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Validação da versão portuguesa da Escala de Motivação Situacional (SIMS) em contextos académicos
The Situational Motivation Scale (SIMS), seeks to evaluate the motivation experienced when carrying out a specific task. The purpose of this research was to validate a Portuguese-language version of the scale, using a sample of 409 students, by attempting to reproduce its factor structure. The reliability analysis revealed acceptable internal consistency indexes in all subscales. Construct validity was assessed through Confirmatory Factor Analysis. The contributions of the factors and index of goodness-of-fit demonstrated the need to eliminate two items, which seems to agree with the results in other validation studies. Overall, results revealed that the SIMS is composed of four consistent factors and attested its psychometric quality. The scale does seem to represent a self-report measure of situational intrinsic motivation, identified regulation, external regulation, and amotivation, and can be widely used for the assessment of this construct in Portuguese academic contexts.A Escala de Motivação Situacional (sims) procura
avaliar a motivação experimentada no desempenho
de uma tarefa específica. O objetivo deste estudo foi
validar a versão portuguesa, com uma amostra de 409
estudantes, ao tentar reproduzir a sua estrutura fatorial.
Os resultados demostram uma consistência interna adequada
relativamente às subescalas. A validade de constructo
foi avaliada com a Análise Fatorial Confirmatória.
Os valores de contribuição de cada fator e os índices de
ajustamento assinalam a necessidade de eliminação de
dois itens, que, por seu turno, vai de encontro a resultados
de outros estudos de validação. Em geral, os resultados
indicam que a sims é composta por quatro fatores
consistentes e demostram a qualidade psicométrica. A
escala parece ser uma boa medida de auto-relato para
avaliar a motivação intrínseca, regulação identificada,
regulação externa, e amotivação situacional, podendo
ser utilizada na avaliação do constructo no contexto
acadêmico português.
Palavras-chave: autodeterminação, motivação situacional,
medidas de motivação, alunos de ensino secundário,
alunos universitários.Foundation for Science and Technology (FCT), Portuga
O impacto do estágio na adaptabilidade de carreira em estudantes do ensino profissional
A literatura vocacional sustenta que a experiência de trabalho pode ter impacto no desenvolvimento vocacional dos jovens, embora ainda sejam escassos e pouco conclusivos os estudos empíricos que sustentam as expectativas que decorrem da teoria. A presente investigação, que apresenta um desenho longitudinal (pré e pós estágio), teve como principal objetivo analisar a relação entre as qualidades percebidas do estágio curricular e a Adaptabilidade de Carreira, numa amostra de 60 estudantes do ensino secundário. Os resultados sugerem a relevância da qualidade do estágio ao nível das diferentes dimensões da adaptabilidade da carreira. Por último, são apresentadas as implicações para a intervenção de carreira, bem como as limitações do estudo
O impacto da experiência de estágio no processo de exploração vocacional em alunos dos cursos tecnológicos e profissionais do ensino secundário
O estágio surge, no processo de formação, como um contacto formal e estruturado com o
mundo do trabalho. Vários autores salientam o valor da experiência directa em contexto de trabalho,
apontando-a como a modalidade mais realista de exploração vocacional. Porém, o resultado das
experiências de trabalho (nomeadamente os estágios) é extremamente variável e depende de vários
aspectos. Os estudos empíricos que procuram relacionar a qualidade das experiências de trabalho,
estágios incluídos, com o desenvolvimento global e vocacional / carreira dos estudantes não são
suficientemente conclusivos, tendo em consideração a expectativa teórica de que a experiência de
trabalho afecta claramente o desenvolvimento vocacional dos adolescentes. No corolário desta
observação, surge o principal objectivo deste estudo – esclarecer a relação entre as diferentes
qualidades do estágio curricular e o comportamento de exploração vocacional.
