23 research outputs found

    Gato doméstico: futuro desafio para controle da raiva em áreas urbanas?

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    O objetivo deste artigo foi introduzir debate a respeito da presente e, possivelmente, da futura relevância crescente do gato doméstico, no que se refere à saúde pública, com ênfase para a raiva (animal/urbana). A literatura científica que trata do papel específico do gato em relação às zoonoses ainda é reduzida. Essa espécie está se tornando o mais popular animal de companhia no mundo ocidental urbano, particularmente devido ao estilo de vida adotado pelas pessoas, com reduzido espaço residencial e pouco tempo disponível para se dedicarem aos animais de companhia, o que prejudica especialmente o cão, animal, até então, preferencial. A predominância do gato ainda não é observada no Brasil, contudo, se, em breve, ela for aqui reproduzida ter-se-á que rever as estratégias adotadas, particularmente nas campanhas de vacinação antirrábica. E as características etológicas do felino doméstico deverão ser consideradas para se estabelecer estratégias mais adequadas para que se vacine o número de animais recomendado.This article aims to promote a debate over the actual and (possibly) future increasing relevance of the domestic cat concerning public health, with emphasis on rabies (animal/urban) control. Scientific literature on the specific role played by cats, especially with respect to zoonoses is scarce. This species is becoming the most popular pet in the western urban context. This is particularly because of the lifestyle adopted by the population, who live in smaller houses and have little time available for pet care, relegating dogs to a less preferential position. Cats do not predominate as domestic animals in Brazil yet, but if these animals soon become the preferential pets in our country, strategies adopted during anti-rabies vaccination campaigns will need to be reviewed. Furthermore, the ethological features of the domestic felid will have to be considered, so that a more suitable approach for the vaccination of the recommended number of animals can be established

    Spatial occupation and behavior of communally housed domestic cats

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    The housing design of shelters, animal control centers, veterinary hospitals and laboratory facilities should meet the biological needs of the housed animals, in order to provide acceptable welfare. In the case of domestic cats, few studies have been conducted in order to establish the minimum parameters that will ensure the delivery of good care. The present work investigated the spatial occupation of a group of confined cats confined together. To this end, space use (ground or elevated areas) and behavior of fifty-one domestic cats were registered. Results revealed that occupation of elevated areas was significantly greater during both the day and night, compared with occupation of ground areas. In contrast with the other investigated behaviors, there were no significant differences between ground and elevated areas regarding “walking” behavior. These results point to the importance of providing elevated areas to domestic cats in confinement. In conclusion, occupation of elevated areas by confined domestic cats is significantly greater compared to occupation of ground areas. A better understanding of the space use by cats might enable a more appropriate design of housing premises in order to the biological needs of these animals, which may significantly influence their welfare in confinement. 

    Exploratory behaviour in domestic cats (Felis silvestris catus Linnaeus, 1758: A review

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    Entende-se comportamento exploratório como uma atividade promovida por um estímulo novo e que consiste em atos e posturas que permitem a coleta de informações sobre um objeto, ou ambiente não familiar. A exploração possui fortes implicações na sobrevivência do indivíduo e na de sua espécie, ao facilitar a familiarização com situações de novidade. Este comportamento tem sido avaliado de forma mais significativa em humanos e só a partir da década de 1950 os estudos com animais não humanos começaram a ocorrer. Para gatos domésticos, a pesquisa nesta área ainda é muito tímida e a compreensão deste comportamento poderá auxiliar nas abordagens relacionadas a enriquecimento ambiental e bem-estar animal. Tendo em vista que o gato é hoje uma espécie de interesse, particularmente como animal de companhia, modelo de estudo para felinos em cativeiro e animal de experimentação, a avaliação da atual situação deste comportamento neste animal poderá auxiliar na busca de uma relação mais adequada com a sua manutenção propiciando um manejo orientado dentro de uma postura ética.It is possible to understand exploratory behaviour as an activity sponsored by a new stimulus, which consists in acts and postures that enable to collect information about an object or an unfamiliar environment. The exploration has strong implications for the survival of the individual and of its specie facilitating familiarization with new situations. This behaviour has been assessed more significantly in humans and only in the 1950 studies with non-human animals began to occur. In cats, research in this area is still very shy, setting a worrying scenario as the understanding of this behaviour may help in the approaches related to environmental enrichment and animal welfare. Considering that the cat is now an animal of interest such as pet, study model for felids in general and animal experimentation, evaluation of the current situation of this behaviour can help the search for a more ethical relationship with these felids

