18 research outputs found
Paracoccidioidomicose e infecção pelo virus da imunodeficiĂȘncia humana
We present two cases of paracoccidioidorrvycosis, one occurring in an AIDS patient and the other in an HIV infected man. This is the first report of such association. The first patient, which was already followed for HIV infection (group IV-A) presented with high fever and hepatosplenomegaly. Plain X-ray, ultrasound and CT-scan of the abdomen showed solid nodules in the spleen, some of them with calcification. Both the direct smear and the culture of a bone marrow aspiration revealed Paracoccidioides brasiliensis. The patient died of acute disseminated Paracoccidioidomycosis. The second patient, a man anti-HIV seropositive presented with a mass on the right lower abdomen and inguinal region. A biopsy of the mass showed the association of Hodgkin's disease of the mixed cellularity type and paracoccidioidomycosis. With the expanding AIDS epidemic we believe this report emphasizes the need to consider Paracoccidioidomycosis in HIV infected persons in countries where this mycosis is endemic. We also suggest the inclusion of Paracoccidioidomycosis as a potential opportunistic infection in these areas.SĂŁo apresentados dois casos de paracoccidioidomicose, um em paciente com a sĂndrome da imunodeficiĂȘncia adquirida e o outro em paciente com infecção pelo HIV. Trata-se dos primeiros relatos em que esta associação Ă© descrita na literatura. No primeiro, a micose se evidenciou durante o acompanhamento de paciente com AIDS, que passou a apresentar hĂ©pato-esplenomegalia e febre elevada. A ecografia, radiografia simples e tomografia computadorizada do abdĂŽmen, demonstraram nĂłdulos sĂłlidos, alguns calcificados, no parĂȘnquima esplĂ©nico. A punção aspirativa da medula Ăłssea confirmou o diagnĂłstico; o conjunto dos achados caracterizou a forma aguda disseminada da paracoccidioidomicose, a qual levou o paciente ao Ăłbito. No segundo relato, em paciente com infecção pelo HIV, a propĂłsito de investigação de tumoração na regiĂŁo inguinal e fossa ilĂaca Ă direita, constatou-se a associação de doença de Hodgkin, tipo celularidade mista e paracoccidioidomicose. Avalia-se a importĂąncia destes relatos frente a expansĂŁo da infecção pelo HIV e estima-se que mais casos venham a ser relatados em pacientes com AIDS, procedentes de ĂĄreas endĂȘmicas desta micose. PropĂ”e-se a inclusĂŁo da paracoccidioidomicose como infecção oportunĂstica potencial em pacientes HIV positivos nestas ĂĄreas
Hepatites pĂłs-transfusionais na cidade de Campinas, SP, Brasil: II. Presença dos anticorpos anti-HBc e anti-HCV em candidatos a doadores de sangue e ocorrĂȘncia de hepatites pĂłs-transfusionais pelo vĂrus C nos receptores de sangue ou derivados
We have analysed anti-HBc and anti-HCV antibodies in serum samples from 799 donors which had their blood or derivates transfused to 111 recipients. Anti-HBc and anti-HCV were reactive in respectively 9 and 2.1% of the donors tested. We have observed that among the 111 recipients, 44 had received at least one positive anti-HBc unit and 67 had been transfused only with negative anti-HBc, units. The risk of developing hepatitis C virus was 4.5 times higher for the recipients who received at least one positive anti-HBc unit. If the test for anti-HBc had been made for the blood donors in the serological screening, about 56% of the HCV cases in the recipients could have been avoided. The population of recipients who received at least one reacting unit of anti-HCV, presented a risk 29 times higher of developing this hepatitis, as compared to the transfused recipients with all anti-HCV negative units. Testing blood from donors for anti-HCV would avoid 79% of the post-transfusional HCV