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    Associação entre obesidade, mudanças antropométricas e sintomas depressivos em idosos: estudo longitudinal de base populacional

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    Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Nutrição, Florianópolis, 2017.Os sintomas depressivos geram sérias consequências individuais, familiares e sociais, que aumentam incapacidades e suicídios e reduzem a qualidade de vida nos idosos. Existem algumas evidencias sugerindo que a obesidade é um fator de risco para os sintomas depressivos. Diante disso, a presente tese teve como objetivo investigar a associação entre obesidade, mudanças antropométricas e sintomas depressivos em idosos da cidade de Florianópolis (SC) pertencentes ao estudo EpiFloripa Idoso. Caracteriza-se como uma coorte prospectiva, de base populacional domiciliar com idosos de ambos os sexos, 60 anos ou mais de idade. Foram avaliados 1.702 idosos em 2009/10 (62,5% mulheres; 70,6±8,0 anos) e realizou-se o acompanhamento dessa amostra de 1.197 em 2013/14 (63,1% mulheres; 73,9±7,3 anos). Os dados antropométricos aferidos foram: peso, altura, e circunferência da cintura (CC), sendo calculado o índice de massa corporal (IMC). As mudanças nesses indicadores foram avaliadas mediante modelos lineares mistos, com coeficientes fixos e aleatórios. A Escala de Depressão Geriátrica (15 itens) foi usada para avaliação dos sintomas depressivos. Foi utilizada a regressão logística nas análises, com ajuste para variáveis sociodemográficas e comportamentais. A prevalência de sintomas depressivos em 2009/10 foi 23,3% (IC95% 20,3-26,6) e a incidência cumulativa no período de 4 anos foi de 10,9% (IC95% 8,7-13,6). A obesidade acometeu 29,3% dos idosos na linha de base. O sobrepeso e valores intermediários de CC (indicador de obesidade abdominal) estiveram associados com menor prevalência e menor incidência de sintomas depressivos em idosos. Além disso, aqueles que eram sobrepeso nas duas ondas do estudo ou que mudaram para eutrofia na segunda onda, tiveram menores risco de sintomas depressivos. Indivíduos com obesidade severa (obesidade II-III e CC no quartil superior) apresentaram maior razão de odds de prevalência de sintomas depressivos (RO 2,34; IC95% 1,42?3,87 e RO 1,73; IC95% 1,13?2,65, respectivamente) do que os eutróficos ou com CC no quartil inferior, contudo, a incidência foi similar à dos eutróficos. Os indivíduos com obesidade severa apresentaram sintomas depressivos persistentes. Na avaliação das mudanças antropométricas foi observado alteração no padrão de mudança da CC nos idosos, compatível com um processo intermediário de transição nutricional, com aumento da obesidade abdominal, principalmente nas mulheres. A prática regular de atividade física e o consumo alimentar não apresentaram associação com peso ou CC. Os homens com baixa escolaridade e os que não eram casados, apresentaram elevada redução de peso após os 75 anos. Indivíduos eutróficos que reduziram anualmente o peso ou IMC tiveram maior incidência de sintomas depressivos, provavelmente devido à redução de massa magra (sarcopenia). A mudança da CC não esteve associada à incidência de sintomas depressivos. Como conclusão, tem-se que a relação entre o estado do peso corporal e a presença de sintomas depressivos em idosos não foi linear. Os resultados encontrados ressaltam a necessidade de estratégias públicas de monitoramento das mudanças antropométricas e de prevenção da obesidade severa e redução do peso em idosos eutróficos, visto que ambas estão relacionadas com sintomas depressivos.Abstract : Depressive symptoms lead to individual, family, and social impairments that increase disability and suicide, and reduce quality of life of elderly. There is some evidence suggesting that obesity is a risk factor for depressive symptoms. Therefore, the present thesis aimed to investigate the association between obesity, anthropometric changes and depressive symptoms in the elderly living in the city of Florianópolis, from the EpiFloripa Idoso study. This prospective longitudinal population-based study included a representative sample of individuals with 60 years of age and older. In 2009/10, 1,702 elderly individuals were evaluated (62.5% women, 70.6 ± 8.0 years) and in 2013/14 it was 1,197. The measured anthropometric data were: weight, height, and waist circumference (WC), and the body mass index (BMI) was calculated. The changes in these indicators were evaluated using mixed linear models with fixed and random coefficients. The Geriatric Depression Scale (15 items) was used to evaluate depressive symptoms. Logistic regression was used in the analyses, with adjustments for sociodemographic and behavioral variables. The prevalence of depressive symptoms in 2009/10 was 23.3% (95% CI 20.3-26.6) and the cumulative incidence was 10.9% (95% CI 8.7-13.6). At the baseline, 29.3% of the elderly were obese. Overweight and intermediate values of waist circumference (indicator of abdominal obesity) were associated with lower prevalence and lower incidence of depressive symptoms. Addition, those who maintained overweight in both waves or those who changed from overweight to normal weight in the second wave showed a lower risk of depressive symptoms. Individuals with severe obesity (obesity II-III and waist circumference in the upper quartile) had higher prevalence odds ratio of being depressed than individuals with normal weight or WC in the lower quartile (OR 2.34; 95% CI 1.42?3.87 and OR 1.73; 95% CI 1.13?2.65, respectively), however, the incidence was similar to eutrophic. Individuals with severe obesity presented persistent depressive symptoms. The assessment of the anthropometric changes showed change in the pattern of CC, suggesting an intermediate stage of nutritional transition with an increase in abdominal obesity, especially in women. The regular practice of physical activity and food consumption were not associated with weight or CC. Less educated men and those who live without a partner showed higher weight reduction, especially after 75 years. Normal weight individuals who reduced their weight or BMI annually had a higher incidence of depressive symptoms, probably due to the reduction of lean mass (sarcopenia). Change in WC was not associated with the incidence of depressive symptoms. In conclusion, the relationship between the body weight status and the presence of depressive symptoms in the elderly was not linear. The results highlight the importance of public strategies to monitor anthropometric changes and to prevent severe obesity and weight loss in normal weight elderly, since both are related to depressive symptoms

