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    Detecção de anticorpos para Toxoplasma gondii, Nicolle & Manceaux, 1909 em soros de suínos da região da Grande Porto Alegre-RS, Brasil, através das técnicas de imunofluorescência indireta (IFI) e hemaglutinação indireta (HAI)

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    A toxoplasmose é uma doença causada por um parasita coccídio intracelular obrigatório o  T. gondii. O estudo deste parasita na espécie suína é importante pois ele causa perdas econômicas devido a abortos, retardo no crescimento e mortalidade peri-natal. Além disso, o consumo da carne mal cozida ou crua desses animais é considerada uma importante fonte de infecção humana. Com o objetivo de contribuir com dados sobre a freqüência de anticorpos para T. gondii em suínos da Região da Grande Porto Alegre, foram quantificadas as freqüências de anticorpos da classe IgG anti- T. gondii em soros de suínos abatidos em frigoríficos dessa região, utilizando-se as técnicas de Hemaglutinação indireta (HAI) e Imunofluorescência indireta (IFI). A freqüência de anticorpos anti- T. gondii, para amostragem de 240 suínos foi de 20% pela técnica HAI e 33,75% pela técnica IFI. A amostragem foi estratificada em dois grupos experimentais de acordo o sexo. No grupo I, composto por 120 machos, 10,42% foram reagentes na HAI, enquanto 17,5% reagiram na IFI. No grupo II, com 120 fêmeas, 9,58% foram reagentes na HAI e 16,25% reagiram a IFI. A porcentagem de co-positividade e co-negatividade nas duas técnicas foi de 48,1% e 94,3%, respectivamente, perfazendo uma porcentagem de concordância total de 78,7%, enquanto o valor Kappa calculado foi de 0,46. Esses valores de freqüência de anticorpos são relativamente altos, o que leva a conclusão de que os suínos abatidos nesta região podem ser considerados uma fonte de transmissão de Toxoplasma gondii para seres humanos, quando sua carne for consumida mal cozida ou crua

    Comparação entre os testes de imunofluorescência indireta e hemaglutinação indireta para a detecção de anticorpos anti-toxoplasma gondii em soros de suínos

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    A importância da toxoplasmose suína está relacionada as perdas reprodutivas e as implicações em saúde pública, uma vez que estudos epidemiológicos sugerem que a ingestão de cistos em carne crua ou mal cozida é uma importante fonte de infecção de Toxoplasma gondii para a população humana. O presente artigo objetivou comparar os resultados obtidos através das técnicas de Imunofluorescência indireta (IFI) e Hemaglutinação indireta (HAI) na detecção de anticorpos para Toxoplasma gondii em soros de suínos. Foram colhidas 240 amostras de sangue destes animais em frigoríficos da região da Grande Porto Alegre, por ocasião da sangria. Após coagulado, o soro foi separado e congelado a - 20°C, para posterior análise sorológica. As amostras foram analisadas no Laboratório de Protozoologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e no Laboratório Central do Estado do Rio Grande do Sul (LACEN-RS). Os resultados foram submetidos a análise estatística. Para verificar o grau de relacionamento entre as duas técnicas foi calculado a porcentagem de concordância total que foi de 78,7%, sendo a co-positividade 48,1% e a co-negatividade 94,3%. A estatística Kappa foi utilizada para medir o grau de concordância real entre as duas técnicas, sendo que seu valor calculado foi 0,46. Os resultados encontrados neste trabalho demonstram que, para diagnóstico da toxoplasmose suína, a IFI é superior a HAI e que esta reação tem sua principal indicação em inquéritos soroepidemiológicos da toxoplasmose na espécie suína

    Toxoplasmose animal no Brasil

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    A toxoplasmose é causada pelo Toxoplasma gondii, parasito pertencente ao reino Protista, filo Apicomplexa, ordem Eucoccidiida e família Sarcocystidae. É um coccídeo intracelular obrigatório, que infecta naturalmente o homem, os animais selvagens e domésticos, e também os pássaros. É uma infecção de ampla distribuição geográfica e depende de alguns fatores como clima, condição socioeconômica e cultural. Os hospedeiros definitivos são os membros da família Felidae. A infecção ocorre pela ingestão de oocistos, taquizoítos, ou bradizoítos, e em algumas espécies, também por transmissão transplacentária e transmamária. É uma doença de importância em Saúde Pública, pelas alterações que causa nos fetos humanos, e de importância em produção animal pelas perdas por aborto. O diagnóstico laboratorial pode ser realizado pela demonstração do coccídeo (parasitológico), por métodos indiretos (imunológico) e por métodos de biologia molecular. A doença possui tratamento, mas não existem, atualmente, vacinas para toxoplasmose humana, apenas há uma vacina comercial para ovinos e estudos em outras espécies animais

