73 research outputs found

    La pandemia de COVID-19 en Brasil: epidemiología e impactos del negacionismo

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    Brazil is one of the countries with the worst response in facing the SARS-CoV-2 pandemic. The epidemiological indicators are impacted by the denialism of the federal government. Thus, this article aims to evaluate the epidemiological situation of the covid-19 pandemic in Brazil, discuss the approaches used to confront the virus and present the main problems of a federal management based on denialism. The analysis of the epidemiological situation used data of the countries in Our World in Data, considering the date of April 12, 2021 as reference, and results of the Epicovid-19 epidemiological studies. Brazil, the sixth most populous country in the world, was in the top positions in absolute number of cases (3rd), deaths (2nd) and vaccination (5th). Adjusting for population size, the country ranked 15th, 35th and 40th in deaths, cases and vaccination, respectively. The Epicovid-19 studies indicate seroprevalences of less than 25% and marked socioeconomic inequalities in virus infection. The seven deadly sins are related to testing, contact tracing, masks, lockdowns, fostering ineffective drugs, vaccines and erratic leadership. The narrative and the actions of the federal government in these items are inappropriate in face of the current scientific knowledge to confront the pandemic. The Brazilian challenge remains political, to preserve the life of the population.O Brasil é um dos países com a pior resposta no enfrentamento da pandemia do vírus SARS-CoV-2. Os indicadores epidemiológicos são impactados pelo negacionismo do governo federal. Assim, esse artigo tem por objetivo avaliar a situação epidemiológica da pandemia de covid-19 no Brasil, discutir as abordagens utilizadas para o enfrentamento do vírus e apresentar os principais problemas de uma gestão federal baseada no negacionismo. A análise da situação epidemiológica utilizou dados de países do Our World in Data, considerando a data de 12 de abril de 2021 como referência, e resultados dos estudos epidemiológicos Epicovid-19. O Brasil, sexto país mais populoso do mundo, estava nas primeiras colocações no número absoluto de casos (3ª), óbitos (2ª) e vacinação (5ª). Ajustando-se para o tamanho da população, o país ocupava as posições 15º, 35º e 40º nas mortes, casos e vacinação, respectivamente. Os estudos Epicovid-19 indicam soro prevalências inferiores a 25% e marcadas desigualdades socioeconômicas na infecção pelo vírus. Os sete pecados capitais são relacionados à testagem, rastreamento de contatos, máscaras, distanciamento, fomento de medicamentos ineficazes, vacinas e liderança errática. A narrativa e as ações do executivo federal nesses itens são inapropriadas frente ao conhecimento científico atual para o enfrentamento da pandemia. O desafio brasileiro continua sendo político, para preservar a vida da população.Brasil es uno de los países con la peor respuesta a la pandemia del virus SARS-CoV-2. Los indicadores epidemiológicos se han visto afectados por el negacionismo del gobierno federal. Así, este artículo tiene por objetivo evaluar la situación epidemiológica de la pandemia de COVID-19 en Brasil, discutir los abordajes utilizados para hacer frente al virus y presentar los principales problemas de una gestión federal basada en el negacionismo. El análisis de la situación epidemiológica se basa en los datos de países del Our World in Data, tomando como referencia la fecha del 12 de abril de 2021, y los resultados de los estudios epidemiológicos Epicovid-19. Brasil, sexto país más poblado del mundo, estaba en los primeros puestos en cuanto a número absoluto de casos (3º), muertes (2º) y vacunación (5º). Si ajustamos los datos al tamaño de la población, el país ocupaba las posiciones 15ª, 35ª y 40ª en muertes, casos y vacunación, respectivamente. Los estudios Epicovid-19 indican seroprevalencias inferiores al 25% y marcadas desigualdades socioeconómicas en la infección por el virus. Los siete pecados capitales son los relacionados con la detección, rastreo de los contactos, mascarillas, confinamiento, fomento de medicamentos ineficaces, vacunas y liderazgo errático. La narrativa y las acciones del ejecutivo federal en cada uno de estos puntos son inapropiadas considerando el conocimiento científico actual sobre la lucha contra la pandemia. Para preservar la vida de la población, el desafío brasileño continúa siendo político

