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    Estresse oxidativo na fenilcetonúria experimental

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    A fenilcetonúria é causada pela deficiência intensa da atividade da fenilalanina hidroxilase hepática, enzima que converte fenilalanina em tirosina. O bloqueio da conversão da fenilalanina em tirosina resulta no acúmulo tecidual de fenilalanina e seus metabólitos. A doença caracteriza-se por sintomas neurológicos graves tais como retardo mental e convulsões. A fenilcetonúria foi um dos primeiros erros inatos do metabolismo a ser relacionado à doença mental, sendo também a aminoacidopatia mais estudada. Tem sido sugerido que o estresse oxidativo participa da fisiopatologia de alguns erros inatos de metabolismo devido ao acúmulo de metabólitos tóxicos, à excessiva produção de Rls e à influência de dietas restritas no status antioxidante. No presente trabalho, nós investigamos alguns parâmetros de estresse oxidativo em cérebro de ratos com hiperfenilalaninemia experimental. Os animais foram submetidos ao tratamento agudo e crônico (ratos com 6-13 dias de vida) com injeções subcutâneas de α-metil-DL-fenilalanina e fenilalanina a fim de obter níveis plasmáticos de fenilalanina semelhantes aqueles encontrados em pacientes hiperfenilalaninêmicos. Quimiluminescência, potencial antioxidante total, atividade das enzimas superóxido dismutase, catalase e glutationa peroxidase foram analisadas no cérebro dos animais. Nós também investigamos os efeitos da fenilalanina in vitro sobre os mesmos parâmetros em cérebro de ratos de seis dias. Observamos que a quimiluminescência foi aumentada e o potencial antioxidante total foi reduzido em cérebro de ratos hiperfenilalaninêmicos. Dados semelhantes foram obtidos nos experimentos in vitro usando várias concentrações de fenilalanina, um fato que indica que o aminoácido induz à produção de radicais livres e compromete a capacidade antioxidante total do tecido nervoso. Além disso, a atividade da catalase foi significativamente inibida pela fenilalanina in vitro e no modelo crônico de fenilcetonúria, a atividade da glutationa peroxidase foi reduzida in vivo mas não in vitro e a atividade da superóxido dismutase não foi alterada nos tratamentos. Os resultados indicam que o estresse oxidativo pode estar envolvido na neuropatologia da fenilcetonúria. No entanto, posteriores investigações são necessárias para confirmar e estender nossas constatações à condição humana e também determinar se uma terapia antioxidante pode beneficiar estes pacientes

    Eating habits and nutritional status of alcohol users admitted to a hospital unit / Hábitos alimentares e estado nutricional de alcoolistas internados em uma unidade hospitalar

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    Aims: To verify eating habits prior to hospitalization and the nutritional status of alcoholic patients during the period of abstinenceMethods: This is a longitudinal, quantitative study, with data collection at hospitalization and 15 days after the first evaluation. Anthropometric measures were taken and a food frequency questionnaire was applied to assess eating habits prior to hospitalization.Results: Twenty-six alcoholics participated in the study, aged 49.3 ± 7.3 years. At hospitalization, 65% of individuals were overweight or obese and, after treatment, had significantly increased weight (2.7 ± 2.1 kg; P<0.001), body mass index and waist circumference (P<0.05). Regarding the food frequency data, high consumption of simple carbohydrates and low protein were identified, with the following frequency of daily consumption: milk (23.1% of patients), cheese (15.4%), eggs (19.2) and meat (7.6%). Half of the individuals consumed sausages almost daily. The daily consumption of vegetables (30.7%) and fruits (42.3%) were below recommendations.Conclusions: The significant increase in weight, body mass index and waist circumference after treatment and the inadequate eating habits, when compared to recommendations, demonstrated a necessity for interventions in these patients’ lifestyle in order to avoid the development of chronic non-communicable diseases. 

