9 research outputs found

    Undoing Recognition? Beyond negative and positive conceptions of intersubjectivity

    Get PDF
    The purpose of this article is to discuss how Judith Butler’s late work challenges the distinction between positive and negative theories of intersubjectivity, as proposed by Rahel Jaeggi. The main hypothesis here is that this challenge has to do with her approach to ambivalence since mid-2000s, including her debate with Axel Honneth, which offers a key contribution to contemporary critical theory to diagnose social pathologies and search for emancipatory potentials in times of deep and violent polarization.O objetivo deste artigo é discutir deslocamentos teóricos na obra tardia de Judith Butler tendo em vista o modo como desafiam a distinção entre teorias positivas e negativas de intersubjetividade, conforme a distinção proposta por Rahel Jaeggi. A principal hipótese a ser defendida aqui é a de que a noção de ambivalência que Butler tem sustentado desde meados dos anos 2000, inclusive em seu debate com Axel Honneth, oferece uma contribuição crucial para a teoria crítica contemporânea diagnosticar patologias sociais e buscar potenciais emancipatórios em tempos de profunda e violenta polarização

    LIBERALISMO E FEMINISMO: IGUALDADE DE GÊNERO EM CAROLE PATEMAN E MARTHA NUSSBAUM

    Get PDF
    O artigo discute a relação entre liberalismo e feminismo a partir de duas autoras feministas, Carole Patemane Martha Nussbaum. Trata-se de uma questão importante para o feminismo, para o qual são fundamentaisproblemas associados às dicotomias público-privado e cultura-natureza – herdadas do liberalismo. Nessesentido, discutimos as posições de Carole Pateman e Martha Nussbaum referentes a esses problemas. Aescolha das autoras deveu-se ao fato de que ambas compartilham muitas premissas e conclusões, e por suasdivergências situarem-se principalmente ao redor de problemas em que o feminismo é acrescentado aoliberalismo político. Assim sendo, fazer uma discussão entre as suas posições minimiza o risco de que aanálise do debate não vá muito além das críticas que diversas teorias dirigem ao liberalismo, podendofuncionar, enfim, como uma boa porta de entrada para alguns dos pontos mais controversos da teoriafeminista contemporânea. Nussbaum e Pateman parecem coincidir a respeito da concepção de igualdadede gênero. A crítica que ambas dirigem à relação entre natureza e cultura e ao formalismo da igualdadeabstrata torna evidente que nenhuma delas pretende atribuir o poder ou a opressão da mulher a desígniosda natureza. Em ambas está muito claro que o que consideram relevante na organização de uma sociedadejusta quanto ao gênero é a forma como uma sociedade valora as diferenças biológicas, bem como asimplicações dessa valoração na distribuição de bens sociais. Nussbaum, porém, acredita que essa equaçãoseja possível dentro da teoria liberal, desde que esta seja submetida a transformações que eliminem deturpaçõesteóricas decorrentes do conservadorismo dos primeiros filósofos liberais

    JUDITH BUTLER E HANNAH ARENDT VÃO AO CINEMA: narrativa, psicanálise e subjetivação no filme “Eu, Mamãe e os Meninos”

