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    Letalidade hospitalar por COVID-19 em quatro capitais brasileiras e sua possível relação temporal com a variante Gama, 2020-2021

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    Objective: To describe in-hospital and intensive care unit (ICU) case fatality rates due to COVID-19 in four Brazilian state capitals, during the months of epidemic peaks and previous months. Methods: This was an ecological study using monthly data from the Influenza Epidemiological Surveillance Information System, between 2020-2021, in individuals aged 20 years or older. Case fatality rate and mortality were estimated with 95% confidence intervals. Results: In Manaus, the capital city of the state of Amazonas, ICU case fatality rate among those >59 years old was lower in December/2020 (80.9% –95%CI 78.4;83.3) and during the peak in January/2021 (79.9% –95%CI 77.4;82.5), compared to the peak in April/2020 (88.2% –95%CI 86.1;90.3). In São Paulo, the capital city of the state of São Paulo, Curitiba, the capital city of the state of Paraná, and Porto Alegre, the capital city of the state of Rio Grande do Sul, there was a decrease or stability in ICU and in-hospital case fatality rate in January/2021, compared to the reference month in 2020. Conclusion: In January/2021, in-hospital and ICU case fatality rates decreased or remained stable in the four state capitals, especially in Manaus, and during the epidemic peak with the prevalence of the Gamma variant.Objetivo: Descrever letalidade por COVID-19 – hospitalar e em unidade de terapia intensiva (UTI) – em quatro capitais brasileiras, em meses de picos epidêmicos e nos meses anteriores. Métodos: Estudo ecológico com dados mensais de 2020-2021 do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe, em indivíduos com 20 anos ou mais. Estimou-se letalidade e mortalidade, com intervalos de confiança de 95%. Resultados: Em Manaus, a letalidade em UTI nos >59 anos foi menor em dezembro/2020 (80,9% – IC95% 78,4;83,3) e no pico de janeiro/2021 (79,9% – IC95% 77,4;82,5), em comparação ao pico de abril/2020 (88,2% – IC95% 86,1;90,3). Em São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, observou-se queda ou estabilidade na letalidade hospitalar e em UTI, em janeiro/2021, em comparação ao mês de referência de 2020. Conclusão: Em janeiro/2021, a letalidade hospitalar e em UTI caiu ou manteve-se estável nas quatro capitais, especialmente em Manaus e durante o pico epidêmico com predomínio da variante Gama

    Factors associated with TB in an indigenous population in Brazil: the effect of a cash transfer program

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    The Mato Grosso do Sul State (MS) has the second-largest indigenous population and the highest incidence rates of TB among indigenous people in Brazil. However, little is known about the risk factors associated with active TB in indigenous people in the region, especially regarding socioeconomic factors. The aim of this study is to assess the effect of the Family Allowance Program (BFP) and of other predictors of active TB in a high-risk indigenous population in Brazil. We conducted a case-control study with incident TB cases matched by age and by village of residence (1:2 proportion) between March 2011 and December 2012. We used a conditional logistic regression for data analysis. A total of 153 cases and 306 controls were enrolled. The final model included the following risk factors: alcohol consumption (low-risk use OR=2.2; 95% CI 1.1-4.3; risky use OR=2.4; 95% CI 1.0-6.0; dependent/ damaging use OR=9.1; 95% CI 2.9-29.1); recent contact with a TB patient (OR=2.0; 95% CI 1.2-3.5); and male sex (OR=1.9; 95% CI 1.1-3.2). BFP participation (OR=0.5; 95% CI 0.3-0.6) and BCG vaccination (OR=0.5; 95% CI 0.3-0.9) were found to be protective factors against TB. Although the BFP was not designed to target TB-affected households specifically, our findings reveal the importance of the BFP in preventing one of the most important infectious diseases among adults in indigenous villages in Brazil. This result is in line with the End-TB strategy, which identifies social protection, poverty alleviation and targeting other determinants of TB as key actions

