28 research outputs found

    Protesto indígena na Colômbia: O caso dos indígenas caucanos

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    Práticas de protesto indígena na Colômbia constituem o objeto empírico desta pesquisa. Metodologicamente são estudadas as matérias jornalísticas, produzidas por jornais de reconhecida importância no país, com ocasião dos eventos do protesto indígena realizados no período compreendido entre outubro e novembro de 2008.A repetição periódica dessas práticas, corriqueira no senso comum, é problematizada como uma estratégia indígena para conferir-se espaço na historicidade nacional. Sua constituição em noticia veiculada nos diferentes meios de comunicação permite-lhes conquistar a atenção da sociedade envolvente. História e território, operadores simbólicos da identidade étnica, convocam à mobilização e se acionam durante esses eventos de protesto

    Agências de mulheres nas independências: das lutas bolivarianas aos levantes brasileiros

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    In this paper, the focus is on women's agency in movements for independence from Iberian colonialism. We begin with the political trajectory of Manuela Sáenz, also seeking to recover the diversity of the roles played by women in the wars of independence against the Spanish crown. Then, for the Brazilian case, we describe the contributions of Bárbara de Alencar to the Pernambuco revolution (in Crato), Maria Quitéria de Jesus Alves and Maria Felipa de Oliveira to the liberation of Bahia. These trajectories differ, among other aspects, by their time frame, however the subordination attributed in historical narratives is a common feature. The appropriation of knowledge then forbidden for women points to the individualized efforts to break and shift the conditions of subordination. Their performance, however, is restricted by patriarchal standards, forcing them to cross-dress, in some cases, or the relevance of their historical role is relegated to some male character in their relationships.Focamos na agência de mulheres em movimentos de independência do colonialismo ibérico. Na trajetória política de Manuela Sáenz, buscamos recuperar a diversidade de papéis desempenhados por mulheres na independência da coroa espanhola. No caso brasileiro, as contribuições de Bárbara de Alencar à revolução de Pernambuco, de Maria Quitéria de Jesus Alves e de Maria Felipa de Oliveira à libertação da Bahia. Embora essas trajetórias se diferenciem temporalmente, a subordinação que lhes é atribuída na historiografia é comum, daí a relevância do debate articulado de suas agências. A apropriação de saberes proibidos aponta para os esforços individualizados pelo deslocamento das condições de subordinação patriarcal. Sua ação, contudo, foi restringida pelos padrões patriarcais, obrigando-as a travestir-se ou relegando sua relevância histórica a personagens masculinos de suas relações

    Apresentação

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    Este número apresenta três resumos ampliados e dois artigos resultantes de projetos de pesquisa desenvolvidos no âmbito do Programa de Iniciação Científica (ProIC) da Universidade de Brasília (UnB). Esse programa institucional volta-se para o despertar da vocação científica e incentivo à participação de estudantes de graduação em projetos de pesquisa que possam prepará-los para a carreira acadêmica. Nessa trilha, a opção da Interethnic@ por dedicar o terceiro volume de cada ano à publicação de resumos de monografias, dissertações e teses busca reforçar a missão de contribuir com a divulgação de produção científica sobre temas correlatos às relações étnico-raciais compreendidas em termos abrangentes. Entre os autores destaca-se a participação de Braulina Aurora do povo Baniwa e Rayanne França do povo Baré, estudantes indígenas dos cursos de Ciências Sociais e de Enfermagem na UnB, respectivamente. Destaca-se que as pesquisas de ambas autoras receberam menção honrosa do ProIC, em 2017. Essas contribuições, na forma de resumo amplo, encaminham-se para o propósito da Interethnic@ de divulgar trabalhos que estimulem o diálogo intercultural. O trabalho de Braulina Aurora intitula-se “Estudantes indígenas: a invisibilidade nas instituições de ensino e nos dados estatísticos”, nele argumenta que é necessário escancarar as práticas de racismo institucional nas universidades que implementaram programas de ingresso diferenciado para os indígenas. No caso da UnB, após 10 anos desse programa ainda é preciso “garantir o reconhecimento dos direitos aos indígenas” incidindo efetivamente nos empecilhos institucionais que incidem na desistência escolar. O resumo de Rayanne França intitula-se “Análise das repercussões do ambulatório de saúde indígena nos processos de formação acadêmica na UnB: olhares indígenas”. Nesse texto, a autora afirma que o engajamento dos estudantes indígenas nesse processo “permitiu entender melhor o sistema de saúde e refletir sobre a melhoria de seus serviços, a partir da diversidade de olhares e da compreensão das questões étnicas, culturais e sociais”. Segundo ela, a criação desse ambulatório de saúde indígena no Hospital Universitário de Brasília (HUB) sensibilizou sobre a importância da formação universitária de profissionais conhecedores da “importância da interculturalidade e da melhoria da qualidade de atenção à saúde dos povos indígenas”. Victoria Oliveira e Gabriel Bizerril apresentam recortes analíticos de duas pesquisas voltadas para compreender a presença dos estudantes indígenas na UnB, na perspectiva desses agentes. Bizerril tratou da “Resistência e existência indígena no ensino superior: uma análise de eventos étnicos na UnB”. No artigo intitulado “AAIUnB e a Maloca: presença e espacialidade indígena no campus Darcy Ribeiro” Oliveira afirma que a “presença acadêmica, política e organizacional dos indígenas nessa universidade revela-se fundamental para evidenciar os desafios da institucionalização, nem sempre dinâmica, de políticas universitárias que garantam seu acesso e permanência”. Wallace Coelho de Sousa, in memoriam (2018), contribuiu com o artigo titulado “Indígenas presos no Distrito Federal na perspectiva da antropologia da jurisprudência: desenho de pesquisa”. Trata-se de um desenho de pesquisa de cunho etnográfico voltado para o cotidiano das varas de execuções penais e estabelecimentos penais no Distrito Federal. Segundo o autor, essa abordagem permite visualizar as relações interétnicas em um quadro sociológico amplo demarcado por práticas jurídico-penais do Estado brasileiro. Boa leitura

