42 research outputs found
2012 Brazilian Society of Rheumatology Consensus on the management of comorbidities in patients with rheumatoid arthritis
OBJECTIVE: To elaborate recommendations of the Rheumatoid Arthritis Committee of the Brazilian Society of Rheumatology (SBR) to manage comorbidities in rheumatoid arthritis (RA). METHODS: To review the literature and the opinions of the SBR RA Committee experts. RESULTS AND CONCLUSIONS: Recommendations: 1) Early diagnosis and proper treatment of comorbidities are recommended; 2) The specific treatment of RA should be adapted to the presence of comorbidities; 3) Angiotensin-converting-enzyme inhibitors or angiotensin II receptor blockers are preferred to treat systemic arterial hypertension; 4) In patients diagnosed with rheumatoid arthritis and diabetes mellitus, the continuous use of a high cumulative dose of corticoids should be avoided; 5) Statins should be used to maintain LDL cholesterol levels under 100 mg/dL and the atherosclerotic index lower than 3.5 in patients with RA who have other comorbidities; 6) Metabolic syndrome should be treated; 7) Performing non-invasive tests to investigate subclinical atherosclerosis is recommended; 8) Greater surveillance for the early diagnosis of occult malignancy is recommended; 9) Preventive measures of venous thrombosis are suggested; 10) Bone densitometry is recommended in RA patients over the age of 50 years and in younger patients on corticoid therapy at a dose greater than 7.5 mg for over three months; 11) Patients with RA and osteoporosis should be instructed to avoid falls, to increase their dietary calcium intake and sun exposure, and to exercise; 12) Calcium and vitamin D supplementation is suggested. Bisphosphonates are suggested for patients with T score < -2.5 on bone densitometry; 13) A multidisciplinary team, with the active participation of a rheumatologist, is recommended to treat comorbidities.OBJETIVO: Elaborar recomendações da Comissão de Artrite Reumatoide da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) para o manuseio das comorbidades em artrite reumatoide (AR). MÉTODOS: Revisão da literatura e opinião de especialistas da Comissão de AR da SBR. RESULTADOS E CONCLUSÕES: Recomendações: 1) Diagnosticar e tratar precoce e adequadamente as comorbidades; 2) O tratamento específico da AR deve ser adaptado às comorbidades; 3) Inibidores da enzima conversora da angiotensina (IECA) ou bloqueadores dos receptores de angiotensina II (BRA) são preferidos no tratamento da hipertensão arterial sistêmica; 4) Em pacientes com AR e diabetes mellitus, deve-se evitar o uso contínuo de dose cumulativa alta de corticoides; 5) Sugere-se o uso de estatinas para manter níveis de LDL menor que 100 mg/dL e índice aterosclerótico menor que 3,5 em pacientes com AR e comorbidades; 6) A síndrome metabólica deve ser tratada; 7) Recomenda-se a realização de exames para a investigação de aterosclerose subclínica; 8) Maior vigilância para um diagnóstico precoce de neoplasia oculta; 9) Medidas de prevenção para trombose venosa são sugeridas; 10) Recomenda-se a realização de densitometria óssea em pacientes com AR acima de 50 anos, e naqueles com idade menor com corticoide maior que 7,5 mg por mais de três meses; 11) Pacientes com AR e osteoporose devem evitar quedas, e devem ser aconselhados a aumentarem a ingestão de cálcio, aumentarem a exposição solar e fazerem atividade física; 12) Suplementação de cálcio e vitamina D é sugerida.Autilização de bisfosfonatos é sugerida para pacientes com escore T menor que -2,5 na densidade mineral óssea; 13) Recomenda-se equipe multidisciplinar, com participação ativa do médico reumatologista no tratamento das comorbidades.48349
2012 Brazilian Society of Rheumatology consensus for the treatment of rheumatoid arthritis