cases. Brazilian candidates to blood donors seem to be carriers either simultaneously or sequentially to hepatitis virus B and C, since 44.4% of the positive anti-HCV were also positive for anti-HBc. Testing for anti-HBc and anti-HCV in blood screening must be indicated in order to prevent post-transfusional hepatitis transmission in our community.Pesquisamos os anticorpos anti-HBc e anti-HCV em amostras de soros provenientes de 799 candidatos a doadores, que tiveram suas unidades de sangue ou derivados transfundidas a 111 receptores. O anti-HBc e o anti-HCV foram reagentes, em respectivamente 9 e 2,1% dos doadores testados. Observamos que entre os 111 receptores, 44 haviam recebido pelo menos uma unidade anti-HBc positiva e 67 haviam sido transfundidos somente com unidades anti-HBc negativas. Houve um risco 4,5 vezes maior de aquisição de hepatite por vĂrus C pelos receptores que receberam pelo menos uma unidade anti-HBc positiva Se a pesquisa do anti-HBc fosse realizada na triagem sorolĂłgica dos doadores de sangue, cerca de 56% dos casos de HVC nos receptores saiam evitados. A população de receptores que recebeu pelo menos uma unidade anti-HCV reagente, apresentou um risco 29 vezes maior de adquirir esta hepatite, quando comparada aos receptores transfundidos com todas as unidades anti-HCV negativas. A realização do teste para a pesquisa do anti-HCV na triagem dos doadores de sangue, preveniria 79% dos casos de HVC pĂłs-transfusionais. Os candidatos a doadores brasileiros parecem ser acometidos simultĂąnea ou sequencialmente, pelos vĂrus B e C das hepatites, pois, 44,4% dos doadores anti-HCV positivos, tambĂ©m foram anti-HBc positivos. A realização dos testes para as pesquisas dos anticorpos anti-HBc e anti-HCV, nas triagens hemoterĂĄpicas, estĂĄ indicada para prevenir a transmissĂŁo de hepatites pĂłs-transfusionais, em nosso meio
Hepatites pĂłs-transfusionais na cidade de Campinas, SP, Brasil: I. IncidĂȘncia, agentes etiolĂłgicos e aspectos clĂnico-epidemiolĂłgicos da hepatite por vĂrus C
We have followed up 111 transfusion receptors in the ambulatory, for at least 180 days, in order to evaluate the occurence of post-transfusional hepatitis and the etiological agents involved in the disease in the city of Campinas, state of SĂŁo Paulo, Brazil. At the end of the study we have diagnosed this hepatitis in 18 (16.2%) subjects. Out of these 18 subjects, 16 (89%) were caused by hepatitis C virus, 1 (5.5%) caused by hepatitis B virus and 1 (5.5%) with undetermined etiology, 15 months after transfusion. The average incubation period of HCV was 71 days and 23% of the HCV positive receptors remained with increased AST/ ALT for more than 6 months. Late serum conversion was observed for anti-HCV in 71.4% of the subjects, averaging 135 days after the transfusion. An ALT dosage and anti-HCV determination, 3 and 6 months after transfusion would diagnose, respectively, 71 and 93% of the cases which developed post-transfusional HCV.Seguimos ambulatorialmente, por no mĂnimo 180 dias, 111 receptores de transfusĂ”es, para avaliarmos a ocorrĂȘncia de hepatites pĂłs-transfusionais e os agentes etiolĂłgicos envolvidos com esta doença, na cidade de Campinas, Estado de SĂŁo Paulo, Brasil. No final diagnosticamos esta hepatite em 18 (16,2%) receptores. Destes, tivemos 16 (89%) casos devido ao vĂrus da hepatite C, 1 (5,5%) causado pelo vĂrus da hepatite B e 1 (5,5%) caso restante, sem etiologia determinada, 15 meses apĂłs a transfusĂŁo. O perĂodo de incubação da hepatite por vĂrus C (HVC) foi de 71 dias, em mĂ©dia; e 23% dos indivĂduos com esta hepatite permaneceram com aumento de AST/ALT por mais de 6 meses. Observou-se soroconversĂŁo tardia para o anti-HCV em 71,4% dos receptores, que ocorreu, em mĂ©dia, 135 dias apĂłs a transfusĂŁo. Uma dosagem de ALT e uma pesquisa do anti-HCV, aos 3 e 6 meses, apĂłs a transfusĂŁo, diagnosticariam, respectivamente, 71 e 93% dos casos que desenvolveram HVC pĂłs-transfusionais
