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    Prevalência da depressão pós-parto e fatores associados

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    OBJETIVO: Avaliar a prevalência e os fatores associados à depressão pós-parto. MÉTODOS: O estudo foi realizado na cidade de Pelotas, entre outubro e novembro de 2000. As mães (n=410) foram entrevistadas no hospital, utilizando dois questionários sobre informações obstétricas e psicossociais. Posteriormente, as puérperas foram visitadas em casa, entre 30 a 45 dias depois do parto, quando foi aplicada a Escala de Hamilton com o objetivo de medir e caracterizar a presença de sintomas depressivos. O teste do qui-quadrado foi utilizado na comparação entre proporções e a regressão logística não condicional, na análise multivariada. Os dados foram analisados hierarquicamente: no primeiro nível as variáveis socioeconômicas, no segundo, as variáveis demográficas, no terceiro, estavam as variáveis obstétricas e no último nível, as variáveis psicossociais. RESULTADOS: A prevalência de depressão pós-parto encontrada foi de 19,1%. As variáveis renda familiar (OR=5,24; IC 95%: 2,00-13,69), preferência pelo sexo da criança (meninos: OR=3,49; IC 95%: 1,76-6,93) e pensar em interromper a gestação (OR=2,52; IC 95%: 1,33-4,76), apresentaram associação com a ocorrência de depressão. CONCLUSÕES: Os achados sugerem que baixas condições socioeconômicas de vida da puérpera e a não aceitação da gravidez são elementos-chave no desenvolvimento da depressão pós-parto.OBJECTIVE: To assess the prevalence of postpartum depression and associated factors. METHODS: The study was carried out in Pelotas, a city in the Southern region of Brazil, between October and November 2000. Mothers (n=410) were interviewed in the hospital using two questionnaires on obstetric and psychosocial data. Later, these mothers were visited at home, within 30 to 45 days after delivery. Occurrence of postpartum depressive symptoms was assessed by the Hamilton Scale for Depression. Chi-square test was used for comparison between proportions and non conditional logistic regression was utilized in the multivariate analysis. Data analysis was conducted hierarchically: economic variables in the first level, sociodemographic in the second level, the obstetrics variables in the third level and, in the fourth level, the psychosocial variables. RESULTS: The prevalence of postpartum depression observed in this sample was 19.1%. Family income (OR=5.24; CI 95%: 2.00-13.69), preference as to the child's gender (boys: OR=3.49; CI 95%: 1.76-6.93) and thinking about interrupting the pregnancy (OR=2.52; CI 95%: 1.33-4.76), were variables associated with postpartum depression. CONCLUSIONS: These results indicate that low economic status of the puerperal woman and nonacceptance of pregnancy are key elements in the development of postpartum depression

    Análise psicodinâmica do trabalho no judiciário: do colonialismo ao produtivismo.

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    The paper presents the research of Masters Degree applied to the Justice Court in Amazonas. Its objective was to understand the psychodynamic processes involved in the work inside criminal courts, focusing on the organization of work, the pleasure-pain experiences, defensive strategies and subjective mobilization, and in the promotion of health-illness. The theoretical and methodological framework was the psychodynamics of work, applied to clinical work and the action recommended by Christophe Dejours. The results showed that labor relations in Amazonas Judiciary have inherited structure of colonial relations of work, rooted in servility and favoritism. The experiences of suffering are connected to the uneven work management, to the responsibility placed on workers by poor customer service and sense of powerlessness. The joy in work is due to direct contact with the population, which awakens the feeling of social contribution on the servers. Research has proven to be effective in circulating the speech and in promoting other spaces for the clinical listening of workers inside the institution.O artigo apresenta a pesquisa de Mestrado aplicada em instituição da Justiça amazonense, cujo objetivo foi compreender os processos psicodinâmicos implicados no trabalho em varas criminais, com foco na organização do trabalho, nas vivências de prazer-sofrimento, nas estratégias defensivas e de mobilização subjetiva, e na promoção de saúde-adoecimento. O referencial teórico-metodológico foi a Psicodinâmica do Trabalho, aplicada a clínica do trabalho e da ação preconizada por Christophe Dejours. Os resultados mostraram que as relações de trabalho no Judiciário amazonense têm estrutura herdada das relações coloniais de trabalho, pautadas no servilismo e favoritismo. As vivências de sofrimento estão conectadas à desigual gestão do trabalho, à responsabilidade atribuída aos trabalhadores pelo insatisfatório atendimento ao público e à sensação de impotência. O prazer no trabalho é decorrente do contato direto com a população, o que confere ao trabalho dos servidores o sentido de contribuição social. A pesquisa se mostrou eficaz para fazer circular a fala e promover na instituição outros espaços para a escuta clínica dos trabalhadores

