do Itaberaba para mineralizações de metais básicos. Os trabalhos permitiram caracterizar a complexa evolução crustal da região, onde são bem individualizáveis os grupos São Roque e Serra do ltaberaba, mais provavelmente gerados em ciclos geotectônicos distintos, com idades mínimas, o primeiro, no Proterozóico Médio-Inferior e, o segundo, talvez, no Proterozóico Superior.The main objective of this work is to characterize the crustal evolution of Precambrian terrains of a part of the State of São Paulo, particularly considering the lithostratigraphic relationships and the geological evolution of the supracrustal sequences of the Serra do Itaberaba and São Roque Groups. The studied area is located between Guarulhos and Santa Isabel, northeast of the capital São Paulo, and covers 540 km2 that have been mapped on the scale 1:25,000. Two smaller areas of 41.5 and 2.6 km2 were mapped on the scales of 1:10,000 and 1:2,000, respectively. Laboratory studies included rock and ore petrography (thin and polished sections), modal analysis of granitic rocks including selective staining of feldspars, analysis of residual minerals, X-ray diffraction methods applied to the identification of minerals, rock geochemistry, macro- and microstructural analysis and comparative metallogenesis of the Serra do Itaberaba and São Roque Groups. The supracrustal rocks may be characterized as polydeformed and polymetamorphosed. The Serra do Itaberaba Group is older and basal and comprises sequences of volcanosedimentary, clastic-contaminated chemical and clastic rocks, respectively named the Morro da Pedra Preta, Nhanguçu and Pirucaia Formations. The overlying, younger São Roque Group is made up essentially of clastic rocks and represented in the area only by the Piragibu Formation (as redefined). The \'S IND. 1\' foliation of the Serra do Itaberaba Group was accompanied by isoclinal folding and Barrow-type regional metamorphism of mainly medium amphibolite facies grade; local variations ranged from upper greenschist to upper amphibolite facies. The maximum P-T conditions were estimated as P \'QUASE IGUAL A\' 6 kb and T \'QUASE IGUAL A\' 620°C. The \'S IND. 2\' foliation with isoclinal folding similar to the \'S IND. 1\' folds developed under metamorphic conditions nearly as high as those of the previous event, however in a regime of lower pressure, without the crystallization of kyanite. This event caused the main metamorphism of the São Roque Group, of greenschist facies rank, and was accompanied by the development of the São Roque Grup\'s \'S IND. 1\' foliation. Final events included superimposed crenulations and greenschist facies, retrograde metamorphism. In the profiles of the Serra do Itaberaba Group, continuous deformational and metamorphic attenuations are evident from the bottom to the top of the unit. Both groups show increasing regional metamorphism towards the northeast. Restricted contact metamorphism was produced by granitic intrusions, specially in the border zones of the Serra da Pedra Branca Granitoids, possibly augmenting garnet and staurolite formation in Morro da Pedra Preta metapelites. In general, however, the intrusions caused only weak and limited alterations in the supracrustal rocks indicating deep-sited intrusion of the granitoids. Dynamic metamorphism under maximum P-T conditions of the greenschist facies was widespread in deeper parts of shear zones, and cataclastic rocks were produced under shallower crustal conditions. Serra do Itaberaba Group metabasic rocks include pillow lavas indicating subaquatic eruptions. All the basic magmatic rocks suffered olivine, pyroxene, plagioclase and chromite fractionation in the magmatic stage and ocean-floor hydrothermal and metasomatic alteration of varied intensity producing spilites and very strongly transformed rocks in hydrothermal discharge zones. The geochemical characteristics allowed the classification of the metabasic rocks as N-type ocean-floor tholeiites generated in normal segments of a mid-oceanic ridge with possible gradations to types formed under the influence of mantle plumes (E-type MORBs). Similarities exist with the geotectonic environment of the Gulf of Aden spreading center. Metaintermediate rocks were formed by the fusion of oceanic crust in ensimatic subduction zones distant from island arc and continental influences. Rocks with cummingtonite, cordierite, garnet, staurolite, quaftz, biotite, chlorite, plagioclase and rutile were identified as hydrothermal-metasomatic altered volcanics. They were produced by ocean-floor volcanogenic discharge solutions and are associated with gold mineralizations. Algoma-type iron formations show varied contributions of volcanoclastic materials and were partly contaminated by calc-silicate rocks and mudstones. Marundites (margarite-corundum schists) were generated by the superposition of various processes including re-worked aluminous rocks from of volcanogenic exhalative zones, weathering, subaquatic mechanical re-working and redeposition in restricted ultrasaline basins, originated by volcanogenic hydrothermal solutions. Island arc and continental origins are suggested, respectively, for the Pirucaia Formation and São Roque Group metapelites. Evaporitic influences may have occurred in the Nhanguçu Formation as indicated by aluminum-rich (clastic and volcaniclastic) sediments which contain clays derived most probably from zones of volcanogenic hydrothermal alteration. Granitic rocks sensu lato were separated into two suites, one porphyritic and the other non-porphyritic. Both include 3a and 3b granites, granodiorites, tonalites, quartz diorites, quartz syenites and quartz monzonites. Part of the bodies may have intruded the supracrustal sequences of the Serra do Itaberaba Group in earlier periods, and some strongly altered deformed granodiorites and tonalites may represent relics of a still older, pre-Serra do Itaberaba Group sialic basement. However, the overwhelming majority of the granitic rocks are of Brasiliano age, armong which slightly older granodiorites may be separated from small, later, muscovite- and/or garnet- and tourmaline-bearing granite intrusions. Shear and fold zones, in which blastomilonites, filonites, milonites and cataclasites were generated, cut all the Precambrian rocks and were reactivated in different events, from Precambrian through Cenozoic times. The preliminary metallogenic studies include a comparative discussion of the different types of gold mineralizations in the Serra do Itaberaba and São Roque groups and also a reappraisal of the Serra do Itaberaba Group base metal potential
    corecore