    “Minga” e AIR em perspectiva comparada : formas e significados nos protestos indígenas na Colômbia e no Brasil

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    Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Centro de Pesquisa e Pós-Graduação sobre as Américas, Programa de Doutorado, 2013.Esta tese analisou, em perspectiva comparada, a “MINGA” e o AIR, protestos indígenas complexos realizados na Colômbia e no Brasil, respectivamente. O termo “MINGA”, sempre entre aspas e letras maiúsculas, busca diferenciar o protesto analisado nesta tese de outros fenômenos que também adotaram essa nomeação. Metodologicamente,optou-se por uma abordagembaseadana etnografia histórica,na análise do discurso críticae na comparação analítica de casos específicos destacando os dados empíricos.A pesquisadocumentalabrangeu149 documentos,observações diretas durante aproximadamente seis meses–dezembro de 2010 até fevereiro de 2011 e julho a setembro de 2010 – e 21 entrevistas com líderes dos dois protestos e com representantes de instituições indigenistas não governamentais. A partir do protesto como objetode estudo e de conceitos partilhados por diferentes disciplinas buscou-se explorar a abordagem interdisciplinar. A noção enquadramentos da ação coletiva demostrou sua eficácia analítica nos estudos sobre o protesto social na sociologia, ciência política,antropologia e psicologia social. O trânsito interdisciplinar proveitoso dessa noção lhe conferiu centralidade no arranjo teórico-metodológico da análise do protesto indígena. A partirdessa noção,ressaltou-seo dinamismoindígenana criação, reelaboraçãoe/ouatualização designificadospara os protestosna Colômbia e no Brasil. A pesquisa tomou como ponto de partida um inventário inicial de 15 formas de protesto indígena. A análise comparada da “MINGA” e o AIR permitiu a construção de um inventário final composto por 32 formas de protesto indígena. Esta tese avançou na identificação de 17novasformas de protesto indígenaainda não referidas na literatura académica. Diante dos dados empíricos, problematizou-se a natureza, o contexto de produção, o lugar de fala dos autores, as categorias discursivas mais frequentes e a dialogicidade entre as fontes pesquisadas. Quadros comparativos, linhas de tempo, fotografiasediários de campoforam importantes navigilância tanto da fidelidade dos dados, quanto das armadilhas na análise. Os protestos indígenas estudados revelam estruturas de dominaçãonas relações entre os povosindígenase os Estados colombiano e brasileiro. Defende-se o potencial analítico da categoria nativa protesto e das dimensões formas e significados na compreensão dessas relações. A análise revelou que, apesar dos direitos indígenas nesses países terem sido garantidos constitucionalmente,ainda continuam vigentes práticas sociais autoritárias que limitam seu pleno exercício.Ateseevidenciouqueas dimensõesmoral e simbólica desdobram-se em indicadores de satisfação que ratificam a eficácia dos protestos. ______________________________________________________________________________ ABSTRACTThe present thesis analyzed comparatively two indigenous complex protests:“MINGA” from Colombia andAIR from Brazil. The methodology adopted consists of historical ethnography andcritical discourse analysis (CDA).The documentary research consisted of 149 documents, a six month approximate period of direct observations and 21 interviews with leaders of the two indigenous protests as well as with representatives of non-governmental indigenous organizations.The notion of “collective action framing” showed its analytical efficacy in the study of social protest by sociology, social sciences, anthropology and social psychology. The helpful interdisciplinary transit of this notion gave centrality to the theoretical-methodological arrangement of the indigenous protest analysis.This notion made an indigenous dynamism in the creation, reinterpretation and/or actualization of the protests in Colombia and Brazil possible. This research had an inventory of 15 forms of indigenous protestsas a starting point. The comparative analysis of the MINGA and the AIR made the gathering of a total of 32 forms of indigenous protests in those countriespossible. This thesis contributed to identify 17newforms of indigenous protests.Taking empirical dataas reference, this thesis analyses the nature, the context of configuration, the authorspositioning, the most frequent discursive categories and the dialogical dimension of all researched sources. The use of comparative charts, time lines, photographs and journals for the vigilanceof data fidelity and its tricky analysiswas essential.The indigenous protests studiedhere revealed domination structures in the relationship between indigenous people and the Colombian and Brazilian States. It is ratified in this thesis that there is analytical potential in the native category of protest, as well as in the dimensions, forms and meanings necessary to understand its relations. The research revealed that although indigenous rights have been constitutionallywarrantiedin both countries, therearestill authoritarian social practices that limit the exercise of those rights. Ithasalso madeit clear that moral and symbolic dimensions can be unfolded into satisfaction indicators in order to ratify protest efficacy