OBJETIVO: Elaborar recomendações para o tratamento da artrite reumatoide no Brasil. MÉTODO: Revisão da literatura com seleção de artigos baseados em evidência e opinião de especialistas da Comissão de Artrite Reumatoide da Sociedade Brasileira de Reumatologia. RESULTADOS E CONCLUSÕES: 1) A decisão terapêutica deve ser compartilhada com o paciente; 2) imediatamente após o diagnóstico, uma droga modificadora do curso da doença (DMCD) deve ser prescrita e o tratamento ajustado para atingir remissão; 3) o tratamento deverá ser conduzido por reumatologista; 4) o tratamento inicial inclui DMCD sintéticas; 5) o metotrexato é a droga de escolha; 6) pacientes que não alcançaram resposta após a utilização de dois esquemas de DMCD sintéticas devem ser avaliados para DMCD biológicas; 7) excepcionalmente, DMCD biológicas poderão ser consideradas mais precocemente; 8) recomenda-se preferencialmente o uso de agentes anti-TNF como terapia biológica inicial; 9) após falha terapêutica a uma primeira DMCD biológica, outros biológicos poderão ser utilizados; 10) ciclofosfamida e azatioprina podem ser consideradas em manifestações extra-articulares graves; 11) recomenda-se a utilização de corticoide oral em baixas doses e por curtos períodos; 12) os anti-inflamatórios não hormonais devem sempre ser prescritos em associação à DMCD; 13) avaliações clínicas devem ser mensais no início do tratamento; 14) terapia física, reabilitação e terapia ocupacional são indicadas; 15) deve-se recomendar tratamento cirúrgico para correção de sequelas; 16) métodos de terapia alternativa não substituem a terapia tradicional; 17) deve-se orientar planejamento familiar; 18) orienta-se a busca ativa e o manejo de comorbidades; 19) atualizar e documentar a vacinação do paciente; 20) doenças transmissíveis endêmico-epidêmicas devem ser investigadas e tratadas.OBJECTIVE: To elaborate recommendations for the treatment of rheumatoid arthritis in Brazil.
METHOD: Literature review with articles' selection based on evidence and the expert opinion of the Rheumatoid Arthritis Committee of the Brazilian Society of Rheumatology.
RESULTS AND CONCLUSIONS: 1) The therapeutic decision should be shared with the patient; 2) immediately after the diagnosis, a disease-modifying antirheumatic drug (DMARD) should be prescribed, and the treatment adjusted to achieve remission; 3) treatment should be conducted by a rheumatologist; 4) the initial treatment includes synthetic DMARDs; 5) methotrexate is the drug of choice; 6) patients who fail to respond after two schedules of synthetic DMARDs should be assessed for the use of biologic DMARDs; 7) exceptionally, biologic DMARDs can be considered earlier; 8) anti-TNF agents are preferentially recommended as the initial biologic therapy; 9) after therapeutic failure of a first biologic DMARD, other biologics can be used; 10) cyclophosphamide and azathioprine can be used in severe extra-articular manifestations; 11) oral corticoid is recommended at low doses and for short periods of time; 12) non-steroidal anti-inflammatory drugs should always be prescribed in association with a DMARD; 13) clinical assessments should be performed on a monthly basis at the beginning of treatment; 14) physical therapy, rehabilitation, and occupational therapy are indicated; 15) surgical treatment is recommended to correct sequelae; 16) alternative therapy does not replace traditional therapy; 17) family planning is recommended; 18) the active search and management of comorbidities are recommended; 19) the patient's vaccination status should be recorded and updated; 20) endemic-epidemic transmissible diseases should be investigated and treate
2017 recommendations of the Brazilian Society of Rheumatology for the pharmacological treatment of rheumatoid arthritis
The objective of this document is to provide a comprehensive update of the recommendations of Brazilian Society of Rheumatology on drug treatment of rheumatoid arthritis (RA), based on a systematic literature review and on the opinion of a panel of rheumatologists. Four general principles and eleven recommendations were approved. General principles: RA treatment should (1) preferably consist of a multidisciplinary approach coordinated by a rheumatologist, (2) include counseling on lifestyle habits, strict control of comorbidities, and updates of the vaccination record, (3) be based on decisions shared by the patient and the physician after clarification about the disease and the available therapeutic options; (4) the goal is sustained clinical