95 research outputs found

    MAQUINARIA PATRIMONIAL

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    O destino dos patrimônios

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    Propos sur les paysages de catastrophe : Tchernobyl

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    Sans doute est-il outrecuidant de s’interroger sur le fait qu’un territoire sinistré puisse « faire paysage ». Si je prends pour exemple le site de Tchernobyl, je peux, bien entendu, m’attacher à la perception du « sarcophage ». Ce réacteur enveloppé par une chape de béton se présente dans le champ de ma vision comme le symbole majeur de la catastrophe passée. Il cristallise à lui tout seul toute la perception des lieux en imposant au regard le souvenir impérissable du désastre, de son histoire inoubliable. Mais en parcourant ces mêmes lieux, je vois aussi que la nature est devenue luxuriante, que des traces des villages disparus sont enfouies dans les hautes herbes, je sens que le site dans son ensemble est plongé dans un étrange silence… Toutes ces sensations adviennent simultanément comme si j’étais happé par une atmosphère dont chaque détail ne fait que conforter mon impression de densité du paysage. Les territoires sinistrés nous invitent à voir ce qui n’est pas en ce qui est, en ce qui demeure visible. Il ne s’agit pas des traces repérables qui permettent une lecture toujours possible de ce qui s’est passé, ou une mise en représentation d’une catastrophe ancienne. Le temps produit une dissolution de la représentation en imposant au regard la puissance de l’irreprésentable. Et la catastrophe n’est-elle pas ce qui, par essence, est irreprésentable ?It probably is presumptuous to wonder about the way a disaster area can “form a landscape”. Using the site of Chernobyl as an example: I can of course linger on the perception of the “sarcophagus”, this reactor wrapped in a concrete shell which appears before my eyes, the major symbol of the past catastrophe. It alone crystallizes the whole perception of this place, imposing to our vision the imperishable memory of the catastrophe, of its unforgettable history. But, walking around these places, I see also how nature has become luxurious, how the remnant traces of long gone villages are buried in the tall grass; I perceive how the entire site seems smothered in a strange silence… Disaster areas invite us to see what is not through what is visible, through what remains there to see. I don’t mean the traces that can be spotted and which always render possible a reading of what has taken place, or a mediated representation of the old catastrophe. Time causes the dissolution of the representation, by forcing our gaze to take in the power of that which is impossible to represent.Es wird hier vorgeschlagen zu sehen was man nicht mehr sehen kann, was davon sichtbar bleibt. Es handelt sich nicht um die noch erkennbaren Spuren, die eine mögliche Lektüre erlauben von dem was geschehen ist oder eine Inszenierung einer früheren Katastrophe. Die Zeit löst die Vorstellung auf und zwingt dem Blick die Macht des Unvorstellbaren auf. Und ist die Katastrophe nicht an sich unvorstellbar 

    O PROCESSO DE REFLEXIVIDADE

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    Na Europa, poderíamos interpretar o fervor contemporâneo pelo culto do passado como um meio de exorcizar essa ameaça permanente que recai sobre o homem moderno: a possibilidade de perder o sentido de sua própria continuidade. A conservação se toma uma "questão urgente" e sua aceleração tende a fazer do próprio presente um patrimônio potencial, prioritariamente percebido na perspectiva da perda. O que é que predispõe à seleção na conservação patrimonial? O princípio de reflexividade permite crer que, contra o risco de esquecimento, as escolhas da conservação patrimonial não podem ser arbitrárias

    O Rio de Janeiro e seus mitos

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    <小特集><語りえぬものを問う>未来のための記憶?

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    国際シンポジウム語りえぬものを問うⅢ──身体・空間・感性──2005年10月30日(日)関西学院大学西宮上ケ原キャンパス関西学院会

