32 research outputs found

    A lógica destrutiva da mineração em Paracatu-MG

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    Na última década, a extração de minérios no Brasil aumentou vertiginosamente, impulsionada pelo programa neodesenvolvimentista dos governos do Partido dos Trabalhadores. Para se ter ideia, os investimentos estatais no setor, no período que compreende 2011 a 2016, foram superiores a US66bilho~es.Em2014,somenteoestadodeMinasGerais,quehistoricamenteseconstituicomoopoˊlodeproduc\ca~omineralmaisimportantedopaıˊs,produziuumabalanc\camineraldaordemdeUS 66 bilhões. Em 2014, somente o estado de Minas Gerais, que historicamente se constitui como o pólo de produção mineral mais importante do país, produziu uma balança mineral da ordem de US 14 bilhões. Este cenário de pujança, no entanto, vem sendo responsável por um conjunto de contradições de larga extensão, como tem demonstrado o caso do município mineiro de Paracatu. Nossa pesquisa buscou identificar os impactos sociais e ambientais que vêm sendo provocados pela indústria extrativa mineral neste município. Metodologicamente, configuramos as condições político-econômicas sob as quais a atividade de mineração ganhou centralidade no Brasil; em seguida, identificamos as contradições da expansão desta atividade econômica no município de Paracatu, manifestadas sob a forma de conflitos socioambientais, bem como a eliminação das condições elementares da reprodução social promovida por esta forma destrutiva de expansão de capital

    A falácia da segurança alimentar

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    In the text we seek to reflect on some of the basis that structures the food security concept, identifying it functional and systemic character, shaped to perform the interests of the so-called agro business. We then seek to demonstrate that such concept holds itself from a contradiction, that is, the attempt to conciliate the expansion of the food productive chain and the suppression of food deficiencies of distinct groups and people from all over the planet. We shall call such contradiction food security fallacy.Neste texto buscamos refletir sobre algumas bases que estruturam o conceito de segurança alimentar, identificando seu caráter sistêmico e funcional, adequado a realização dos interesses dos chamados agronegócios. Com isso, procuramos demonstrar que o conceito em questão se afirma a partir de uma contradição, qual seja, a tentativa de conciliação da expansão da cadeia produtiva de alimentos e a supressão das carências alimentares dos distintos grupos e povos em todo o planeta. Contradição esta que denominamos de falácia da segurança alimentar

    A ilegalidade do Estado e o colapso do neodesenvolvimentismo no Brasil

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    Este artigo tem por objetivo indicar pistas para a investigação da “realidade existente do golpe” no Brasil e seus vínculos com o esgotamento do período ideologicamente chamado de “neodesenvolvimentismo”, tomando como premissa que o ciclo de ascensão e declínio do padrão de desenvolvimento brasileiro e das políticas assistencialistas do Estado, experimentados em pouco menos de uma década, expressam, pois, os impactos da crise estrutural do capital sobre aformação social nacional. Parte-se da concepção de István Mészáros, segundo a qual a ilegalidade do Estado reside em sua constituição íntima como árbitro soberano sobre a lei, podendo, por isto, subvertê-la, em qualquer tempo, de acordo com as necessidades da ordem sociorreprodutiva do capital. Buscando conjugar a análise da conjuntura político-econômica atual com a análise sócio-histórica do desenvolvimento brasileiro recente, este texto procura, ainda, apontar o acelerado processo de regressão de direitos sociais experimentados neste período

    “Ser ou não ser vira-latas, eis a questão”: resenhando “A diplomacia mediatizada: em busca do refrão de um Brasil megalomaníaco”, de Antônio Carvalho.

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    This is a critical review from the book “A diplomacia mediatizada: em busca do refrão de um Brasil megalomaníaco”, by Antônio CarvalhoTrata-se de uma resenha crítica do livro “A diplomacia mediatizada: em busca do refrão de um Brasil megalomaníaco”, de Antônio Carvalho

    Da crise do capital aos movimentos sociais contemporâneos: entrevista com Maria Orlanda Pinassi

