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Sociabilidade digital, hipervisibilidade e o ataque a face do chamado cyberbullying
RESUMO: O presente artigo tem por objetivo refletir sobre o processo de expansão da cultura digital apresentando algumas dinâmicas presentes nas interações digitais, em especial a hipervisibilidade até o ponto nomeado por Recuero de “ataques a face”. Consideramos neste estudo o fenômeno cyberbullying como um tipo de violência que ocorre nas ambiências de redes de sociabilidades digitais e que podem causar danos sem precedentes a saúde psíquica de jovens. O estudo pretende iniciar uma reflexão sobre a relevância de pensar a violência que ocorre no contexto digital não como um fator isolado. Concluímos com este artigo que estar hiperconectado as redes sociais digitais é uma realidade presente na pós-modernidade que pode potencializar práticas de cyberbullying dada a vulnerabilidade de crianças e adolescentes
Socioeconomic development, family income, and psychosocial risk factors: a study of families with children in public elementary school
Notificações de violência doméstica, sexual e outras violências contra crianças no Brasil
Coocorrência de violência física e psicológica entre adolescentes namorados do recife, Brasil: prevalência e fatores associados
Prevenção da autolesão e do comportamento suicida na adolescência: revisão da literatura para subsidiar ações em saúde
Nos últimos anos, as taxas do comportamento suicida na adolescência têm se evidenciado preocupantes e as ações de prevenção são pouco conhecidas, onde, em geral, partem de propostas para toda a população, o que dificulta a intervenção em estratégias que deveriam ser preconizadas para indivíduos com vulnerabilidade mais elevada. Diante de um cenário que coloca o Brasil num lugar de destaque nos números de tentativas e suicídio, especialmente na adolescência, o Sistema Único de Saúde tem sido convocado a instituir portarias, documentos e desenvolver capacitações que direcionam às ações preventivas em nível individual e coletivo, norteando e sistematizando as condutas a serem tomadas pelos serviços de saúde. A inteligência emocional é considerada um fator de proteção frente à instabilidade emocional, depressão, dificuldade de adaptação, conflitos interpessoais, explosão emocional, culpa, sentimentos de fracasso, frustração, medo, ansiedade, impulsividade e a diminuição do uso de substâncias psicoativas; os quais são elementos individuais que contribuem à ocorrência do comportamento suicida. Os benefícios da inteligência emocional têm sido demonstrados em diferentes âmbitos da vida cotidiana e em nível profissional. O objetivo desse trabalho é analisar a produção científica nacional e internacional a respeito de estratégias, iniciativas e programas sobre prevenção do comportamento suicida na adolescência baseados no referencial teórico da inteligência emocional, subsidiando ações que possam ser aplicadas no SUS. Baseia-se em uma revisão de escopo, que caracteriza-se por ser uma abordagem para a tomada de decisão a partir da análise da literatura sobre um determinado tópico ou problema. Pretende-se desenvolver as seguintes etapas: (1) a identificação do material; (2) estabelecimento de critérios de inclusão e exclusão; (3) seleção dos estudos; (4) categorização dos estudos selecionados; (5) análise e interpretação dos resultados; e (6) apresentação da revisão/síntese do conhecimento. Espera-se que os resultados possam subsidiar ações no SUS para a redução do comportamento suicida na adolescência.
2. Objetivo Geral: analisar a produção científica nacional e internacional a respeito de ações e programas sobre prevenção da autolesão e do comportamento suicida na adolescência baseados no referencial teórico da inteligência emocional, subsidiando ações que possam ser aplicadas no SUS.
2. Método
Caracteriza-se por uma revisão de escopo para mapear a produção científica sobre ações e programas sobre a prevenção da autolesão e do comportamento suicida na adolescência baseados no referencial teórico da inteligência emocional e constructos correlacionados. O referencial metodológico para o desenvolvimento da revisão será o manual do Joanna Briggs Institute.
2.1 Pergunta de pesquisa: Quais são as ações, estratégias, iniciativas e programas sobre prevenção da autolesão e do comportamento suicida na adolescência baseados no referencial teórico da inteligência emocional (especificidades de gênero, orientação sexual, raça/etnia e classe social) na literatura nacional e internacional?
2.2 Critérios de inclusão e exclusão:
Foram considerados elegíveis os documentos que versaram sobre os temas da inteligência emocional e constructos afins (regulação emocional, dentre outros) na relação com o comportamento suicida e autolesão, com o enfoque da prevenção na adolescência. Foram incluídas publicações no idioma português, espanhol, francês e inglês, tendo como referência temporal dos anos de 2010 a julho de 2022.
Os seguintes critérios de exclusão foram aplicados:
Temas que não associam inteligência emocional e correlatos com comportamento suicida ou autolesão na adolescência;
Abordagem de outra faixa etária que não a infância ou adolescência
Abordagem superficial e pontual dos temas de tema;
Documentos e Sites não disponíveis, ou seja, que não abrem as informações corretamente;
Dissertações, teses e outros Trabalhos de Conclusão de Cursos sem acesso ao texto completo;
Apresentações em congresso sem acesso ao texto completo;
Capítulos de livro ou livros sem acesso ao texto completo;
Sites comerciais de venda de livros ou textos;
Ausência do texto em português, inglês, francês ou espanhol (frequente especialmente nas regiões Pacífico Oriental e Sudoeste da Ásia e em países orientais da Europa).
Produtos audiovisuais como vídeos e podcasts.
