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Doença cardiovascular e fatores de risco cardiovascular em candidatos a transplante renal Cardiovascular disease and risk factors in candidates for renal transplantation
OBJETIVO: Determinar a prevalência de doença cardiovascular (DCV) e de fatores de risco tradicionais em portadores de insuficiência renal crônica em avaliação para inclusão em lista para transplante renal. MÉTODOS: Foram submetidos à avaliação clÃnica e exames complementares 195 pacientes com insuficiência renal crônica dialÃtica e comparados a grupo de 334 hipertensos pareados por idade. As equações de Framingham foram usadas para o cálculo do risco absoluto (RA); o risco relativo (RR) foi calculado tendo como referência o risco absoluto da coorte de baixo risco de Framingham. RESULTADOS: Do total, 37% apresentaram algum tipo de doença cardiovascular na avaliação inicial, sendo que arteriopatia obstrutiva (23%) foi a mais prevalente. ExcluÃdos os pacientes com doença cardiovascular, em relação aos fatores de risco tradicionais, houve diferença significativa quanto à pressão arterial sistólica e colesterol total (maiores no grupo de hipertensos) e à s prevalências de homens, diabetes e tabagismo, maiores no grupo de insuficiência renal crônica, que apresentou maior grau de hipertrofia ventricular esquerda, menor pressão arterial diastólica e menor prevalência de história familiar de doença cardiovascular e obesidade. O risco relativo para doença cardiovascular dos pacientes com insuficiência renal crônica foi mais elevado em relação à população controle de Framingham porém não diferiu da observada no grupo de hipertensos. CONCLUSÃO: Em candidatos a transplante renal é significativa a prevalência de doença cardiovascular e de fatores de risco tradicionais; as equações de Framingham não quantificam adequadamente o risco cardiovascular real e outros fatores de risco especÃficos desta população devem contribuir para o maior risco cardiovascular.<br>OBJECTIVE: To determine the prevalence of cardiovascular disease (CVD) and traditional risk factors in patients with chronic renal failure undergoing evaluation for inclusion on the renal transplantation list. METHODS: One hundred ninety-five patients with dialytic chronic renal failure underwent clinical evaluation and complementary tests and were compared with a group of 334 hypertensive patients paired for age. The Framingham equations were used for calculating the absolute risk (AR). The relative risk (RR) was calculated based on the absolute risk of the low-risk Framingham cohort. RESULTS: Thirty-seven percent of the patients had some sort of cardiovascular disease on the initial evaluation, peripheral vascular disease (23%) being the most prevalent. Patients with cardiovascular disease were excluded. Regarding traditional risk factors, a significant difference was observed in systolic blood pressure and total cholesterol (greater in the hypertensive group), and in the prevalence of men, diabetes, and smoking, which were greater in the chronic renal failure group. The latter had a greater degree of left ventricular hypertrophy, lower diastolic blood pressure, and a lower prevalence of familial history of cardiovascular disease and obesity. The relative risk for cardiovascular disease in patients with chronic renal failure was greater compared with that in the Framingham control population, but it did not differ from that observed in the group of hypertensive individuals. CONCLUSION: The prevalence of cardiovascular disease and traditional risk factors is high among candidates for renal transplantation; the Framingham equations do not adequately quantify the real cardiovascular risk, and other risk factors specific for that population should contribute for their greater cardiovascular risk
Efeitos do uso da adrenalina na anestesia local odontológica em portador de coronariopatia
FUNDAMENTO: A literatura é controversa no que se refere ao uso de vasoconstritores para anestesia local em cardiopatas, havendo preocupação com a indução de descompensação cardÃaca. OBJETIVO: Avaliar parâmetros eletrocardiográficos e de pressão arterial durante procedimento odontológico restaurador sob anestesia local com e sem vasoconstritor em portadores de doença arterial coronária. MÉTODOS: Neste estudo foram avaliados 62 pacientes. As idades variaram de 39 a 80 anos (média de 58,7 + 8,8) anos, sendo 51 pacientes (82,3%) do sexo masculino. Do total de pacientes, 30 foram randomizados para receber anestesia com lidocaÃna 2% com adrenalina (grupo LCA) e os demais para lidocaÃna 2% sem vasoconstritor (grupo LSA). Todos foram submetidos a monitorização ambulatorial da pressão arterial e eletrocardiografia dinâmica por 24 horas. Foram considerados três perÃodos: 1) basal (registros obtidos durante os 60 minutos que antecederam o procedimento); 2) procedimento (registros obtidos desde o inÃcio da anestesia até o final do procedimento) e 3) das 24 horas. RESULTADOS: Houve elevação da pressão arterial do perÃodo basal para o procedimento nos dois grupos quando analisados separadamente; quando confrontados, não apresentaram diferença entre si. A freqüência cardÃaca não se alterou nos dois grupos. Depressão do segmento ST > 1 mm não ocorreu durante os perÃodos basal e procedimento. Arritmias em número superior a 10 por hora estiveram presentes durante o procedimento em sete pacientes (12,5%), sendo quatro (13,8%) do grupo que recebeu anestesia sem adrenalina e três (11,1%) do grupo com adrenalina. CONCLUSÃO: Não houve diferença em relação a comportamento da pressão arterial, freqüência cardÃaca, evidência de isquemia e arritmias entre os grupos. O uso de vasoconstritor mostrou-se seguro dentro dos limites do estudo
