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Metafísica descritiva e ceticismo em P. F. Strawson
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Florianópolis, 2016.Esta tese procura examinar se a metafísica descritiva de P. F. Strawson produz provas anticéticas ou se sua tarefa é mais modesta enquanto se preocupa em descrever o enraizamento dos conceitos, bem como a conexão destes no interior do esquema conceitual. No primeiro capítulo apresentaremos o projeto de metafísica descritiva a partir do confronto com a metafísica revisionista, com a análise conceitual e com o historicismo. No segundo capítulo mostraremos, a partir de Individuals, que a metafísica descritiva de Strawson não tinha fins anticéticos, pois o objetivo dos argumentos transcendentais não é refutar o cético, mas promover a elucidação do esquema conceitual. No terceiro capítulo analisaremos as críticas dirigidas ao naturalismo de Strawson bem como o papel deste na metafísica descritiva. Defendemos nessa tese que Strawson não construiu argumentos transcendentais anticéticos como sugere Stroud. O máximo que Strawson faz, por meio da argumentação transcendental, é mostrar o enraizamento e a indispensabilidade de alguns conceitos para o esquema conceitual e o quanto estamos comprometidos com eles. Além disso, se há uma estratégia anticética que Strawson defende desde suas primeiras obras filosóficas, essa é o naturalismo. No entanto, esse naturalismo deixa aberta a possibilidade do ceticismo, uma vez que o seu objetivo central não é em última instância refutar o ceticismo, mas, sim, auxiliar a metafísica descritiva a demonstrar as (inter)dependências conceituais e o enraizamento de determinadas crenças e conceitos no nosso esquema conceitual.Abstract : This thesis examines whether the descriptive metaphysics of P. F. Strawson produces anti-skeptical evidence or whether the task is more modest as he cares to describe the roots of the concepts as well as the connection of these within the conceptual scheme. In the first chapter we will present the descriptive metaphysics project from opposing it to the revisionist metaphysics, the conceptual analysis and historicism. In the second chapter we will show, from Individuals that Strawson´s descriptive metaphysics did not have anti-skeptical purposes, once the purpose of transcendental arguments is not to refute the skeptic one, but promote the elucidation of the conceptual scheme. In the third chapter we will analyze the criticisms of Strawson's naturalism and the role of the descriptive metaphysics. We defend Strawson did not build anti-skeptical transcendental arguments as Stroud suggests. In the maximum, Strawson shows through the transcendental argument the roots and the indispensability of some concepts for the conceptual scheme and how we are committed to them. Also, if there is an anti-skeptical strategy Strawson argues from his first philosophical works, that is naturalism. However, this naturalism leaves open the possibility of skepticism, once its main purpose is not ultimately refute skepticism, but assist descriptive metaphysics in explaining the conceptual (inter)dependence and roots of certain beliefs and concepts on our conceptual scheme
STRAWSON & KANT - Ensaios comemorativos aos 50 anos de The Bounds of Sense
Essa coletânea, ainda que não esgote as possibilidades de estudos e
leituras que se possam fazer ao tratar das contribuições de Strawson
relativamente a elucidação da filosofia kantiana, nem todas as
discussões sobre a epistemologia e a metafísica strawsoniana-kantiana,
pretende oferecer alguma contribuição para o debate filosófico atual,
além de ser uma modesta homenagem aos 50 anos da publicação de The
Bounds of Sense
P. F. Strawson e a Tradição Filosófica
Esta coletânea é um tributo a Peter Frederick Strawson pelo centenário de seu nascimento (1919-2019). Diferentemente de outras coletâneas, esta propõe colocar em relevo a interlocução de Strawson com a tradição filosófica. Em outras palavras, por um lado, queremos evidenciar as discussões que Strawson travou com os seus contemporâneos (Austin, Quine, Russell e Wittgenstein), e, por outro, a influência que recebeu e as críticas que dirigiu àqueles que o precederam na história da filosofia (Aristóteles, Descartes, Hume, Kant). Poderíamos ter enriquecido a lista acima com o nome de muitos outros filósofos com os quais Strawson teve contato, mas julgamos que o trabalho ficaria bastante extenso. Por esse motivo, optamos por aqueles nomes mais significativos que figuram na construção da história intelectual de Strawson. O presente volume reúne nove capítulos que levam como título o nome de Strawson e do filósofo com o qual ele dialogou ao longo de suas obras. Essa opção na nomeação dos capítulos por si só já permite colocar em evidência os principais filósofos pelos quais Strawson se interessou e com os quais se confrontou ao longo de seu trabalho filosófico. Com exceção do capítulo sobre Wittgenstein, que é uma versão revisada de um texto publicado anteriormente, todos os outros capítulos são inéditos e foram escritos especialmente para esta coletânea. O volume inclui na abertura a tradução de “Um fragmento de autobiografia intelectual”, de P. F. Strawson. Quando elegemos como título desta obra, Strawson e a tradição filosófica, não estamos insinuando que Strawson é um historiador da filosofia e muito menos que se interesse por historiografia. O título desta obra apenas quer indicar que Strawson, por um lado, transita na história da filosofia com alguma facilidade, além de nutrir um grande apreço por ela e, por outro, que ele discute com os principais nomes da história da filosofia no que concerne aos temas de seu interesse. A sua proposta filosófica é alimentada e irrigada por esse conhecimento, o que lhe dá a possibilidade de assumir na maioria das vezes posições ponderadas e equilibradas acerca de temas complexos por ele tratados.