    Health and nutrition of indians infants Suruí of Rondonia, Amazonia, Brazil

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    Made available in DSpace on 2012-09-06T01:12:17Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) 810.pdf: 812253 bytes, checksum: 15389f0f82b984da8cf4bf882ee332db (MD5) Previous issue date: 2005Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Foi realizado inquérito antropométrico e de dosagem de hemoglobina em crianças Suruí menores de 10 anos em 2005. Além disso, foi realizado levantamento dos registros de morbidade hospitalar disponíveis em hospitais na cidade de Cacoal para o período de 2000-2004. Este estudo buscou incluir o maior número de crianças possíveis com idade menor ou igual a 10 anos (81,6 por cento da população total). O estado nutricional foi avaliado com base na população-referência do NCHS. A dosagem de hemoglobina foi obtida mediante alfa -hemoglobinômetro portátil (Hemocue). A prevalência de anemia em crianças com idades de 6 a 119 meses foi de 80,6 por cento. As crianças com idades de 6 a 35 meses foram as que apresentaram as maiores prevalências de anemia (89,7 por cento). Na análise comparativa com inquérito similar, conduzido em 1987, foram verificadas importantes reduções nos déficits de estatura e de peso para a idade nas crianças Suruí. Contudo, os déficits de retardo do crescimento permanecem em patamares elevados nas crianças Suruí quando comparados à população de crianças não indígenas da região nordeste do país. No levantamento dos registros de morbidade hospitalar, as principais causas de internação nas crianças menor ou igual a 10 anos foram atribuídas às doenças do aparelho respiratório, com destaque para as infecções respiratórias agudas e a asma, seguidas pelas doenças infecciosas e parasitárias, especialmente as diarréias e as gastroenterites. O tempo médio de permanência das crianças Suruí internadas no hospital público revelou ser bem superior ao observado entre as crianças internadas no hospital privado. Este estudo permitiu evidenciar que as condições gerais de saúde e nutrição da criança Suruí são precárias, notando-se elevadas prevalências de retardo do crescimento e anemia. Nas internações hospitalares predominaram as causas passíveis de prevenção e manejo no nível primário, indicando problemas estruturais nos serviços de atenção à saúde

    Victimization experience due robbery in young adults and its relationship with body composition, blood pressure and mental disorders at 30 years old

