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    AIDS no estado do Rio Grande do Sul : aspectos epidemiológicos e sobrevida

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    Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, 2018.Introdução: A presente tese analisa a situação epidemiológica da aids no estado do Rio Grande do Sul (RS). Objetivos: Descrever a epidemia de aids no RS e na Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA), no período de 1980 a 2015; estimar a taxa de mortalidade por aids no RS, no período de 2003 a 2014; estimar o tempo de sobrevida e o perfil de mortalidade geral dos pacientes diagnosticados com aids no período de 2003 a 2007, no RS, com acompanhamento até 31 de dezembro de 2014; e investigar fatores associados. Métodos: Na primeira etapa do trabalho, realizou-se estudo descritivo, com base em dados secundários de casos de aids notificados de 1980 a 2015 no estado. As fontes dos dados secundários utilizadas no estudo foram: (1) Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan); (2) Sistema de Informação de Mortalidade (SIM); (3) Sistema de Controle de Exames Laboratoriais (Siscel); e (4) Sistema de Controle Logístico de Medicamentos (Siclom). Na segunda etapa do trabalho, realizou-se um estudo de coorte retrospectivo e analítico. A população estudada constituiu-se de todos os pacientes diagnosticados como casos de aids no RS durante os anos de 2003 a 2007, perfazendo um total de 12.610, com seguimento até 2014, tomando-se como base de dados o Sinan, o Siscel e o SIM. As variáveis consideradas foram (1) sociodemográficas e comportamentais: sexo, raça/cor, faixa etária, escolaridade e categoria de exposição; (2) fatores relativos ao momento do diagnóstico: contagem de carga viral e níveis de linfócitos T-CD4+; (3) variáveis relativas à terapêutica: esquemas de tratamento disponíveis; e (4) variáveis relacionadas com a evolução clínica: sobrevida com aids. Foram calculadas as taxas de mortalidade e a probabilidade acumulada de sobrevida para a coorte de pacientes ao primeiro, terceiro, quinto, sétimo, nono e décimo-segundo anos. Resultados: Observou-se aumento das taxas de detecção de aids no RS e na RMPA ao longo do período estudado. A RMPA detém 64% dos casos do estado. Observou-se o crescimento dos casos de aids entre mulheres e entre crianças menores de cinco anos de idade, sendo a taxa de mortalidade por aids no RS uma das maiores do Brasil. Chama a atenção o grande número de casos de aids cuja categoria de exposição é o uso de drogas injetáveis. Verificou-se que a taxa de mortalidade que variou de 15,63/1.000 em 2003 para 2,59/1.000 em 2014. Entre os pacientes diagnosticados de 2003 a 2007, a probabilidade acumulada de sobrevida até 12 anos foi estimada em 69,78% ± 0,30 para a Região Sul e 67,35% ± 0,42 para o RS. As probabilidades acumuladas de sobrevida para a coorte de pacientes diagnosticados entre 2003 e 2007, acompanhados até 2014, no estado, variaram segundo esquemas terapêuticos (sem HAART, com HAART1 e com HAART2) e variáveis sociodemográficas e epidemiológicas. Conclusão: A presente tese mostra que o RS apresenta situação epidemiológica diferenciada dos demais estados do Brasil, com altas taxas de detecção, mortalidade, coinfecção com tuberculose, prevalência entre parturientes e categoria de exposição usuários de drogas injetáveis. Esses dados sugerem políticas públicas de acordo com as características atuais da epidemia no estado, no sentido de averiguar se esta continua concentrada nas populações vulneráveis ou se já apresenta uma conjunção de epidemia concentrada e generalizada.Introduction: This thesis analyzes the epidemiological situation of AIDS in the state of Rio Grande do Sul (RS). Objectives: To describe the AIDS epidemic in RS and in the Metropolitan Region of Porto Alegre (RMPA), from 1980 to 2015; to estimate the AIDS mortality rate in RS, from 2003 to 2014; to estimate the survival time and the general mortality profile of patients diagnosed with AIDS from 2003 to 2007, in RS, with follow-up until December 31, 2014; and investigate associated factors. Methods: In the first stage of the research, a descriptive study was conducted based on secondary data from AIDS cases reported from 1980 to 2015 in the state. The sources of secondary data used in the study were: (1) Notification of Injury Information System (SINAN); (2) Mortality Information System (SIM); (3) Laboratory Test Control System (SISCEL); and (4) Logistic Control System for Medicines (SICLOM). In the second stage of the research, a retrospective and analytical cohort study was developed. The study population consisted of all patients diagnosed as cases of AIDS in RS during the years 2003 to 2007, making a total of 12,610, with a follow-up until 2014, taking Sinan, Siscel and SIM as databases. The variables considered were (1) sociodemographic and behavioral: gender, race/color, age group, schooling and exposure category; (2) factors related to the time of diagnosis: viral load and T-CD4 + lymphocyte levels; (3) treatment-related variables: available treatment regimens; and (4) variables related to clinical evolution: survival with AIDS. Mortality rates and cumulative survival probability were calculated for the cohort of patients at the first, third, fifth, seventh, ninth and twelfth years. Results: An increase in the rates of detection of AIDS in the RS and in the RMPA during the period studied was observed. The RMPA accounts for 64% of the state's cases. The growth of AIDS cases among women and among children under five years old was noted, with the AIDS mortality rate in RS being one of the highest in Brazil. It is noteworthy the large number of cases of AIDS whose category of exposure is the use of injecting drugs. A mortality rate that varied from 15.63/1,000 in 2003 to 2.59/1,000 in 2014 was also observed. Among the patients diagnosed from 2003 to 2007, the cumulative probability of survival up to 12 years was estimated at 69.78% ± 0.30 for the South Region and 67.35% ± 0.42 for the RS. The cumulative survival probabilities for the cohort of patients diagnosed between 2003 and 2007, followed up until 2014 in the state, varied according to therapeutic regimens (without HAART, with HAART1 and with HAART2), and sociodemographic and epidemiological variables. Conclusion: The present thesis shows that RS presents a distinct epidemiological situation of the other Brazilian states, with high detection rates, mortality, tuberculosis coinfection, prevalence among parturients and injecting drug users category of exposure. These data suggest public policies according to the current characteristics of the epidemic in the state, in order to ascertain whether it remains concentrated in vulnerable populations or if it already has a concentrated and widespread epidemic conjuncture