    Avaliação do risco de disfagia, estado nutricional e ingestão calórica em idosos com Alzheimer

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    OBJECTIVE: to evaluate the risk of dysphagia and its relationship with the stage of Alzheimer's Disease, as well as the relationship between the risk of dysphagia and nutritional status and caloric intake in elderly people with Alzheimer's disease. METHODS: the sample consisted of 30 subjects of both genders with probable Alzheimer's disease. The stage of the disease, nutritional status, energy intake, and risk of dysphagia were assessed. RESULTS: it was found that increased risk of dysphagia is associated with the advance in the stages of Alzheimer's disease and that even patients in the early stages of disease have a slight risk of developing dysphagia. No association was found between nutritional status and the risk of dysphagia. High levels of inadequate intake of micronutrients were also verified in the patients. CONCLUSION: an association between dysphagia and the development of Alzheimer's disease was found. The results indicate the need to monitor the presence of dysphagia and the micronutrient intake in patients with Alzheimer's disease.OBJETIVO: evaluar el riesgo de la disfagia y su relación con la etapa de la enfermedad de Alzheimer, así como la relación del riesgo de la disfagia y el estado nutricional y la ingesta calórica en los ancianos con enfermedad de Alzheimer. MÉTODOS: la muestra consistió en 30 sujetos de ambos sexos con probable enfermedad de Alzheimer. Se evaluó la etapa de la enfermedad, el estado nutricional, la ingesta de energía y el riesgo de disfagia. RESULTADOS: se encontró que un mayor riesgo de disfagia está asociado con el avance en las etapas de la enfermedad de Alzheimer e incluso los pacientes en las primeras etapas de la enfermedad tienen un ligero riesgo de desarrollar disfagia. No se encontró asociación entre el estado nutricional y el riesgo de disfagia. También verificamos los altos niveles de ingesta insuficiente de micronutrientes en los pacientes. CONCLUSIÓN: se encontró una asociación entre la disfagia y el desarrollo de la enfermedad de Alzheimer. Nuestros resultados apuntan a la necesidad de monitorear la presencia de disfagia y la ingesta de micronutrientes en pacientes con enfermedad de Alzheimer.OBJETIVO: avaliar o risco de disfagia e sua relação com o estágio da doença de Alzheimer, bem como a relação entre o risco de disfagia, o estado nutricional e a ingestão calórica em idosos com doença de Alzheimer. MÉTODOS: a amostra foi constituída por 30 indivíduos de ambos os sexos, com diagnóstico provável de doença de Alzheimer. O estágio da doença, o estado nutricional, a ingestão energética e risco de disfagia foram avaliados. RESULTADOS: verificou- se que maior risco de disfagia está associado ao avanço das fases da doença de Alzheimer e mesmo os pacientes nos estágios iniciais da doença apresentam leve risco de desenvolvimento de disfagia. Não foi encontrada associação entre o estado nutricional e o risco de disfagia. Altos níveis de ingestão inadequada de micronutrientes em pacientes também foram observados. CONCLUSÃO: identificou-se associação entre disfagia e desenvolvimento da doença de Alzheimer. Os achados desta pesquisa apontam para a necessidade de monitorar a presença de disfagia e da ingestão de micronutrientes em pacientes com doença de Alzheimer