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    Violence is a worldwide public health concern. In 2016 resulted in nearly 400 thousand homicides and is considered the main cause years of life lost due to premature mortality in men in Latin America. Beyond the social and economic impacts, violence can also result in short and long-term injury to mental health. The literature on the possible consequences of violence on physical health is scarce, but some studies suggest a possible relationship between obesity and cardiovascular diseases. Although robbery is one of the most important way of exposure to community violence, both in high and middle and low-income countries, the evidence on its relationship with mental disorders in young adults is limited and does not exist for physical health-related outcomes, such as obesity and hypertension. The aim of this thesis was to assess the experience of victimization due to robbery in young adults in Pelotas belonging to the 1982 birth cohort and to explore its relationship with body composition, blood pressure and mental disorders at 30 years old. The first paper evaluated the prevalence of mental disorders in adolescents, young people and adults and its relationship with sociodemographic characteristics in five birth cohorts (RPS): Ribeirão Preto (São Paulo), Pelotas (Rio Grande do Sul) and São Luís (Maranhão), Brazil, where not only was the high prevalence of the major depressive disorder, suicide risk, social phobia and generalized anxiety disorder as a public health problem, as well as in line which the variation of these disorders may depend on the gender, place of occurrence and the socioeconomic status. The second paper assessed the relationship between victimization due to robbery with the mental disorders at 30 years old and the main results of the study suggest the cumulative influence of victimization due to robbery on a major depressive disorder and generalized anxiety disorder. Finally, the third paper assessed the relationship between victimization due to robbery and body composition and blood pressure levels at 30 years old. In the adjusted analysis, we observed a negative association of robbery up to 30 years old with the percentage of fat-free mass and diastolic blood pressure, as well as the negative association of robbery in the last 10 years with the percentage of fat-free mass and systolic and diastolic blood pressure. The main results of this thesis highlight the association between robbery and mental disorders, as well as draw attention to the need for further studies to explore the possible relationship between robbery and physical health. Therefore, given the high burden of problems related to mental health, obesity and cardiovascular diseases, especially in low-and middle-income countries, where community violence is increasingly challenging, measures aimed at preventing, reducing or mitigating consequences of exposure to community violence seem timely.Sem bolsaA violência é um problema de saúde pública mundial que, só em 2016, resultou em mais de 400 mil homicídios e é considerada a principal causa de anos de vida perdidos em homens da América Latina. Além dos impactos sociais e econômicos, a violência também pode resultar em prejuízos a curto e longo prazo sobre a saúde mental. Já a literatura sobre as possíveis consequências da violência na saúde física é escassa, mas alguns estudos sugerem possível relação com obesidade e problemas cardiovasculares. Embora o roubo seja uma das mais importantes formas de exposição a violência comunitária, tanto em países de alta como nos de média e baixa renda, as evidencias sobre a sua relação com transtornos mentais em adultos jovens são limitadas e inexistem para desfechos relacionados à saúde física, como obesidade e hipertensão. O objetivo desta tese foi investigar a experiência de vitimização por roubo em adultos jovens de Pelotas pertencentes à coorte de nascimento de 1982 e explorar a sua relação com transtornos mentais, composição corporal e pressão arterial aos 30 anos. O primeiro artigo avaliou a prevalência de transtornos mentais em adolescentes, jovens e adultos e sua relação com características sociodemográficas em cinco coortes de nascimento (RPS): Ribeirão Preto (São Paulo), Pelotas (Rio Grande do Sul) e São Luís (Maranhão), Brasil, onde observou-se não só a elevada frequência de episódio depressivo maior atual, do risco de suicídio, da fobia social e da ansiedade generalizada como problema de saúde pública, bem como corrobora que a variação destes transtornos pode depender do sexo do indivíduo, da localidade de ocorrência e da condição socioeconômica. O segundo artigo avaliou a relação entre vitimização por roubo com a presença de transtornos mentais aos 30 anos e os principais resultados do estudo sugerem influência acumulativa da vitimização por roubo sobre episódio depressivo maior atual (EDM-A), transtorno de ansiedade generalizada (TAG) e com a comorbidade EDM-A e TAG. Por fim, o terceiro artigo avaliou a relação da vitimização por roubo com a composição corporal e os níveis tensionais aos 30 anos. Na análise ajustada, observamos associação negativa de vitimização por roubo até os 30 anos com o percentual de massa livre de gordura e pressão arterial diastólica, bem como a associação negativa de vitimização por roubo nos últimos 10 anos com o percentual de massa livre de gordura e pressão arterial sistólica e diastólica. De forma geral, os principais resultados desta tese reforçam a associação entre roubo e transtornos mentais, bem como apontam à necessidade de mais investigações para explorar a possível relação entre vitimização por roubo e saúde física. Portanto, dada a elevada magnitude de problemas relacionados à saúde mental, à obesidade e às doenças cardiovasculares, especialmente em países de baixa e média renda, onde a violência comunitária é cada vez mais desafiadora, medidas que visem a prevenção, redução ou mitigação das consequências decorrentes da exposição à violência comunitária parecem oportunas e prioritárias

    Características sociodemográficas e indicadores operacionais de controle da tuberculose entre indígenas e não indígenas de Rondônia, Amazônia Ocidental, Brasil Sociodemographic features and operating indicators of tuberculosis control between indigenous and non-indigenous people of Rondônia, Western Amazon, Brazil