Prevalence of HBsAg, anti-HBc and anti-HCV in the blood donors of "Hemocentro-Campinas"
Em 29833 doadores pesquisados encontramos prevalĂȘncia de 1,52% para o HBsAg e de 11% para o anti-HBc. A co-positividade anti-HBc/anti-HBs em 2783 doadores HBsAg negativos/anti-HBc positivos foi de 81,9%. A prevalĂȘncia para o HBsAg Ă© baixa nos doadores de Campinas, enquanto o anti-HBc apresenta-se com prevalĂȘncia elevada quando comparado a outros paĂses. A pesquisa do anti-HCV, em doadores de sangue de Campinas, mostrou prevalĂȘncia de 2,6% para este marcador, que Ă© bem maior que as observadas nos EUA e Europa. Cerca de 36% dos doadores anti-HCV positivos sĂŁo anti-HBc reagentes, permitindo inferir, que estas duas viroses acometem simultĂąnea ou sequencialmente os doadores de sangue brasileiros.Among 29833 donors evaluated we have found a prevalence of 1.52% for HBsAg and 11% for anti-HBc. The co-positivity anti-HBc/anti-HBs in 2783 donors HBsAg negative/anti-HBc positive was 81.9%. The prevalence for HBsAg is low among Campinas donors, while anti-HBc presents high prevalence when compared to that of other countries. The anti-HCV detection in blood donors of Campinas has shown a positivity of 2.6% which is much higher than that of USA and Europe. About 36% of the anti-HCV positive donors are anti-HBc reagent, leading to the conclusion that these two "viruses" infect simultaneous or sequentially Brazilian blood donors
Post-transfusional hepatitis in the city of Campinas, SP, Brazil: I. Incidence, etiological agents and clinical-epidemiological aspects of hepatitis C virus
We have followed up 111 transfusion receptors in the ambulatory, for at least 180 days, in order to evaluate the occurence of post-transfusional hepatitis and the etiological agents involved in the disease in the city of Campinas, state of SĂŁo Paulo, Brazil. At the end of the study we have diagnosed this hepatitis in 18 (16.2%) subjects. Out of these 18 subjects, 16 (89%) were caused by hepatitis C virus, 1 (5.5%) caused by hepatitis B virus and 1 (5.5%) with undetermined etiology, 15 months after transfusion. The average incubation period of HCV was 71 days and 23% of the HCV positive receptors remained with increased AST/ ALT for more than 6 months. Late serum conversion was observed for anti-HCV in 71.4% of the subjects, averaging 135 days after the transfusion. An ALT dosage and anti-HCV determination, 3 and 6 months after transfusion would diagnose, respectively, 71 and 93% of the cases which developed post-transfusional HCV.Seguimos ambulatorialmente, por no mĂnimo 180 dias, 111 receptores de transfusĂ”es, para avaliarmos a ocorrĂȘncia de hepatites pĂłs-transfusionais e os agentes etiolĂłgicos envolvidos com esta doença, na cidade de Campinas, Estado de SĂŁo Paulo, Brasil. No final diagnosticamos esta hepatite em 18 (16,2%) receptores. Destes, tivemos 16 (89%) casos devido ao vĂrus da hepatite C, 1 (5,5%) causado pelo vĂrus da hepatite B e 1 (5,5%) caso restante, sem etiologia determinada, 15 meses apĂłs a transfusĂŁo. O perĂodo de incubação da hepatite por vĂrus C (HVC) foi de 71 dias, em mĂ©dia; e 23% dos indivĂduos com esta hepatite permaneceram com aumento de AST/ALT por mais de 6 meses. Observou-se soroconversĂŁo tardia para o anti-HCV em 71,4% dos receptores, que ocorreu, em mĂ©dia, 135 dias apĂłs a transfusĂŁo. Uma dosagem de ALT e uma pesquisa do anti-HCV, aos 3 e 6 meses, apĂłs a transfusĂŁo, diagnosticariam, respectivamente, 71 e 93% dos casos que desenvolveram HVC pĂłs-transfusionais.536