    Hábitos alimentares e estado nutricional de alcoolistas internados em uma unidade hospitalar

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    Aims: To verify eating habits prior to hospitalization and the nutritional status of alcoholic patients during the period of abstinence Methods: This is a longitudinal, quantitative study, with data collection at hospitalization and 15 days after the first evaluation. Anthropometric measures were taken and a food frequency questionnaire was applied to assess eating habits prior to hospitalization. Results: Twenty-six alcoholics participated in the study, aged 49.3 ± 7.3 years. At hospitalization, 65% of individuals were overweight or obese and, after treatment, had significantly increased weight (2.7 ± 2.1 kg; P<0.001), body mass index and waist circumference (P<0.05). Regarding the food frequency data, high consumption of simple carbohydrates and low protein were identified, with the following frequency of daily consumption: milk (23.1% of patients), cheese (15.4%), eggs (19.2) and meat (7.6%). Half of the individuals consumed sausages almost daily. The daily consumption of vegetables (30.7%) and fruits (42.3%) were below recommendations. Conclusions: The significant increase in weight, body mass index and waist circumference after treatment and the inadequate eating habits, when compared to recommendations, demonstrated a necessity for interventions in these patients’ lifestyle in order to avoid the development of chronic non-communicable diseases.Objetivos: Verificar os hábitos alimentares anteriores à internação hospitalar e o estado nutricional de pacientes alcoolistas durante o período de abstinência. Metodos: Estudo longitudinal, quantitativo, com coleta de dados na internação e 15 dias após a primeira avaliação. Foram realizadas medidas antropométricas e aplicado questionário de frequência alimentar para avaliar hábitos alimentares anteriores à internação. Resultados: Participaram do estudo 26 alcoolistas, com idade de 49,3 ± 7,3 anos. Na internação, 65% dos indivíduos apresentavam sobrepeso ou obesidade e, após o tratamento, apresentaram aumento significativo de peso (2,7 ± 2,1 kg; P <0,001), índice de massa corporal e circunferência abdominal (P<0,05). Em relação aos dados de frequência alimentar, identificou-se alto consumo de carboidratos simples e baixo teor de proteína, com a seguinte frequência de consumo diário: leite (23,1% dos pacientes), queijo (15,4%), ovos (19,2) e carnes (7,6%). Metade dos indivíduos consumia embutidos quase diariamente. O consumo diário de hortaliças (30,7%) e frutas (42,3%) foi abaixo do recomendado. Conclusões: O aumento significativo do peso corporal, índice de massa corporal e circunferência da cintura após o tratamento e os hábitos alimentares inadequados, quando comparados às recomendações, demonstraram a necessidade de intervenções no estilo de vida desses pacientes, a fim de evitar o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis

    Duração da amamentação e comportamentos alimentares na primeira infância : uma revisão sistemática

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    Objectives: to analyze the influence of breastfeeding duration on eating behavior in children aged two to six years. Methods: this review was conducted by PRISMA guidelines. SciELO, Lilacs, Embase, and PubMed databases were researched by using a specific syntax, for studies published from 2000 to 2020. The Joanna Briggs Institute Critical Appraisal checklist was used to assess the risk of study bias. Results: a total of 26,211 articles were identified, of which seven were included in the study. The results showed a significant association in four studies. All authors used their own questionnaires to assess breastfeeding exposure; there was no standard classification of exclusive and total breastfeeding duration. The breastfeeding duration was associated with reduced food neophobia, lower scores on the food responsiveness subscale, and lower ‘picky eating’ behavior. Validated instruments were predominantly used to assess the outcome of eating behavior; however, this assessment was not similar between studies. Conclusion: a significant association was observed between breastfeeding duration and eating behavior in children aged two to six years. Further research should be conducted to describe the mechanisms involved in this association.Objetivos: analisar a influência da duração do aleitamento materno no comportamento alimentar em crianças de dois a seis anos. Métodos: esta revisão foi conduzida de acordo com as diretrizes PRISMA. As bases de dados SciELO, Lilacs, Embase e PubMed foram pesquisadas usando uma sintaxe específica, para estudos publicados de 2000 a 2020. O Joanna Briggs Institute Critical Appraisal checklist foi utilizado para avaliar o risco de viés do estudo. Resultados: foram identificados 26.211 artigos, dos quais sete foram incluídos no estudo. Os resultados mostraram associação significativa em quatro estudos. Todos os autores usaram seus próprios questionários para avaliar a exposição à amamentação; não havia uma classificação padrão de duração do aleitamento materno exclusivo e total. A duração do aleitamento materno foi associada à redução da neofobia alimentar, menores escores na subescala de responsividade alimentar e menor comportamento alimentar exigente. Instrumentos validados foram usados predominantemente para avaliar o resultado do comportamento alimentar, no entanto, essa avaliação não foi semelhante entre os estudos. Conclusão: observou-se associação significativa entre a duração da amamentação e o comportamento alimentar em crianças de dois a seis anos. Mais pesquisas devem ser realizadas para descrever os mecanismos envolvidos nesta associação