remission or, when this is not feasible, low disease activity. Recommendations: (1) the first line of treatment should be a csDMARD, started as soon as the diagnosis of RA is established; (2) methotrexate (MTX) is the first-choice csDMARD; (3) the combination of two or more csDMARDs, including MTX, may be used as the first line of treatment; (4) after failure of first-line therapy with MTX, the therapeutic strategies include combining MTX with another csDMARD (leflunomide), with two csDMARDs (hydroxychloroquine and sulfasalazine), or switching MTX for another csDMARD (leflunomide or sulfasalazine) alone; (5) after failure of two schemes with csDMARDs, a bDMARD may be preferably used or, alternatively a tsDMARD, preferably combined, in both cases, with a csDMARD; (6) the different bDMARDs in combination with MTX have similar efficacy, and therefore, the therapeutic choice should take into account the peculiarities of each drug in terms of safety and cost; (7) the combination of a bDMARD and MTX is preferred over the use of a bDMARD alone; (8) in case of failure of an initial treatment scheme with a bDMARD, a scheme with another bDMARD can be used; in cases of failure with a TNFi, a second bDMARD of the same class or with another mechanism of action is effective and safe; (9) tofacitinib can be used to treat RA after failure of bDMARD; (10) corticosteroids, preferably at low doses for the shortest possible time, should be considered during periods of disease activity, and the risk-benefit ratio should also be considered; (11) reducing or spacing out bDMARD doses is possible in patients in sustained remission
2012 Brazilian Society of Rheumatology Consensus on vaccination of patients with rheumatoid arthritis
OBJETIVO: Elaborar recomendações para a vacinação em pacientes com artrite reumatoide (AR) no Brasil. MÉTODO: Revisão da literatura e opinião de especialistas membros da Comissão de AR da Sociedade Brasileira de Reumatologia e um pediatra reumatologista. RESULTADOS E CONCLUSÕES: Foram estabelecidas 12 recomendações: 1) Antes de iniciar drogas modificadoras do curso de doença, deve-se revisar e atualizar o cartão vacinal; 2) As vacinas contra influenza sazonal e contra H1N1 estão indicadas anualmente para pacientes portadores de AR; 3) A vacina antipneumocócica deve ser indicada para todos os pacientes; 4) A vacina contra varicela deve ser indicada para pacientes com história negativa ou duvidosa de infecção prévia por varicela; 5) A vacina contra HPV deve ser considerada em adolescentes e mulheres jovens; 6) A vacina antimeningocócica é indicada para pacientes portadores de AR apenas em casos de asplenia ou deficiência de complemento; 7) Existe orientação de imunização contra o Haemophilus influenzae tipo B de pacientes adultos asplênicos; 8) Não há indicação de uma vacina adicional contra BCG em pacientes com AR; 9) A vacina contra hepatite B é indicada para pacientes com anticorpos contra HBsAg negativos; considerar a vacina contra hepatite A em combinação com a hepatite B; 10) Pacientes com grande risco de contrair tétano que receberam rituximabe nas últimas 24 semanas devem utilizar imunização passiva com imunoglobulina antitetânica; 11) A vacina contra febre amarela é contraindicada nos pacientes com AR em uso de imunossupressores; 12) As recomendações acima descritas devem ser revisadas ao longo da evolução da AR.OBJECTIVE: To elaborate recommendations to the vaccination of patients with rheumatoid arthritis (RA) in Brazil. METHOD: Literature review and opinion of expert members of the Brazilian Society of Rheumatology Committee of Rheumatoid Arthritis and of an invited pediatric rheumatologist. RESULTS AND CONCLUSIONS: The following 12 recommendations were established: 1) Before starting disease-modifying anti-rheumatic drugs, the vaccine card should be reviewed and updated; 2) Vaccines against seasonal influenza and against H1N1 are indicated annually for patients with RA; 3) The pneumococcal vaccine should be indicated for all patients with RA; 4) The vaccine against varicella should be indicated for patients with RA and a negative or dubious history for that disease; 5) The HPV