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    Mielite transversa secundária a estafilococcemia

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    Paciente de 32 anos, masculino, preto, foi recebido e internado na emergencia do HCPA com tetraplegia e insuficiência ventilatória. Familiares relatavam que o paciente referia febre, dores lombares e sensação de rigidez de nuca há dois dias e perda súbita dos movimentos em membros superiores e inferiores há um dia, e também referiam história de tratamento de lesão perfurocortante  no pé direito com antibioticos IM por 10 dias. Durante a internação o paciente necessitou de hemodiálise e  apresentou episódio de bradicardia extrema, necessitando de marca-passo. Quatro dias após internação não apresentava melhora do líquor ou sintomatologia neurológica. Realizada nova punção lombar com proteínas totais 1221 mg/dl e leucócitos 196/mm3. PCR para Herpes 1 e 2 Positivo. Associado Aciclovir à Vancomicina . Não apresentou nenhuma melhora neurológica.Realizou exame de Ressonância Magnética (RM) da coluna cervical em 24/02/2011, que foi compatível com mielite transversa. Paciente iniciou quadro de abdome agudo por úlcera perfurada, necessitando de intervenção cirúrgica e diversos episódios subsequentes de hemorragia digestiva, resistentes a terapêutica, tratados com embolização percutânea da artéria gastroduodenal. Realizou nova RM em 11/03/2011 que demonstrou abscessos intra e perimedulares. Evolui ao óbito. Diagnóstico final: Estafilococcemia, com meningoencefalite e abscessos

    MULHER DE 45 ANOS VEIO AO HOSPITAL POR DOR ABDOMINAL DIFUSA, DORES NO CORPO, CONSTIPAÇÃO E AUSÊNCIA DE DIURESE HÁ 24 HORAS

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    Relato de caso (Dra. Letícia Luz): Uma mulher branca, 45 anos, branca, veio ao HCPA em 16/10/02 com queixa de dor abdominal difusa, dores no corpo, constipação e ausência de diurese há 24 horas. Tinha estado internada recentemente em outro hospital por hemiparesia direita. Tinha história de hipertensão arterial sistêmica e vinha em uso de captopril, AAS, ibuprofeno e óleo mineral. Ao exame: TA= 160/100 mm Hg; FC= 133 bpm; FR= 30 mpm; Sat O2‚ 97% ; temperatura axilar= 36,7 °C. Apresentava fácies de dor. O abdômen tinha ruídos hidroaéreos positivos, estava levemente distendido e a paciente referia dor à sua palpação, identificando-se massa palpável na região supra-pública. O toque retal mostrou fecaloma. Foram drenados 500 mL de urina, por sondagem vesical. Na ecografia abdominal, o fígado estava aumentado, com lesões heterogêneas, a maior com 12,8 X 9,8 cm., sem plano de clivagem entre a lesão hepática e o rim direito; pequena quantidade de líquido livre na pelve. O exame radiológico de tórax (RX) mostrou elevação da hemicúpula diafragmática direita e imagem nodular densa na base pulmonar direita. RX de abdômen agudo mostrou cólon e retossigmóide preenchido por fezes e alguns níveis hidroaéreos em alças de intestino delgado.No dia 17/10, a paciente apresentou estado confusional. Ao exame, identificou-se, a palpação abdominal, massa pétrea em hipocôndrio D e epigástrio. O exame neurológico mostrou plegia do membro superior direita (MSD) e Babinski bilateral. A tomografia do crânio mostrou aumento de partes moles junto à calvária, que determinava alteração óssea associada, e numerosas áreas de rarefação óssea na alta convexidade. No dia 18/10, foram iniciados hidratação parenteral e pamidronato EV, com melhora parcial da confusão mental. No dia 19/10, a paciente persistia com plegia do MSD, identificando-se também perda acentuada da força em membro inferior esquerdo e arreflexia em membros inferiores. Foi iniciado dexametasona EV. A tomografia mostrou, ao nível da porção lateral direita do canal modular em C5 e C6, material hiperdenso de formato semilunar, presumivelmente extradural. Mostrou também lesões nas asas laterais direitas de C4 e C6. No dia 20/02, houve piora do estado confusional. No dia 21/10, foi realizada laminectomia em C5-C6, com a retirada de lesão espessa, sólida, brancacenta, pouco vascularizada à direita do saco dural. Iniciado ampicilina-sulbactam EV.No dia 22/10, a paciente apresentou oligúria, sendo iniciados hidratação, alopurinol e furosemide. Em 23/10, a paciente evoluiu com insuficiência renal aguda não oligúrica e acidose metabólica, sendo admitida na unidade tratamento intensivo. Permanecia com sinais vitais estáveis. Em 24/10, a paciente evoluiu com piora da acidose, recebendo bicarbonato. Foi iniciada ventilação mecânica. O RX de tórax mostrou extenso derrame pleural à D, o qual foi puncionado. Após, apresentou hipotensão arterial e oligúria, evoluindo a óbito na manhã do dia 25/10