    Validation of the scale for evaluation of environment perception for physical activity practice in adults living in region of low socioeconomic level

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    O objetivo do estudo foi verificar a validade de uma escala de percepção do ambiente para a prática de atividade física em adultos. Este estudo de validação teve duas amostras: 1) Comparação da escala com dados avaliados de forma objetiva e com a prática de atividade física (767 indivíduos com 18 anos ou mais); 2) Estudo de reprodutibilidade (30 indivíduos com 60 anos ou mais). Ambas as amostras residiam no Distrito de Ermelino Matarazzo, zona leste de São Paulo, SP. A escala de percepção do ambiente para a prática de atividade física foi composta por questões embasadas na escala NEWS e numa escala de apoio social para a prática de atividade física e a versão final foi composta de 38 questões. Análises de dados: a escala foi comparada com o ambiente avaliado de forma objetiva, com o nível de atividade física e por meio de medida repetida. Os coeficientes de correlação para as questões variaram de r=0,51 a até r=0,89 e para os escores de r=0,72 a até r=0,94. Houve diferença estatisticamente significativa na média do escore de percepção de facilidades/conveniências para a prática de atividade física segundo a classificação do ambiente avaliado de forma objetiva (p<0,01). As pessoas que praticavam alguma atividade física no tempo de lazer tiveram maiores médias nos escores de facilidades/conveniências (p<0,01), percepção de segurança geral (p=0,033) e de apoio social (p=0,001). A escala apresentou resultados satisfatórios de reprodutibilidade para a amostra de idosos e de validade para os adultos, principalmente, na percepção de facilidades/conveniências

    Fatores considerados pela população como mais importantes para manutenção da saúde

