12 research outputs found

    ASPERGILOSE SISTÊMICA EM POTRO (Equus caballus)

    Get PDF
    The Aspergillus genus comprises globally distributed species of saprotrophic fungi, with the Aspergillus section Fumigatus known to cause diseases in humans and immunocompromised animals. Clinical signs depend on the affected system, exhibiting mild fever, severe colic, pneumonia, guttural bag mycosis and occasionally lesions in the central nervous system. The present work aims to report the clinical signs, necropsy findings and histology of a case of systemic aspergillosis in an eight-months-old foal. The animal had enterogastric reflux, increased peristalsis, pasty feces, abdominal pain and severe dehydration. The condition evolved to death and the cadaver was sent for necropsy. Macroscopically, there were suffusions and ecchymosis in the serosa of the gastrointestinal tract and ulcerations in the mucosa of the small intestines. In the lung, there were multifocal, whitish and firm nodules that were cystic when cut with a friable winey internal lining. The heart had whitish multifocal areas in the myocardium and the kidneys contained reddish nodules in the cortical and medullary regions. In the brain there were yellowish and hemorrhagic multifocal areas with reddish borders. Microscopically, multifocal areas of necrosis with granulomatous inflammatory infiltrate were observed in the intestine, lung, brain, myocardium and kidneys. Intralesional and intravascular fungal were observed in the brain and lung. Structures with phenotype compatible with Aspergillus fumigatus were observed in the fungal culture. In virology, samples were positive for equine herpesvirus (HVE) types 1 and 4. The diagnosis of systemic aspergillosis was determined due to the clinical history, immunosuppression, macroscopic and histological findings, fungal isolation and concomitant HVE infection.O gênero Aspergillus compreende espécies de fungos saprotróficos, globalmente distribuídos, sendo os Aspergillus seção Fumigati conhecidos por causarem doença em humanos e animais imunocomprometidos. Os sinais clínicos dependem do sistema acometido, podendo apresentar febre branda, cólicas intensas, pneumonias, micose de bolsa gutural, e, ocasionalmente, lesões no sistema nervoso central. O presente trabalho objetiva relatar os sinais clínicos, os achados de necropsia e a histologia de um caso de aspergilose sistêmica em um potro de oito meses de idade. O animal apresentava refluxo enterogástrico, peristaltismo aumentado, fezes pastosas, dor abdominal e desidratação intensa. O quadro clínico evoluiu para óbito e o cadáver foi encaminhado para a necropsia. Macroscopicamente, havia sufusões e equimoses na serosa do trato gastrointestinal e ulcerações na mucosa do intestino delgado. No pulmão, havia nódulos multifocais, esbranquiçados e firmes que, ao corte, apresentavam-se císticos, com revestimento interno vinhoso e friável. O coração exibia áreas esbranquiçadas multifocais no miocárdio e os rins continham nódulos avermelhados nas regiões cortical e medular. No encéfalo, havia áreas multifocais amareladas e hemorrágicas com bordos avermelhados. Microscopicamente, observaram-se áreas multifocais de necrose com infiltrado inflamatório granulomatoso no intestino, pulmão, encéfalo, miocárdio e nos rins. Hifas fúngicas intralesionais e intravasculares foram observadas no encéfalo e no pulmão. Estruturas de fenótipo compatível com Aspergillusfumigatus foram observadas na cultura fúngica. Amostras encaminhadas para virologia apresentaram-se positivas para Herpesvírus Equino (HVE) tipo 1 e 4. O diagnóstico de aspergilose sistêmica foi determinado pelo histórico clínico, imunossupressão, achados macroscópicos, histológicos, isolamento do fungo e à infecção concomitante por HVE

    Actividad in vitro de extractos de las variedades Arbequina y Picual de Olea europaea L. en contra Candida sp., Microsporum gypseum y Sporothrix brasiliensis

