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The Schellingian Roots of Peirce’s idealism
This essay was written with two targets. The first one is to expose the main conceptual frame of Schelling’s Objective Idealism, highlighting theoretical aspects that may make explicit his realism and ontological indeterminism. The second target is to fulfill the possible interest of Peirce’s scholars taking into account that he declares his debt to Schelling’s philosophy as a very important source of inspiration for his scientific metaphysics, mainly his Objective Idealism, not accidentally a doctrine that shares the same name with Schelling’s one. Centered in the exposition of Schelling’s thought, this essay adopt the strategy of showing to Peircean scholars the similarities between both thinkers, without, nevertheless, a point to point comparison with Peirce’s doctrines. Then, the present text is destined to those who knows Peirce’s metaphysics guidelines and, being so, they would be apt to make the theoretical connections between both thinkers by themselves
The Heuristic Power of Agapism in Peirce’s Philosophy
La prima parte di questo saggio offre un’analisi del testo “La legge della mente”, in cui Peirce teorizza il potere di crescita e diffusione delle idee e formula la sua risposta alla classica domanda riguardo al modo in cui la mente possa influenzare la materia. A partire da un’analisi centrata sul duplice significato semantico della parola "affetto", il lavoro intende mostrare come la rottura da parte di Peirce con il dualismo cartesiano di mente e materia conduca a una sostanziale identità tra idealità e realtà per mezzo di una fusione metafisica di realismo e idealismo, in cui la materia viene considerata esclusivamente come un caso particolare della mente. La seconda parte mostra come le diverse forme di evoluzionismo discendano dalle tre categorie, ponendo in evidenza il concetto di agapismo, la dottrina dell’amore cosmico e creativo. Nella parte finale viene mostrato come il legame tra realismo e idealismo, così come le considerazioni di Peirce sull'evoluzionismo, costituiscano aspetti essenziali in vista di una giustificazione del successo storico della nostra capacità umana di elaborare congetture, ovvero di proporre ipotesi di successo per spiegare i fatti.The first part of this essay provides an analysis of the text “The Law of Mind”, in which Peirce theorizes about the power of growth and spreading of ideas and also presents his response to the classic question about how mind can influence matter. We intended to show, from an analysis focused on the dual semantic meaning of the word “affect”, how the author’s rupture with the Cartesian dualism between mind and matter implies in a substantial identity between ideality and reality by means of a metaphysical merging of realism and idealism, where matter is taken to be only a special case of mind. The second part shows how the forms of evolutionism are drawn from the three categories, highlighting the agapism, the doctrine of cosmic and creative love. Finally, we shall argue on how the association between realism and idealism, as well as the considerations of the author’s evolutionism, constitute vital aspects for the justification of the historical success of our human capacity for conjecturing, viz., for proposing successful hypothesis to explain the facts
Sobre a incerteza
Este artigo expõe elementos da doutrina epistemológica de Charles S. Peirce (1839-1914), denominada Falibilismo. Procura-se evidenciar como tal doutrina se desenvolve do interior de teorias metafísicas do autor, a exemplo de seu Evolucionismo e da estrutura categorial da Realidade, formando um dueto com sua concepção ontológica de Acaso. Em verdade, o Falibilismo configurar-se-á como a doutrina que é conseqüência do indeterminismo de dupla face de Peirce, a saber, simultaneamente ontológico e epistemológico
Neopragmatism Viewed by Pragmaticism
There are significant differences between the neopragmatism as formulated by Rorty, based on James’ and Dewey’s pragmatism, and what Peirce, in order to distinguish his own approach from the last two thinkers, called pragmaticism. I take in this paper the concept of solidarity as a focus, from which those differences will be implied, albeit many other points could be chosen. I highlight that the usual Rorty’s sentence beginning with ‘we pragmatists…’ shall necessarily exclude Peirce. Exemplarily, I could mention the concepts of representation, which for Peirce has nothing to do with mirror, and of truth that, for him, also has no relation at all with fixed essences. Those differences will not only mark a very clear border between the two concepts of pragmatism, but also will question how the idea of community can be supported only by dialogical agreements, without the anchor of common open human experience. Pragmaticism and neopragmatism differ not only regarding their specific range of philosophical problems but, moreover, on what kind of problems they really consider as genuinely philosophical
O crepúsculo da realidade e a ironia melancólica do sucesso brilhante e duradouro: reflexões sobre os Interpretantes emocionais e lógicos nos modos peircianos de fixação das crenças = The twilight of reality and the melancholic irony of brilliant, unlasting success: reflecting on emotional and logical interpretants in peirce’s modes for fixation of beliefs
