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    Neuroproteção na ressecção cirúrgica de gliomas cerebrais: revisão da evidência atual

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    Os gliomas cerebrais são tumores primários do sistema nervoso central que se desenvolvem a partir de células gliais e têm alta morbimortalidade. Seu tratamento padrão envolve a ressecção cirúrgica, radioterapia e quimioterapia, os quais possivelmente podem levar os pacientes a um prognóstico desfavorável. Nesse contexto, a neuroproteção entra como uma aliada para minimizar os efeitos colaterais da ressecção cirúrgica e melhorar a sobrevida e a qualidade de vida dos pacientes. Nesse sentido, o presente estudo tem como objetivo discutir sobre a evidência atual da neuroproteção na ressecção cirúrgica de gliomas cerebrais. Para isso, foram selecionados quatro artigos que que abordavam sobre a evidência atual da neuroproteção na ressecção cirúrgica de gliomas cerebrais, por meio de uma estratégia de busca com recorte temporal entre 2014 e 2023, nas bases de dados PubMed (Medline), Embase e Cochrane Library. Os resultados indicam que o grupo de pacientes que recebeu dexmedetomidina apresentou melhora significativa na cognição e redução da inflamação cerebral em comparação com o grupo-controle pós-ressecção dos gliomas cerebrais, além de menor incidência de efeitos colaterais anestésicos, como náusea e vômitos (p < 0,05). Ademais, foi observado que a modulação da via metabólica do glutamato/glutamina pode inibir o crescimento de gliomas e proteger o parênquima cerebral. Nesse sentido, as evidências atuais indicam que proteger as células nervosas é uma estratégia importante para minimizar os efeitos colaterais da ressecção cirúrgica de gliomas cerebrais, e a dexmedetomidina e a co-cultura de células de glioma e astrócitos que aumenta a concentração extracelular de glutamato e glutamina parecem ser importantes aliadas nessa profilaxia

    Fístula arteriovenosa dural intracraniana da junção craniocervical com drenagem venosa perimedular espinhal: um raro relato de caso

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    Fístulas arteriovenosas durais (FAVDs) são lesões adquiridas, que consistem em uma ou mais conexões fistulosas no interior dos folhetos da dura-máter, com envolvimento das paredes de um seio venoso dural ou então das veias leptomeníngeas adjacentes. Sua incidência é de difícil determinação, no entanto, segundo estudos, ela é estimada em 10% a 15% de todas as malformações cerebrovasculares diagnosticadas por angiografia. Os fatores predisponentes ao desenvolvimento das FAVDs são o traumatismo cranioencefálico, tromboflebite cerebral, neurocirurgia prévia e infecções. O objetivo deste estudo é apresentar um caso de Fístula Arteriovenosa Dural Intracraniana em um paciente de 58 anos, ressaltando os aspectos imagenológicos, etiológicos, fisiopatológicos e, sobretudo, os tipos de classificação da doença e a terapia utilizada. W.S.D., sexo masculino, 58 anos, natural e procedente de São Paulo – SP, deu entrada no pronto-socorro de um hospital de referência da capital paulista queixando-se de parestesia de membros superiores (MMSS) há 3 meses. Foi realizado exame físico e anamnese de forma minuciosa, na qual o paciente negou cefaleia e outros sintomas associados. Foi submetido à investigação com uma ressonância magnética (RNM) da região cerebral e medular em ponderações T1 e T2, as quais demonstraram efeito tumefativo que comprometia a transição bulbo-medular e a medula cervical de C2, as quais encontravam-se edemaciadas. Além disso, estavam proeminentes os vasos leptomeníngeos nos hemisférios cerebelares, estes patognomônicos da FAVD. Ademais, foi observado hipersinal em T2, com padrão estriado/tigroide, típico de degeneração mielínica progressiva. O paciente apresentava agressivo refluxo venoso cortical com drenagem perimedular espinhal na veia cortical e, dessa forma, enquadrou-se na Classificação de Cognard tipo V, sendo considerado um paciente portador de FAVD maligna. Foi então realizado tratamento endovascular com embolização transarterial, o qual proporcionou fechamento completo da fístula e, dessa forma, o paciente obteve um prognóstico favorável. As fístulas arteriovenosas durais, por serem uma condição rara e com variadas manifestações clínicas, podem passar despercebidas pelo profissional médico. Dessa forma, é de fundamental importância o conhecimento da doença, com o intuito de proporcionar ao paciente um diagnóstico precoce e uma terapia eficaz