    Nota Editorial

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    Prezadas leitoras e leitores.Com a publicação do dossiê intitulado Estados, territórios e autodeterminação indígena na América Latina, a Interethnic@ objetiva contribuir com a divulgação das comunicações apresentadas no Simpósio “Estados plurinacionais, territórios e autodeterminação indígena: o desafio epistemológico da reflexão decolonial”, no âmbito do Primeiro Congresso Internacional dos Povos Indígenas da América Latina (CIPIAL), realizado na cidade de Oaxaca (México), no ano de 2013.Desse modo, também busca somar-se as propostas epistêmicas que destacam as reflexões produzidas por investigadores e agentes locais, objetivando o diálogo intercultural. No entanto, preservando a avaliação por pares e o rigor acadêmico no processo editorial. A generosidade das autoras e autores e de Sandra Nascimento, organizadora do simpósio e deste dossiê, foram fundamentais para a compilação desses trabalhos que publicamos sob as modalidades de artigos e comunicações.Os trabalhos deste dossiê apresentam análises diferenciadas sobre as relações interétnicas a partir de diversos contextos nacionais das Américas ”“ Colômbia, Chile, Equador, México, Peru e Venezuela, em perspectiva histórica e muldisciplinar ”“ Antropologia, Ciência Política, Relações Internacionais, e Sociologia. Assim, a Interethnic@ continua avançando na consolidação da sua missão institucional orientada para a compreensão de ditas relações e propiciando debates entre estudiosos das Ciências Sociais, em particular a Antropologia, e com sujeitos epistêmicos para além do campo acadêmico.A publicação do presente volume confirma também o compromisso institucional da Interethnic@ na busca pela afirmação política e científica das relações interétnicas e raciais como campo de pesquisa. Nesse proposito, de um lado, salienta-se a importância de aunar esforços para garantir a qualidade e periodicidade das publicações da revista. De outro, a necessidade de promover a publicação e divulgação de análises autônomas e resilientes diante dos crescentes desafios impostos pelo acirramento da mercantilização do conhecimento.Salientamos também a contribuição dos pareceristas, dos graduandos e pós-graduandos da equipe de apoio, da assessoria, do comitê e do conselho editorial da Interethnic@. Esse esforço cotidiano e voluntário permite a vitalidade da nossa revista.Elizabeth Ruano IbarraEditor

    Protesta indígena y medios de comunicación: análisis de la minga de resistencia social y comunitaria.