Recorrendo a um desenho longitudinal (pré e pós – estágio), este estudo (N=309) explora a
relação entre as qualidades percebidas do estágio (autonomia, variedade e oportunidades de
aprendizagem, feedback dos colegas, suporte social e supervisão) e quatro dimensões do processo de
exploração vocacional (exploração do meio, exploração de si próprio, exploração sistemática e
quantidade de informação). Os resultados sugerem que entre o pré e o pós - estágio, os alunos
assinalam um aumento da actividade exploratória, sobretudo naquela que se orientou para o meio. As
análises de variância e de covariância com medições repetidas sugerem interacção entre algumas das
qualidades do estágio e o comportamento exploratório. São discutidas as implicações destes resultados
para a intervenção vocacional e para as futuras investigações neste domínio
Work experience quality and vocational development
The provision of workplace-based experiences (internship/placement) is an important component of the training program of students attending technological and professional courses (VET), in secondary education. Regarding the effect of such experiences in vocational development, research results are not conclusive enough, mostly, if we consider the theoretical expectation that work experiences clearly affects the vocational development of adolescents (e.g., Dawis, 2002, 2005; Lent, Brown & Hackett, 1994; Mitchell & Krumboltz, 1996; Savickas, 2005; Super, 1957; Super, Savickas & Super, 1996; Vondracek, Lerner & Schulenberg, 1986). As a corollary of this observation, the main purpose of this study is to clarify the relationship between work experience quality and students vocational development. Using a longitudinal design (pre and post - internship), we conducted a study (N = 346) that explores the relationship between perceived qualities of the training experience (IQE - autonomy, colleagues feedback, social support, task variety, learning opportunities, instructions clarity, training, supervisor feedback and support ) and career exploration (CES – Stumpf et al., 1983; Taveira, 1997), career decision-making (CDS– Osipow, Carney, Winer, Yanico & Koschier, 1976; Silva, 1997), Decision-Making Self-Efficacy (CDMSE-SF (Betz, Klein & Taylor, 1996; Silva & Paixão, 2005) and career commitment (CCCS Blustein, Ellis & Devenis, 1987; Silva, 1997). The results suggest that the quality of work experience is relevant for the vocational development of students, mainly, in what concerns the process of career exploration
O impacto da experiência de estágio no desenvolvimento vocacional de alunos dos cursos tecnològicos e profissionais do ensino secundário
Tese de dout., Psicologia (Psicologia da Educação), Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Univ. do Algarve, 2011A aprendizagem em contexto real de trabalho constitui uma importante
componente da formação dos alunos dos cursos Tecnológicos e Profissionais. No que se
refere ao efeito deste tipo de experiências no desenvolvimento vocacional, os resultados
da investigação não são muito conclusivos, tendo em consideração a expectativa teórica
de que a experiência de trabalho afecta claramente o desenvolvimento vocacional dos
adolescentes (e.g., Dawis, 2002, 2005; Lent, Brown & Hackett, 1994; Mitchell &
Krumboltz, 1996; Savickas, 2005; Super, 1957; Super, Savickas & Super, 1996;
Vondracek, Lerner & Schulenberg, 1986). No corolário desta observação, surge o
principal objectivo deste estudo – esclarecer a relação entre as diferentes qualidades do
estágio curricular e o desenvolvimento vocacional dos alunos dos cursos Tecnológicos e
Profissionais. Recorrendo a um desenho longitudinal (pré e pós – estágio), realizámos
um estudo (N=346) que explora a relação entre as qualidades percebidas do estágio
(Inventário Qualidade do Estágio - autonomia, feedback dos colegas, suporte social,
variedade de tarefas, oportunidades de aprendizagem, clareza das instruções, treino, feedback do
supervisor e suporte do supervisor) e os processos de exploração (CES – Stumpf et al.,
1983; adapt. Taveira, 1997), tomada de decisão (CDS– Osipow, Carney, Winer, Yanico
& Koschier, 1976; adapt. Silva, 1997) e compromisso de carreira (CCCS Blustein, Ellis
& Devenis, 1987; adapt. Silva, 1997). Os resultados obtidos sugerem a relevância da
qualidade da experiência de trabalho no desenvolvimento vocacional dos alunos,
sobretudo no âmbito do processo de exploração. A organização dos alunos em quatro
perfis vocacionais distintos, por sua vez, tornou mais expressivo o efeito da interacção
entre as diferentes qualidades do estágio e as variáveis psicológicas vocacionais. Os
resultados encontrados reforçam ainda a importância dos objectivos ou planos de
carreira, uma vez que os mesmos parecem ter um efeito diferenciador no modo como a
qualidade do estágio interage com o desenvolvimento vocacional dos alunos. Por
último, são discutidas as implicações destes resultados para a intervenção vocacional e
para as futuras investigações a realizar neste domínio
Adaptabilidade de carreira e autoeficácia na transição para o trabalho: o papel da empregabilidade percebida: estudo com estudantes do Ensino Superior