    Associação entre a ooforectomia bilateral precoce e o desenvolvimento do parkinsonismo e Doença de Parkinson em mulheres na pré-menopausa

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    O parkinsonismo é um distúrbio do sistema nervoso de maior incidência masculina do que feminina, visto que, por mecanismos fisiológicos, o estrogênio possui efeitos neuroprotetores, com funções como aumento da dopamina, um neurotransmissor essencial para o controle das funções motoras. Além disso, previne a formação dos corpúsculos de Lewy e da agregação da α-sinucleína, responsáveis pela progressão da Doença de Parkinson. Por isso, a doença se apresenta diferentemente nas mulheres. A remoção cirúrgica de ambos os ovários em mulheres na pré-menopausa para a prevenção do câncer de ovário parece favorecer o surgimento da doença, tendo em vista a perda da produção do hormônio protetor. Assim, o objetivo do estudo é analisar a associação entre a ooforectomia bilateral precoce e o desenvolvimento de parkinsonismo e Doença de Parkinson em mulheres na pré-menopausa. Trata-se de uma revisão bibliográfica sistemática, do tipo quantitativa, que utilizou as plataformas do PubMed, SciELO e Cochrane Library como bases de dados para seleção dos artigos, todos na língua inglesa. Foram utilizadas literaturas publicadas com recorte temporal de 2017 a 2022. De acordo com as literaturas analisadas, a ooforectomia bilateral precoce em mulheres na pré-menopausa aumenta o risco do desenvolvimento de parkinsonismo. Desse modo, a diminuição dos procedimentos cirúrgicos profiláticos para câncer de ovário nas pacientes com risco médio de malignidade reduziria o risco dessa condição

    Terrestrial behavior in titi monkeys (Callicebus, Cheracebus, and Plecturocebus) : potential correlates, patterns, and differences between genera

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    For arboreal primates, ground use may increase dispersal opportunities, tolerance to habitat change, access to ground-based resources, and resilience to human disturbances, and so has conservation implications. We collated published and unpublished data from 86 studies across 65 localities to assess titi monkey (Callicebinae) terrestriality. We examined whether the frequency of terrestrial activity correlated with study duration (a proxy for sampling effort), rainfall level (a proxy for food availability seasonality), and forest height (a proxy for vertical niche dimension). Terrestrial activity was recorded frequently for Callicebus and Plecturocebus spp., but rarely for Cheracebus spp. Terrestrial resting, anti-predator behavior, geophagy, and playing frequencies in Callicebus and Plecturocebus spp., but feeding and moving differed. Callicebus spp. often ate or searched for new leaves terrestrially. Plecturocebus spp. descended primarily to ingest terrestrial invertebrates and soil. Study duration correlated positively and rainfall level negatively with terrestrial activity. Though differences in sampling effort and methods limited comparisons and interpretation, overall, titi monkeys commonly engaged in a variety of terrestrial activities. Terrestrial behavior in Callicebus and Plecturocebus capacities may bolster resistance to habitat fragmentation. However, it is uncertain if the low frequency of terrestriality recorded for Cheracebus spp. is a genus-specific trait associated with a more basal phylogenetic position, or because studies of this genus occurred in pristine habitats. Observations of terrestrial behavior increased with increasing sampling effort and decreasing food availability. Overall, we found a high frequency of terrestrial behavior in titi monkeys, unlike that observed in other pitheciids

    Conservação pra quê?

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    Ensino Médio::BiologiaPrograma da Radio UFMG Educativa, produzido pelo projeto de divulgação científica intitulado "Na Onda da Vida”

    Conservação pra quê?

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    Programa da Radio UFMG Educativa, produzido pelo projeto de divulgação científica intitulado "Na Onda da Vida”.Ensino Médio::Biologi

    Conservação pra quê?