    Torpor na aurora

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    Henri-Pierre Jeudy é sociólogo, desenvolveu sua carreira como pesquisador do Centre national de la recherche scientifique e da Maison de Sciences de l’Homme em Paris. Seus trabalhos sobre memória social e suas reflexões sobre o patrimônio cultural repercutiram entre os pesquisadores brasileiros, ensejando diálogos profícuos. Ao lado de seus trabalhos acadêmicos, Jeudy tem um percurso pela literatura, onde experimenta fusões entre sua formação teórica e suas experiências pessoais, resultando em textos-relatos como os publicados em Percorrer a cidade (2010) [Parcourir la Ville, 2002] e este, Torpor  na aurora [Torpeur à l’ aurore, 2020] que ora traduzimos.    Neste pequeno texto, a morte é um centro de gravidade, em cuja órbita flutuam imagens memoriais, sensações corporais... temas sobre os quais nosso autor se debruçou. Nossa tradução continua uma parceria estabelecida há algum tempo, uma parceria intelectual selada pelos laços da amizade. Buscamos com a tradução de Torpeur à l’autore [Torpor na aurora] nos posicionarmos eticamente diante de seu autor. Não iremos aqui discutir as importantes questões sobre a tradução e seus embates teóricos. Todavia, esclarecemos que nos pautamos pelo entendimento de que as traduções são diálogos entre culturas, um movimento que implica o sair de si em direção ao outro para, depois, retornar a si modificado (BERMAN, A.  2002). Elas também se situam entre o ofício e a arte, porque não traduzimos só discursos, mas também uma forma. Com esta disposição nos dirigimos ao encontro de Henri-Pierre Jeudy

    O Memorial de Imigração Polonesa em Curitiba: dinâmicas culturais e interesses políticos no âmbito memoralista

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    Neste artigo, analisa-se o conceito de memorial, considerando as atuais definições de Museu propostas pelo Conselho Internacional de Museus e pelo Instituto Brasileiro de Museus, tendo como objeto de investigação o Memorial de Imigração Polonesa de Curitiba. Evidenciam-se a importância e a complexidade no trato com o patrimônio e as dificuldades de pensá-lo a partir dos sujeitos e das referências culturais de determinado grupo em contraponto aos interesses políticos e econômicos; no caso em questão, voltadas às necessidades da política de city marketing como estratégia de construção da imagem da cidade. Para tanto, foram considerados os perfis de atuação dos memoriais em diferentes partes do mundo, na tentativa de delimitação conceitual, exemplificando-se a pluralidade de temas e formatos dessas instituições no âmbito nacional e global. As discussões levantadas permitem pensar que os Museus Memoriais desempenham as atividades de um memorial no âmbito museológico, confirmando a ambivalência dessas duas instituições e sua interface privilegiada com o poder político.This article analyzes the memorial concept, considering the Museum definition presented by the International Council of Museums and the Brazilian Institute of Museums. The aim of this study was the Curitiba Polish Immigration Memorial. It highlights the importance and complexity in dealing with the heritage and the difficulties of thinking it from the individuals and the cultural references of certain groups as opposed to political and economic interests; in this case the needs of the city marketing policy as city image building strategy. Therefore, the memorials performance profiles in different parts of the world in an attempt to conceptual definition, exemplifying the diversity of themes and formats of these institutions at the national and global levels. The discussions show that it is possible to consider that the Memorials Museums perform the same activities of a memorial within the museological context, confirming the ambivalence of these two institutions and prime interface with political power

    Introduction à la quatrième partie

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    Technique, mémoire et territoire Comment s'accomplit le retour des traces de la mémoire ? Quelle est la puissance de l'amnésie dans les modes sociaux de développement des techno-sciences ? Les technologies actuelles trahissent en creux, un fond amnésique qui unit la tradition à la trahison. Quels sont, alors, les rythmes de mémoire qui se manifestent dans l'appropriation sociale de la technologie, comme dans la récupération des formes de la vie sociale par la technologie ? La continuité tempo..