    Evolução da profilaxia pré-exposição (PREP) no Brasil e Distrito Federal no período de 2018 a 2019

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    A síndrome da imunodeficiência humana adquirida (SIDA) ganhou repercussão mundial em1981 quando tornou-se uma epidemia. Desde então, 74,9 milhões de pessoas foraminfectadas e 32 milhões morreram de doenças relacionadas à aids. Assim, esforços fizeram-senecessários para prevenir a infecção do HIV. Recentemente, a profilaxia pré-exposição (PrEP),composta por tenofovir e entricitabina, tornou-se uma alternativa para a população alvo,mais suscetível a adquirir a infecção. No entanto, por se tratar de uma recente medida depromoção de saúde, se faz necessário estudos que observem e descrevam o perfil dosusuários que de fato recebem o benefício, assim como o efeito da profilaxia pré-exposição naadesão ao uso de preservativo no Brasil. Trata-se de um estudo ecológico conduzido combase em dados quantitativos do ministério da saúde de perfil de uso e consequências daPrEP no Brasil e DF entre os anos de 2018 a 2021. Foi possível observar que o perfil maisaderente à PrEP no Brasil é o de homens, gays, jovens e com alto grau de escolaridade.Contraditoriamente, a prevalência de portadores de HIV na população de baixa escolaridadee transsexuais é superior à de outros grupos. Em relação ao uso de preservativo houve umaqueda significativa na adesão. Desta forma, conclui-se que a profilaxia ainda não está sendobem direcionada aos grupos mais afetados pelo HIV, havendo necessidade de se realizar maisestudos sobre possíveis causas desse problema e de pensar em soluções práticas. Nãoobstante, é importante ressaltar aos usuários que não abandonem o uso de preservativos,pois a PrEP não previne outras ISTs