    Get PDF
    A oliveira (Olea europaea L.) é uma planta frutífera, nativa das regiões tropicais e temperadas e uma das mais antigas cultivadas. O uso de extratos vegetais de conhecida atividade antimicrobiana podem adquirir significado nos tratamentos terapêuticos. O objetivo do trabalho é avaliar a atividade antifúngica dos resíduos da indústria de Oliveiras (bagaço) na variedade Picual e de partes vegetativas de cultivares de oliveira (Olea europaea L.) das variedades Arbequina e Picual, frente à Candida spp., Microsporum gypseum e Sporothrix brasiliensis. A metodologia para os testes in vitro foi referenciada pelo documento M27-A3 preconizado pelo CLSI para as leveduras e M38-A2 para fungos filamentosos, adaptados para uso de fitoterápicos. A atividade antifúngica dos extratos hidroalcoólicos de folhas de Olea europaea L. se sobressaíram no resultado final, apresentando ação inibitória nas concentrações de 50 mg/ml, 100 mg/ml e 200 mg/ml, seguido do extrato aquoso de decocção nas mesmas concentrações. Os extratos hidroalcoólicos do bagaço da variedade Picual e das folhas das variedades Picual e Arbequina apresentaram atividade fungistática promissora frente aos isolados de Microsporum gypseum, apresentando CIM que variaram de 100 mg/ml a 200 mg/ml. Os resultados demonstram potencial desses extratos no tratamento da dermatofitose, porém mais estudos devem ser realizados frente as demais espécies de dermatófitos para comprovação de sua efetividade, além de testes de citotoxidade. Os extratos de infusão e hidroalcoólicos das folhas da variedade Picual apresentaram maior ação inibitória frente aos isolados de Candida spp. e Sporothrix brasiliensis apresentando parâmetros importantes para apontar os produtos como uma alternativa terapêutica.The olive tree (Olea europaea L.) is a fruit-bearing plant, native to tropical and temperate regions and one of the oldest cultivated. The use of plant extracts with known antimicrobial activity can acquire meaning in therapeutic treatments. The objective of this work is to evaluate the antifungal activity of residues from the olive industry (bagasse) in the Picual variety and of vegetative parts of olive cultivars (Olea europaea L.) of the Arbequina and Picual varieties, against Candida spp., Microsporum gypseum and Sporothrix brasiliensis. The methodology for the in vitro tests was referenced by the document M27-A3 recommended by the CLSI for yeasts and M38-A2 for filamentous fungi, adapted for the use of phytotherapics. The antifungal activity of the hydroalcoholic extracts of leaves of Olea europaea L. stood out in the final result, presenting inhibitory action at concentrations of 50 mg/ml, 100 mg/ml and 200 mg/ml, followed by the aqueous decoction extract at the same concentrations. The hydroalcoholic extracts of the bagasse of the Picual variety and the leaves of the Picual and Arbequina varieties showed promising fungistatic activity against the isolates of Microsporum gypseum, with CIM ranging from 100 mg/ml to 200 mg/ml. The results demonstrate the potential of these extracts in the treatment of dermatophytosis, but more studies should be carried out against other species of dermatophytes to prove their effectiveness, in addition to cytotoxicity tests. The infusion and hydroalcoholic extracts from the leaves of the Picual variety showed greater inhibitory action against Candida spp. and Sporothrix brasiliensis presenting important parameters to point out the products as a therapeutic alternative.El olivo (Olea europaea L.) es una planta frutal, originaria de las regiones tropicales y templadas y una de las más antiguas cultivadas. El uso de extractos de plantas con conocida actividad antimicrobiana puede adquirir significado en tratamientos terapéuticos. El objetivo de este trabajo es evaluar la actividad antifúngica de residuos de la industria del olivo (bagazo) en la variedad Picual y de partes vegetativas de cultivares de olivo (Olea europaea L.) de las variedades Arbequina y Picual, frente a Candida spp., Microsporum gypseum y Sporothrix brasiliensis. La metodología para los ensayos in vitro estuvo referenciada por el documento M27-A3 recomendado por el CLSI para levaduras y M38-A2 para hongos filamentosos, adaptados para el uso de fitoterapéuticos. En el resultado final se destacó la actividad antifúngica de los extractos hidroalcohólicos de hojas de Olea europaea L., presentando acción inhibitoria a las concentraciones de 50 mg/ml, 100 mg/ml y 200 mg/ml, seguido del extracto acuoso en decocción al mismas concentraciones. Los extractos hidroalcohólicos del bagazo de la variedad Picual y de las hojas de las variedades Picual y Arbequina mostraron una prometedora actividad fungistática frente a los aislados de Microsporum gypseum, con CIM que oscilaron entre 100 mg/ml y 200 mg/ml. Los resultados demuestran el potencial de estos extractos en el tratamento de la dermatofitosis, pero se deben realizar más estudios contra otras especies de dermatofitos para comprobar su eficacia, además de pruebas de citotoxicidad. La infusión y los extractos hidroalcohólicos de las hojas de la variedad Picual mostraron mayor acción inhibidora frente a Candida spp. y Sporothrix brasiliensis presentando parâmetros importantes para señalar los productos como alternativa terapéutica