    Exploratory behaviour in domestic cats (Felis silvestris catus Linnaeus, 1758: A review

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    Entende-se comportamento exploratório como uma atividade promovida por um estímulo novo e que consiste em atos e posturas que permitem a coleta de informações sobre um objeto, ou ambiente não familiar. A exploração possui fortes implicações na sobrevivência do indivíduo e na de sua espécie, ao facilitar a familiarização com situações de novidade. Este comportamento tem sido avaliado de forma mais significativa em humanos e só a partir da década de 1950 os estudos com animais não humanos começaram a ocorrer. Para gatos domésticos, a pesquisa nesta área ainda é muito tímida e a compreensão deste comportamento poderá auxiliar nas abordagens relacionadas a enriquecimento ambiental e bem-estar animal. Tendo em vista que o gato é hoje uma espécie de interesse, particularmente como animal de companhia, modelo de estudo para felinos em cativeiro e animal de experimentação, a avaliação da atual situação deste comportamento neste animal poderá auxiliar na busca de uma relação mais adequada com a sua manutenção propiciando um manejo orientado dentro de uma postura ética.It is possible to understand exploratory behaviour as an activity sponsored by a new stimulus, which consists in acts and postures that enable to collect information about an object or an unfamiliar environment. The exploration has strong implications for the survival of the individual and of its specie facilitating familiarization with new situations. This behaviour has been assessed more significantly in humans and only in the 1950 studies with non-human animals began to occur. In cats, research in this area is still very shy, setting a worrying scenario as the understanding of this behaviour may help in the approaches related to environmental enrichment and animal welfare. Considering that the cat is now an animal of interest such as pet, study model for felids in general and animal experimentation, evaluation of the current situation of this behaviour can help the search for a more ethical relationship with these felids

    Práticas envolvendo objetos inanimados e suas influências sobre o bem-estar felino / Practices involving inanimate objects and their influence on feline well being

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    O presente artigo teve como objetivo relacionar e analisar a principais estratégias (práticas) que envolvem objetos inanimados bem como suas principais influências sobre o bem-estar de gatos confinados em ambientes domésticos. Este tipo de enriquecimento envolve o uso de fatores não vivos ao ambiente do animal a fim de incrementar seu bem-estar físico e psicológico. Analisamos um período de aproximadamente dez anos tendo como principal referência o estudo de Ellis (2009)

    Produção da carne in vitro

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    Com as mudanças verificadas nos hábitos e comportamentos da sociedade nos últimos anos, nota-se também uma preocupação com a origem e procedimento para a obtenção do alimento ingerido. Diante desse conceito, surge a carne in vitro, que, por meio de processos tecnológicos é um alimento que pode ser produzido em laboratório, sem que ocorra o abate animal. Então, o objetivo desse trabalho foi o de, por meio de uma revisão bibliográfica, apresentar o conceito e a composição da carne in vitro, os objetivos e as vantagens da sua produção, bem como a aceitação do produto pelo mercado consumidor

    Síndrome de pandora: qualidade de vida em ambiente doméstico e a saúde mental dos gatos / Pandora's syndrome: quality of life in the domestic environment and the mental health of cats

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    Durante toda a vida, os animais se defrontam com situações difíceis e estressantes que são capazes de desencadear respostas neuroendócrinas, levando a ajustes no comportamento e na fisiologia. A presença dessas emoções intensas pode alterar a funcionalidade cerebral modificando estratégias de enfrentamento do indivíduo e influenciar também na sua qualidade de vida. A síndrome de Pandora, que é considerada uma ansiopatia, caracteriza-se por um conjunto de problemas relacionados ao trato urinário inferior dos felinos e a causa é psíquica. Os principais sinais clínicos são disúria, hematúria, polaciuria, estranguria e piúria. O tratamento é constituído por terapia cognitivo comportamental, uso de psicofármacos e enriquecimento ambiental. O conhecimento acerca do conceito de bem-estar animal pode renovar a atenção para o complexo estudo das emoções felinas e promover uma possível estratégia para a prevenção dessa condição psiconeuroendócrina. Esta revisão tem por objetivo atrair a atenção para a importância de estudos colaborativos das bases biológicas da Síndrome de Pandora e estresse dos gatos que vivem em restrição de liberdade