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    The analysis of the indigenous, governmental and media discourses allowed to explore the political density of the indigenous protest repertoire in Colombia. the documentary analysis and interviews with indigenous leaders constituted the instruments of empirical investigation. The article proposes to understand the protest modalities in their sociopolitical context and to reveal the social collectives that operationalize them. The transformation of the minga term is concluded as a discursive category that legitimized contemporary protests and suggests challenging processes of ongoing social organization.El análisis de los discursos indígenas, gubernamentales y mediáticos permitió explorar la densidad política del repertorio de protesta indígena en Colombia. El análisis documental y de entrevistas con líderes indígenas constituyeron los instrumentos de investigación empírica. El artículo propone comprender las modalidades de protesta en su contexto sociopolítico y revelar los colectivos sociales que las operacionalizan. Se concluye la transformación del término minga como una categoría discursiva que legitimó las protestas contemporáneas y sugiere desafiadores procesos de organización social en curso.A análise dos discursos indígenas, governamentais e midiáticos permitiu explorar a densidade política do repertório de protesta indígena na Colômbia. A pesquisa documental e a realização de entrevistas com lideranças indígenas constituíram-se como instrumentos de coleta de dados empíricos. Este trabalho propõe compreender as modalidades de protesto em seu contexto sociopolítico e revelar os coletivos sociais que as instrumentalizam. Conclui-se que o termo minga se cristalizou enquanto categoria discursiva que legitimou os protestos contemporâneos e sugere desafiadores processos de organização social em curso

    Nota Editorial

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    O número 1 do volume 21 da revista em relações interétnicas ”“ Interethnic@, traz contribuições que instigam com preocupações renovadas para os estudiosos desse campo acadêmico. Três dos quatro trabalhos reunidos no dossiê que compõe este número analisam fenômenos circunscritos no Brasil e um deles nos aproxima dos povos indígenas do Peru. Entre outros aspectos de proximidade, esses quatro trabalhos se debruçam sobre temas relativamente pouco estudados nas ciências sociais e humanas. Desse modo, se apresentam como convites ou provocações para adensar essas reflexões. O artigo de Estevão Fernandez, com tema e abordagem original, estimula inquietações no que poderia se chamar de ‘antropologia não-hegemônica’. Apoiado na perspectiva decolonial, propõe uma discussão para sugerir a pertinência da categoria queer caboclo buscando evidenciar a potência da homossexualidade indígena não apenas como objeto de reflexão sociológica, mas também como pauta da agenda dos processos reivindicativos desses povos no Brasil, mas não somente nesse contexto nacional. Trata-se de uma discussão pioneira e, em certa medida com caráter de novidade, antecedida por outras publicações do mesmo autor na presente década. A perspectiva histórica do trabalho de Lia Mendes Cruz conduzirá aos leitores pelos desafios do povo Asháninka, na Amazônia peruana, os quais buscaram, inicialmente, a autonomia territorial indígena e garantias de sobrevivência biológica em contextos de crua violência armada. Posteriormente, e sob a gestão feminina de Ruth Buendía Metsoquiari enquanto presidenta da Central Asháninka del Río Ene (Care), os Asháninka têm promovido importantes processos políticos. Este artigo se coloca como uma das primeiras referências bibliográficas sobre a Care e se soma a pouca bibliografia atualizada sobre esse povo no contexto do século 21. Isabel Mesquita apresenta uma análise sobre a iniciativa denominada REDD+ Indígena Amazônico (RIA) promovida pela Coordinadora de las Organizaciones Indígenas de la Cuenca Amazónica (COICA), entre os anos de 2012 e 2015. Esse artigo se debruça sobre as diferentes articulações políticas, em escalas local, regional, e global, entorno as negociações sobre o clima. A autora explicita que esse objeto de pesquisa foi abordado a partir de uma concepção de campo diferencia baseada em uma perspectiva multilocal. Para tanto, fóruns e reuniões internacionais com a participação de representantes de organizações indígenas, ONGs, empresas e governos, constituíram espaços privilegiados de observação de tomada de decisões, estabelecimento de vínculos e parcerias e configuração de lideranças e diretrizes políticas. Na modalidade de comunicação, independente do dossiê, esse número inclui também a contribuição de Geraldo Junior que trata sobre Massapê, em Carnaubeira da Penha, estado de Pernambuco. Tomando como ponto o relatório antropológico realizado em 2009 se apresenta uma análise que coloca em evidência o relativo silêncio acadêmico sobre essa comunidade e as disputas territoriais, entre brancos, negros e indígena, que tem produzido massacres e deslocamentos forçados. No entanto, a oralidade constitui o instrumento político de afirmação identitária e defesa territorial fundamentado na história de ocupação do território e a memória do passado próspero no apenas econômico, mas também culturalmente. Elizabeth Ruano Ibarra Editor