vaccine should be considered for adolescent and young females with RA; 6) The meningococcal vaccine is indicated for patients with RA only in the presence of asplenia or complement deficiency; 7) Asplenic adults with RA should be immunized against Haemophilus influenzae type B; 8) An additional BCG vaccine is not indicated for patients diagnosed with RA; 9) Hepatitis B vaccine is indicated for patients with RA who are negative for antibodies against HBsAg; the combined hepatitis A and B vaccine should be considered; 10) Patients with RA and at high risk for tetanus, who received rituximab in the preceding 24 weeks, should undergo passive immunization with tetanus immunoglobulin in case of exposure; 11) The YF vaccine is contraindicated to patients with RA on immunosuppressive drugs; 12) The above described recommendations should be reviewed over the course of RA
Reabilitação após reconstrução do ligamento cruzado anterior pela porta anteromedial com enxerto de isquiotibiais
Este relatório, realizado no âmbito do Mestrado em Fisioterapia, decorreu no Esmoriz
Ginásio Clube (EGC), entre 28 de Setembro de 2010 e 30 de Abril de 2011. É composto,
fundamentalmente, por duas partes. A primeira refere-se a uma descrição do estágio
desportivo em geral, onde começamos por fazer uma caracterização da modalidade
desportiva, do clube e dos atletas. Esta última, de um modo geral e, também, por posições
no campo. Analisou-se, de forma epidemiológica, as lesões desportivas da equipa,
referente à época 2010/2011, assim como se descreveu toda a intervenção emergente e em
gabinete que o autor realizou. Por fim, referiram-se algumas actividades desenvolvidas
durante este estágio e terminamos com uma reflexão crítica sobre todos os aspectos
mencionados anteriormente. A segunda parte diz respeito a um estudo de caso de um atleta
de voleibol submetido a uma reconstrução do ligamento cruzado anterior. Relataram-se
uma sucessão de episódios desta recuperação, assim como se descreveram todas as
abordagens terapêuticas efectuadas à lesão.
Devido ao facto de alguns atletas da Selecção Nacional pertencerem ao EGC, o relatório de
estágio deverá preservar a confidencialidade de alguns dados recolhidos. Todos os actos
clínicos, executados na equipa de voleibol sénior masculina, passíveis de serem publicados
serão relatados
Nonsteroid anti-inflammatory drugs
Non-steroidal anti-infl ammatory drugs are the most frequentlyprescribed medications worldwide. In the United States, around 17million people use daily these drugs, because many of them canbe bought as over the counter medication, and approximately 60million prescriptions are made yearly. The majority of users are oldpeople. These drugs have shown to be effective for symptomaticinfl ammatory pain relief whether acute or chronic, mainly in muscularskeletal pain syndromes
Rheumatoid arthritis in the elderly: a study of 35 cases
INTRODUCTION: About one third of patients develops rheumatoid arthritis (RA) after 65 years of age, a condition named EORA (elderly-onset rheumatoid arthritis). It is postulated that EORA has different features of RA in adults.
OBJECTIVE: To evaluate clinical and laboratory characteristics of patients with EORA.
PATIENTS AND METHODS: Retros-pective analysis of 35 patients with EORA. Variables: gender, age at diagnosis, initial presentation, affected joints, rheumatoid factor (RF), constitutional symptoms, ESR, response to initial treatment and comorbidities.
RESULTS: Of 35 patients, 26 (74%) were female and 9 were (26%) men, with 74 years on average. Thirty (86%) had polyarticular onset and 5 (14%), oligoarticular. Main joints involved were hands and wrists, with involvement of shoulders in 11 (32%). Constitutional manifestations occurred in 9 (26%). RF was positive in 27 (77%), and it was greater than 100 UI/ml in 23. The mean ESR was 62 mm/h. As for the initial treatment, 26 (74%) showed satisfactory response and 5 (14%) unsatisfactory. Methotrexate was used as the first drug in 28 and in 7 we used anti-malarial drugs. All who used anti-malarial responded satisfactorily. It was impossible to evaluate the response of 4 patients due to the recent diagnosis.
