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Tratamento de pseudoartrose de fratura de fêmur diafisaria após falha da dinamização de haste intramedular – relato de caso com técnica simples: Treatment of pseudoarthrosis of a diaphyseal femoral fracture after failure of intramedullary nailing - case report with a simple technique
Pseudoartrose é caracterizada como o a ausência de consolidação 6 meses após o tratamento de uma fratura. Essa patologia pode ser ocasionada por falha de estabilidade ou insuficiências biológicas para consolidação. Aproximadamente 7% das fraturas de ossos longos evoluam com essa complicação. Historicamente o tratamento é realizado com redução aberta, cruentização do foco e fixação com estabilidade absoluta. Com o advento das hastes intramedulares, técnica mais utilizada nas fraturas diafisárias atualmente, a falha de consolidação pode ser tratada com dinamização da haste ou nova fresagem e implantação de haste mais espessa. Entretanto a literatura atual relata que 42% das dinamizações e 22% das trocas de hastes não evoluíram para consolidação, e na falha destas técnicas se retorna ao tratamento com estabilidade absoluta, enxertia óssea e retirada da fixação intramedular. O presente caso clinico tem por objetivo apresentar uma nova técnica cirúrgica pouco invasiva para tratamento das pseudoartroses diafisárias
Infecção pelo vírus da hepatite c em pacientes em hemodiálise: prevalência e fatores de risco
CONTEXTO: Doentes com doença renal crônica em tratamento hemodialítico apresentam risco aumentado de aquisição do vírus da hepatite C (VHC). Elevadas taxas de prevalência têm sido detectadas em unidades de diálise do mundo inteiro. Estudos recentes têm demonstrado que a infecção pelo VHC interfere de forma negativa na sobrevida dos pacientes em hemodiálise e naqueles submetidos ao transplante renal. OBJETIVOS: Determinar a prevalência e os fatores de risco da infecção pelo VHC em pacientes submetidos a hemodiálise. MÉTODOS: Realizou-se estudo transversal entre janeiro e dezembro de 2007. Neste período, 236 pacientes em hemodiálise foram testados pelo ELISA de terceira geração. Os casos positivos foram submetidos a pesquisa qualitativa do HCV-RNA pelo método de PCR. Consideraram-se como portadores de infecção pelo VHC aqueles pacientes com anti-VHC e HCV-RNA positivos. Dosagens mensais de ALT e a média do valor de 12 meses foram obtidas em 195 pacientes. Do total de pacientes, 208 (88,1%) responderam ao questionário padronizado visando a identificação de fatores de risco associados à infecção pelo VHC. RESULTADOS: A prevalência de pacientes anti-VHC positivos encontrada entre os 236 testados foi de 14,8% (35/236); destes, a pesquisa do HCV-RNA foi positiva em 71,6% (25/35). Portanto, a prevalência da infecção crônica pelo VHC foi de 10,6% (25/236) dos pacientes. Pela análise bivariada, os principais fatores de risco associados à infecção pelo VHC foram o tempo de hemodiálise, o número de transfusões de sangue, a realização prévia de diálise peritonial e história de doença sexualmente transmissível. Contudo, após análise multivariada, somente o tempo de hemodiálise e história de doença sexualmente transmissível foram significativamente associados à infecção pelo VHC. Pacientes com mais de 10 anos de hemodiálise apresentaram risco de aquisição do VHC 73,9 (IC de 17,5 a 311,8) vezes maior quando comparados a pacientes com até 5 anos de tratamento. Indivíduos com doença sexualmente transmissível prévia apresentaram risco 4,8 (IC de 1,1 a 19,9) vezes superior de contaminação pelo VHC quando comparados àqueles sem doença sexualmente transmissível. O valor médio da ALT foi significantemente maior nos pacientes infectados pelo VHC (44,0 ± 13,5 U/L versus 33,5 ± 8,0 U/L, PCONTEXT: Chronic renal disease patients on hemodialysis are at increased risk of infection by hepatitis C virus (HCV). High prevalence rates have been reported from dialysis units worldwide. Recent studies have shown an inverse relation between HCV infection and life expectancy of patients on hemodialysis and those undergoing renal transplant. OBJECTIVES: Assess the prevalence of and risk factors for HCV infection in patients undergoing hemodialysis. METHODS: A cross-sectional study was undertaken from January to December, 2007. During this period, 236 patients were tested for anti-HCV antibodies with third generation ELISA. Those who tested positive further underwent qualitative PCR testing for HCV-RNA. A subject was considered HCV-infected if both tests (anti-HCV and HCV-RNA) were positive. Monthly serum ALT and the mean for the 12-month period were obtained from 195 patients. Two hundred eight (88.1%) patients answered a standardized questionnaire aiming to identify risk factors for HCV infection. RESULTS: Of the 236 subjects studied, 14.8% (35/236) tested positive for anti-HCV antibodies. Of these, 71.6% (25/35) tested positive for HCV-RNA. Chronic HCV infection was thus prevalent in 10.6% (25/236). Bivariate analysis showed time on hemodialysis, number of blood transfusions, previous peritoneal dialysis and previous sexually transmitted diseases to be the main risk factors for HCV infection. Yet multivariate analysis showed that just time on hemodialysis and previous sexually transmitted diseases were significantly associated with HCV infection. Patients on hemodialysis for over 10 years were 73.9 (CI 17.5-311.8) times as likely to have acquired HCV, compared with those on hemodialysis for up to 5 years. Patients with previous sexually transmitted diseases had a 4.8 times higher risk of HCV infection compared with those without previous sexually transmitted diseases. Mean serum ALT was significantly higher in HCV-infected patients (44.0 ±13.5 U/L versus 33.5 ± 8.0 U/L, P<0,001). CONCLUSION: HCV infection was highly prevalent in the dialysis unit studied. Time on dyalitic treatment and previous sexually transmitted diseases were the main risk factors for HCV infection. HCV-infected patients on hemodialysis had higher serum ALT levels than those without chronic HCV infection