    Get PDF
    Neste artigo, proponho uma análise do filme Eu, Mamãe e os Meninos (Les garçons et Guillaume, à table! Direção: Guillaume Gallienne. França, 2013) tendo-se em vista uma perspectiva política e relacional das conexões entre psicanálise, narrativa e processo de subjetivação. Minha inspiração para isso está no modo como Judith Butler articula essas dimensões em seu livro Relatar a Si Mesmo: Crítica da Violência Ética ([2005], 2015), no qual a autora propõe uma teoria da formação do sujeito em que a concepção de narrativa de Hannah Arendt cumpre um papel fundamental, depois de ser reformulada pela concepção de self narrável de Adriana Cavarero e combinada à metapsicologia relacional de Jean Laplanche. Desse modo, meu objetivo é convidar Butler e Arendt ao cinema para depois discutir a relação entre narrativa, psicanálise e subjetivação tendo em vista o vínculo entre ética e política que a estória que o personagem Guillaume nos conta sobre quem é pode inspirar.Palavras-Chave: Hannah Arendt; Judith Butler; Subjetivação; Psicanálise; NarrativaJUDITH BUTLER AND HANNAH ARENDT GO TO THE MOVIES: narrative, psychoanalysis and subjectification in the film Me, Myself and MumABSTRACTIn this article, I propose an analysis of the film Me, Myself and Mum (Les garçons et Guillaume, à table! Directed by Guillaume Gallienne. France 2013) with a view to a political and relational perspective of the connections between psychoanalysis, narrative and subjectivation process. My inspiration for this is in the way Judith Butler articulates these dimensions in her book Giving an Account of Oneself (2005). In this work, Butler proposes a theory of the formation of the subject in which Hannah Arendt’s conception of narrative plays a fundamental role, after being reformulated by Adriana Cavarero’s conception of narrable self and combined with Jean Laplanche’s relational metapsychology. In this text, my goal is to invite Butler and Arendt to the movies to later discuss the relationship between narrative, psychoanalysis and subjectivity in view of the link between ethics and politics that the story in which Guillaume tells us about who he is can inspire.Key words: Hannah Arendt; Judith Butler; Subjectivation; Psychoanalysis; NarrativeJUDITH BUTLER ET HANNAH ARENDT VONT AU CINÉMA: narration, psychanalyse et subjectivation dan le film Les Garçons et Guillaume, à table!ABSTRACTDans cet article, je propose une analyse du film Les Garçons et Guillaume, à la Table (Realisation Guillaume Galliene, France, 2013) en vue d’une perspective politique et relationnelle des liens entre psychanalyse, narration et processus de subjectivation. Mon inspiration pour cela réside dans la façon dont Judith Butler articule ces dimensions dans son livre Le Récit de Soi (2005). Dans ce travail, Butler propose une théorie de la formation du sujet dans laquelle la conception de la narration d’Hannah Arendt joue un rôle fondamental, après avoir été reformulée par la conception d’Adriana Cavarero du soi narrable et combinée avec la métapsychologie relationnelle de Jean Laplanche. Dans ce texte, mon objectif est d’inviter Butler et Arendt au cinéma pour discuter plus tard de la relation entre narration, psychanalyse et subjectivité au vu du lien entre éthique et politique que l’histoire dans laquelle Guillaume nous raconte qui il est peut inspirer.Key words: Hannah Arendt; Judith Butler; Subjectivation; Psychanalyse; Narrativ

    The tension between modernity and post-modernity in the critic to exclusion in feminism

    No full text
    O objetivo deste trabalho é analisar o projeto de Nancy Fraser de pacificar a chamada guerra de paradigmas na teoria feminista, ou seja, o confronto entre teorias feministas pós-modernas e modernas. Essa análise é feita a partir do debate entre Judith Butler, Seyla Benhabib e Nancy Fraser acerca dos problemas teóricos que emergem das exclusões no movimento feminista, ou seja, da dificuldade de o movimento representar as várias formas de viver a condição feminina, levando em conta as intersecções entre a identidade de gênero, racial, de classe, etc. A intenção de Nancy Fraser é combinar a concepção de sujeito moderno e pósmoderno a fim de somar a desconstrução do sujeito, ou seja, a desnaturalização da identidade feminina com as concepções de igualdade e autonomia que estão presentes no argumento de Benhabib. Essa discussão remete a três tensões conceituais: autonomia e contextualização do sujeito; identidade e reconhecimento da diferença e igualdade e pluralidade. Por fim, concluo que a conciliação entre modernidade e pós-modernidade é problemática porque a concepção de sujeito pós-moderno apresenta desafios teóricos profundos a uma autonomia suficientemente forte para justificar a crítica social. No entanto, isso não significa necessariamente ter de escolher entre poder e autonomia, entre sujeito abstrato e determinado pelo meio. Na concepção de self narrativo de Benhabib, que ela concebe sob a influência do modernismo relutante de Hannah Arendt, encontra-se um modelo de conciliação de poder e autonomia mais promissor para vencer a exclusão no feminismo sem abandonar a identidade coletiva no movimento feminsita.The subject of this thesis is Nancy Frasers attempt to overcome the tension between post-modernism and modernism in the feminist political theory, known as the paradigm war. This attempt is analysed though her debate with Judith Butler and Seyla Benhabib about the theoretical consequences of dealing with the problem of exclusion within the feminist movement. Nancy Fraser intends to combine Judith Butlers conception of the subject with Benhabibs conception of equality. For her, this is the only way to integrate power and autonomy in feminist political theory. This discussion leads to three theoretical tensions: contextualization of the subject and autonomy; identity and recognition of difference, and equality and plurality. My conclusion is that this combination is not possible because the post modern subjet challenges any conception of autonomy that is strong enough to explain and motivate social criticsm. Nevertheless, in Benhabibs conception of self narrative, inspired in the reluctant modernism of Hannah Arendt, we can find a theoretical model that is more adequate to fight the exclusion in feminist movement without abandoning its colletive identity
    corecore