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    Com a intenção de ampliar o conhecimento sobre a situação epidemiológica da tuberculose (TB) entre populações vulneráveis no Brasil, nosso objetivo foi analisar características sociodemográficas e indicadores operacionais referentes ao controle da TB, comparando indígenas e não indígenas em Rondônia. Realizou-se estudo epidemiológico descritivo e retrospectivo dos casos novos de TB notificados entre 01/01/1997 e 31/12/2006. Foram excluídos os registros duplicados e aqueles para os quais o desfecho foi mudança de diagnóstico e transferência. Os casos de TB foram classificados em duas categorias: indígenas e não indígenas, e foi realizada análise, segundo sexo, faixa etária, procedência (urbana/rural), UF de residência, forma clínica, exames diagnósticos, indicadores de acompanhamento e situação de encerramento. Ao todo foram identificadas 4.832 notificações, com 322 casos (6,7%) em indígenas. Houve predomínio no sexo masculino (razões: 1,7 em não indígenas e 1,3 em indígenas). A maioria das notificações em indígenas (82,6%) foi da zona rural e houve elevada concentração (36,0%) em menores de 15 anos. A análise dos exames realizados demonstrou predomínio de baciloscopias positivas em não indígenas (56,1%) e baciloscopias negativas e não realizadas entre indígenas (31,7% e 35,4%, respectivamente, P valor = 0,0001). Houve diferença no acompanhamento em relação à baciloscopia do 2º mês (6,1% de positividade, P valor = 0,0001) e no exame de pelo menos um contato (69,6%, P valor = 0,017) para não indígenas. Por outro lado, o tratamento supervisionado esteve mais associado aos casos indígenas (23,6%, P valor = 0,0001). Destaca-se o predomínio de cura em ambos os grupos, com maior concentração em indígenas (90,4%, P valor = 0,0001), e maior proporção de abandono em não indígenas (14,7%, P valor = 0,0001). A abordagem empregada mostrou-se útil para elucidar desigualdades e superou as usuais análises realizadas nos serviços de vigilância que visam delinear a situação epidemiológica da TB baseadas, apenas, em taxas ou valores absolutos.<br>With the intention of improve knowledge on the epidemiological situation of tuberculosis (TB) among vulnerable populations in Brazil, our objective was to analyze sociodemographic characteristics and operational indicators related to TB control, comparing indigenous and non-indigenous people, in Rondônia. We conducted a retrospective and descriptive epidemiological study of new TB cases reported between 1997, January 1st and 2006, December 31st. We excluded duplicate records and those for whom the results of treatment was change in diagnosis and transfer. TB cases were classified into two categories: indigenous and non-indigenous people and analysis was performed according to sex, age, origin (urban /rural), State of residence, clinical form, diagnostic tests, monitoring indicators and results of treatment. Altogether 4832 cases were reported, with 322 cases (6.7%) in indigenous people. There was a male predominance (ratios: 1.7 to 1.3 in non-indigenous and indigenous people). The majority of cases for indigenous people (82.6%) was in rural area and there was high concentration of cases (36.0%) in children < 15 years. The analysis of diagnostic tests showed a predominance of smear positive in non-indigenous (56.1%) and smear negative and smear not performed in indigenous people (31.7% and 35.4% respectively, P value=0.0001). There was difference in the monitoring in relation to smear of second month (6.1% positivity, P value = 0.0001) and exam at least one contact (69.6%, P value = 0.017) for non-indigenous. On the other hand, DOTS was more associated with indigenous people cases (23.6%, P value = 0.0001). Stands out the predominance of cure in both groups, with bigger concentration in indigenous people (90.4%, P value = 0.0001) and higher rate of noncompliance in non-indigenous (14.7%, P value = 0.0001). The approach showed useful for elucidate inequalities and has exceeded the usual analysis carried out surveillance on services that aim to delineate the epidemiological situation based only on rates or absolute values
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