    Resistência à insulina e síndrome metabólica em pacientes ambulatoriais com transtorno do humor bipolar

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    BACKGROUND: Bipolar disorder (BD) is associated with significant morbidity and mortality from metabolic diseases. There is a paucity of data regarding insulin resistance (IR) and its relationship with the metabolic syndrome (MS) in bipolar patients. OBJECTIVE: To evaluate the prevalence of both IR and MS in BD outpatients and to assess clinical criteria associated with IR. METHOD: Cross-sectional study in 65 DSM-IV-TR BD patients consecutively assessed at the Bipolar Disorder Program at Hospital de Clínicas de Porto Alegre , Brazil. IR was diagnosed by the homeostatic model assessment - insulin resistance (HOMA-IR) and MS was diagnosed using three different definitions: National Cholesterol Educational Program - Adult Treatment Panel III (NCEP-ATP III); NCEP-ATP III modified criteria and International Diabetes Federation. RESULTS: IR was present in 43.1% of the sample (women 40%, men 44.4%). The prevalence of MS defined by the NCEP-ATP III criteria was 32.3%, NCEP-ATP III modified was 40% and IDF was 41.5%. NCEP-ATP III modified criteria showed the best trade-off between sensitivity (78.6%) and specificity (89.2%) to detect insulin resistance. Waist circumference was the clinical parameter most associated with IR. DISCUSSION: Current MS criteria may provide reasonable sensitivity and specificity for the detection of IR in BD patients. Abdominal obesity is closely related to IR in this patient population.CONTEXTO: O transtorno bipolar (TB) está associado a uma significativa morbi-mortalidade por causas metabólicas. Existem poucos dados sobre a prevalência de resistência à insulina (RI) e sua relação com a síndrome metabólica (SM) em pacientes com TB. OBJETIVO: Avaliar a prevalência de RI e SM em pacientes bipolares ambulatoriais e identificar os parâmetros clínicos associados à RI. MÉTODO: Estudo transversal em 65 pacientes com TB diagnosticados pelos critérios do DSM-IV-TR, avaliados de forma consecutiva no Programa de Transtorno Bipolar do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Brasil. RI foi diagnosticada utilizando o homeostatic model assessment - insulin resistance (HOMA-IR) e a SM foi diagnosticada utilizando três definições diferentes: do National Cholesterol Educational Program - Adult Treatment Panel III (NCEP-ATP III); do NCEP-ATP III modificado e da International Diabetes Federation (IDF). RESULTADOS: A prevalência de RI foi 43,1% (mulheres 40%, homens 44,4%). A prevalência de SM definida pelo NCEP ATP III foi 32,3%, pelo NCEP ATP III foi 40% e pela IDF foi 41,5%. Os critérios do NCEP ATP III modificado demonstrou a melhor relação entre sensibilidade (78,6%) e especificidade (89,2%) na detecção de RI. A circunferência da cintura foi o parâmetro clínico mais associado à RI. CONCLUSÃO: As definições atuais de SM podem identificar, com razoável sensibilidade e especificidade, RI em pacientes com TB. A obesidade abdominal é bastante associada à RI nessa população de pacientes

    Adesão medicamentosa em pacientes com múltiplas doenças crônicas: estudo de prevalência em ambulatório de Medicina Interna de um hospital terciário

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    Introdução: É frequente a associação de vários medicamentos para controlar doenças em pacientes crônicos. Contudo, a adesão medicamentosa é variável, e os fatores associados diferem, não havendo dados uniformes sobre o assunto. Metodologia: Estudo transversal em pacientes do ambulatório de medicina interna de um hospital terciário, maiores de 18 anos, com duas ou mais doenças crônicas, visando a estimar a adesão medicamentosa pela Escala de Adesão Medicamentosa de Morisky. Fatores associados à adesão foram avaliados pela regressão de Poisson. O controle das doenças crônicas foi avaliado e definido como alvos atingidos de hipertensão, diabetes e dislipidemia. Resultados: Um total de 170 pacientes (idade média 65±9,8 anos), 61 homens (36%), foram incluídos. Sessenta e sete pacientes tinham até 4 anos de estudo; uma renda menor que mil reais foi referida por 56 pacientes. O número médio de comorbidades foi 4±1,14, sendo hipertensão arterial sistêmica a doença mais prevalente (96,5%), seguido de diabetes mellitus tipo 2 (67%). Cada paciente usava 7,5±2,5 medicamentos. A taxa de controle das doenças crônicas mais prevalentes foi: hipertensão arterial sistêmica 72% (IC95% 65-79%), diabetes mellitus 53% (IC95%: 42–63%) e dislipidemia 51% (IC95% 41–61%). A prevalência de média e alta adesão foi 43%. Os fatores que se associaram independentemente à adesão medicamentosa foram prática de exercício físico (RP = 1,63; IC 95%: 1,09–2,44; p = 0,017) e idade (RP = 1,02; IC 95%: 1,00–1,03; p = 0,032).  Conclusão: Menos da metade dos pacientes do ambulatório de Medicina Interna adere à prescrição médica. É necessário instituir novas estratégias para que os pacientes se beneficiem das prescrições de medicamentos