    Actividad antifúngica in vitro de extractos acuosos de bagazo de olivo (Olea europaea L.) frente a hongos causantes de candidiasis, dermatofitosis y esporotricosis en humanos y animales

    Get PDF
    As infecções fúngicas tem se tornado cada vez mais frequentes nos últimos anos. Destacam-se as dermatofitoses, esporotricoses e candidoses. Em função da resistência aos fármacos disponíveis e tendo em vista diversificar o âmbito farmacêutico, realizou-se o estudo a partir do bagaço de O. europaea. Estudos relacionados à oliveira não abordam o bagaço que representa potencial alternativa econômica devido a suas toneladas descartadas pela indústria. Objetivo deste trabalho foi avaliar o perfil sensibilidade in vitro de isolados fúngicos frente extratos aquosos de bagaço de O. europeae. Testar toxicidade celular dos extratos utilizados e determinar presença e quantidade dos compostos fenólicos (oleuropeína e hidroxitirosol). Não foi observado atividade antifúngica desses extratos aquosos diante dos isolados de dermatófitos e Sporothrix brasiliensis. Dos isolados de Candida spp. testados para susceptibilidade, dois foram sensíveis ao extrato de decocção do bagaço a partir da concentração 50 mg/ml de DEC 10’. Na toxicidade da decocção do bagaço de oliveira, observou-se concentrações a partir de 12,5 mg/ml permitiram que pelo menos 50% das células MDBK se mantivessem viáveis. As concentrações de 3,13 até 0,78 mg/ml foram seguras, pois ocorreu 100% de viabilidade celular. Dos compostos (CLAE) hidroxitirosol variou a concentração de 8 x10-4 a 34 x10-4 mg/ml em INF 10’ e de 11 x10-4 a 81 x10-4 mg/ml em DEC 10’. Para oleuropeína, os extratos DEC 10’ variaram sua concentração de 87 x10-3 a 7 x10-3 mg/ml, já para INF 10’ os valores foram de 23 x10-3 mg/ml a não detectado em algumas variedades.Fungal infections have become frequently in recent years. Dermatophytosis, sporotrichosis and candidiasis stand out. Due to the resistance to available drugs and with a view to diversifying the pharmaceutical field, the study was carried out using the bagasse of O. europaea. Studies related to olive trees do not address bagasse, which represents a potential economic alternative to its discarded tons by the industry. The objective of this work was to evaluate the in vitro sensitivity profile of fungal isolates against aqueous extracts of O. europeae bagasse. To test the cellular toxicity of the extracts and to determine the presence and amount of the main phenolic compounds. No antifungal activity of these aqueous extracts was observed against the isolates of dermatophytes and Sporothrix brasiliensis. The Candida spp. tested for in vitro susceptibility, two were sensitive to bagasse decoction extract from a concentration of 50mg/ml of DEC 10'. In the toxicity of the olive pomace decoction, concentrations from 12.5 mg/ml allowed at least 50% of the MDBK cells to remain viable. Concentrations from 3.13 to 0.78 mg/ml were safe, as 100% cell viability occurred. Of the hydroxytyrosol (HPLC) compounds, the concentration varied from 8 x10-4 to 34 x10-4 mg/ml in INF 10' and from 11 x10-4 to 81 x10-4 mg/ml in DEC 10'. For oleuropein, the DEC 10' extracts varied their concentration from 87 x10-3 to 7 x10-3 