    Análise do conhecimento de profissionais de saúde acerca da profilaxia pós-exposição (pep) para HIV em um hospital da rede pública do Distrito Federal (DF)

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    A profilaxia pós-exposição (PEP) ao HIV é uma estratégia adotada pelo Ministério da Saúdeque consiste na administração da terapia anti-retroviral (TARV) por 28 dias após eventos comrisco de transmissão de HIV, apresentando extrema importância no contexto de acidentesocupacionais com materiais biológicos, frequentes principalmente na rotina de profissionaisde saúde. Tendo em vista a importância do assunto no contexto desses trabalhadores, oobjetivo do presente estudo foi avaliar o conhecimento acerca da PEP ao HIV e suasespecificidades por profissionais de saúde do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), bemcomo demonstrar a frequência de ocorrência de acidentes ocupacionais e condutasrelacionadas à PEP no contexto desses profissionais. Para isso, foi realizada uma pesquisa dotipo descritiva, transversal e de levantamento no período de 1º de setembro de 2021 a 30 dejulho de 2022. Por amostragem de conveniência, foram selecionados 82 profissionais dasaúde que responderam a questões referentes à ocupação, treinamento em relação a PEP,além de suas particularidades. Ademais, foram questionados em relação a acidentesocupacionais e uso prévio da PEP. Com isso, observou-se médicos e enfermeiros como osprincipais profissionais entrevistados, representando 28% (23) e 26,8% (22) da amostra,respectivamente. 82,9% (68) dos participantes afirmaram já terem ouvido falar sobre a PEP,porém apenas 54,9% (45) afirmaram conhecer a diretriz do Ministério da Saúde sobre oassunto e 50% (41) tiveram treinamento específico. Em relação às peculiaridades do tema,74,4% (61) responderam corretamente pelo menos uma situação de indicação da PEP.Entretanto, em relação ao atraso máximo para tomar a PEP, apenas 46,3% (38) sabiam otempo correto. 39% (32) dos profissionais sabiam quantos e quais os medicamentos doesquema preferencial, porém 29,3% (24) não sabiam responder ambas as questões. Aduração do esquema foi respondida apropriadamente por 53,7% (44) dos participantes.Apesar do conhecimento escasso em relação ao tema por alguma parte dos profissionais,82,9% (68) se consideram em risco de contrair HIV em seu local de trabalho e 54,9% (45)referem ter apresentado pelo menos uma exposição ocupacional, sendo os acidentes osmais relatados, correspondendo a 86,6% (39) dos casos. Desses, os imprevistos com picadasde agulhas e respingos de sangue/fluidos foram os mais frequentes, com 71,1% (32) e 62,2%(28), respectivamente. Dos profissionais que sofreram acidentes, apenas 57,7% (26)realizaram teste para detecção de HIV e 51,1% (23) não receberam o esquema, sendo oprincipal motivo para tal fato do paciente-fonte ter teste negativo para HIV, relatado por47,8% (11) da amostra. Portanto, apesar do desempenho satisfatório nas respostasrelacionadas a algumas especificidades, ainda existe uma lacuna no conhecimento acerca dotema. Ainda, condutas de extrema importância como testagem e adesão ao esquemaapresentaram frequência baixa, reforçando a necessidade de fixação do conhecimentoacerca do assunto, visando a adoção das medidas apropriadas frente a essas situações. Paraque isso seja alcançado, reforça-se a necessidade de treinamentos periódicos e equipe desuporte para essas situaçõe

    A correlação entre microbiota intestinal e distúrbios de ansiedade e depressão em estudantes de medicina