    Serum magnesium and proton-pump inhibitors use: a cross-sectional study

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    OBJECTIVE: The aim of this study was to evaluate the association of serum magnesium levels with proton pump inhibitors (PPIs) use and other factors. METHODS: This was a cross-sectional study of 151 patients admitted with acute diseases in the Internal Medicine Division of the Hospital de Clinicas de Porto Alegre, after the exclusion of conditions that are commonly associated with hypomagnesemia: diarrhea; vomiting; chronic alcohol use; severely uncompensated diabetes mellitus; and chronic use of laxatives, diuretics or other drugs causing magnesium deficiency. RESULTS: All patients had normal serum magnesium levels. Serum albumin and creatinine levels were positively associated with serum magnesium levels, after adjusting for confounders. There was no difference between mean serum magnesium levels of PPI users and non-users, nor between men and women; there was also no correlation among age, serum phosphorus, and potassium levels with serum magnesium levels. Limitations of this study include the absence of an instrument for measuring adherence to PPI use and the sample size. CONCLUSION: The association of PPI use and hypomagnesemia is uncommon. Congenital defects in the metabolism of magnesium may be responsible for hypomagnesemia in some patients using this drug class

    Mielite transversa secundária a estafilococcemia

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    Paciente de 32 anos, masculino, preto, foi recebido e internado na emergencia do HCPA com tetraplegia e insuficiência ventilatória. Familiares relatavam que o paciente referia febre, dores lombares e sensação de rigidez de nuca há dois dias e perda súbita dos movimentos em membros superiores e inferiores há um dia, e também referiam história de tratamento de lesão perfurocortante  no pé direito com antibioticos IM por 10 dias. Durante a internação o paciente necessitou de hemodiálise e  apresentou episódio de bradicardia extrema, necessitando de marca-passo. Quatro dias após internação não apresentava melhora do líquor ou sintomatologia neurológica. Realizada nova punção lombar com proteínas totais 1221 mg/dl e leucócitos 196/mm3. PCR para Herpes 1 e 2 Positivo. Associado Aciclovir à Vancomicina . Não apresentou nenhuma melhora neurológica.Realizou exame de Ressonância Magnética (RM) da coluna cervical em 24/02/2011, que foi compatível com mielite transversa. Paciente iniciou quadro de abdome agudo por úlcera perfurada, necessitando de intervenção cirúrgica e diversos episódios subsequentes de hemorragia digestiva, resistentes a terapêutica, tratados com embolização percutânea da artéria gastroduodenal. Realizou nova RM em 11/03/2011 que demonstrou abscessos intra e perimedulares. Evolui ao óbito. Diagnóstico final: Estafilococcemia, com meningoencefalite e abscessos

    Mielite transversa secundária a estafilococcemia

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    Paciente de 32 anos, masculino, preto, foi recebido e internado na emergencia do HCPA com tetraplegia e insuficiência ventilatória. Familiares relatavam que o paciente referia febre, dores lombares e sensação de rigidez de nuca há dois dias e perda súbita dos movimentos em membros superiores e inferiores há um dia, e também referiam história de tratamento de lesão perfurocortante  no pé direito com antibioticos IM por 10 dias. Durante a internação o paciente necessitou de hemodiálise e  apresentou episódio de bradicardia extrema, necessitando de marca-passo. Quatro dias após internação não apresentava melhora do líquor ou sintomatologia neurológica. Realizada nova punção lombar com proteínas totais 1221 mg/dl e leucócitos 196/mm3. PCR para Herpes 1 e 2 Positivo. Associado Aciclovir à Vancomicina . Não apresentou nenhuma melhora neurológica.Realizou exame de Ressonância Magnética (RM) da coluna cervical em 24/02/2011, que foi compatível com mielite transversa. Paciente iniciou quadro de abdome agudo por úlcera perfurada, necessitando de intervenção cirúrgica e diversos episódios subsequentes de hemorragia digestiva, resistentes a terapêutica, tratados com embolização percutânea da artéria gastroduodenal. Realizou nova RM em 11/03/2011 que demonstrou abscessos intra e perimedulares. Evolui ao óbito. Diagnóstico final: Estafilococcemia, com meningoencefalite e abscessos
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