mg/ml, while for INF 10' the values were from 23 x10-3 mg/ml to not detected in some varieties.Las infecciones fúngicas se han vuelto cada vez más frecuentes en los últimos años. Destacan las dermatofitosis, esporotricosis y candidiasis. Debido a la resistencia a los fármacos disponibles y con el fin de diversificar el campo farmacéutico, el estudio se realizó utilizando bagazo de O. europaea. Los estudios relacionados con el olivo no abordan el bagazo, que representa una potencial alternativa económica por sus toneladas descartadas por la industria. El objetivo de este trabajo fue evaluar el perfil de sensibilidad in vitro de aislados fúngicos frente a extractos acuosos de bagazo de O. Europeae. Testar la toxicidad celular de los extractos utilizados y determinar la presencia y cantidad de los principales compuestos fenólicos. No se observó actividad antifúngica de estos extractos acuosos frente a los aislados de dermatofitos y Sporothrix brasiliensis. De la Candida spp. probados para susceptibilidad in vitro, dos fueron sensibles al extracto de decocción de bagazo a partir de una concentración de 50 mg/ml de DEC 10'. En la toxicidad de la decocción de orujo de oliva, concentraciones a partir de 12,5 mg/ml permitieron que al menos el 50% de las células MDBK permanecieran viables. Las concentraciones de 3,13 a 0,78 mg/ml fueron seguras, ya que se produjo una viabilidad celular del 100%. De los compuestos de hidroxitirosol (HPLC), la concentración varió de 8 x10-4 a 34 x10-4 mg/ml en INF 10' y de 11 x10-4 a 81 x10-4 mg/ml en DEC 10'. Para la oleuropeína, los extractos de DEC 10' variaron su concentración de 87 x10-3 a 7 x10-3 mg/ml, mientras que para INF 10' los valores fueron de 23 x10-3 mg/ml hasta no detectarse en algunas variedades

    Activities and mechanisms of oregano, marjoram and rosemary essential oils against Malassezia pachydermatitis isolates from canine and feline otitis

    Get PDF
    Malassezia pachydermatis is an opportunistic yeast found in the ear canal of small animals; however, the current azole-based therapy applied to it has failed to achieve clinical success due to the antifungal resistance. This issue has encouraged the studies in natural products, such as Origanum vulgare (oregano), Origanum majorana (marjoram) and Rosmarinus officinalis (rosemary) essential oils, although their mechanism of action remains unclear. Malassezia pachydermatis specimens deriving from otitis cases in dogs (n = 22) and cats (n = 2) were subjected to CLSI M27-A3. Sorbitol protection and ergosterol effect were analyzed to investigate their mechanism of action. Fungistatic (MIC) and fungicidal (MFC) activities were observed for oregano (MIC90/MFC90: 0.625 mg/mL); marjoram (MIC90/MFC90: 2.5 mg/mL) and rosemary MIC90/MFC90 > 2.5 mg/mL). Oregano showed superior antifungal effect even at lower MIC and MFC values. All three oils acted on cell wall and at complexation to fungal ergosterol. By gas chromatography (GC-FID), carvacrol was the major compound found in oregano (73.9%); 1,8-cineole was for marjoram and rosemary (20.9% and 49.4%, respectively). These findings support the potential use of these essential oils to treat canine and feline otitis caused by Malassezia pachydermatis

