115 research outputs found

    Le cynisme ancien et la sexualité

    Get PDF
    Le cynisme ancien préconise un retour total à la nature et refuse de se soumettre aux interdits qui relèvent de l’arbitraire social. Pour un Cynique, le plaisir que procure la sexualité est un plaisir naturel, instinctif, qui ne diffère en rien de celui que connaissent les animaux. C’est pourquoi ces philosophes admettent, en matière de sexualité, des actes qui choquaient les contemporains, tels que la masturbation ou l’union en public, l’inceste, l’union libre ou encore la communauté des femmes et des enfants. A l’arrière de ces prises de position, qu’avait exprimées Diogène dans sa République et que nous a transmises sous une forme polémique et partiale l’Épicurien Philodème (ier siècle ap. J.-C.), se profilent les valeurs qui sous-tendent la morale cynique, à savoir, avant toutes choses, la liberté de l’individu et sa totale indépendance. Les Cyniques ne voulaient pas choquer pour choquer : s’ils provoquaient, c’était par souci pédagogique afin de faire tomber les masques et de forcer les gens à se poser des questions sur les coutumes établies.Ancient cynicism preaches a complete return to nature and rejects any prohibitions based on social conventions. For the Cynic, sexual pleasure is natural, instinctive and on the same level as the pleasures of animals. In sexual matters, these philosophers therefore accepted a number of socially shocking modes of behavior, such as public intercourse or masturbation, incest, free love, or the holding in common of women and children. In the background of all these attitudes, as expressed by Diogenes in his Republic, and transmitted, albeit in a partial and polemical way, by the Epicurean philosopher Philodemus of Gadara in the first century B.C., we can glimpse the basic values of Cynic ethics : above all, individual freedom and complete independence. Shocking their fellow citizens was not the main goal for Cynics : instead, they intended their provocative attitudes as pedagogical means for persuading people to drop their masks and forcing them to question established customs

    Dois tratados plotinianos em Eusébio de Cesaréia

    Get PDF

    Dois tratados plotinianos em Eusébio de Cesaréia

    Get PDF
    Eusébio de Cesaréia, na sua Preparação Evangélica, cita um longo trecho do escrito de Plotino ao qual Porfírio, na sua edição das  Enéadas, intitulou “Sobre a imortalidade da alma” (IV. 7 [2]). Surpreendentemente, esse trecho citado por Eusébio (hoje em dia editado como os capítulos 8.1-8.5 desse tratado) está ausente da edição porfiriana. Tentou-se explicar essa ausência de diversas formas: alguns estudiosos pensam que o texto citado por Eusébio seja um resquício da edição que Eustóquio fizera dos escritos de Plotino; outros, que ele provenha das cópias que Amélio teria levado à Apaméia. Este artigo tentará mostrar que não é possível sustentar a opinião de que o texto citado por Eusébio provenha de outra edição que não seja a de Porfírio e que a ausência desse trecho da edição porfiriana pode ser explicada por um acidente da tradição direta das Enéadas.Eusébio de Cesaréia, na sua Preparação Evangélica, cita um longo trecho do escrito de Plotino ao qual Porfírio, na sua edição das  Enéadas, intitulou “Sobre a imortalidade da alma” (IV. 7 [2]). Surpreendentemente, esse trecho citado por Eusébio (hoje em dia editado como os capítulos 8.1-8.5 desse tratado) está ausente da edição porfiriana. Tentou-se explicar essa ausência de diversas formas: alguns estudiosos pensam que o texto citado por Eusébio seja um resquício da edição que Eustóquio fizera dos escritos de Plotino; outros, que ele provenha das cópias que Amélio teria levado à Apaméia. Este artigo tentará mostrar que não é possível sustentar a opinião de que o texto citado por Eusébio provenha de outra edição que não seja a de Porfírio e que a ausência desse trecho da edição porfiriana pode ser explicada por um acidente da tradição direta das Enéadas.Eusébio de Cesaréia, na sua Preparação Evangélica, cita um longo trecho do escrito de Plotino ao qual Porfírio, na sua edição das  Enéadas, intitulou “Sobre a imortalidade da alma” (IV. 7 [2]). Surpreendentemente, esse trecho citado por Eusébio (hoje em dia editado como os capítulos 8.1-8.5 desse tratado) está ausente da edição porfiriana. Tentou-se explicar essa ausência de diversas formas: alguns estudiosos pensam que o texto citado por Eusébio seja um resquício da edição que Eustóquio fizera dos escritos de Plotino; outros, que ele provenha das cópias que Amélio teria levado à Apaméia. Este artigo tentará mostrar que não é possível sustentar a opinião de que o texto citado por Eusébio provenha de outra edição que não seja a de Porfírio e que a ausência desse trecho da edição porfiriana pode ser explicada por um acidente da tradição direta das Enéadas.Eusébio de Cesaréia, na sua Preparação Evangélica, cita um longo trecho do escrito de Plotino ao qual Porfírio, na sua edição das  Enéadas, intitulou “Sobre a imortalidade da alma” (IV. 7 [2]). Surpreendentemente, esse trecho citado por Eusébio (hoje em dia editado como os capítulos 8.1-8.5 desse tratado) está ausente da edição porfiriana. Tentou-se explicar essa ausência de diversas formas: alguns estudiosos pensam que o texto citado por Eusébio seja um resquício da edição que Eustóquio fizera dos escritos de Plotino; outros, que ele provenha das cópias que Amélio teria levado à Apaméia. Este artigo tentará mostrar que não é possível sustentar a opinião de que o texto citado por Eusébio provenha de outra edição que não seja a de Porfírio e que a ausência desse trecho da edição porfiriana pode ser explicada por um acidente da tradição direta das Enéadas