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    Ensino Fundamental Inicial::Meio AmbienteÁudio do acervo radiofônico da Rádio UFMG Educativa - Programa Na Onda da Vida. Discute sobre a importância da preservação e o papel no process

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    Ensino Fundamental Inicial::Meio AmbienteÁudio do acervo radiofônico da Rádio UFMG Educativa - Programa Na Onda da Vida. Discute sobre a importância da preservação e o papel no process

    Terrestrial Behavior in Titi Monkeys (Callicebus, Cheracebus, and Plecturocebus): Potential Correlates, Patterns, and Differences between Genera

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    For arboreal primates, ground use may increase dispersal opportunities, tolerance to habitat change, access to ground-based resources, and resilience to human disturbances, and so has conservation implications. We collated published and unpublished data from 86 studies across 65 localities to assess titi monkey (Callicebinae) terrestriality. We examined whether the frequency of terrestrial activity correlated with study duration (a proxy for sampling effort), rainfall level (a proxy for food availability seasonality), and forest height (a proxy for vertical niche dimension). Terrestrial activity was recorded frequently for Callicebus and Plecturocebus spp., but rarely for Cheracebus spp. Terrestrial resting, anti-predator behavior, geophagy, and playing frequencies in Callicebus and Plecturocebus spp., but feeding and moving differed. Callicebus spp. often ate or searched for new leaves terrestrially. Plecturocebus spp. descended primarily to ingest terrestrial invertebrates and soil. Study duration correlated positively and rainfall level negatively with terrestrial activity. Though differences in sampling effort and methods limited comparisons and interpretation, overall, titi monkeys commonly engaged in a variety of terrestrial activities. Terrestrial behavior in Callicebus and Plecturocebus capacities may bolster resistance to habitat fragmentation. However, it is uncertain if the low frequency of terrestriality recorded for Cheracebus spp. is a genus-specific trait associated with a more basal phylogenetic position, or because studies of this genus occurred in pristine habitats. Observations of terrestrial behavior increased with increasing sampling effort and decreasing food availability. Overall, we found a high frequency of terrestrial behavior in titi monkeys, unlike that observed in other pitheciids. © 2019, Springer Science+Business Media, LLC, part of Springer Nature

    Brazilian Flora 2020: Leveraging the power of a collaborative scientific network

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    International audienceThe shortage of reliable primary taxonomic data limits the description of biological taxa and the understanding of biodiversity patterns and processes, complicating biogeographical, ecological, and evolutionary studies. This deficit creates a significant taxonomic impediment to biodiversity research and conservation planning. The taxonomic impediment and the biodiversity crisis are widely recognized, highlighting the urgent need for reliable taxonomic data. Over the past decade, numerous countries worldwide have devoted considerable effort to Target 1 of the Global Strategy for Plant Conservation (GSPC), which called for the preparation of a working list of all known plant species by 2010 and an online world Flora by 2020. Brazil is a megadiverse country, home to more of the world's known plant species than any other country. Despite that, Flora Brasiliensis, concluded in 1906, was the last comprehensive treatment of the Brazilian flora. The lack of accurate estimates of the number of species of algae, fungi, and plants occurring in Brazil contributes to the prevailing taxonomic impediment and delays progress towards the GSPC targets. Over the past 12 years, a legion of taxonomists motivated to meet Target 1 of the GSPC, worked together to gather and integrate knowledge on the algal, plant, and fungal diversity of Brazil. Overall, a team of about 980 taxonomists joined efforts in a highly collaborative project that used cybertaxonomy to prepare an updated Flora of Brazil, showing the power of scientific collaboration to reach ambitious goals. This paper presents an overview of the Brazilian Flora 2020 and provides taxonomic and spatial updates on the algae, fungi, and plants found in one of the world's most biodiverse countries. We further identify collection gaps and summarize future goals that extend beyond 2020. Our results show that Brazil is home to 46,975 native species of algae, fungi, and plants, of which 19,669 are endemic to the country. The data compiled to date suggests that the Atlantic Rainforest might be the most diverse Brazilian domain for all plant groups except gymnosperms, which are most diverse in the Amazon. However, scientific knowledge of Brazilian diversity is still unequally distributed, with the Atlantic Rainforest and the Cerrado being the most intensively sampled and studied biomes in the country. In times of “scientific reductionism”, with botanical and mycological sciences suffering pervasive depreciation in recent decades, the first online Flora of Brazil 2020 significantly enhanced the quality and quantity of taxonomic data available for algae, fungi, and plants from Brazil. This project also made all the information freely available online, providing a firm foundation for future research and for the management, conservation, and sustainable use of the Brazilian funga and flora
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