    A retrospective study of animal mycoses and mycotoxicoses in southern Brazil

    No full text
    This study aims to get to know potential risk factors for dogs and cats presenting positive pathogenic fungus culture diagnosis. A retrospective observational study on fungus infections diagnosed in dogs and cats in southern Brazil between 1980 and 2011 was performed. One thousand seven hundred and thirty-nine clinical sample records of dogs and cats a with suspicion of fungal infections from the Diagnostic and Research Center in Veterinary Mycology (MICVET) and the Regional Diagnosis Laboratory (RDL), both belonging to the Veterinary School of the Pelotas Federal University (FAVET UFPel) were analyzed. Fungal growth was detected in 52,85 % of the samples, of which 37,49 % were pathogenic-related. The winter season presented a 29,49 % pathogenic fungus diagnosis positivity; of these, 48,76 % of the samples were from female animals and 44,11 % of male, whereas 7,13 % were unidentified; also, 79,30 % of the positive samples were of dogs and 20,70 % of cats; the highest positivity rate (26,80 %) occurred in young animals up to two years old. The three most common fungus infections were malasseziosis at a 59,98 % incidence rate, dermatophytosis 18,56 % and sporotrichosis 14,26 %. The species Malassezia Pachydermatis was isolated from 100 % of malasseziosis cases, and 78,98 % malasseziosis cases were otitis-related, most of which in dogs (94,88 %). 24,49 % of dogs were up to two years old, and 54,7 % of canine cases occurred in females. Cocker Spaniel (10,24 %) and Poodle (8,89 %) were the most affected breeds. Dermatophytes were isolated in 18,56 % fungal infections, and Microsporum canis was the most commonly isolated species (57,78 % of dogs and 77,42 % of cats). Dogs presented a 74,38 % rate of cases and the one 24 month age group encompassed 56,67 % of records in dogs and 64,52 % in cats. The most affected breeds were Yorkshire Terrier (10%) and Persian (29,03 %). Sporothrix schenckii infection showed a 13,98 % rate in dogs and an 80,02 % rate in cats. Isolation occurred in 71,25 % cases in male cats; as to dogs, a significant gender-related difference was not found. The two to four year age group showed a 23,75 % occurrence rate. Crossbred animals corresponded to 82,50 % of the cases in cats and 53,85 % in dogs. These data demonstrated that most cats and dogs with fungal infections are young animals, with females showing a greater predisposition; however, no significant differences as to breed, animal fur or seasonality were found. The three most frequently isolated fungi in dogs and cats in southern Brazil were Malassezia pachydermatis, dermatophytes and Sporothrix schenckii.O objetivo deste trabalho foi conhecer possíveis fatores de risco para cães e gatos com resultados positivos para cultura de fungos patogênicos. Foi realizado um estudo observacional de caráter retrospectivo das infecções causadas por fungos, diagnosticadas em cães e gatos na região Sul do Brasil, no período de 1980 a 2011. Foram analisados 1.739 registros de amostras clínicas de caninos e felinos com suspeitas fúngicas, provenientes dos bancos de dados do Centro de Diagnóstico e Pesquisa em Micologia Veterinária (MICVET) e do Laboratório Regional de Diagnóstico (LRD), ambos da Faculdade de Veterinária da Universidade Federal de Pelotas (FAVET- UFPel). Houve crescimento fúngico em 52,85% das amostras, das quais 37,49% corresponderam ao crescimento de fungos patogênicos. O inverno 29,75% de frequência nos diagnósticos positivos para fungos patogênicos, 48,76% das amostras positivas eram de fêmeas, 44,11% machos e 7,13% não identificados, das amostras positivas 79,30 pertenciam a caninos 20,70% a felinos. A maior frequência, 26,80%, de casos positivos ocorreu em animais jovens, com até dois anos de idade. As três infecções fúngicas de maior ocorrência foram a malasseziose 59,98%, dermatofitose 18,56% e esporotricose 14,26%. Em 100% dos casos de malasseziose foi isolada a espécie Malassezia pachydermatis, em 78,98% dos casos a malasseziose era relacionada à otite, a maioria de 94,88% ocorreram em caninos. Nos caninos 20,49% tinham até dois anos de idade e 54,72% dos casos eram de fêmeas. As raças definidas Cocker Spaniel (10,24%) e Poodle (8,89%) foram as mais afetadas. O isolamento de dermatófitos ocorreu em 18,56% das infecções fúngicas, Microsporum canis foi a espécie mais isolada em caninos 57,78% e felinos 77,42%. Os caninos tiveram frequência de 74,38% dos casos e a faixa etária entre um e 24 meses teve 56,67% dos registros em caninos e 64,52% nos felinos, as raças Yorkshire Terrier 10%, e Persa 29,03% foram as mais afetadas. A infecção por Sporothrix schenckii teve frequência de 14,26%, sendo 13,98% em caninos e 86,02% em felinos. Em 71,25% o isolamento se deu em machos felinos, em caninos não houve diferença significativa relacionada ao sexo. A idade entre dois e quatro anos teve ocorrência de 23,75%. Os animais SRD corresponderam a 82,50% dos casos em felinos e 53,85% em caninos. Conclui-se que os dados gerais demonstram que a maioria de caninos e felinos com infecções fúngicas são animais jovens, com maior predisposição de fêmeas, não havendo diferença significativa para raça, comprimento do pelo e sazonalidade. Os três fungos com maior frequência de isolamentos em caninos e felinos na região sul do Rio Grande do Sul foram Malassezia pachydermatis, dermatófitos e Sporothrix schenckii

