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    O papel da oxitocina e do cortisol no retraimento social dos bebés institucionalizados e na responsividade dos cuidadores

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    Dissertação de mestrado integrado em Psicologia (área de especialização em Psicologia Clínica e da Saúde)A institucionalização tem demonstrado ter impacto no desenvolvimento socioemocional das crianças, contribuindo para o modo como estas estabelecem relações interpessoais. Apesar das evidências, existem poucos estudos que relacionem o desenvolvimento dos comportamentos sociais das crianças institucionalizadas num enquadramento neurobiológico. Neste estudo pretendeu-se analisar os níveis de oxitocina e de cortisol de 17 bebés, no momento da sua admissão na instituição, e o papel destas hormonas no comportamento de retraimento social dos bebés e na responsividade dos cuidadores 6 meses depois. Os resultados revelaram que bebés com níveis mais elevados de cortisol na admissão têm cuidadores menos responsivos, e apresentam uma tendência para maior retraimento social, 6 meses depois. Relativamente aos níveis de oxitocina, verificou-se que bebés com níveis mais elevados desta hormona tendem a ser mais retraídos socialmente e a terem prestadores de cuidados menos responsivos após seis meses. Os resultados deste estudo sugerem que os níveis hormonais do bebé, à entrada na instituição, podem estar associados ao seu desenvolvimento sócio-emocional e à qualidade da interação com os cuidadores na instituição. Ainda que exploratório, este estudo revela a importância dos fatores neurobioquímicos no momento da admissão para a compreensão das trajetórias desenvolvimentais em bebés institucionalizados.Institutionalization has had an impact on socio emotional development of children, contributing to how they interact with others. Despite the evidence, there are few studies that relate the development of social behavior of institutionalized children in a neurobiological framework. In this study we analyze the levels of oxytocin and cortisol of 17 infants, at the time of their admission to the institution, and the role of these hormones in the infants’ social withdrawal behavior and in caregivers’ responsiveness six months later. The results showed that infants with higher levels of cortisol, on admission, have less responsive caregivers and have a tendency to be more socially withdrawn, 6 months after. It was also found that infants with higher levels of oxytocin tend to be more socially withdrawn and have less responsive caregivers 6 months after admission The results suggest that prior hormone levels in infants, on admission, may be associated with their socio/emotional development and with the interaction quality with caregivers in the institution, 6 months after. In spite of the exploratory feature, this study reveals the importance of neurobiological factors at the admission to understand the developmental pathways in institutionalized infants

    a clinical reappraisal

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    Funding Information: This research was supported by funding from the Bill & Melinda Gates Foundation to the New York Academy of Sciences (Grant number OPP1176128). We thank Megan Bourassa for her valuable comments to the manuscript and Rado Randriambovonjy, as well as Rija Rakotondralambo for their contribution (partial literature sorting). Publisher Copyright: © 2021 The Authors. Annals of the New York Academy of Sciences published by Wiley Periodicals LLC on behalf of New York Academy of Sciences.Often thought to be a nutritional issue limited to low- and middle-income countries (LMICs), pediatric thiamine deficiency (PTD) is perceived as being eradicated or anecdotal in high-income countries (HICs). In HICs, classic beriberi cases in breastfed infants by thiamine-deficient mothers living in disadvantaged socioeconomic conditions are thought to be rare. This study aims to assess PTD in HICs in the 21st century. Literature searches were conducted to identify case reports of PTD observed in HICs and published between 2000 and 2020. The analyzed variables were age, country, underlying conditions, clinical manifestations of PTD, and response to thiamine supplementation. One hundred and ten articles were identified, totaling 389 PTD cases that were classified into four age groups: neonates, infants, children, and adolescents. Eleven categories of PTD-predisposing factors were identified, including genetic causes, lifestyle (diabetes, obesity, and excessive consumption of sweetened beverages), eating disorders, cancer, gastrointestinal disorders/surgeries, critical illness, and artificial nutrition. TD-associated hyperlactatemia and Wernicke encephalopathy were the most frequent clinical manifestations. The circumstances surrounding PTD in HICs differ from classic PTD observed in LMICs and this study delineates its mutiple predisposing factors. Further studies are required to estimate its magnitude. Awareness is of utmost importance in clinical practice.publishersversionpublishe

    Comportamientos parentales, orientación motivacional y objetivos deportivos: un estudio con atletas jóvenes