    Sécurité dans les transports en commun. Une image ambivalente

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    Securization in urban transportation. This article analyzes the formation and characteristics of the prevailing image of security in the metro by comparing them to situations observed among passengers on a train or airplane. The image of security for the passenger does not depend exclusively on the technical features of the security system. It also results from the various «securization » measures applied by the metro management , with a view to counteracting anxieties, fears and other forms of tension. Although the metro generally operates smoothly, space and time factors produce a constant fear that «something is going on ». The maintenance of a latent panicbreeding phenomenon is one of the basic features of the metro world. Confrontation with the threat of bodily damage (aggression, fire, stampeding, darkness) is a ceaselessly potential image for the passenger and one that is constantly reactivated by the slightest incident : rushing, crowded, unexpected stops, etc. Now, in the management's rational scheme of things, a power failure or an accident are mistakes of the system, and panic is, in a sense, the result of a miscalculation. The anxieties of the passengers, on the other hand, are an aspect of the ordinary, everyday life of the community and are therefore of a different order. In this somewhat ambi- guous view of security, the piece-meal measures adopted by the metro management (improving the environment, stationing policemen in the metro as «securization » figures) tend to re-inforce the widespread images of insecurity and to increase the infantilism and inadequacy of the passengers' behavior in case of danger. The atomi-zation of all these problems merely displaces the movement of panic from one object to another without making an effort to grasp it in its entirety.L'article analyse la formation et les caractéristiques de l'image de la sécurité dans le métro en les comparant aux situations que l'on peut observer chez les passagers du train et de l'avion. Pour le passager, l'image de la sécurité ne dépend pas seulement des systèmes techniques de sécurité. Elle se constitue aussi dans le mouvement même de sécurisation mis en place par les différentes mesures, par les gestionnaires du métro, et dans la manière dont il tend à annuler les angoisses, les peurs et les autres formes de stress. Quoique le métro fonctionne généralement sans heurts, les conditions spatiales et temporelles entretiennent la crainte que «quelque chose se passe». L'entretien d'un phénomène paniquant latent est une des caractéristiques de l'univers du métro. La confrontation à une menace de destruction du corps (agression, feu, piétinement, obscurité) est une image toujours en puissance chez l'usager, indéfiniment réactivée par le moindre incident : bousculade, presse, arrêt inopiné... Or, dans l'ordre rationnel des gestionnaires, la panne, l'accident sont des erreurs d'un système : dans un sens, la panique est l'effet d'une erreur de calcul ; les angoisses des usagers font partie de la vie quotidienne ordinaire et collective, elles sont d'un autre ordre. Ainsi, dans cette perception ambiguë de la sécurité, les mesures partielles prises par les gestionnaires du métro (amélioration de l'environnement, présence policière comme figures de la sécurisation) risquent de renforcer la prégnance des images de l'insécurité et d'accroître les conduites les plus infantilisantes et les plus inadaptées en cas de danger. La parcellarisation de tous ces problèmes ne fait que déplacer d'un objet à l'autre le mouvement paniquant, sans qu'il soit jamais pris en compte dans sa totalité.Segundad en tos transportes en común. El artículo analiza la formación y las características de la imagen de la seguridad en el metro comparándola a las situaciones que se pueden observar en los pasajeros del tren y del avión. Para el pasajero la imagen de la seguridad no depende solamente de los sistemas técnicos de seguridad. Se forma también en el movimiento mismo de seguridad por las diferentes medidas realizadas por los gestionarlos del metro, en la medida que tienden a anular las angustias, los temores y las otras formas de stress. A unque el metro funciona generalmente sin choques, las condiciones espaciales y temporales mantienen el temor «que pase alguna cosa ». El mantenimiento de un fenómeno de pánico latente es una de las características del universo del metro. La confrontación a una amenaza de destrucción del cuerpo (agresión, fuego, pisoteo, oscuridad) es una imagen siempre en potencia en el usuario, que es reactivada indefinidamente por el menor incidente : atropellos, prisa, detención brusca... Ahora bien, en el orden racional de los gestionarios, las detenciones, el accidente son errores de un sistema ; en un sentido el pánico es el efecto de un error de cálculo ; y las angustias de los usuarios que forman parte de la vida cotidiana ordinaria y colectiva, son de otro orden. Así en esta percepción ambigua de la seguridad, las medidas parciales tamadas por los gestionarios del metro (mejora del medio ambiente, presencia policial como figura de la seguridad) pueden reforzar la tenacidad de las imágenes de la inseguridad y acrecentar las conductas más infantiles y más inadaptadas en caso de peligro. El parcelamiento de todos estos problemas desplaza de un objeto al otro el movimiento de pánico, sin que sea jamás tomado en cuenta en su totalidad.Jeudy Henri-Pierre. Sécurité dans les transports en commun. Une image ambivalente. In: Les Annales de la recherche urbaine, N°14, 1982. pp. 56-69
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