    Infecção por Sporothrix globosa na América do Sul.

    No full text
    O objetivo deste estudo é analisar registros de casos clínicos de infecções causadas pela espécie S.globosa na América do Sul

    Microsporosis canina y humana : relato de un caso zoonótico

    No full text
    Microsporose é uma infecção fúngica cutânea causada por dermatófito do gênero Microsporum, que apresenta potencial zoonótico. Um canino, fêmea, da raça Poodle, com 2 anos e 6 meses de idade, foi encaminhado para exame clínico com queixa principal de múltiplas lesões cutâneas alopécicas, eritematosas e pruriginosas, com cerca de 1 cm de diâmetro, circular, e pouca secreção purulenta, localizadas no plano nasal, dorsal torácico e membros anterior esquerdo e posterior direito proximais. Verificou-se que a proprietária do animal também apresentava lesões cutâneas similares. Foi realizada a coleta de material clínico no animal, através do arrancamento de pelos das bordas das lesões e swab estéril, e na proprietária foi utilizada a técnica do carpete e raspado cutâneo. No exame direto dos pelos do canino, não foi evidenciada presença de estruturas fúngicas. Na cultura fúngica do material clínico animal e humano, observou-se crescimento do fungo Microsporum canis. O diagnóstico foi realizado com base no histórico, anamnese e exame complementar micológico. Conclui-se a importância da realização de exames complementares laboratoriais na presença de lesões suspeitas, uma vez que a dermatofitose é uma zoonose de grande importância em saúde pública, pelo seu dispendioso e longo tratamento, que deve ser realizado tanto em animais como humanos e no ambiente afetado, muitas vezes persistindo mesmo depois da obtenção da cura clínica.Microsporosis is a fungal skin infection caused by dermatophytes of the Microsporum genus, which have zoonotic potential. A canine, female, Poodle, with 2 years and 6 months of age, was referred for clinical examination because it had multiple alopecic, erythematous and pruritic circular skin lesions, with approximately 1 cm in diameter and purulent aspect. The lesions were located in the nasal plane, dorsally in the thorax and proximally in the anterior left and posterior right limbs. It was found out that the dog’s owner also had similar skin lesions. So, collection of clinical material from the animal was performed through sterile swabs and the removal of fur from the edges around the lesions. The carpet technique and skin scraping were employed to collect samples from the owner of the dog. On the direct examination of canine fur, fungal structures were not evidenced. In the fungal cultures of animal and human clinical materials, there was the growth of Microsporum canis. The diagnosis was made based on the clinical history and the complementary mycological examination. Complementary laboratory tests in the presence of suspected lesions are essential, because dermatophytosis is a zoonotic disease of great public health importance. Furthermore, long and expensive treatments must be performed in animals, humans and environment, where the fungus often persists even after achieving clinical cure.Microsporosis es una infección fúngica de la piel causada por dermatofitos del género Microsporum, que