2.3 Estratégias de busca
As estratégias de busca serão desenvolvidas com base na combinação de palavras-chave, estruturada, usando os termos MeSH e DeCS: “prevenção”, “suicídio”, “autolesão”, “inteligência emocional”, “adolescente” e “criança”.
2.4 Seleção das fontes de evidências
A seleção dos artigos será realizada com base nos critérios de inclusão e exclusão definidos.
Após a exclusão de duplicatas, o processo de triagem será realizado por dois revisores, de forma independente, com base na leitura de títulos e resumos, utilizando o gerenciador bibliográfico Rayyan QCRI8 e as divergências de julgamento serão resolvidas por consenso.
2.5 Extração de dados
Para a extração de dados será criada uma planilha no software Excel, com as seguintes informações: título, autoria, resumo, país, ano da publicação, objetivo, abordagem teórica da inteligência emocional, constructos associados, amostra, abordagem metodológica, ações de prevenção, gênero, raça/cor de pele, estrato socioeconômico, instituição alvo da ação e principais resultados.
2.6 Análise das evidências e apresentação dos resultados
Os resultados serão apresentados de forma descritiva, e por meio de tabelas, imagens e gráficos que expressem os resultados de modo mais adequado. Não será realizada avaliação da qualidade metodológica dos estudos selecionados, uma vez que não é relevante para os resultados de uma revisão de escopo.
3. Referências
1. OMS. Preventing suicide: a resource for establishing a crisis line. Geneva: World Health Organization; 2018 Disponível em: https://apps.who.int/iris/handle/10665/311295
Acesso em: 06/12/2022
2. OMS. Helping adolescents thrive toolkit: strategies to promote and protect adolescent mental health and reduce self-harm and other risk behaviours, 2021 Disponível em: https://apps.who.int/iris/handle/10665/341344 Acesso em: 06/12/2022
3. OMS. Guia LIVE LIFE para prevenção do suicídio, OMS, 2018, Disponível em: https://www.who.int/publications/i/item/live-life-preventing-suicide Acesso em 6/12/2022
4. Peters MDJ, Godfrey C, McInerney P, Soares CB, Khalil H, Parker D. Chapter 11: Scoping reviews. In: Aromataris E, Munn Z, editors. JBI Reviewer’s Manual. Adelaide: JBI, 2017
Labirinto de espelhos: formação da auto-estima na infância e adolescência
Lidar com os anseios e questionamentos da adolescência não parece ser uma tarefa das mais fáceis, mas Labirintos de Espelhos - fomação da auto-estima na infância e na adolescência, consegue tratar do assunto de maneira mais acessível, sem, contudo, abandonar o caráter científico de uma pesquisa. As autoras, através dos depoimentos de diversos adolescentes, revelam que problemas como violência, relacionamento familiar e rendimento escolar, podem estar ligados a uma peça fundamental na formação destes jovens: a auto-estima. Nesta obra, o problema da auto-estima não constitui um fato isolado, mas sim uma questão que deve ser tratada como problema social e precisa ser encarada pela sociedade com a devida seriedade que há neste livro
Impactos da violência na escola: um diálogo com professores
Violência na escola é considerado antigo problema no Brasil, mas a relevância no contexto social e as graves consequências para alunos e suas famílias, professores e demais funcionários da escola – a que se tem assistido nos últimos anos –, demonstram a complexidade da violência estrutural e urbana. A compreensão do tema, que atinge (também) a escola, passa pela percepção de que a violência é produzida nas relações interpessoais, sendo este um complexo assunto que demanda urgente discussão. A obra em questão é fruto de consistente pesquisa do Centro Latino-Americano de Estudos de Violência e Saúde Jorge Careli (Claves/Fiocruz), conta com apoio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do MEC e traz relatos e importantes perspectivas discutidas, além de apontar caminhos que possam servir de base para possíveis soluções. 53º Prêmio Jabuti 2011 - 1º lugar na categoria Educaçã
Perspectivas dos estudos sobre violência na adolescência e cortisol: revisão bibliográfica sistemática
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Previous issue date: 2017Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, BrasilFundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Departamento de Estudos sobre Violência e Saúde Jorge Careli. Rio de Janeiro, RJ, BrasilFundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Departamento de Estudos sobre Violência e Saúde Jorge Careli. Rio de Janeiro, RJ, BrasilA violência afeta negativamente a saúde de crianças e adolescentes, impactando sua qualidade de vida. Provoca estresse e exige da vítima uma capacidade adaptativa, o que pode acarretar mudanças psicológicas e biológicas. Os níveis do hormônio cortisol têm sido utilizados como biomarcador de estresse em vários estudos. Este artigo se propõe a realizar uma revisão bibliográfica sistemática das publicações sobre cortisol e violência envolvendo adolescentes no período de 2000 a 2013. Os seguintes descritores foram usados: “violência”, “adolescente” e “cortisol”, “violence, “adolescent”, cortisol”, que incluiu as bases bibliográficas PubMed/Medline, Lilacs, BVS e SciELO. Foram analisados 12 artigos. A maior parte dos estudos envolve participantes dos Estados Unidos, de ambos os sexos e sem grupo controle. Diferentes tipos de violência são estudados, destacando-se a familiar, vitimização ou testemunho. Todos utilizaram a saliva para medição do cortisol. Não existe uma padronização metodológica para a análise. A maior parte dos estudos (83,3%) encontrou associação estatisticamente significativa entre o nível de cortisol e a exposição à violência. Ainda não existe uniformidade nos resultados encontrados, seja quanto ao sexo, tipo de violência, condição socioeconômica ou forma de análise de cortisol