    Sociodemographic risk factors of perinatal depression: a cohort study in the public health care system Fatores sociodemográficos de risco de depressão perinatal: um estudo populacional no sistema público de cuidados de saúde

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    OBJECTIVE: To assess the sociodemographic risk factors for the prevalence and incidence of relevant postpartum depressive symptoms. METHOD: We studied a cohort of women in their perinatal period with the assistance of the public health system in the city of Pelotas-RS, Brazil. We assessed depressive symptoms with the Edinburgh Postnatal Depression Scale (EPDS) in the prenatal and postnatal periods. RESULTS We interviewed 1,109 women. The prevalence of meaningful depressive symptoms during pregnancy was 20.5% and postpartum was 16.5%. Women with prenatal depression were at higher risk for postpartum depression. CONCLUSION: The mother's poverty level, psychiatric history, partner absence and stressful life events should be considered important risk factors for relevant postpartum depressive symptoms.OBJETIVO: Avaliar os fatores sociodemográficos de risco quanto à prevalência e à incidência de sintomas depressivos pós-parto relevantes. MÉTODO: Estudou-se um grupo de mulheres em seu período perinatal sendo assistidas pelo sistema público de saúde na cidade de Pelotas, RS, Brasil. Foram avaliados os sintomas depressivos com o uso da Edinburgh Postnatal Depression Scale (EDPS) nos períodos pré-natal e pós-natal. RESULTADOS: Foram entrevistadas 1.019 mulheres. A prevalência de sintomas depressivos significativos durante a gravidez foi de 20,5% e no período pós-parto de 16,5%. As mulheres com depressão pré-natal apresentaram um risco maior de depressão pós-parto. CONCLUSÃO: O nível de pobreza, a história psiquiátrica, a ausência do parceiro e eventos vitais estressantes devem ser considerados fatores de risco importantes para sintomas depressivos pós-parto relevantes

    Dispepsia funcional e depressão como fator associado

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    Objetivo - Avaliar a associação entre depressão e dispepsia funcional. Pacientes e métodos - Estudo transversal onde foram avaliados 348 pacientes com diagnóstico de dispepsia no Ambulatório de Gastroenterologia do Hospital Universitário de Pelotas, RS, cidade de médio porte do sul do Brasil, durante o período de 1 ano (de março de 2001 a março de 2002). Após o diagnóstico de dispepsia avaliou-se a presença de depressão, tanto em pacientes com dispepsia funcional, quanto naqueles com dispepsia orgânica. Utilizou-se a análise univariada para descrição das freqüências das variáveis de interesse e da análise bivariada, com o teste qui-quadrado, para comparação entre proporções das variáveis categóricas. A técnica da regressão logística foi utilizada para estabelecer a chance dos pacientes com depressão apresentarem dispepsia funcional e para controlar o efeito das variáveis intervenientes sobre a variável de desfecho. Resultados - Evidenciaram maior prevalência de deprimidos entre os pacientes com dispepsia funcional (30,4%) em relação àqueles com dispepsia orgânica (11,2%). As mulheres apresentaram maior chance de dispepsia funcional (OR: 1,74, IC 95%, 1,05-2,89) e, em relação à idade, os intervalos entre 31 e 50 anos (OR: 0,28 IC 95%, 0,13-0,54) e de 51 a 60 anos (OR: 0,41, IC 95%, 0,17-0,96) mostraram efeito protetor, ou seja, indivíduos nessas faixas etárias têm menor risco de apresentar dispepsia funcional. Após a análise multivariada, pacientes deprimidos apresentaram chance três vezes maior de co-morbidade com dispepsia funcional do que pacientes não-deprimidos (OR 3,13; IC 95%; 1,71-5,74)