    Anticorpos para Toxoplasma gondii em soro de gatos internados no Hospital de Clínicas Veterinárias da UFRGS, Porto Alegre, RS, Brasil, detectados através da técnica de hemaglutinação indireta

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    Os felinos podem eliminar milhões de oocistos em suas fezes e que estes oocistos podem sobreviver no meio ambiente por mais de um ano. Uma vez que os gatos são essenciais para a disseminação do  Toxoplasma gondii na natureza, um inquérito sorológico para a detecção de anticorpos para T. gondii foi conduzido em gatos internados no Hospital de Clínicas Veterinárias da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Das 100 amostras de soros de gatos testadas pela Hemaglutinação Indireta, 37 (37%) foram reagentes para o T. gondii e 63 não reagentes. Anticorpos foram detectados em 46% dos 50 machos e 28% das 50 fêmeas. A freqüência observada em gatos com mais de 1 ano de idade foi de 25%, e nos com menos de 12 meses, 12%. O teste ?² demonstrou haver uma associação significativa entre as variáveis resultado da sorologia e idade (p= 0,0129). A freqüência global de anticorpos para T. gondii foi de 37%, indicando que mais de um terço da população felina pesquisada provavelmente já eliminou oocistos. A elevada freqüência de anticorpos toxoplásmicos em gatos atendidos no Hospital Veterinário da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, determinada no presente trabalho, indica que estes animais desempenham um importante papel na contaminação do meio ambiente e enfatiza o caráter zoonótico desta protozoose

    Modelo Hamster (Mesocricetus auratus waterhouse, 1839) para estudo da toxoplasmose congênita