    O uso do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado paliativo de crianças com câncer

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    O estudo teve como objetivos descrever as formas de utilização do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado paliativo de crianças com câncer e analisar as facilidades e dificuldades do uso do brincar neste cuidado. Estudo qualitativo descritivo, realizado em novembro de 2012, com 11 profissionais de saúde em um hospital público do estado do Rio de Janeiro. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas e análise temática das informações. A utilização de brinquedos antes da realização de procedimentos foi apontada como facilitador no cuidado paliativo. A condição física da criança, sua restrição e, também, a resistência de alguns profissionais, bem como a falta de tempo para o desenvolvimento dessa atividade, dificultaram o uso do brincar. Conclui-se que o brincar proporciona à criança com câncer em cuidados paliativos um atendimento humanizado, sendo fundamental integrá-lo aos cuidados a essas crianças

    Estudo de coorte EpiFloripa Idoso: métodos, aspectos operacionais e estratégias de seguimento

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    OBJECTIVE: To describe the sample plan, operational aspects, and strategies used in the 2009/2010 and 2013/2014 EpiFloripa Aging Study. METHODS: The EpiFloripa Aging is a population-based longitudinal study with 1,705 older adults (60 years or more) living in the municipality of Florianópolis, State of Santa Catarina, Brazil, in 2009/2010 (baseline). The research was conducted with a face-to-face interviews, organized into blocks of identification, socioeconomic, mental health, health and life habits, global functionality, falls, physical activity, morbidities, use of health services, use of medications, food, oral health, and violence, evaluated in the first (2009/2010) and in the second wave (2013/2014). Additionally, in the second wave, we investigated the issue of discrimination and quality of life. RESULTS: The response rate of the first wave was 89.2% (n = 1,705). The baseline sample, with predominance of women (63.9%), was similar to the 2010 Census regarding age for women and slightly different for younger men. In the second wave, 1,197 participants were interviewed (response rate of 70.3%). Follow-up losses were only observed for the variable age group (p = 0.003), and predominantly for those aged 80 years or more. Mortality data linkage and active search for participants were used as a follow-up strategies. CONCLUSIONS: This study used strategies that were able to help locate the participants and maintain adherence, which ensured a good response rate during investigations.OBJETIVO: Descrever o plano amostral, aspectos operacionais e estratégias utilizadas no Estudo EpiFloripa Idoso 2009/2010 e 2013/2014. MÉTODOS: O EpiFloripa Idoso é um estudo de base populacional com 1.705 idosos (60 anos ou mais) residentes no município de Florianópolis, SC, em 2009/2010 (linha de base). A investigação foi realizada por meio de entrevista face a face, organizada nos blocos de identificação, geral (características socioeconômicas), saúde mental, saúde e hábitos de vida, funcionalidade global, quedas, atividade física, morbidades, uso de serviços de saúde, uso de medicamentos, alimentação, saúde bucal e violência, avaliados na primeira (2009/2010) e na segunda onda (2013/2014). Adicionalmente, na segunda onda, investigou-se a temática de discriminação e qualidade de vida. RESULTADOS: A taxa de resposta na primeira onda foi de 89,2% (n = 1.705). A amostra da linha de base, com predomínio de mulheres (63,9%), foi semelhante ao Censo 2010 em relação à idade nas mulheres e ligeiramente diferente nos homens mais jovens. Na segunda onda, 1.197 participantes foram entrevistados (taxa de resposta de 70,3%). Houve perda de seguimento somente para a variável faixa etária (p=0,003), principalmente naqueles com 80 anos ou mais. Utilizou-se como estratégias de seguimento o relacionamento de dados e a busca ativa. CONCLUSÕES: O presente estudo utilizou estratégias que conseguiram auxiliar na localização dos participantes e manutenção da aderência, o que garantiu boa taxa de resposta durante as investigações