A Fixação da Crença (1877) é, provavelmente, um dos mais famosos ensaios entre todos publicados por Charles S. Peirce (1839-1914) em sua vida. Neste ensaio, Peirce propôs quatro métodos segundo os quais as crenças humanas podem se tornar fixas, a saber, tenacidade, autoridade, a priori e científica. Todavia, considero que a riqueza e originalidade deste ensaio ainda não foram suficientemente exploradas, principalmente quando fazemos uso dos conceitos e vocabulário da Semiótica para uma análise mais profunda das consequências pragmáticas desses métodos de fixação. Assim, algumas das questões seguintes podem ser formuladas: quais modos de cognição ou, em outras palavras, quais interpretantes lógicos estão ligados a essas crenças? Que tipo de conjecturas sobre os interpretantes emocionais pode ser proposto, levando em conta sua possível consideração pela psicanálise? Que tipo de ação cada uma suscita, a partir de seu lado externo que permite inferir a natureza geral da respectiva crença com seu lado interno? Essas questões, supostamente, abririam um novo e interessante nível especulativo para entender os quatro tipos de crença e, consequentemente, dos hábitos associados a cada um deles. Para lidar com essas questões, pretendo utilizar o conceito de dialogia semiótica como um processo que oferece continuidade para formas lógicas gerais capazes de comunicação e crescimento. Será ressaltado que, quando essa continuidade for bloqueada ou truncada, as crenças dogmáticas, então, surgirã
Semiótica e pragmatismo
“Este segundo volume de ensaios de Ivo Ibri transborda com insights esclarecedores do início ao fim. Ele consegue revelar muitos aspectos do pensamento de Peirce de ângulos que a pesquisa acadêmica tradicional não fora equipada para perceber. Como não perder tais oportunidades teóricas kairóticas e como explorá-las com vantagens heurísticas é uma lição bem ensinada neste excelente livro. A dívida de gratidão da pesquisa acadêmica para com o autor só pode ser paga com o aprendizado dessa lição.” André De Tienne (Indiana University / USA)
Ideais de conduta
A importância do texto "Ideais de Conduta" do filósofo norte-americano Charles Sanders Peirce (1838-1914) prende-se à data de sua escritura: 1903; é um texto de maturidade. É nítido como, para quem tenha estudado o autor, o texto fornece uma articulação melhor acabada entre as ciências normativas - a lógica, a ética e a estética - quando comparado a outros anteriores, a exemplo daqueles referentes à classificação das ciências e, mais especificamente, à IV Conferência ("Os Três Tipos de Bem"), da série constante no volume 5 dos Collected Papers, todas referidas ao Pragmatismo. O autor antecipa, de certo modo, na filosofia, uma "estética da inteligência" como o quer Jorge Luís Borges na literatura. A riqueza do texto reside no seu poder de síntese; trata-se de uma feliz reunião da fenomenologia e da metafísica às ciências normativas, sob a visão peirceana. De outro lado, o texto é, também, uma instigante entrada na arquitetônica filosófica do autor - um convite ao leitor a uma versão contemporânea do ideal de amálgama entre o Belo, o Bom e o Verdadeiro, presente na filosofia antiga, fornecendo a dimensão deste autor até agora tão desconhecido e, quando não, tão mal compreendido entre seus próprios conterrâneos
Sobre a incerteza
Este artigo expõe elementos da doutrina epistemológica de Charles S. Peirce (1839-1914), denominada Falibilismo. Procura-se evidenciar como tal doutrina se desenvolve do interior de teorias metafísicas do autor, a exemplo de seu Evolucionismo e da estrutura categorial da Realidade, formando um dueto com sua concepção ontológica de Acaso. Em verdade, o Falibilismo configurar-se-á como a doutrina que é conseqüência do indeterminismo de dupla face de Peirce, a saber, simultaneamente ontológico e epistemológico
Choices, dogmatisms and bets: justifying Peirce’s realism = Escolhas, dogmatismos e apostas: justificando o realismo de Peirce
O eixo conceitual deste artigo constitui-se em uma reflexão sobre o realismo de Charles Peirce, buscando mostrá-lo como a base da qual se derivam muitas outras de suas doutrinas filosóficas. Na primeira parte do artigo, são analisados os problemas colocados pelo clássico ensaio peirciano Questões referentes a certas faculdades reivindicadas pelo homem, propondo extrair das consequências dessa análise as diretrizes de um realismo que gradualmente se torna mais radical na obra madura de Peirce. Tais consequências serão consolidadas em sua fenomenologia, uma ciência que fundamentará a semiótica e uma concepção de simetria relacionada às categorias do autor. Essa simetria associada à sua epistemologia e ontologia será, a propósito, onipresente em todo o sistema filosófico peirciano. Na segunda parte do artigo, são discutidos os conceitos de mediação e representação, também sob um viés realista, concluindo que esses conceitos não podem ser coerentemente relacionados nas filosofias nominalistas. Nessas filosofias, encontram-se frequentemente consequências de alguma forma comprometidas com posturas dogmáticas e não dialógicas, se confrontadas com uma análise do significado tal como proposto pelo pragmatismo clássico peircian