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    María Orlanda Pinassi dice viver un momento de profunda crisis de la humanidad. Pero, antes de indicar un futuro trágico, indica a la necesidad de una constitución política de un movimiento para superar la lógica destructiva del capital. En una entrevista, la maestro del Departamento de Sociología de la Unesp / Araraquara nos habla de las condiciones y posibilidades para superar el orden burgués en la etapa actual del desarrollo capitalista.Para Maria Orlanda Pinassi vivemos um momento de profunda crise de humanidade. Mas, antes de indicar um futuro trágico, a pesquisadora aponta para a necessidade de constituição política de um movimento de superação da lógica destrutiva do capital. Em entrevista, a professora do Departamento de Sociologia da Unesp/Araraquara nos fala sobre as condições e possibilidades de superação da ordem burguesa no atual estágio do desenvolvimento capitalista.  Maria Orlanda Pinassi to live a moment of profound crisis of humanity. But, before indicating a tragic future, the researcher points to the need for political constitution of a movement to overcome the destructive logic of capital. In an interview, the teacher of Sociology Department of Unesp / Araraquara tells us about the conditions and possibilities for overcoming the bourgeois order in the current stage of capitalist development. 

    El pluralismo de las fuerzas del trabajo como condición de la estrategia socialista en la obra de István Mészáros

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    Since its modern historical constitution, the labor forces reached some important achievements along the concession margins of the capital, still in their phase of historical ascension. However, its main cornerstone, because they belong to the domain of the mystical institutional circle of the relationship between political State and civil society, have never been able to make the dream of the gradual construction of socialism comes true. Nowadays, when the structural crisis of the capital penetrates all domains and levels of social reproduction throughout virtually the entire planet, labor is driven to rebuild and renew itself in the form of an extra-parliamentary movement that rejects all structural determinations of the capital in the elaboration of an offensive socialist strategy as opposed to the historically defensive forms formerly assumed. This is what István Mészáros proposes in his monumental work, Beyond Capital: Toward a Theory of Transition. Within the limits of this manuscript, I try to explain the complex articulation between the structural crisis of the capital and the historical needs of the socialist offensive, focusing on what, for our Hungarian philosopher, is one of the major challenges of contemporary Marxist theory: the construction of pluralism as condition of socialist strategy.Desde su constitución histórica moderna, las fuerzas del trabajo alcanzaran algunos logros importantes en las sendas de la margen de concesión del capital, aún en su fase de ascenso histórico. Sin embargo, sus principales pilares de apoyo, por pertenecer al ámbito del círculo institucional mágico de la relación entre Estado político y sociedad civil, nunca pudieron realizar el sueño de la construcción gradual del socialismo. Hoy, cuando la crisis estructural del capital penetra en todos los dominios y niveles de la reproducción social, por prácticamente todo el planeta, el trabajo es impulsado a reconstruirse/renovarse bajo la forma de un movimiento extraparlamentario que rechaza todas las determinaciones estructurales del capital en la elaboración de una estrategia socialista ofensiva en contraposición a las formas históricamente defensivas asumidas. Así propone István Mészáros en su monumental obra, Más allá del capital: hacia una teoría de la transición. En los límites de este artículo, procuro explicar la compleja articulación entre la crisis estructural del capital y la necesidad histórica de la ofensiva socialista, prestando especial atención a aquel que, para nuestro filósofo húngaro, es uno de los mayores desafíos de la teoría marxista contemporánea: la construcción del pluralismo, condición de la estrategia socialista.Desde sua constituição histórica moderna, as forças do trabalho lograram algumas conquistas importantes nas sendas da margem de concessão do capital, ainda na sua fase de ascensão histórica. No entanto, seus principais pilares de apoio, por pertencerem ao domínio do círculo institucional mágico da relação entre Estado político e sociedade civil, nunca puderam realizar o sonho da construção gradual do socialismo. Hoje, quando a crise estrutural do capital penetra em todos os domínios e níveis da reprodução social, por praticamente todo o planeta, o trabalho é impelido a reconstruir-se/renovar-se sob a forma de um movimento extraparlamentar que recuse todas as determinações estruturais do capital na elaboração de uma estratégia socialista ofensiva em contraposição às formas historicamente defensivas assumidas. Assim propõe István Mészáros na sua monumental obra, Para Além do capital: rumo a uma teoria da transição. Nos limites deste artigo, procuro explicar a complexa articulação entre a crise estrutural do capital e a necessidade histórica da ofensiva socialista, conferindo especial atenção àquele que, para nosso filósofo húngaro, é um dos maiores desafios da teoria marxista contemporânea: a construção do pluralismo como condição da estratégia socialista