A crescente complexidade do mercado de trabalho coloca novos desafios aos
processos de inserção profissional dos diplomados do ensino superior, sobretudo
num período em que se assiste a uma acentuada retração nas ofertas
de emprego disponíveis. No âmbito dos fatores individuais, a adaptabilidade
de carreira surge como um processo capaz de facilitar a transição para o
mundo do trabalho, sobretudo no que diz respeito aos níveis de confiança
com que os estudantes encaram a resolução das tarefas relativas à procura
de emprego e à inserção profissional. Por outro lado, as instituições de ensino
superior são cada vez mais chamadas a promover a empregabilidade dos seus
alunos, embora ainda não seja suficientemente conhecida a relação entre
a empregabilidade percebida e o investimento nas atividades de transição
para o mundo do trabalho. Por conseguinte, este estudo teve como principal
objetivo analisar o impacto da adaptabilidade de carreira na autoeficácia
para a transição para o trabalho, considerando o efeito da empregabilidade
percebida, numa amostra de 261 estudantes universitários (80.5% mulheres)
com uma média de idades de 22.37 anos (DP = 6.77 anos). Os resultados
encontrados sugerem que a adaptabilidade prediz a autoeficácia na transição
para o trabalho, sobretudo através das dimensões confiança e curiosidade,
e que a relação entre adaptabilidade e autoeficácia é parcialmente mediada
pela empregabilidade percebida. Por último, são discutidas as implicações dos
resultados para a intervenção vocacional, no âmbito do apoio aos processos de
transição para o mundo do trabalho, junto dos estudantes do ensino superior
Effectiveness of a career intervention program for career exploration
A exploração vocacional pode constituir um importante facilitador da organização subjetiva da experiência de estágio
e do consequente ajustamento e satisfação com esta atividade. Por esta razão, levamos a cabo uma intervenção
vocacional, na modalidade programa, que teve como principal objetivo incrementar a atividade exploratória
vocacional de um grupo de alunos estagiários do ensino secundário. Para avaliar o impacto do referido programa
nas diferentes dimensões da exploração vocacional, recorreu-se a um desenho quasi-experimental, pré-teste/pósteste,
com grupos não equivalentes. Globalmente, os resultados parecem-nos relevantes, uma vez que a intervenção
vocacional teve um impacto positivo e signifi cativo nas duas principais dimensões da exploração vocacional: o self
e o meio.For students attending vocational education courses, career exploration might be considered an important facilitator
of the subjective organization of their training experience. For this reason, we implemented a career intervention
program, aiming at improving the vocational exploratory activities by a group of high school students. In order
to evaluate the impact of that program on the different dimensions of career exploration, a study with a quasiexperimental
(pre-test/post-test) design was conducted, with non equivalent groups. Overall, the results seem
relevant, since the career intervention had a positive and signifi cant impact relating the two major dimensions of
career exploration: environment exploration and self exploration
Vinculação aos amigos e exploração vocacional: um estudo com alunos do 9º ano de escolaridade
Los individuos que participan activamente en la exploración de sí mismos y del mundo laboral toman mejores decisiones en su carrera (Jordaan, 1963, Parsons, 1909), resuelven positivamente las tareas vocacionales durante el ciclo de vida (Blustein, 1997, Super et al., 1996) y se adaptan fácilmente a los cambios que experimentan en los diferentes contextos de la vida (Savickas, 2005; Savickas et al., 2009). La literatura profesional destaca su papel de apoyo en la exploración de carrera (Blustein et al., 1995), y la investigación empírica ofrece interesante resultados respecto al papel de los compañeros en este proceso (Kracke, 2002; Kenny & Bledsoe, 2005), que destaca que las relaciones fuertes y seguras con amigos conducen a un aumento en la actividad exploratoria. En este contexto, presentamos un estudio (N = 76) que explora la relación entre el apego a iguales y la exploración de carreras. Los resultados del análisis de regresiones lineales revelaron que el apego a los iguales predice la variación en algunas dimensiones de exploración de carreras, incluyendo: organismos externos, exploración de uno mismo, exploración sistemática y estrés en el proceso de exploración. Las implicaciones de estos resultados se discuten en el contexto de intervención vocacional.Individuals who engage actively in the exploration of self and of the occupational world make better career decisions (Jordaan, 1963, Parsons, 1909), resolve positively the vocational tasks during the life cycle (Blustein , 1997, Super et al., 1996), and adjust easily to the changes they experience in different contexts of life (Savickas, 2005; Savickas et al., 2009). Vocational literature highlights the