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    OBJECTIVE: To analyze factors that adults and elderly individuals regard as the most important for health maintenance. METHODS: A cross-sectional study performed with 4,060 adults and 4,003 elderly individuals in areas covered by 240 primary health units in the Brazilian Southern and Northeastern regions, in 2005. A card with pictures and sentences about seven factors associated with the risk of non-communicable diseases and health problems was shown to individuals so they should point out the most relevant factor for health. These factors were as follows: to maintain a healthy diet, to exercise regularly, to avoid excessive drinking, to have regular medical check-ups, not to smoke, to maintain the ideal weight, and to control or avoid stress. Adjusted analysis was carried out by Poisson regression, with calculations of adjusted prevalence ratios, respective 95% confidence intervals and significance values, using Wald tests for heterogeneity and linear trend. RESULTS: Factors most frequently indicated by adults were the following: to maintain a healthy diet (33.8%), to exercise regularly (21.4%) and not to smoke (13.9%). Among the elderly, factors most frequently reported were: to maintain a healthy diet (36.7%), not to smoke (17.7%) and to have regular medical check-ups (14.2%). Differences among factors mentioned were observed, according to geographical region, and demographic, socioeconomic and health variables. CONCLUSIONS: The majority of adults and elderly individuals of both regions recognize and indicate the need to maintain a healthy diet and not to smoke as the most important health maintenance measures. Health education strategies should consider these characteristics to promote specific measures to be adopted for each population segment.OBJETIVO: Analisar os fatores que adultos e idosos consideram como mais importantes para manutenção da saúde. MÉTODOS: Estudo transversal realizado com 4.060 adultos e 4.003 idosos residentes em áreas de abrangência de 240 unidades básicas de saúde das regiões Sul e Nordeste, em 2005. Um cartão com figuras e frases referentes a sete fatores relacionados com o risco de doenças e agravos não transmissíveis era mostrado aos indivíduos para que indicassem o fator mais relevante para a saúde. Os fatores eram: manter uma alimentação saudável, fazer exercício físico regularmente, não tomar bebidas alcoólicas em excesso, realizar consultas médicas regularmente, não fumar, manter o peso ideal e controlar ou evitar o estresse. As análises foram ajustadas por regressão de Poisson com cálculo de razões de prevalência ajustadas, intervalos com 95% de confiança, e valores de significância usando os Testes de Wald para heterogeneidade e tendência linear. RESULTADOS: Os fatores mais freqüentemente indicados pelos adultos foram: alimentação saudável (33,8%), realizar exercício físico (21,4%) e não fumar (13,9%). Entre os idosos, os fatores mais relatados foram: alimentação saudável (36,7%), não fumar (17,7%) e consultar o médico regularmente (14,2%). Foram observadas diferenças entre os fatores citados conforme a região geográfica, variáveis demográficas, socioeconômicas e de saúde. CONCLUSÕES: A maioria de adultos e idosos, de ambas regiões, reconhece e indica a necessidade de manter uma alimentação saudável e de não fumar como medidas mais importantes para manutenção da saúde. Estratégias de educação em saúde devem considerar essas características dos indivíduos para estimular medidas específicas a serem adotadas para cada segmento populacional.OBJETIVO: Analizar los factores que adultos y ancianos consideran como más importantes para mantenimiento de la salud. MÉTODOS: Estudio transversal realizado con 4.060 adultos y 4.003 ancianos residentes en áreas que abarcan 240 unidades básicas de salud de las regiones Sur y Noreste de Brasil, en 2005. Una tarjeta con figuras y frases referentes a siete factores relacionados con el riesgo de enfermedades y agravios no transmisibles era mostrada a los individuos para que indicaran el factor más relevante para la salud. Los factores eran: mantener una alimentación saludable, hacer ejercicio físico regularmente, no tomar bebidas alcohólicas en exceso, realizar consultas médicas regularmente, no fumar, mantener el peso ideal y controlar o evitar el estrés. Los análisis fueron ajustados por regresión de Poisson con cálculo de tasas de prevalencia ajustadas, intervalos con 95% de confianza, y valores de significancia usando las pruebas de Wald para heterogeneidad y tendencia linear. RESULTADOS: Los factores más frecuentemente indicados por los adultos fueron: alimentación saludable (33,8%), realizar ejercicio físico (21,4%) y no fumar (13,9%). Entre los ancianos, los factores más relatados fueron: alimentación saludable (36,7%), no fumar (17,7%) y consultar el médico regularmente (14,2%). Fueron observadas diferencias entre los factores citados conforme a la región geográfica, variables demográficas, socioeconómicas y de salud. CONCLUSIONES: La mayoría de los adultos y ancianos, de ambas regiones, reconoce e indica la necesidad de mantener una alimentación saludable y de no fumar como medidas más importantes para mantenimiento de la salud. Estrategias de educación en salud deben considerar esas características de los individuos para estimular medidas específicas a ser adoptadas para cada segmento poblacional

    Social distancing, mask use, and transmission of severe acute respiratory syndrome coronavirus 2, Brazil, April–June 2020

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    We assessed the associations of social distancing and mask use with symptomatic, laboratory-confi rmed severe acute respiratory syndrome coronavirus 2 infection in Porto Alegre, Brazil. We conducted a population-based casecontrol study during April–June 2020. Municipal authorities furnished case-patients, and controls were taken from representative household surveys. In adjusted logistic regression analyses of 271 case-patients and 1,396 controls, those reporting moderate to greatest adherence to social distancing had 59% (odds ratio [OR] 0.41, 95% CI 0.24– 0.70) to 75% (OR 0.25, 95% CI 0.15–0.42) lower odds of infection. Lesser out-of-household exposure (vs. going out every day all day) reduced odds from 52% (OR 0.48, 95% CI 0.29–0.77) to 75% (OR 0.25, 95% CI 0.18–0.36). Mask use reduced odds of infection by 87% (OR 0.13, 95% CI 0.04–0.36). In conclusion, social distancing and mask use while outside the house provided major protection against symptomatic infection

    Tornar-se obeso na adolescência pode trazer consequências à saúde mental?