    Consumo de refrigerante reduz a ingestão de alimentos em ratos Wistar

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    Aims: To evaluate the effect of caloric and non-caloric soft drink intake on food consumption, body weight and composition, and metabolic parameters in rats. Methods: Controlled experimental study in which 30 male Wistar rats were divided into three groups and given food and beverage ad libitum during 17 weeks. The groups were as follows, according to the offered food: Control group - standard chow and water; Caloric soft drink group - standard chow, caloric soft drink, and water; and Non-caloric soft drink group-standard chow, non-caloric soft drink, and water. Results: There was no statistical difference in total energy intake, body weight, and fat deposition between groups. However, the chow energy intake was 45% lower in the caloric soft drink group compared to the control and non-caloric soft drink groups (198.7±0.7 kJ vs. 349.4±2.0 and 373.0±1.3 kJ, respectively), with 46% ofthe energy provided by the soft drink. The caloric soft drink group consumed 22% more carbohydrate, especially sucrose, compared to the control group (p<0.05). Macronutrient intake was not different between the control and non-caloric soft drink groups, but the caloric soft drink group consumed less protein and lipids when compared to the other groups (3.5±1.0 g ofprotein vs. 6.2±0.1 and 6.7±0.1 g, respectively; 0.7±0.01 g of lipids vs. 1.3±0.02 g and 1.4±0.02 g, respectively). Consumption of non-caloric soft drinks increased total sodium intake and consumption ofboth soft drinks decreased water intake. Although body weight varied during the experiment, there was no significant difference between groups at the end ofthe experiment, and no di:fference in fat deposition, fasting glucose, insulin and leptin, insulin resistance index, and lipid profile Conclusions: The consumption ofboth types of soft drinks did not affect energy intake, body weight and composition, or metabolic parameters; however, it increased fluid intake and decreased water ingestion. Caloric soft drink intake influenced the amount and the quality of solid food consumed, compromising diet quality.Objetivos:Avaliar o efeito do consumo de refrigerante calórico e não calórico sobre a ingestão alimentar, composição corporal, massa corporal e parâmetros metabólicos em ratos. Métodos: Estudo experimental com grupo controle. Trinta ratos Wistar machos foram divididos em três grupos e receberam alimentos e bebidas ad libitum. Os grupos foram os seguintes, conforme o alimento oferecido: Grupo controle - ração padrão e água; Grupo refrigerante calórico -ração padrão, refrigerante calórico e água; e Grupo refrigerante não calórico -ração padrão, refrigerante não calórico e água. Resultados: Não houve diferença estatística na ingestão total de energia, peso corporal e depósito adiposo entre os grupos. Entretanto, a ingestão de energia da ração foi 45% menor no Grupo refrigerante calórico comparado ao Grupo controle e ao Grupo refrigerante não calórico (198,7±0,7 kJ vs. 349,4±2,0 kJ e 373,0±1,3 kJ, respectivamente), sendo 46% da energia proveniente do refrigerante. O grupo refrigerante calórico consumiu 22% mais carboidrato, especialmente sacarose, comparado ao Grupo controle (p<0,05). A ingestão de macronutrientes não foi diferente entre o Grupo controle e o Grupo refrigerante não calórico, mas o Grupo refrigerante calórico consumiu menos proteína e lipídios que os outros dois (3,5±1,0 g de proteína vs. 6,2±0,1 e 6,7±0,1 g, respectivamente; 0,7±0,01 g de lipídios vs. 1,3±0,02 g e 1,4±0,02 g, respectivamente). O consumo de refrigerante não calórico aumentou a ingestão total de sódio e o consumo de ambos os refrigerantes diminuiu a ingestão de água Embora a massa corporal tenha variado durante o experimento, não houve diferença significativa entre os grupos ao final do mesmo e, igualmente, não houve diferença no depósito adiposo, glicose, insulina e leptina em jejum, índice de resistência à insulina e perfil lipídico Conclusões: A ingestão de ambos os refrigerantes (calórico e não calórico) não afetou a ingestão de energia, composição e massa corporal e parâmetros metabólicos, entretanto aumentou a ingestão de fluidos e diminuiu a de água. A ingestão de refrigerante calórico influenciou a quantidade e qualidade de comida sólida consumida, comprometendo a qualidade da dieta
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