role of support on career exploration (Blustein et al., 1995), and empirical research offers interesting results concerning the role of peers on this process (Kracke, 2002; Kenny & Bledsoe, 2005), which stressed that strong and secure relationships with friends leads to an increase in exploratory activity. In this context, we present a study (N = 76) that explores the relationship between peer attachment and career exploration. The results of linear regressions analysis revealed that peer attachment predicts the variance in some dimensions of career exploration, including: External Instrumentality, Exploration of Self, Systematic Exploration and Stress on the Exploration process. The implications of these findings are discussed in the context of vocational intervention.A exploração do self e do mundo ocupacional favorece a adaptabilidade no campo vocacional ao longo da vida (Blustein, 1997; Jordaan, 1963; Parsons, 1909; Super et al., 1996; Savickas, 2005; Savickas et al., 2009). Além disso, a literatura tem vindo a sustentar o papel do suporte e da vinculação no processo de exploração (Blustein et al., 1995), sendo de destacar os estudos que se debruçaram especificamente sobre o papel dos pares neste processo (Kracke, 2002; Kenny & Bledsoe, 2005), os quais salientam que relações fortes e seguras com os amigos conduzem a um incremento da actividade exploratória. No sistema educativo português, a conclusão do 9º ano constitui, do ponto de vista vocacional, um momento de transição e de tomada de decisão que, em certa medida, tem lugar nas relações estabelecidas com o grupo de colegas e amigos. Neste âmbito, apresenta-se um estudo (N=76) que explora a relação entre a vinculação aos amigos e doze dimensões do processo de exploração vocacional (estatuto de emprego, certeza nos resultados de exploração, instrumentalidade interna, instrumentalidade externa, importância da posição preferida, exploração do meio, exploração de si próprio, exploração sistemática, quantidade de informação, satisfação com a informação, stresse na exploração e stresse na decisão). Os resultados das regressões lineares revelam que a vinculação aos amigos explica a variância em algumas das dimensões da exploração vocacional, nomeadamente na Instrumentalidade Externa, na Exploração de Si Próprio, na Exploração Intencional e Sistemática e no Stresse relativo ao processo de exploração. As implicações destes resultados são discutidas no contexto da intervenção vocacional.peerReviewe
Validação da versão portuguesa da Situational Motivation Scale (SIMS) em contextos académicos
A Escala da Motivação Situacional – SIMS (Guay, Vallerand & Blanchard, 2000), procura avaliar, de acordo com o modelo hierárquico da motivação intrínseca / extrínseca de Vallerand (1997), a motivação experimentada no decurso da realização de uma tarefa específica. Na presente comunicação pretendemos dar conta dos principais resultados do estudo de tradução e adaptação à população portuguesa da SIMS, junto de uma amostra de 312 estudantes do ensino superior. Globalmente, os resultados das análises psicométricas dos itens e das diferentes subescalas (amotivação, regulação externa, regulação identificada e motivação intrínseca) atestam a qualidade psicométrica da SIMS. No que se refere à validade de constructo (CFA), os contributos dos fatores e os índices de qualidade do ajustamento demostraram a necessidade de eliminação de dois itens, o que parece estar de acordo com os resultados encontrados em outros estudos de validação (e.g., Martín-Albo, Núñez & Navarro, 2009). Em síntese, os resultados obtidos parecem suportar a utilização da versão portuguesa da escala SIMS para avaliar a motivação situacional em contexto académico
The quality of the training experience: predictor variables of career exploration
Many young people attending secondary education will do an apprenticeship by the end of their training, which will come as a new context of learning. The quality of this
new context can have differentiated impacts on student’s lives and on their vocational development. For many students, it can be their first formal and structured contact
with the workplace – experiencing a reality that, until then, has always been mediated by other sources and agents of information. Authors like Ducat (1980), Brooks et
al. (1995) and Super (1963) evoke the value of work experience as the most realistic way of vocational exploration. However, the efficiency of work experiences is
extremely variable (Ainley, P., 1990; Smith & Harris, 2000) and seems to depend significantly on factors like supervision, feedback, autonomy, learning opportunities and
peer support. Several studies suggest that the quality of the work experience and the exploratory behavior associated to this have a considerable influence on the
vocational development (e.g. Brooks et al.,1995; Carless & Prodan, 2003; Loughlin & Barling, 1998; Mortimer, 2003; Vondracek, 1997). The present study seeks to
highlight which qualities of the apprenticeship are predictors of career exploration in a group of students attending the 12th grade