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    O estudo avaliou a associação entre trajetória de obesidade e dificuldades emocionais e comportamentais em adolescentes. Foram estudados 4.325 jovens, aos 11 e 15 anos de idade, pertencentes à coorte de nascimentos de 1993 de Pelo-tas, Rio Grande do Sul, Brasil. Informações sobre índice de massa corporal (IMC), avaliação materna da saúde emocional e comportamental do adolescente (Strengths and Difficulties Questionnaire - SDQ) e características sociodemográficas e comportamentais foram utilizadas. As análises, estratificadas por sexo, foram conduzidas por meio de regressão linear simples e múltipla. A trajetória de obesidade mostrou associação com o escore total do SDQ, nas análises ajustadas, apenas entre os meninos. Entre esses, tornar-se obeso no período esteve relacionado com maior escore na subescala de problemas de relacionamento com os colegas. Diante do conhecimento atual sobre as implicações futuras da obesidade na saúde mental e em se tratando de adolescentes, sugere-se que estudos que avaliem as diferenças de gênero na adolescência possam contribuir para o entendimento da associação encontrada

    Patterns of physical activity in adolescents 10-12 years of age: early determinants and contemporary

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    Adolescent physical activity (PA) is associated with several health benefits, including a direct influence on adolescent morbidity and an indirect effect on adult health mediated by PA levels in adulthood. This study assessed the prevalence of sedentary lifestyle and associated variables in 4451 adolescents aged 10-12 years, belonging to the 1993 Pelotas Birth Cohort Study, representing 87.5% of the original cohort. A sedentary lifestyle, defined as <300 minutes per week of PA, affected 58.2% (95%CI 56.7-59.7) of the cohort. In the multivariable analysis, a sedentary lifestyle was positively associated with female sex, socioeconomic level, maternal physical inactivity and television viewing, but inversely correlated to the time spent playing videogame. Adolescents from low socioeconomic levels presented a greater likelihood of walking or cycling to and from school. Effective strategies against a sedentary lifestyle in adolescence are needed because of its high prevalence and its association with physical inactivity in adulthood.Sem bolsaA atividade física (AF) na adolescência acarreta vários benefícios à saúde, seja por um efeito direto sobre a morbidade na própria adolescência, seja por um efeito mediado pelo nível de AF na idade adulta. Avaliou-se a prevalência de sedentarismo e fatores associados em 4451 adolescentes de 10-12 anos de idade, participantes do Estudo de Coorte de Nascimentos de 1993 em Pelotas. Sedentarismo foi definido como <300 minutos por semana de AF. As perdas de acompanhamento desde o nascimento totalizaram 12,5%. A prevalência de sedentarismo foi de 58,2% (IC95% 56,7–59,7). Na análise multivariável, o sedentarismo se associou positivamente ao sexo feminino, ao nível socioeconômico, a ter mãe inativa e ao tempo diário assistindo televisão. O sedentarismo se associou negativamente com o tempo diário de uso de vídeo game. Adolescentes de nível econômico baixo apresentaram maior frequência de deslocamento ativo para a escola. Estratégias efetivas de combate ao sedentarismo na adolescência são necessárias devido a sua alta prevalência e sua associação com inatividade física na idade adulta

    CESAR VICTORA, médico epidemiologista: uma vida de liderança científica mundial a serviço da sobrevivência de milhões de crianças.

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    O médico epidemiologista Cesar G. Victora, Professor Emérito da Universidade Federal de Pelotas, com doutorado em Epidemiologia da Assistência Médica pela Escola de Higiene e Medicina Tropical da Universidade de Londres, realizou extensas pesquisas em diversos estados brasileiros e atuou como pesquisador ou consultor em mais de 40 países, assessorando a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o UNICEF. Suas principais contribuições científicas incluem a documentação da importância do aleitamento materno exclusivo para prevenir a mortalidade infantil e a construção de curvas de crescimento infantil atualmente adotadas em mais de 140 países. É Professor Visitante das Universidades de Harvard, Oxford, Londres e Johns Hopkins. Recebeu inúmeras condecorações internacionais, entre elas, mais recentemente, em 2017, o Canada Gairdner Global Health Award. Por meio de suas pesquisas, é responsável direto pela sobrevivência de milhões de crianças ao redor do mundo. A promoção da amamentação exclusiva e o monitoramento adequado do crescimento, dois dos legados deixados pelos estudos liderados pelo Prof. Cesar, evitaram e seguem evitando que milhões de crianças percam a vida precocemente
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