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    Este estudo analisou a relação entre comportamentos parentais, orientação motivacional e perceção de rendimento desportivo em jovens atletas. Participaram nesta investigação 711 atletas (89 raparigas e 622 rapazes), com idades entre os 12 e os 19 anos (M = 14.77; DP = 1.86). Os participantes responderam a um protocolo de avaliação composto por quatro instrumentos: Questionário Demográfico, Questionário de Comportamentos Parentais no Desporto; Escala de Objetivos de Realização para o Desporto Juvenil e Escala de Avaliação dos Objetivos de Rendimento. Verificaram-se diferenças nestas dimensões psicológicas em função de variáveis pessoais e desportivas dos atletas e salientou-se a importância dos comportamentos parentais e da perceção de obtenção dos objetivos individuais de rendimento na predição da orientação motivacional. Em suma, os resultados revelaram a importância destas variáveis na explicação da experiência psicológica dos jovens atletas e a continuação de investigações nesta área.This study analyzed the relationship between parental behavior, achievement goal orientation and perception of achievement of sport goals in youth sport. The sample included 711 athletes (89 girls and 622 boys), with ages between 12 and 19 years old (M = 14.77; SD = 1.86). The athletes answered an evaluation protocol with four instruments: Demographic Questionnaire, Questionnaire of Parental Behaviors in Sport, Achievement Goal Scale for Youth Sport, and Performance Goal Incongruence Scale. The results showed differences among these psychological variables according to personal and sport variables of athletes. Parental behavior and achievement of personal goals were also relevant in the prediction of achievement goal orientation. In conclusion, the results showed the importance of parental behavior, achievement goal orientation, and perception of achievement of sport goals in the study of the psychological experience of young athletes, suggesting the need for further investigations in this field.Este estudio examinó la relación entre los comportamientos parentales, la orientación motivacional y la percepción del rendimiento deportivo en atletas jóvenes. Participaron en esta investigación 711 atletas (89 chicas y 622 chicos), con edades entre 12 y 19 años (M = 14.77, DT = 1.86). Los participantes completaron un protocolo de evaluación constituido por cuatro instrumentos: Cuestionario Demográfico, Cuestionario de Conductas Parentales en el Deporte; Escala de Logro de Metas para el Deporte Juvenil y Escala de Evaluación de los Objetivos de Rendimiento Deportivo. Los resultados mostraron diferencias en estas dimensiones psicológicas en función de variables personales y deportivas de los atletas. Asimismo, mostraron que los comportamientos parentales y la percepción del rendimiento deportivo fueran variables predictoras de la orientación motivacional. En resumen, los resultados revelaron la importancia de estas variables en la explicación de la experiencia psicológica de los deportistas jóvenes y la importancia de continuación de la investigación en esta área

    Cares for families of people with mental illness

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    Health politics defend that people with mental diseases should be kept within the community. The family is asked to look after these people, without being prepared for that. The family doesn’t understand their ill relatives neither the revelation of the illness, dealing as well with guilt, physical and emotional overload, social isolation and frequently economical difficulties. This study allows us to identify the health needs in the families with relatives suffering from mental illness, and develop healthy strategies to overcome the difficulties caused by the illness. Our aim is to promote health in these families. For this investigation we conducted semi-structured interviews within a sample composed by relatives of mental patients. The families feel insecure and don’t know what to do, saying it would be important to know how to deal with the ill person and where to turn to in case of family instability. The information allows us to help the family to readjust their new life projects

    Síndrome de Sweet Induzido pela Carbamazepina

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    A comunicação no processo terapeutico das famílias de doentes mentais