    O uso do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado paliativo de crianças com câncer

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    O estudo teve como objetivos descrever as formas de utilização do brincar pela equipe de enfermagem no cuidado paliativo de crianças com câncer e analisar as facilidades e dificuldades do uso do brincar neste cuidado. Estudo qualitativo descritivo, realizado em novembro de 2012, com 11 profissionais de saúde em um hospital público do estado do Rio de Janeiro. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas e análise temática das informações. A utilização de brinquedos antes da realização de procedimentos foi apontada como facilitador no cuidado paliativo. A condição física da criança, sua restrição e, também, a resistência de alguns profissionais, bem como a falta de tempo para o desenvolvimento dessa atividade, dificultaram o uso do brincar. Conclui-se que o brincar proporciona à criança com câncer em cuidados paliativos um atendimento humanizado, sendo fundamental integrá-lo aos cuidados a essas crianças

    The use of playing by the nursing staff on palliative care for children with cancer

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    This study aimed to describe ways of using play by the nursing staff on palliative care of children with cancer and analyze the facilitators and barriers of the use of playing on this type of care. Qualitative, descriptive research developed on November 2012 with 11 health professionals, in a public hospital of the state of Rio de Janeiro. Semi-structured interviews and thematic analysis of the information were conducted. The use of playing before procedures was highlighted as a facilitator on palliative care. The child's physical condition, one's restriction, resistance of some professionals and the lack of time for developing this activity, made the use of play harder. We concluded that playing enables the child with cancer, in palliative care, a humanized assistance, being fundamental to integrate it on the care for these children

    Evaluation of dysphagia risk, nutritional status and caloric intake in elderly patients with Alzheimer's

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    OBJECTIVE: to evaluate the risk of dysphagia and its relationship with the stage of Alzheimer's Disease, as well as the relationship between the risk of dysphagia and nutritional status and caloric intake in elderly people with Alzheimer's disease.METHODS: the sample consisted of 30 subjects of both genders with probable Alzheimer's disease. The stage of the disease, nutritional status, energy intake, and risk of dysphagia were assessed.RESULTS: it was found that increased risk of dysphagia is associated with the advance in the stages of Alzheimer's disease and that even patients in the early stages of disease have a slight risk of developing dysphagia. No association was found between nutritional status and the risk of dysphagia. High levels of inadequate intake of micronutrients were also verified in the patients.CONCLUSION: an association between dysphagia and the development of Alzheimer's disease was found. The results indicate the need to monitor the presence of dysphagia and the micronutrient intake in patients with Alzheimer's disease
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