    Herophilus and Erasistratus on the hēgemonikon

    Get PDF
    This is the author accepted manuscript. The final version is available from Cambridge University Press via the DOI in this record.In Alexandria at some point in the early third century bc, Herophilus of Chalcedon identified the nerves as a distinct system within the body, traced their origins to the brain, and recognised their role in transmitting sensation and voluntary motion. His discovery was based on dissection and vivisection, not only of animals, but also of human beings. Herophilus’ younger contemporary Erasistratus also integrated these findings into his rather bolder physiology. The implications of this discovery were of course wide-ranging. From a modern perspective, it is now widely celebrated as having established, for the first time on something like a scientific basis, that the brain has more or less the functions that we now ascribe to it. Likewise, in antiquity, Galen relied heavily on Herophilus’ discovery in his proof that the rational soul is located in the brain. As we shall see, it also had an impact on Stoic psychology. What exactly Herophilus and Erasistratus saw as its implications, however, is a different question, and the difficulties in answering it are considerable given the state of the evidence

    Remarques sur l'édition d'Eustochius

    No full text

    Avant propos: Les Cyniques et la falsification de la monnaie

    No full text

    Structure de l'Antre des nymphes. Une proposition de lecture.

    No full text
    International audienc

    Le cynisme ancien : entre authenticité et contrefaçon

    No full text
    Principe fondateur de l’expérience philosophique cynique, la falsification de la monnaie de Sinope accomplie par Diogène et (ou) son père plaça la philosophie cynique sous le signe d’une nouvelle frappe des coutumes et des valeurs, la contrefaçon devenant la garantie de l’authenticité de la pratique philosophique. Pour réaliser cette contrefaçon, les cyniques préconisèrent une méthode spécifique - l’ascèse physique à finalité morale - et choisirent un symbole - l’accoutrement - mais celui-ci finit par connaître au fil des siècles une sorte d’usure. Il y eut même des charlatans qui affichaient le manteau, la besace et le bâton, mais sans pratiquer l’ascèse. Cet accoutrement devait cependant connaître une belle fortune puisque le τρίβων devint le symbole et du philosophe et du moine. Chez les philosophes comme chez les lettrés, la contrefaçon cynique suscita les réactions les plus diverses : de l’admiration à la moquerie, de l’idéalisation à la condamnation. À l’évidence, la nouvelle frappe de la monnaie cynique interpela tout autant les stoïciens que les chrétiens, tout autant un homme de lettres comme Lucien qu’un homme de pouvoir et de culture comme Julien. Le cynisme a réussi à prouver – sa réception jusqu’à l’époque contemporaine en témoigne –, que le concept d’une philosophie populaire est légitime.As the founding principle of the philosophical experience of cynicism, the debasement of Sinope’s currency by Diogenes and (or) his father placed Cynic philosophy under the sign of a new minting of customs and values, counterfeiting becoming the guarantee of authenticity for the practice of philosophy. To achieve this counterfeiting, Cynics advocated a specific method - physical asceticism with a moral purpose - and they chose a symbol - their way of dressing - which in the course of centuries finally tended to wear out. There were even impostors who displayed the proper garment, bag and stick, but did not practice asceticism. However, this outfit achieved great success as the τρίβων became the symbol of both the philosopher and the monk. Among philosophers as among literate people, Cynic counterfeiting triggered the most varied reactions: from admiration to mockery, from idealisation to condemnation. Obviously, the new minting of the Cynic currency questioned the Stoics as well as the Christians, a man of letters like Lucian as well as a man of power and culture like Julian. Cynicism has successfully demonstrated – as evidenced by its reception until the contemporary period – the legitimacy of the concept of popular philosophy.Vero principio fondatore dell’esperienza filosofica cinica, la falsificazione della moneta di Sinope compiuta da Diogene e (o) suo padre pose la filosofia cinica sotto il segno di un nuovo conio dei costumi e dei valori: la contraffazione diventava garanzia dell’autenticità della pratica filosofica. Per realizzare questa contraffazione, i cinici annunciarono un metodo specifico – l’ascesi fisica a fini morali – e scelsero un simbolo – l’abbigliamento – ma quest’ultimo finì per conoscere, nel corso dei secoli, una specie di usura. Vi furono persino dei ciarlatani che mostravano il mantello, la bisaccia e il bastone, senza però praticare l’ascesi. Quest’abbigliamento avrebbe conosciuto, comunque, una notevole fortuna, perché il τρίβων divenne simbolo sia del filosofo sia del monaco. Tra i filosofi così come tra i letterati, la contraffazione cinica suscitò le reazioni più diverse: dall’ammirazione allo scherno, dall’idealizzazione alla condanna. Com’è evidente, il nuovo conio della moneta cinica interpellò tanto gli stoici quanto i cristiani; un uomo di lettere come Luciano e un uomo di potere e di cultura come Giuliano. Il cinismo riuscì a provare – e lo testimonia la sua ricezione fino all’epoca contemporanea - che il concetto di una filosofia popolare è legittimo

    65. Epiktet, Vom Kynismus, herausgegeben und übersetzt mit einem Kommentar von Margarethe Billerbeck

    No full text
    Goulet-Cazé Marie-Odile. 65. Epiktet, Vom Kynismus, herausgegeben und übersetzt mit einem Kommentar von Margarethe Billerbeck. In: Revue des Études Grecques, tome 92, fascicule 438-439, Juillet-décembre 1979. pp. 570-572

    Notes à la traduction française

    No full text
    International audienc
    corecore