4 research outputs found

    Sobre o conceito de liberdade comunicativa

    Get PDF
    O presente ensaio pretende abordar aspectos centrais da questão da liberdade no pensamento de Jürgen Habermas que desemboca em uma revolucionária teoria pragmático-formal da atividade humana. Trata-se da teoria do agir comunicativo, difundida não somente na área filosófica, mas também no domínio das ciências sociais, jurídicas, políticas e humanas, a qual permite lançar nova luz sobre uma ampla faixa de questões que desafiam o pensamento, especialmente as que envolvem: ligações entre o direito, a democracia e a política; conflitos inerentes às relações de poder que se estabelecem entre Estados nacionais e novos organismos transnacionais; problemas éticos e morais que brotam, em larga escala, das atuais pesquisas sobre o cérebro, o genoma humano, sobre clonagem, etc. Neste contexto adquire singular relevância o clássico tema da liberdade que Habermas aborda especialmente sob os ângulos da liberdade comunicativa e da autoria responsável. A parte final do trabalho pretende chamar atenção para a relevância do conceito de liberdade comunicativa em discussões sobre democracia e determinismo

    Sobre o conceito de liberdade comunicativa = On the concept of communicative freedom

    Get PDF
    Aborda aspectos centrais da questão da liberdade comunicativa na Teoria pragmático-formal da atividade humana de Jürgen Habermas. Expõe algumas considerações de caráter geral referentes a elementos chave da teoria habermasiana do agir comunicativo, como a noção de razão intersubjetiva e os conceitos de razão comunicativa, linguagem natural, autoria responsável e prática comunicativa cotidiana. Discute relações entre a liberdade comunicativa e os direitos políticos na concepção de uma democracia radical

    Healthcare organizations, linguistic communities, and the emblematic model of palliative care Organizações de saúde, comunidades lingüísticas e o modelo emblemático dos cuidados paliativos

    No full text
    The linguistic-communicative paradigm offers some interesting perspectives in a context where the perception of patient needs is considered a critical step in high-quality care. This study describes healthcare organizations as linguistic communities based on the conceptual framework of Habermas' communicative action theory. Four communicative models are present in healthcare settings: objectifying-instrumental (hegemonic model), where elements of interaction are objectified for clinical purposes; dialogic model with strategic perspectives, in which conversations are used unilaterally as tools to access subjective states; non-dialogic-transmissional model, in which linguistic exchanges are replaced with artifacts to transmit information; and full communicative model (present in palliative care based in homecare and informal caregivers, emphasizing health team/family interactions). Based on these premises, we considered palliative care an emblematic communicative model based on multidisciplinary teams devoted to transdisciplinary collaboration. In these settings, linguistic interaction with patients and their families could provide a solid basis for organization of healthcare networks.<br>O paradigma lingüístico-comunicativo tem a oferecer perspectivas interessantes em um contexto no qual a percepção das necessidades dos pacientes é tida como um passo essencial à humanização da assistência. O presente estudo descreve as organizações de saúde como comunidades lingüísticas com base no marco conceitual da teoria da ação comunicativa de Habermas. No contexto assistencial estão presentes quatro modelos comunicativos: objetivador-instrumental (modelo hegemônico), no qual elementos da interação são objetificados em vista de propósitos clínicos; dialógico com perspectivas estratégicas, no qual as conversações são utilizadas unilateralmente como ferramentas para obter acesso a estados subjetivos; adialógico-transmissional, no qual as trocas lingüísticas são substituídas por artefatos para transmissão de informações; comunicativo pleno, presente nos cuidados paliativos organizados ao redor da assistência domiciliar e dos cuidadores informais, enfatizando a interação entre equipes de saúde e familiares. Com base em tais premissas, consideramos os cuidados paliativos como modelos comunicativos emblemáticos porque fundamentados em times multidisciplinares dedicados à mútua colaboração transdisciplinar. Nesse cenário, a interação lingüística com pacientes e seus familiares serviria como base estruturante das equipes assistenciais
    corecore