CONCLUSION: In this study, the relationship between women and men was similar to that found in young people, and most showed positive RF. Most had polyarticular presentation and elevated ESR, and many had constitutional symptoms and involvement of shoulders. The recognition of EORA becomes difficult in the face of many different possible diagnoses in this age group, which explains the heterogeneity of the literature data.</p
National recommendations based on scientific evidence and opinions of experts on the use of methotrexate in rheumatic disorders, especially in rheumatoid arthritis: results of the 3E Initiative from Brazil
OBJETIVOS: A utilização do metotrexato (MTX) tem sido a base da terapia da artrite reumatoide (AR), porém ainda não temos uniformidade sobre as normas para seu uso clínico. O objetivo deste estudo foi criar recomendações baseadas em evidências científicas e opiniões de especialistas (experts) sobre o uso do MTX, as quais permitirão melhorar nossa prática clínica. MÉTODOS: O 3E (Evidence, Expertise, Exchange) Initiative in Rheumatology é um grupo multinacional de reumatologistas oriundos de 17 países, incluindo o Brasil. Após uma seleção de dez questões sobre o uso de MTX, feita pelo método Delphi, realizou-se uma revisão sistemática da literatura (RSL) (Medline, Pubmed, Embase, Cochrane, Abstracts EULAR 2005-2007 e ACR 2006-2007) por seis revisores bibliográficos internacionais escolhidos pelos mentores do estudo 3E. Duas diferentes questões nacionais do Brasil também foram incluídas e essa pesquisa foi realizada por um revisor bibliográfico nacional.** Os resultados da RSL foram apresentados por sete membros do comitê científico brasileiro do 3E*, em um encontro nacional de 48 reumatologistas, os quais discutiram as informações da RSL, votaram e elaboraram recomendações nacionais aqui apresentadas. Estas foram utilizadas posteriormente na criação de recomendações multinacionais. RESULTADOS E CONCLUSÕES: Formularam-se 21 recomendações acerca das dez questões internacionais e das duas questões nacionais, com um nível de concordância entre os participantes de 77% (63 a 100%). O MTX é indicado inicialmente por via oral, na dose mínima de 10 mg/sem e máxima de 25 mg/sem. A elevação de AST/ALT acima de 3 vezes o limite superior do valor normal, por pelo menos três vezes, justifica a suspensão temporária do MTX, podendo-se reinstituir com a normalização dos valores encontrados. MTX é seguro a longo prazo. O uso de álcool ( > 100 g/sem) deve ser evitado. Recomenda-se combinação do MTX com drogas antirreumáticas modificadoras da doença (DMARDs), embora haja risco de maior toxicidade. Ácido fólico em dose maior que 5 mg/sem deve ser associado. Devem-se solicitar hemograma, creatinina, AST/ALT, sorologia para vírus B e C da hepatite e raio X de tórax antes de iniciar o MTX, e deve-se inquirir sobre contracepção, comorbidades, uso de drogas ilícitas e álcool, hepatopatias e medicamentos hepatotóxicos. O MTX pode ser mantido durante cirurgias eletivas. Sugere-se a interrupção do MTX por, pelo menos, três meses antes do planejamento de gravidez, tanto em homens quanto em mulheres. Justifica-se a utilização de métodos de contracepção com o uso de MTX em idade reprodutiva. Pode-se usar MTX como poupador de corticoide em pacientes com arterite de células gigantes, polimialgia reumática (PMR), dermatomiosite juvenil e lúpus eritematoso sistêmico (LES) com envolvimento cutâneo e/ou articular.OBJECTIVES: The use of methotrexate (MTX) has been the basis for rheumatoid arthritis (RA) therapy, but there is no uniformity on the guidelines for its clinical use. The objective of this study was to develop recommendations based on scientific evidence and opinions of experts on the use of MTX, which will allow the improvement of our clinical practice. METHODS: 3E (Evidence, Expertise, Exchange) Initiative in Rheumatology is a multinational group of rheumatologists from 17 countries, including Brazil. After a selection of 10 questions about the use of MTX, held by the Delphi method, a systematic literature review (SLR) was done (Medline, Pubmed, Embase, Cochrane, Abstracts EULAR 2005-2007 and ACR 2006-2007) by six international bibliographic reviewers chosen by the mentors of the 3E study. Two other different national questions from Brazil were also included, and the SLR was done by a national bibliographic reviewer.