    ORGANIZAÇÃO INDÍGENA E ENSINO SUPERIOR BRASILEIRO

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    A criação, em 2008 e 2010, da Associação dos Acadêmicos Indígenas da UnB (AAIUnB) e do Centro de Convivência Multicultural dos Povos Indígenas (Maloca-UnB) constitui ações políticas interétnicas que interpelam a estrutura elitizada da universidade. A análise se embasa nos conceitos de interculturalidade, ação política indígena, corpo-território e epistemicídio. A revisão documental, a observação e as entrevistas abertas facilitaram a coleta de dados empíricos. Como resultado se destaca que a presença indígena é fundamental para a institucionalização, não sempre dinâmica, de políticas universitárias que garantam a permanência de sujeitos epistêmicos historicamente marginalizados do ensino superior. Palavras-chaves: Maloca-UnB. AAIUnB. Lei de Cotas

    Eventos acadêmicos indígenas na UnB sob a perspctiva da interculturalidade crítica

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    It’s been 12 years since the beginning of the covenant between Fundação Universidade de Brasília and FUNAI (2004) that had promoted the access of indigenous students in the Universidade de Brasília (UnB). In order to analyse the situation of this students, were observed three mainly events promoted by the indigenous movement: ““1º Congresso Brasileiro de acadêmicos pesquisadores e profissionais indígenas” (2009), the “1ª Semana dos acadêmicos indígenas” (2010), the “2ª Semana dos acadêmicos indígenas” (2016) and the  “3ª Semana dos acadêmicos indígenas” (2017). As result it is concluded that this events use from the political spaces from the university to promote the discussion about the asymmetries and the place of this students in the institution. They also allow certain visibility of the permanence of some problematics in the indigenous presence at the university.  Passaram-se 12 anos desde o início do convênio entre a Fundação Universidade de Brasília e a FUNAI (2004) que promoveu o ingresso dos indígenas à Universidade de Brasília (UnB). A fim de observar a luta estudantil indígena por direitos dentro da universidade foram analisados quatro eventos organizados por esses estudantes. São eles: o “1º Congresso Brasileiro de acadêmicos pesquisadores e profissionais indígenas” (2009), a “1ª Semana dos acadêmicos indígenas” (2010), a “2ª Semana dos acadêmicos indígenas” (2016) e a “3ª Semana dos acadêmicos indígenas” (2017). Como resultado, afirma-se que esses eventos oportunizam espaços de debate que questionam as assimetrias e o lugar dos indígenas no ensino superior. Também permitem certa visibilidade da persistência dos percalços para a permanência e integração nessa instituição universitária. A pesquisa revela o caráter político da presença indígena na universidade, para quem o diploma universitário representa um instrumento de luta acima de tudo

    Female authorship at the annual meetings of the National Association of Graduate Studies and Research in Social Sciences (ANPOCS)

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    O presente trabalho analisa os dados resultantes da pesquisa sobre a participação feminina nos encontros anuais da ANPOCS, realizados entre 1977 a 2016. A análise dos anais desses eventos, disponíveis no acervo eletrônico dessa instituição, esteve orientada pelos seguintes questionamentos: Qual o lugar do debate sobre metodologia das Ciências Sociais nesses eventos? Quem são os sujeitos que dinamizaram esses debates? Qual a proporcionalidade da autoria feminina? A análise em chave mista, quantitativa e qualitativa, inspirou-se conceitualmente nos debates sobre gênero na produção do conhecimento social. Se conclui que, apesar de o contingente feminino ser menor, tanto na autoria quanto na função de coordenação, essa presença se incrementou gradualmente e incidiu na consolidação de algumas temáticas nos eventos em questão.This work analyzes the data resulting from the research on the annals of the ANPOCS annual meetings, held between 1977 and 2016, available in the electronic collection of this institution. The analysis was guided by the following questions: What is the place of the debate about methodology of Social Sciences in these events? Who are the subjects that stimulated these debates? What is the proportionality of female and male authorship? The mixed quantitative and qualitative analysis was conceptually inspired by the debates about gender and the production of social knowledge. It is concluded that, although the male contingent is larger both in the authorship and in the positions of coordination, the female presence has gradually increased and focused on the consolidation of some themes in the agenda of the events in question.Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educació
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