    Prevalência da depressão pós-parto e fatores associados

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    Objetivo: Avaliar a prevalência e os fatores associados à depressão pós-parto. Métodos: O estudo foi realizado na cidade de Pelotas, entre outubro e novembro de 2000. As mães (n=410) foram entrevistadas no hospital, utilizando dois questionários sobre informações obstétricas e psicossociais. Posteriormente, as puérperas foram visitadas em casa, entre 30 a 45 dias depois do parto, quando foi aplicada a Escala de Hamilton com o objetivo de medir e caracterizar a presença de sintomas depressivos. O teste do qui-quadrado foi utilizado na comparação entre proporções e a regressão logística não condicional, na análise multivariada. Os dados foram analisados hierarquicamente: no primeiro nível as variáveis socioeconômicas, no segundo, as variáveis demográficas, no terceiro, estavam as variáveis obstétricas e no último nível, as variáveis psicossociais. Resultados: A prevalência de depressão pós-parto encontrada foi de 19,1%. As variáveis renda familiar (OR=5,24; IC 95%: 2,00-13,69), preferência pelo sexo da criança (meninos: OR=3,49; IC 95%: 1,76-6,93) e pensar em interromper a gestação (OR=2,52; IC 95%: 1,33-4,76), apresentaram associação com a ocorrência de depressão. Conclusões: Os achados sugerem que baixas condições socioeconômicas de vida da puérpera e a não aceitação da gravidez são elementos-chave no desenvolvimento da depressão pós-parto.Objective: To assess the prevalence of postpartum depression and associated factors. Methods: The study was carried out in Pelotas, a city in the Southern region of Brazil, between October and November 2000. Mothers (n=410) were interviewed in the hospital using two questionnaires on obstetric and psychosocial data. Later, these mothers were visited at home, within 30 to 45 days after delivery. Occurrence of postpartum depressive symptoms was assessed by the Hamilton Scale for Depression. Chisquare test was used for comparison between proportions and non conditional logistic regression was utilized in the multivariate analysis. Data analysis was placonducted hierarchically: economic variables in the first level, sociodemographic in the second level, the obstetrics variables in the third level and, in the fourth level, the psychosocial variables. Results: The prevalence of postpartum depression observed in this sample was 19.1%. Family income (OR=5.24; CI 95%: 2.00-13.69), preference as to the child’s gender (boys: OR=3.49; CI 95%: 1.76-6.93) and thinking about interrupting the pregnancy (OR=2.52; CI 95%: 1.33-4.76), were variables associated with postpartum depression. Conclusions: These results indicate that low economic status of the puerperal woman and nonacceptance of pregnancy are key elements in the development of postpartum depression

    Transtornos mentais comuns e auto-estima na gestação: prevalência e fatores associados

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    O objetivo do presente estudo foi verificar a prevalência de transtornos mentais comuns (TMC) e sua relação com auto-estima, bem como outros fatores associados à ocorrência de TMC em gestantes. Foi realizado um estudo transversal aninhado a uma coorte no qual participaram gestantes atendidas no serviço de saúde do Sistema Único de Saúde na cidade de Pelotas, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Foi utilizado para o rastreamento de transtornos mentais comuns o Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20) e, para avalia a auto-estima, a Escala de Auto-Estima de Rosenberg. A amostra constituiu-se de 1.267 gestantes, que tinham em média 25 anos (dp = 6,53). A média de auto-estima foi de 9,3 pontos (dp = 4,76) e a prevalência de TMC em gestantes foi de 41,4%. Evidenciou-se, também, que quanto menor a auto-estima da grávida maiores são as chances de associação a TMC (p < 0,001). Houve uma significativa associação entre maior prevalência de TMC e baixa auto-estima
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