** The results of SLR were presented by 7 members of our Brazilian 3E scientific committee* at a meeting of 48 rheumatologists, which discussed RSL details, voted, and produced the national recommendations presented here. These recommendations were subsequently used in the creation of multinational recommendations. RESULTS AND CONCLUSIONS: 21 recommendations concerning the 10 international and the 2 national questions were formulated, with an agreement level of 77% among the participants (63-100%). Oral MTX should be started at a minimum dose of 10 mg/wk and a maximum dose of 25 mg/wk. Elevation of AST/ALT above 3x the upper limit, for at least 3 times consecutively, justifies the temporary suspension of MTX, which can be restored after normalization of serum liver enzyme levels; MTX is safe for long term use. The use of alcohol (100 g/wk) should be avoided. Combinations of MTX with disease modifying antirheumatic drugs are recommended, although there is risk of greater toxicity. Folic acid should be associated with MTX in dose higher than 5 mg/wk. Total blood cell count, creatinine, AST/ALT, serology for hepatitis B and C virus, and chest X-ray should be ordered before initiating MTX. Inquire about contraception methods, comorbidities, use of illicit drugs, alcohol, and liver diseases and hepatotoxic drugs should be performed. The MTX can be maintained during elective surgeries; discontinuation of MTX for at least 3 months before planning of pregnancy is suggested, for both men and women Use of contraception method is justified with the use of MTX in reproductive age. MTX can be used to reduce the cumulative dose of corticosteroid in patients with giant cell arthritis, rheumatic polymyalgia (RPM), juvenile dermatomyositis, and in systemic lupus erythematosus (SLE) with cutaneous or joint involvement.494346361AbbottAbbot
National recommendations based on scientific evidence and opinions of experts on the use of methotrexate in rheumatic disorders, especially in rheumatoid arthritis : results of the 3E Initiative from Brazil
Objetivos: A utilização do metotrexato (MTX) tem sido a base da terapia da artrite reumatoide (AR), porém ainda não temos uniformidade sobre as normas para seu uso clínico. O objetivo deste estudo foi criar recomendações baseadas em evidências científicas e opiniões de especialistas (experts) sobre o uso do MTX, as quais permitirão melhorar nossa prática clínica. Métodos: O 3E (Evidence, Expertise, Exchange) Initiative in Rheumatology é um grupo multinacional de reumatologistas oriundos de 17 países, incluindo o Brasil. Após uma seleção de dez questões sobre o uso de MTX, feita pelo método Delphi, realizou-se uma revisão sistemática da literatura (RSL) (Medline, Pubmed, Embase, Cochrane, Abstracts EULAR 2005-2007 e ACR 2006-2007) por seis revisores bibliográficos internacionais escolhidos pelos men¬tores do estudo 3E. Duas diferentes questões nacionais do Brasil também foram incluídas e essa pesquisa foi realizada por um revisor bibliográfico nacional.** Os resultados da RSL foram apresentados por sete membros do comitê cien¬tífico brasileiro do 3E*, em um encontro nacional de 48 reumatologistas, os quais discutiram as informações da RSL, votaram e elaboraram recomendações nacionais aqui apresentadas. Estas foram utilizadas posteriormente na criação de recomendações multinacionais. Resultados e conclusões: Formularam-se 21 recomendações acerca das dez questões internacionais e das duas questões nacionais, com um nível de concordância entre os participantes de 77% (63 a 100%). O MTX é indicado inicialmente por via oral, na dose mínima de 10 mg/sem e