Monitoreo maternofetal durante procedimiento odontológico en portadora de cardiopatÃa valvular
FUNDAMENTO: Os efeitos da anestesia local em odontologia com lidocaÃna e epinefrina, sobre parâmetros cardiovasculares de gestantes portadoras de valvopatias e seus conceptos, não estão esclarecidos. OBJETIVO: Avaliar e analisar parâmetros da cardiotocografia, de pressão arterial e eletrocardiográficos da gestante portadora de doença valvar reumática, quando submetida à anestesia local com 1,8 ml de lidocaÃna 2% sem vasoconstritor e com epinefrina 1:100.000, durante procedimento odontológico restaurador. MÉTODOS: Realizamos monitorização ambulatorial da pressão arterial, eletrocardiografia ambulatorial materna e cardiotocografia de 31 portadoras de cardiopatia reumática, entre a 28ª e 37ª semana de gestação, divididas em dois grupos conforme presença ou não do vasoconstritor RESULTADOS: Demonstrou-se redução significativa dos valores de frequência cardÃaca materna nos dois grupos, durante o procedimento, quando comparado aos demais perÃodos (p < 0,001). Houve ocorrência de arritmia cardÃaca em 9 (29,0%) pacientes, das quais 7 (41,8%) pertencentes ao grupo de 17 gestantes que recebeu anestesia com adrenalina. A pressão arterial materna não apresentou diferença quando comparamos perÃodos ou grupos (p > 0,05). O mesmo ocorreu (p > 0,05) com número de contrações uterinas, nÃvel e variabilidade da linha de base e número de acelerações da frequência cardÃaca fetal. CONCLUSÃO: O uso de 1,8 ml de lidocaÃna 2% associado à adrenalina mostrou-se seguro e eficaz em procedimento odontológico restaurador durante a gestação de mulheres com cardiopatia valvar reumática.BACKGROUND: The effects of local dental anesthesia with lidocaine and epinephrine on cardiovascular parameters of pregnant women with heart valve diseases and their fetuses are not fully understood. OBJECTIVES: To assess and analyze cardiotocographic, blood pressure and electrocardiographic parameters of pregnant women with rheumatic heart valve disease undergoing local anesthesia with 1.8mL of lidocaine 2% with or without epinephrine 1:100,000 during restorative dental treatment. METHODS: Maternal ambulatory blood pressure and electrocardiographic monitoring as well as cardiotocography of 31 patients with rheumatic heart disease were performed between the 28th and 37th week of gestation. The patients were divided into two groups, those with or without vasoconstrictor. RESULTS: A significant reduction in maternal heart rate was shown in both groups during the procedure in comparison with the other periods (p<0.001). Cardiac arrhythmia was observed in nine (29.0%) patients, of which seven (41.8%) were from the group of 17 pregnant women who received anesthesia plus epinephrine. No difference in maternal blood pressure was observed when periods or groups were compared (p>0.05). The same occurred (p>0.05) with the number of uterine contractions, baseline level and variability, and number of accelerations of fetal heart rate. CONCLUSION: The use of 1.8mL of lidocaine 2% in combination with epinephrine was safe and efficient in restorative dental procedures during pregnancy in women with rheumatic heart valve disease.FUNDAMENTO: Los efectos de la anestesia local en odontologÃa con lidocaÃna y epinefrina, sobre los parámetros cardiovasculares de gestantes portadoras de valvulopatÃas y sus conceptos, no son claros. OBJETIVO: Evaluar y analizar parámetros de la cardiotocografÃa, de la presión arterial y electrocardiográficos de la gestante portadora de enfermedad valvular reumática, al someterse a anestesia local con 1,8 ml de lidocaÃna 2% sin vasoconstrictor y con epinefrina 1:100.000, durante procedimiento odontológico restaurador. MÉTODOS: Realizamos monitoreo ambulatorio de la presión arterial, electrocardiografÃa ambulatoria materna y cardiotocografÃa de 31 portadoras de cardiopatÃa reumática, entre la 28ª y la 37ª semana de gestación, divididas en dos grupos según la presencia o no del vasoconstrictor. RESULTADOS: Se observó reducción significativa de los valores de frecuencia cardÃaca materna en los dos grupos, durante el procedimiento, al compararlo con los demás perÃodos (p < 0,001). Se registró ocurrencia de arritmia cardÃaca en 9 (29,0%) pacientes, de las cuales 7 (41,8%) pertenecÃan al grupo de 17 gestantes que recibió anestesia con adrenalina. La presión arterial materna no presentó diferencia al comparar perÃodos o grupos (p > 0,05). Lo mismo ocurrió (p > 0,05) con el número de contracciones uterinas, nivel de variabilidad de la lÃnea de base y número de aceleraciones de la frecuencia cardÃaca fetal. CONCLUSIÓN: El uso de 1,8 ml de lidocaÃna 2% asociado a la adrenalina se mostró seguro y eficaz en procedimiento odontológico restaurador durante la gestación de mujeres con cardiopatÃa valvular reumática.FAPES