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    A saúde mental no século no XXI estará dependente de quadros sócio-políticos difíceis de prever face à conjuntura económica que se verifica a nível mundial. No entanto, independentemente do que daí advier, é importante inserir a família nos projectos terapêuticos a desenvolver com os doentes mentais. Para que o envolvimento da família nesses projectos terapêuticos seja bem sucedida é necessário a adopção de processos de comunicação a nível das relações interpessoais enfermeiros/famílias de doentes mentais para o sucesso dessas interacções. O estudo que estamos a desenvolver com enfermeiros que trabalham em serviços de internamento de saúde mental e psiquiátrica tem por objectivos: - identificar de que forma o enfermeiro intervém junto das famílias para que estas se sintam apoiadas quando necessitam de ajuda para lidarem com a situação de doença na família. - obter informação sobre os espaços de tempo que disponibilizam para ouvir as famílias. Trabalhamos com 7 enfermeiros. Recorremos a entrevistas semi-estruturadas. O tratamento dos dados é feito através de análise de conteúdo. O nosso estudo demonstra que: - os momentos utilizados pelos enfermeiros para comunicar com a família visam essencialmente dar informações sobre os procedimentos a ter com o doente após a alta. - Entendem a família como um elemento fundamental para o equilíbrio do doente mas não valorizam o equilíbrio da própria família. - O foco de atenção dos enfermeiros é o doente identificado. Decorre de uma análise preliminar dos dados que há pouca comunicação entre enfermeiros e familiares dos doentes internados e quando dialogam é para obter dados dos doentes ou encaminhá-los para outros técnicos. É importante motivar os enfermeiros a desenvolver processos de comunicação junto destas famílias com momentos concretos de ajuda terapêutica. Com estes procedimentos acreditamos que se atingirão ganhos em saúde, observáveis pela diminuição da ansiedade dos familiares, melhor relação destes com os familiares doentes e, por sua vez, menos internamentos dos doentes identificados.political policies that given the economic climate that exists worldwide will di"cult predictions. However, regardless what can happen, it is necessary once and for all to include families in the therapy project developed with the mentally ill. To be successful with family involvement in therapy projects it is necessary to adopt communication processes at an interpersonal level relationship nurses / families of the mentally. #e aim of this study with nurses working in mental health and psychiatric units is: - Identify how nurses intervene with families so that they feel supported when they need help to cope with the disease situation in the family. - Information about the length of time used to listen to the families. A sample of seven nurses was studied by semi-structured interviews. Data processing was subjected to content analysis. Our study demonstrates that: - #e time used by nurses to communicate with family is essentially aimed at providing information on the procedures to be with the patient a$er discharge. - #ey understand the family as a key element for the patient sense of balance, not appreciating the family sense of balance. - #e attention focus is the mentally ill patient. Conclusions: there is little communication between nurses and family members of mentally ill patients and when dialogue occurs it is to obtain data of patients or to refer them to other health professionals. It is important to motivate nurses to develop communication processes with these families and real instances of therapeutic help. With these procedures we believe that health gains will be obtain, observable with the decrease of anxiety within the family members, better relationship between patients and their family members, and therefore, fewer hospital admissions

    As famílias com doentes mentais

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    As políticas de saúde vão no sentido de se manterem os doentes mentais na comunidade. À família é exigido o papel de cuidador para o qual não está preparada, não compreende o comportamento do doente nem as manifestações da doença lidando ainda com a culpa, a sobrecarga física e emocional, o isolamento social, e, muitas vezes, dificuldades económicas. Com este estudo pretendemos identificar necessidades em saúde nas famílias com doentes mentais e desenvolver estratégias saudáveis para ultrapassar as dificuldades causadas pela doença. Queremos assim contribuir para a promoção da saúde das famílias com doentes mentais. Optamos por uma amostra constituída por 20 famílias de doentes mentais. Recorremos a entrevistas semi-estruturadas. O tratamento de dados foi sujeito a análise de conteúdo. As famílias sentem-se inseguras e sem saber o que fazer, manifestando que seria importante saber como lidar com o doente e a quem recorrer numa situação de desequilíbrio. Estas informações são importantes no planeamento de cuidados e permitem aos enfermeiros que trabalham com família de doentes mentais intervir junto delas ajudando-as a reajustarem-se aos seus novos projectos de vida.Health policies support that people with mental disease should live within the community. Families are expected to take care of their mentally ill members but they are not prepared to deal with it. The family does not understand the patient’s behaviour or the manifestations of the disease still dealing with guilt, physical and emotional burden, social isolation, and often economic difficulties. The aim of this study is to identify the health needs in families with mentally ill and develop healthy strategies to overcome the difficulties caused by the disease. We want to help to promote the health of families with mentally ill patients. A sample of 20 families of mentally ill was studied through semi-structured interviews. Data processing was subjected to content analysis. Families feel insecure, not knowing what to do. They state that it would be important to know how to deal with the patient and who can help them when they turn to an imbalance. This information is important to plan some care and enable nurses working with families of mental patients to intervene with them, so that they can readjust to their new life projects