máxima de 25 mg/sem. A elevação de AST/ALT acima de 3 vezes o limite superior do valor normal, por pelo menos três vezes, justifica a suspensão temporária do MTX, podendo-se reinstituir com a normalização dos valores encontrados. MTX é seguro a longo prazo. O uso de álcool (> 100 g/sem) deve ser evitado. Recomenda-se combinação do MTX com drogas antirreumáticas modificadoras da doença (DMARDs), embora haja risco de maior toxicidade. Ácido fólico em dose maior que 5 mg/sem deve ser associado. Devem-se solicitar hemograma, creatinina, AST/ALT, sorologia para vírus B e C da hepatite e raio X de tórax antes de iniciar o MTX, e deve-se inquirir sobre contracepção, comorbidades, uso de drogas ilícitas e álcool, hepatopatias e medicamentos hepatotóxicos. O MTX pode ser mantido durante cirurgias eletivas. Sugere-se a interrupção do MTX por, pelo menos, três meses antes do planejamento de gravidez, tanto em homens quanto em mulheres. Justifica-se a utilização de métodos de contracepção com o uso de MTX em idade reprodutiva. Pode-se usar MTX como poupador de corticoide em pacientes com arterite de células gigantes, polimialgia reumática (PMR), dermatomiosite juvenil e lúpus eritematoso sistêmico (LES) com envolvimento cutâneo e/ou articular.Objectives: The use of methotrexate (MTX) has been the basis for rheumatoid arthritis (RA) therapy, but there is no uniformity on the guidelines for its clinical use. The objective of this study was to develop recommendations based on scientific evidence and opinions of experts on the use of MTX, which will allow the improvement of our clinical practice. Methods: 3E (Evidence, Expertise, Exchange) Initiative in Rheumatology is a multinational group of rheumatologists from 17 countries, including Brazil. After a selection of 10 questions about the use of MTX, held by the Delphi method, a systematic literature review (SLR) was done (Medline, Pubmed, Embase, Cochrane, Abstracts EULAR 2005-2007 and ACR 2006-2007) by six international bibliographic reviewers chosen by the mentors of the 3E study. Two other different national questions from Brazil were also included, and the SLR was done by a national bibliographic reviewer.** The results of SLR were presented by 7 members of our Brazilian 3E scientific committee* at a meeting of 48 rheumatologists, which discussed RSL details, voted, and produced the national recommendations presented here. These recommendations were subsequently used in the creation of multinational recommendations. Results and conclusions: 21 recommendations concerning the 10 international and the 2 national questions were formulated, with an agreement level of 77% among the participants (63-100%). Oral MTX should be started at a minimum dose of 10 mg/wk and a maximum dose of 25 mg/wk. Elevation of AST/ALT above 3x the upper limit, for at least 3 times consecutively, justifies the temporary suspension of MTX, which can be restored after normalization of serum liver enzyme levels; MTX is safe for long term use. The use of alcohol (100 g/wk) should be avoided. Combinations of MTX with disease modifying antirheumatic drugs are recommended, although there is risk of greater toxicity. Folic acid should be associated with MTX in dose higher than 5 mg/wk. Total blood cell count, creatinine, AST/ALT, serology for hepatitis B and C virus, and chest X-ray should be ordered before initiating MTX. Inquire about contraception methods, comorbidities, use of illicit drugs, alcohol, and liver diseases and hepatotoxic drugs should be performed. The MTX can be maintained during elective surgeries; discontinuation of MTX for at least 3 months before planning of pregnancy is suggested, for both men and women Use of contraception method is justified with the use of MTX in reproductive age. MTX can be used to reduce the cumulative dose of corticosteroid in patients with giant cell arthritis, rheumatic polymyalgia (RPM), juvenile dermatomyositis, and in systemic lupus erythematosus (SLE) with cutaneous or joint involvement