ISBN: 978-85-5696-689-6.
Nº de pág.: 24
A problemática da análise econômica de Posner a partir da sociologia compreensiva de Weber
O objetivo deste artigo é apresentar uma das influências do fenômeno da racionalidade em Weber, identificada na análise econômica que, por sua vez, converge para o espectro da sua teoria da ação social. O propósito é problematizar o que poderia ser uma autonomização do cálculo econômico que busca sustentar suas bases teóricas na sociologia weberiana. Nesse sentido, iremos abordar a ideia de racionalidade na sociologia de Weber enquanto inspiração da análise econômica, para então adentrar sucintamente na teoria weberiana da ação social enquanto instrutiva das ações racionais coordenadas a um fim e a forma como saída para instruir a análise econômica. Tentaremos mostrar que a sociologia compreensiva na forma pensada por Weber, não é alheia a contornos interpretativos e filosóficos, portanto, o seu uso para os cálculos econômicos e decisões políticas, muitas vezes, arrimados no ceticismo da filosofia e na crença no profissionalismo pragmático, pode se apresentar inadequados ou, ao menos, exige um exame em maior profundidade
Strawson, P. F. Ceticismo e Naturalismo: algumas variedades
Resenha do livro de Ceticismo e Naturalismo: algumas variedades, de P. F. Strawson. Traduçáo de Jaimir Conte. Sáo Leopoldo: Editora Unisinos, 2008, 114 página
STRAWSON: ENTRE A LÓGICA TRADICIONAL E A LÓGICA CLÁSSICA
<p>Trata-se aqui, mais uma vez, de uma questão pertinente. Se estiver ou não de acordo com as posições assumidas por Peter Strawson na filosofia da lógica, com sua crítica à interpretação vigente dos enunciados da linguagem ordinária, com sua (suposta) defesa do sistema tradicional, não há dúvida de que sua discussão nos coloca diante de um fato incontestável: o do desvio que a lógica atualrepresenta, mesmo a chamada “clássica”, no que diz respeito ao corpo da doutrina tradicional aristotélico escolástico.</p
P. F. Strawson e a tradição filosófica
Esta coletânea é um tributo a Peter Frederick Strawson pelo centenário de seu nascimento (1919-2019). Diferentemente de outras coletâneas, esta propõe colocar em relevo a interlocução de Strawson com a tradição filosófica. Em outras palavras, por um lado, queremos evidenciar as discussões que Strawson travou com os seus contemporâneos (Austin, Quine, Russell e Wittgenstein), e, por outro, a influência que recebeu e as críticas que dirigiu àqueles que o precederam na história da filosofia (Aristóteles, Descartes, Hume, Kant). Poderíamos ter enriquecido a lista acima com o nome de muitos outros filósofos com os quais Strawson teve contato, mas julgamos que o trabalho ficaria bastante extenso. Por esse motivo, optamos por aqueles nomes mais significativos que figuram na construção da história intelectual de Strawson. O presente volume reúne nove capítulos que levam como título o nome de Strawson e do filósofo com o qual ele dialogou ao longo de suas obras. Essa opção na nomeação dos capítulos por si só já permite colocar em evidência os principais filósofos pelos quais Strawson se interessou e com os quais se confrontou ao longo de seu trabalho filosófico. Com exceção do capítulo sobre Wittgenstein, que é uma versão revisada de um texto publicado anteriormente, todos os outros capítulos são inéditos e foram escritos especialmente para esta coletânea. O volume inclui na abertura a tradução de “Um fragmento de autobiografia intelectual”, de P. F. Strawson. Quando elegemos como título desta obra, Strawson e a tradição filosófica, não estamos insinuando que Strawson é um historiador da filosofia e muito menos que se interesse por historiografia. O título desta obra apenas quer indicar que Strawson, por um lado, transita na história da filosofia com alguma facilidade, além de nutrir um grande apreço por ela e, por outro, que ele discute com os principais nomes da história da filosofia no que concerne aos temas de seu interesse. A sua proposta filosófica é alimentada e irrigada por esse conhecimento, o que lhe dá a possibilidade de assumir na maioria das vezes posições ponderadas e equilibradas acerca de temas complexos por ele tratados
Direitos humanos: filosofia, teologia e direito.
O que são os direitos humanos? Com certeza, fora do mundo acadêmico, e,
talvez, até mesmo dentro dele, essa pergunta não tem condições razoáveis de ser
respondida pela maioria das pessoas. A justificativa para isso está na nossa míope
compreensão acerca do que possam ser os direitos humanos, bem como na ausência
de uma sólida formação para os direitos humanos. Na sua esmagadora maioria, as
pessoas identificam, geralmente, os direitos humanos com algum grupo de pessoas
que reivindica a defesa e a proteção dos direitos de detentos, “bandidos”, imigrantes,
entre outros. Os direitos humanos, todavia, ultrapassam qualquer redução a grupos de
indivíduos que lutam por direitos de alguma classe ou grupo desfavorecido dentro da
sociedade. Os direitos humanos, na verdade, são um empreendimento humano na luta
pela defesa dos direitos de todos os humanos terem direitos
Réplica a Carlos E. Caorsi
Traduçáo. texto retirado de Carlos E. Caorsi (Ed.). Ensayos sobre Strawson. Universidad de la República/Faculdad de Humanidades y Ciencias de la Educación, Montevidéo,1992, p. 55-71