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    O presente estudo analisará a relação entre sintomas de disbiose e o funcionamento damicrobiota intestinal com o aparecimento de sintomas de ansiedade e depressão emestudantes de medicina. Nos últimos anos, tornaram-se frequentes as pesquisas acerca damicrobiota intestinal e sua relação com distúrbios de saúde mental, através de váriosmecanismos já propostos, tais como estimulação do nervo vago, inflamação neural atravésde quebra da permeabilidade intestinal e produção de neurotransmissores, além dainfluência de citocinas inflamatórias. A ansiedade e depressão, por sua vez, são distúrbiosfrequentes em estudantes de medicina, vistos à vasta carga horária e cobrança em seuscotidianos. Para o estabelecimento da relação entre microbiota intestinal e os distúrbios emtal população, foram utilizados questionários para risco de Disbiose e sintomas de ansiedadee depressão, aplicados via Google Forms, para 128 estudantes de medicina de Brasíliadigitalmente, com o objetivo de esclarecer a influência da microbiota nesses sintomas emtais estudantes, obtendo dados acerca de hábitos de vida, permeabilidade intestinal e níveisde ansiedade e depressão, a fim de demonstrar a possibilidade da relação de maus hábitosde vida e o aparecimento dos distúrbios, além dos fatores de risco já citados, possibilitandoa abordagem holística da saúde mental. Foi calculado o índice alfa de Cronbach, e após avalidação dos questionários demonstrou-se altos índices de sinais de disbiose, ansiedade edepressão, com correlação direta entre estresse, uso de medicamentos tais como protetoresgástricos e antibióticos, e tais sinais. Em suma, conclui-se que a relação é, direta ouindiretamente, forte entre sintomas de disbiose e distúrbios de ansiedade e depressão,porém, são necessárias mais evidências, com mais pesquisas na área estudantil médica, paraestabelecer essa relaçã

    Impactos da pandemia de Covid-19 sobre a cobertura vacinal de sarampo no Brasil 2020-2021

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    O sarampo é uma infecção viral, com elevada transmissibilidade e altas taxas de morbimortalidade. Atualmente, sua imunidade é fornecida pela vacina tríplice viral. Devido ao seu alto potencial de contágio, diversas campanhas de vacinação foram realizadas no Brasil, ao longo dos anos, com o objetivo de controlar e eliminar a doença. Em 2016, o Brasil recebeu da Organização Pan-Americana de Saúde o certificado de sua erradicação. Entretanto, observa-se uma queda na cobertura vacinal dessa doença nos últimos anos, provocando a reentrada do vírus e ocorrência de novos surtos no país em 2018. Com o início da pandemia do vírus COVID-19, decretada em março de 2020 pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a saúde pública mundial foi impactada negativamente, em diversas esferas, afetando com isso as vacinações de rotina. Dessa forma, com a existência simultânea de um cenário pandêmico e de um contexto preexistente de diminuição da vacinação, é imprescindível a necessidade de avaliar o atual estado da cobertura vacinal de sarampo no país. Assim, essa pesquisa busca compreender o impacto produzido pela pandemia de COVID-19 na taxa de cobertura vacinal de sarampo no Brasil. Trata-se de um estudo de caráter quantativo descritivo, realizado por meio de coleta em bases de dados estatísticos, como DATASUS, SINAN e SNI-PI. Ao analisar os dados coletados, constata-se acentuado decréscimo da cobertura vacinal na pandemia, resultando, em 2021, no menor índice de cobertura (62,59%) do período analisado (2010-2021). Ademais, também houve diminuição do número de imunização com a tríplice viral nesse período, com aproximadamente 6 milhões de doses aplicadas em 2021, em comparação com os 17 milhões de imunizantes aplicados em 2019. Assim, observa-se a redução da cobertura vacinal e do número de imunizações durante o período pandêmico, justificados pelo medo de exposição ao coronavirus, direcionamento de recursos para as demandas dos sistemas de saúde e a disseminação de informações falsas a respeito das vacinas. Logo, evidencia-se a influência direta dos eventos da pandemia de COVID-19 com o a redução nos índices de cobertura vacinal de sarampo no Brasil, reforçando a importância de medidas para prevenção e controle da doença, a fim de evitar uma nova epidemia de sarampo no paí

    Sexual behavior and its association with persistent oral lesions : analysis of the POP-Brazil study