    Promoção da saúde das famílias com pessoas doentes mentais

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    As famílias que têm um elemento com doença mental vivem num ambiente de sofrimento que influência o seu funcionamento e desenvolvimento familiar. São reconhecidas como intervenientes nos cuidados ao membro doente mas o desempenho de papel de cuidadora implica sobrecarga física e emocional. A vida destas famílias sofre profundas transformações devido à complexidade das questões relacionadas com a doença mental que irão afetar as pessoas como um todo, na sua individualidade, na sua relação com os outros e com o meio envolvente. Os enfermeiros estão envolvidos na promoção da saúde das famílias Tínhamos como objetivos conhecer as dificuldades mais comuns sentidas pela família que influenciam a sua reorganização entre si e face ao membro com problemas mentais; identificar estratégias utilizadas pelas famílias para fazer face a dificuldades causadas pela presença de um membro com patologia mental; identificar estruturas de apoio que permitam às famílias organizarem-se face à ocorrência de patologia mental; Identificar as intervenções do enfermeiro dirigidas à família com o objetivo de as ajudar nas dificuldades na área da saúde; identificar as intervenções dos enfermeiros que trabalham em unidades de cuidados psiquiátricos no processo terapêutico junto dos familiares dos doentes mentais com os quais convivem diariamente. O estudo foi desenvolvido no paradigma qualitativo, de caráter interpretativista, com orientação do interacionismo simbólico. Recorremos à entrevista semiestruturada iniciada após prévia aprovação dos Comités de Ética dos locais onde se efetuou a colheita dos dados e o consentimento escrito dos entrevistados. Por ser constituído por duas populações distintas, as amostras foram, para o grupo das famílias colaboraram vinte famílias num total de trinta e cinco elementos, para o grupo dos enfermeiros tivemos sete participantes. Seguiu-se a análise de conteúdo segundo os pressupostos de Blumer do interacionismo simbólico. Na ajuda à análise foi utilizado o software Nvivo8. As famílias do estudo manifestaram sentir muitas dificuldades na convivência com o seu familiar doente. A análise efetuada sugere falta de informação relativamente à doença, causas que a provocam e falta de apoio para viver a transição no processo de doença psiquiátrica. Os enfermeiros, por sua vez, manifestam ter competências para ajudar as famílias na relação com o familiar doente. No entanto, nem sempre as características do contexto da prática clínica são favoráveis ao desempenho das intervenções terapêuticas necessárias para responder às necessidades das famílias. As estratégias sugeridas para promover a saúde das famílias passam pela implantação de medidas na prática, capazes de mensurarem a importância das intervenções de enfermagem nos cuidados às famílias dos doentes mentais; incentivar os enfermeiros à prática de investigação para fomentar a utilização de medidas interventivas baseadas na evidência científica; e implementar medidas promotoras de formação especializada em enfermagem de saúde mental aos enfermeiros que lidam com famílias e doentes com problemas de saúde/doença mental

    Populational analysis of Saccharomyces cerevisiae strains from different appellations of origin and grape varieties by microsatellite analysis.

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    The objective of the present study was to evaluate populational relationships among Saccharomyces cerevisiae strains isolated from some of the Portuguese most important grapevine varieties in different appellations of origin, using polymorphic microsatellites. 
One hundred ninety two grape samples were collected during the 2006 and 2007 harvest season in the Vinho Verde (grape varieties: Arinto, Alvarinho, Avesso, Loureiro, Touriga Nacional) Bairrada (grape varieties: Arinto, Baga, Castelão Francês, Maria Gomes, Touriga Nacional) Alentejo (grape varieties, Aragonês, Trincadeira, Touriga Nacional), Terras do Sado (grape variety Castelão) Bucelas (grape variety Arinto) and Estremadura (grape varieties: Arinto, Aragonês, Castelão, Trincadeira, Touriga Nacional) appellations of origin. From the final stage of spontaneous fermentations, 2820 yeast isolates were obtained, mainly belonging to the species S. cerevisiae. An initial genetic screen, based on mitochondrial DNA restriction fragment length polymorphism (mtDNA RFLP) and/or interdelta sequence analysis was followed by microsatellite analysis of strains with unique genetic profiles, using 10 highly polymorphic microsatellites. Our results showed that microsatellite analysis revealed a high resolution populational screen, showing that genetic differences and populational structures among S. cerevisiae populations derived from both “diagnostic” vineyard-, specific alleles and the accumulation of small allele-frequency differences across ten microsatellite loci. Heterozygosity was three to four times lower than the expected value, confirming the strong populational substructuring. The presented large-scale approach shows that each vineyard contains differentiated S. cerevisiae populations, showing the occurrence of specific native strains that can be associated with a terroir. 

Financially supported by the programs POCI 2010 (FEDER/FCT, POCTI/AGR/56102/2004) and AGRO (ENOSAFE, Nº 762).
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