tienen potencial zoonótico. Un canino, hembra, de la raza Poodle, con 2 años y 6 meses de edad, fue remitida a la consulta clínica porque tenía múltiples lesiones cutáneas alopecicas, eritema y lesiones cutáneas pruriginosas, con aproximadamente 1 cm de diámetro y aspecto circular, con poco pus, situado en el plano nasal, dorsal torácica, y miembros anterior derecho y posterior izquierdo proximales. Se encontró que el dueño del perro también tenía lesiones en la piel similares. Por lo tanto, la recolección de material clínico en el animal se realizó a través de la retirada de los bordes alrededor de las lesiones y esponja estéril, y en el dueño del perro se utilizó la técnica de la alfombra y el raspado de la piel. El examen directo de bordes caninos, no se puso de manifiesto estructuras fúngicas. En los cultivos de hongos de los animales y el material clínico en humanos, hubo crecimiento del Microsporum canis. El diagnóstico se realiza con base en la historia clínica, anamnesis y el examen micológico. Se concluye sobre la importancia de la realización de exámenes de laboratorio complementarios cuando existen lesiones sospechosas, ya que la dermatofitosis es una zoonosis de gran importancia para la salud pública, por su largo y costoso tratamiento, que debe ser realizado tanto en los animales y los seres humanos, así como también en el medio ambiente. A pesar de esto, muchas veces la enfermedad persiste después de lograr la curación clínica

    Aflatoxicose em cães na região Sul do Rio Grande do Sul

    No full text
    Descrevem-se os aspectos clinicopatológicos de casos de aflatoxicose em cães no Sul do Rio Grande do Sul. Foi realizado um estudo retrospectivo dos casos diagnosticados como aflatoxicose em cães necropsiados no Laboratório Regional de Diagnóstico (LRD) da Faculdade de Veterinária da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) no período de 1978 a 2012. Em quatro casos o diagnóstico foi confirmado pela detecção de níveis de 89 a 191 ppb de aflatoxinas B1 e G1 no alimento dos cães. De um total de 27 cães com cirrose hepática, em seis havia suspeita de aflatoxicose pelas lesões macro e microscópicas e pelo tipo de alimentação que os cães recebiam. Os sinais clínicos nos casos confirmados e nos suspeitos caracterizaram-se por apatia, diarreia, icterícia e ascite, com evolução para morte em 8 a 30 dias nos casos confirmados e em 15 a 60 dias nos casos suspeitos. A dieta era à base de derivados de milho ou arroz, farelo de amendoim e, em um caso suspeito, a dieta era ração comercial. As alterações macroscópicas caracterizaram-se por ascite, icterícia, fígado aumentado de tamanho, com ou sem nódulos, hemorragia nas serosas, conteúdo intestinal hemorrágico. Os casos foram classificados de acordo com o padrão histológico principal, caracterizado por vacuolização difusa no citoplasma de hepatócitos nos casos agudos, por proliferação de ductos biliares e discreta fibroplasia nos casos subagudos e por fibrose acentuada nos casos crônicos. Aparentemente, a enfermidade não é importante como causa de morte em cães na região, no entanto, alerta-se para a possibilidade de casos com diagnóstico de cirrose hepática sem causa determinada serem causados por aflatoxicose
    corecore