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    Objectives To investigate whether the presence of persistent self-reported oral lesions (PSOLs) is associated with sexual behaviors and with the presence of sexually transmitted infections (STIs) in individuals aged 16–25 years in the state capitals of Brazil. Materials and Methods Data from the POP-Brazil study were analyzed. An association analysis was performed by Poisson regression with the presence of PSOLs as the outcome. The exposure variables were the age at first sexual intercourse, the number of partners, oral sex practice, and aspects of condom use for model 1, and the presence of a self-reported STI or a positive rapid test for HIV/syphilis and the presence of genital human papillomavirus (HPV) for model 2. The results were adjusted for socioeconomic variables. Results The prevalence of PSOLs was 76% higher among individuals who had two or more sexual partners in the past year (p = 0.046) and 68% higher in those who reported not using condoms for contraception (p = 0.032). The group with HIV/syphilis or self-reported STI had a 140% higher PSOL prevalence (p = 0.003). Conclusions The self-report of oral lesions in adolescents and young adults may suggest risky sexual behavior and the presence of STI. Clinical relevance It is necessary to contextualize the reality of the young person to optimize oral health care

    Sífilis Congênita- medidas de prevenção em populações vulneráveis no Brasil: uma revisão de literatura / Congenital Syphilis- prevention measures in vulnerable populations in Brazil: a literature review

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    Este estudo busca fazer uma revisão narrativa acerca das medidas de prevenção em saúde das populações vulneráveis para sífilis gestacional e, consequentemente, sífilis congênita no Brasil.Diante da alta incidência da sífilis no país, a relação entre a enfermidade é proporcional ao contexto social do paciente, sendo em sua maioria aqueles em estado de maior vulnerabilidade. Entende-se que a falha em um adequado diagnóstico e tratamento precoce, como também de políticas públicas eficazes, acabam por ser propulsoras do agravo citado, em um contexto de falha na efetividade da implementação de tais medidas. Observa-se ainda que, a sífilis congênita acaba sendo um medidor da eficácia da estratégia de atenção básica, uma vez que reflete um evento de fácil prevenção, sendo sua ocorrência relacionada com falha no processo diagnóstico, terapêutico ou de acolhimento

    The fight against sexually transmitted infections cannot stop in the COVID-19 era: a brazilian experience in online training for sexually transmitted infections guidelines

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    Introduction: The Brazilian Ministry of Health had planned face-to-face workshops for professional training about the Clinical Protocols and Therapeutic Guidelines for Comprehensive Care for People with Sexually Transmitted Infections for the year 2020. Due to the COVID-19 pandemic, the workshops were cancelled, and a new strategy was adopted: virtual meetings, called Webinars—Clinical Protocols and Therapeutic Guidelines for Comprehensive Care for People with Sexually Transmitted Infections 2020. Objective: To report the experience at the Ministry of Health in online training about the clinical protocol and therapeutic guidelines for comprehensive care for people sexually transmitted infections for health professionals in 2020. Methods: The webinars were held in partnership with the Brazilian Society of Sexually Transmitted Diseases and the Pan American Health Organization. Each chapter of the Clinical Protocols and Therapeutic Guidelines for Comprehensive Care for People with Sexually Transmitted Infections—2020 was converted into a webinar, with the participation of at least three experts, two speakers, and a moderator. Results: In total, 16 webinars were presented, covering topics such as sexually transmitted infections surveillance, prevention, diagnosis, treatment, public policies, and sexual violence. The initiative had more than 77,000 hits, with an average of 4,900 hits per webinar and the topic “syphilis” being the most accessed. The event reached all 27 federative units of Brazil, as well as 27 other countries. About 500 questions were received from the audience and answered during the sessions and/or through a document published later on by the Ministry of Health. Conclusion: Given the high number of hits and inquiries received, we can conclude that health professionals remained engaged in the topic of sexually transmitted infections during the pandemic. This experience shows the great potential of innovative methods for distance learning to promote continuing education, including a series of webinars aimed at strengthening the fight against sexually transmitted infections.
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