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    Atualmente não se dispõe de vacinas contra a toxoplasmose humana, mas têm-se desenvolvido modelos animais em ratas e camundongos para o ensaio imunológico contra a toxoplasmose. No entanto, estes modelos têm mostrado certas limitações. É aconselhável contar com ensaios efetuados em diversas espécies animais antes de comprometer-se com custosos ensaios finais de vacinação, já que as diversas espécies animais, respondem diferentemente frente aos mesmos imunógenos. O objetivo geral do presente trabalho foi então, indagar a aplicabilidade de um modelo hamster para o estudo da imunidade contra a toxoplasmose congênita. Os objetivod específicos foram: verificar a transmissão congênita de Toxoplasma durante o estágio crônico da infecção; verificar a transmissão congênita de Toxoplasma durante o estágio agudo da infecção; verificar a ocorrência da transmissão lactogênica no desenho experimental proposto, e questionar a proteção contra a toxoplasmose congênita, conferida pela imunidade estéril e mediante a premunição. O cumprimento dos objetivos possibilitará o uso de imunizações (com Toxoplasma gondii viável) em futuros estudos, assim como conhecer a eficácia dos desafios efetuados em hamster, e também permitirá conhecer se o imunógeno mais simples disponível é suficiente para conferir proteção contra a toxoplasmose congênita. Quanto ao ensaio da imunidade na fase crônica da toxoplasmose foi possível comprovar nas condições deste experimento que ela não ocorre, pois as 10 fêmeas hamster inoculadas com 40 oocistos da cepa ME-49 antes de serem acasaladas, tiveram filhotes negativos para anticorpos anti-T.gondii. No modelo de infecção aguda, 100% das fêmeas inoculadas com 102 oocistos da cepa Prugniaud durante a gestação foram positivas, e houve 60% de transmissão transplacentária para seus filhotes e 40% de transmissão transmamária para filhotes adotados. Também, 100% das fêmeas inoculadas com 103 oocistos da mesma cepa durante a gestação foram positivas e nos seus filhotes ocorreram 100% de transmissão transplacentária, e em 40% dos filhotes adotados houve transmissão transmamária. Num terceiro experimento, em fêmeas inoculadas com a cepa RH e medicadas houve sobrevivência de 86,6% e a extinção da cepa RH em 46,15% dos cérebros. No modelo para testar a proteção com cepa RH contra oocistos de T. gondii de cepa heteróloga, não houve transmissão de toxoplasmose congênita em 100% das mães imunizadas com RH e desafiadas com Prugniaud e em 50% das mães imunizadas com RH e desafiadas com M3. O desafio heterólogo após imunização com a cepa RH, nesse experimento conferiu total proteção (100%) em hamsters duas vezes imunizadas com a cepa RH contra desafio com bradizoítos e oocistos com as cepas Prugniaud e M-7741, mas a proteção com oocistos de M3 foi parcial (67%). As conclusões foram o hamster é um modelo promissor para o estudo da toxoplasmose congênita, uma vez que a infecção crônica antes da prenhez, com oocistos da cepa ME49, protegeram as ninhadas e a infecção aguda durante a prenhez, com a cepa Prugniaud, resultou em transmissão transplacentária. Houve transmissão lactogênica mas não foi confirmada sua importância epidemiológica com a metodologia empregada. O hamster também se mostrou promissor para o estudo da proteção contra T. gondii tendo em vista que a infecção com cepa RH conferiu proteção total (contra Prugniaud e M7741) ou parcial (contra M3) das ninhadas contra cepas heterólogas.Nowadays there are no vaccines against human toxoplasmosis, but it has been developed animal models in rats and mice for immunologic assay against toxoplasmosis. However, these models have showed certain limitations. It is advisable to count on assays done in several animal species before pledging with expensive final vaccination assays, since several animal species differently answered to the same immunogens. The general objective of this work was to investigate the applicability of a hamster model for the study of immunity against congenital toxoplasmosis. The specific objectives were: to verify the congenital transmission of Toxoplasma during the chronic phase of the infection; to verify the congenital transmission of Toxoplasma during the acute phase of infection; to verify the occurrence of lactogenic transmission in the experimental trial which was proposed, and to question the protection against congenital toxoplasmosis given by the sterile immunity and by the means of premonition. The fulfillment of the objectives will enable the use of immunizations (with viable gondii Toxoplasma) in future studies, as well as, the knowledge of the efficacy about the challenges done in hamsters. It will also allow us to know whether the simplest immunogen available is enough to give protection against congenital toxoplasmosis. Regarding the immunity assay in the chronic phase of toxoplasmosis we were able to prove that it does not occur because 10 female hamsters inoculated with oocysts of ME- 49 strain before being coupled had negative offspring for anti-T. gondii antibodies. In the model of acute infection, 100% of females inoculated with 102 oocysts of Prugniaud strain during their gestation were positive and there were 60% of transplacental transmission for their offspring and 40% of transmammary transmission for foster offspring. Also, 100% of females inoculated with 103 oocysts of the same strain during the gestation time were positive and in their offspring there was 100% of transplacental transmission, and in 40% of their foster offspring there was transmammary transmission. In a third experiment, in females which were medicated and inoculated with RH strain there was a survival of 86.6% and the extinction of RH strain in 46.15% of the brains. In the model to test the protection with RH strain against oocysts of Toxoplasma gondii of heterologic strain, there was no transmission of congenital toxoplasmosis in 100% of mothers immunized with RH and challenged with Prugniaud and in 50% of mothers immunized with RH and challenged with M3. In this experiment, the heterologous challenge after the immunization with RH strain gave total protection (100%) in hamsters which were twice immunized with RH strain against challenge with bradyzoites and oocysts with Prugniaud and M-7741 strains, however, the protection with M3 oocysts was partial (67%). The conclusions were that the hamster is a promising model for the study of congenital toxoplasmosis, since chronic infection before pregnancy, with oocysts of ME49 strain protected their offspring and the acute infection during pregnancy, with Prugniaud strain, resulted in transplacental transmission. There was lactogenic transmission but it was not confirmed its epidemiologic importance with the methodology applied. Hamsters have also showed to be promising for the study of protection against T. gondii having in mind the infection with RH strain gave total protection (against Prugniaud and M7741) or partial (against M3) of offspring against heterologous strains
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