    PERCEPTIONS AND ATTITUDES OF ELEMENTARY SCHOOL TEACHERS REGARDING PET ABANDONMENT

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    Este artigo analisa as percepções e atitudes de 261 professores de ensino fundamental que responderam a um questionário a respeito da possível presença de animais abandonados nas vizinhanças das escolas onde lecionavam, bem como seu conhecimento e atitudes no sentido de minimizar tal situação. O objetivo do presente artigo foi: caracterizar o conhecimento do professor (de ensino fundamental) sobre a questão do abandono de animais de companhia na vizinhança de seu local de trabalho. O foco central desse estudo foi o professor em função de que estudos prévios demonstraram que a abordagem das crianças perde sua efetividade após cerca de quatro meses. Portanto há a necessidade de estabelecermos estratégias mais efetivas. Adicionalmente, há a necessidade de retomadas periódicas dessa questão, o que pode ser feito de maneira mais apropriada exatamente por esse educador, já que está em contato regular com as crianças. Este é o primeiro estudo realizado no Brasil com esta proposta, e nossos resultados demonstram a necessidade de um treinamento regular e específico para desenvolver tal atividade satisfatoriamente, para tanto foi desenvolvido um questionário com foco na percepção da questão. A maior parte dos professores conhecia ao menos mais um lugar, além de sua unidade educacional, como local de abandono de animais, bem como possuíam animais de companhia. Justamente por trabalharem, em média, há mais de sete anos em suas unidades já tiveram oportunidade de abordar o assunto em suas aulas, contudo, em sua maior parte, não o fizeram. Finalmente, enfatizamos que para a solução de tal questão, é crucial focarmos na educação e no treinamento de professores, uma vez que formam um pilar central nessa questão

    COMUNICAÇÃO QUÍMICA ENTRE CÃES MACHOS: URINA E FEZES

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    A comunicação entre animais pode ocorrer de diversas formas, e em cães essa interação ocorre principalmente por sinais químicos. O presente estudo observou cães machos, adultos e castrados para analisar a marcação química (urinar, raspar e defecar) nesta espécie. O objetivo do experimento foi detectar de que maneira essa marcação pode servir como estímulo olfatório e sua influência na interação entre seus co-especificos, quando há, ou não, contato visual entre os mesmos. Durante os 27 dias de experimento, utilizamos mapas e tabelas para coletar os dados necessários, que posteriormente foram analisados em teste de comparação de variâncias e teste qui-quadrado. O resultado mostrou que os animais estudados utilizam mais a urina do que o raspar e, em menor quantidade, fezes para marcação química; cães sem contato visual marcam mais território com urinar e raspar, do que cães com contato visual; e também que os cães sem contato visual marcam duas vezes mais o território perto de seu canil do que cães com contato visual. Dessa forma, esse trabalho contribui para melhorar a vida do animal em cativeiro, oferecendo condições para este desempenhar seus comportamentos naturais, bem como proporcionar o manejo do recinto de modo a privilegiar as condições sanitárias, minimizando o contato com patógenos veiculados possivelmente por suas excretas

    Altruismo, empatia e agressividades: como as emoções nos animais evoluiram? / Altruism, empathy and aggressiveness: how did emotions in animals evolve?

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    Estudos das emoções associadas ao bem-estar animal estão em ascensão e tem sido objeto de interesse em particular de estudiosos da etologia. A revisão aqui apresentada tem objetivou selecionar os principais estudos que focam nas motivações internas dos animais e que determinam suas escolhas realizadas. Altruísmo e cooperação entre animais, são questões fundamentais sobre as origens evolutivas, e relações sociais. Agressividade, dentre os comportamentos aversivos, é regulada por interações sociais negativas, e positivas. Os animais apresentam esses citados comportamentos e são motivados por fatores externos e internos e, por fim, a empatia não é uma exclusividade dos humanos.
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