    Sobre colonialismo em tempos de globalização e a experiência brasileira contemporânea do agronegócio

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    Nuestro texto es un esfuerzo para reflexionar sobre la subalternidad y el nuevo nivel de lucha entre clases, grupos y pueblos de América Latina con el fenómeno y el concepto del colonialismo, en sus formas contemporáneas intranacionales, internacionales y transnacionales. Tratamos de articular las consideraciones teóricas realizadas por Pablo G. Casanova en el concepto del colonialismo y su vitalidad en el contexto de la globalización de las relaciones sociales en la experiencia brasileña reciente de buscar la integración en la economía mundial a través de la apertura de las fronteras de las complejas actividades económicas vinculadas a la agroindustria, los agronegocios, que se extiende en todo el país. Sin embargo, nos hizo una breve exposición acerca de las condiciones de trabajo en las plantaciones de caña de azúcar en el estado de Sao Paulo y la lucha por la supervivencia, física y espiritual de los pueblos indígenas en la Amazonia, mostrando, por último, la base para la lucha por la autonomía. Nosso texto é um esforço de reflexão sobre a subalternidade e o novo patamar da luta entre classes, grupos e povos na América Latina a partir do fenômeno e do conceito de colonialismo, nas suas formas contemporâneas intranacional, internacional e transnacional. Buscamos articular as considerações teóricas feitas por Pablo G. Casanova sobre o conceito de colonialismo e sua vitalidade no contexto da globalização das relações sociais à experiência brasileira recente da busca pela inserção na economia-mundo através das fronteiras abertas pelo complexo de atividades econômicas vinculadas à produção agro-industrial, o agronegócio, que se estende por todo o País. Ainda, fizemos uma breve exposição sobre as condições de trabalho nos canaviais do interior do estado de São Paulo e sobre a luta pela sobrevivência, física e espiritual, de povos indígenas na Amazônia, indicando, por fim, as bases da luta pela autonomia. 

    O TRABALHO NO CAMPO: QUESTÕES DO PASSADO E DILEMAS PARA O FUTURO/ The rural work: issues of the past and dilemmas for the future/ El trabajo en el campo: cuestiones del pasado y dilemas para el futuro

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    Resumo: Pelo menos desde 1970, o mundo do trabalho vem sofrendo transformações de larga monta, sobredeterminadas pela drástica redução da margem de viabilidade produtiva do capital, que implicou em novas formas de expansão/acumulação/valorização e, por decorrência, novas relações laborais no campo e na cidade. Desde então, no seio da mundialização e financeirização do capital, a reestruturação produtiva e as políticas neoliberais passaram a impactar o conjunto da classe trabalhadora brasileira. Neste trabalho temos como objetivo apontar algumas tendências no mundo do trabalho no campo brasileiro. Buscamos configurar, a partir dos dados disponíveis, o quadro geral das ocupações no campo atualmente, tomando como referência para análise o processo de proletarização, compreendido em sentido amplo, como a perda da autonomia das forças do trabalho, encetado ainda durante a ditadura civil-militar e estendido, sob novas bases, aos dias atuais. Com isto, indicamos a generalização da informalidade e da precarização do trabalho no campo, ora confirmada pelas contrarreformas trabalhista e previdenciária, ainda em curso.  Palavras chave: mundo do trabalho no campo; organização técnica dos agronegócios; informalidade; precarização; contrarreforma trabalhista e previdenciária

    A formação cultural dos jovens do MST: a experiência do assentamento Mário Lago, em Ribeirão Preto (SP)

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    O tema deste livro é o processo de formação cultural dos jovens integrantes do assentamento Mário Lago, construído através da luta de famílias de trabalhadores que formam a base de mobilização do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, MST, no município de Ribeirão Preto-SP, auto-denominado "capital nacional do agronegócio", em razão de sua projeção nacional e internacional através do complexo de atividades econômicas vinculadas ao contexto da produção agro-industrial. A análise desenvolvida na obra pressupõe os jovens como sujeitos dos processos abertos pela luta política em torno da terra e interlocutores dos grupos com os quais convivem, configurando sua consciência perante o que experimentam no cotidiano. Além disso, identifica as referências ético-políticas construídas junto à comunidade e junto ao MST, os constrangimentos presentes em suas vidas, constituídos pelos limites objetivos e subjetivos da luta, bem como sua capacidade de projetar o futuro
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